Faz três anos que morri e, mesmo assim, eu e meu filho continuamos vagando como almas perdidas, presos por um apego forte demais ao mundo dos vivos para conseguirmos partir.Enquanto isso, meu marido, Enrico Santos, conseguiu escalar da mais completa miséria até o topo, se transformando num magnata admirado nos círculos empresariais. Eu o traí sem pensar duas vezes no pior momento da vida dele, e por isso ele me odeia com tanta intensidade que, se pudesse, me despedaçaria com as próprias mãos.Três anos atrás, mesmo ciente da minha fragilidade, ele me forçou a doar medula óssea para Felícia Mendes, sua amiga de infância. O procedimento era invasivo e, não sei se por erro na punção ou porque meu corpo já debilitado não suportou, acabei desenvolvendo uma infecção generalizada uma semana depois. A febre alta me consumiu até que perdesse a consciência e morresse sozinha em casa. João, meu filho de apenas três anos, não resistiu à fome e faleceu ao meu lado.Durante todo esse tempo, Enri
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