O Amor que Nunca Veio
Sutilexato
Por causa da filha da sua amada, presa no carro e sofrendo com o calor, meu pai, tomado pela raiva, me amarrou e me jogou no porta-malas.
Olhou para mim com desgosto:
— Não tenho uma filha tão cruel como você. Fique aí e reflita sobre o que fez.
Supliquei, chorei, implorei. Tudo o que recebi foi a sua voz fria decretando:
— Ninguém a solta até que ela morra.
O carro ficou no escuro do estacionamento. Gritei, bati, implorei, mas ninguém podia me ouvir.
Sete dias depois, ele finalmente lembrou que tinha uma filha e decidiu me soltar.
Só que ele não sabia.
Eu já estava morta.
E nunca mais poderia acordar.
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