Carlota lançou um rápido olhar para Arabella, mantendo-se a uma distância calculada. Sua voz, carregada de indiferença, soou quase como uma desculpa:— Arabella… Para você, esse espaço já é suficiente.Arabella jamais imaginou que, depois de passar três anos trancafiada em um chiqueiro, ao voltar para casa seria relegada a um canil. Era como sair de um inferno para cair direto em outro, e este último era ainda pior, pois era o lugar que deveria ser seu lar, o lugar do qual não poderia fugir.— Tia Carlota, isso já é demais. Arabella é sua filha biológica! Como vocês podem tratá-la assim? — Caleb interveio mais uma vez, agora com um tom mais firme, quase irritado.Balbina franziu o cenho e rapidamente segurou o braço de Caleb. Com uma voz suave e carregada de insinuações, ela perguntou:— Caleb, você está tão preocupado com Arabella… Ainda gosta dela?— Eu… — Caleb ficou sem palavras. Seus olhos foram em direção a Arabella, que, com o rosto pálido e uma expressão de dor reprimida, parec
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