All Chapters of Ela Voltou para Reinar: Chapter 21 - Chapter 30

Rafael riu e disse:— Seu pai sabe que você é tão mulherengo assim?O garoto nem teve tempo de responder, porque Rafael viu uma notificação surgir no topo da tela do celular. Era uma mensagem no Line.Filippo: [SalvadorDr, a Hazel mencionou você no grupo.]Rafael franziu levemente a testa. Ele esqueceu o sobrinho por um momento e deslizou os dedos longos pelo celular, abrindo o Telegram.Ao revisar o histórico de mensagens, ele encontrou o comentário de Hazel: [SalvadorDr, você disse que minha análise era fake news. Não me diga que você comprou na baixa hoje?]Os lábios de Rafael se curvaram em um leve sorriso irônico. Ele parecia soltar um suspiro de deboche antes de responder: [Hazel, obrigado pela preocupação, mas sinto informar que você se decepcionou.]Arabella, que havia enviado aquela mensagem e não recebido resposta, pensou que ele havia saído do grupo. Mas, ao ver a notificação com a resposta dele na tela, ela deu um sorriso frio e digitou rapidamente no teclado: [De nada. Ima

Arabella olhou para Manoela com uma expressão de incredulidade.— Você não está apaixonada por ele, está?— Claro que não! Não me acho à altura. Só admiro ele, nada mais.— Nem precisa. Não esqueça o que a família Moura faz. Ele investe em pesquisas médicas, mas, se tiver sucesso, o lucro será gigantesco. Dá para dominar o mercado.O rosto de Manoela, antes cheio de admiração, murchou como uma flor ao sol.— Era para ser algo bom. Você sempre estraga as coisas com esse jeito de falar.Arabella abaixou os olhos e procurou rapidamente no celular sobre os negócios da família Moura.— Olha só. O Grupo Moura tem uma empresa farmacêutica.Manoela ficou sem palavras por um momento. Depois, murmurou:— Não importa. O Rafael é um homem raro, alguém fora de série. Você só tem essa opinião porque não gosta do Caleb e acaba descontando no tio dele. É puro preconceito.Arabella ficou em silêncio, sem responder.As duas deram uma volta pelas redondezas até que o corretor ligou, avisando que o propri

Enquanto Arabella disparava suas ofensas sem filtro, Manoela segurava a manga da amiga com força, sussurrando repetidamente:— Arabella, Arabella, por favor, para com isso…Rafael ouviu pacientemente cada palavra. Talvez ele estivesse tão irritado que nem conseguia reagir, ou talvez tivesse decidido, de forma inesperada, não se importar. Ele simplesmente arrastou a cadeira para trás, sentou-se com calma e cruzou uma perna sobre a outra, mantendo um sorriso leve, quase indiferente.— Terminou de me xingar?— Ainda não. Você é igualzinho ao Caleb: falso, hipócrita, um completo… — Antes que pudesse terminar, Manoela, em desespero, cobriu a boca da amiga com a mão.— Arabella! — Manoela quase saltou da cadeira, apavorada. Ela olhou para Rafael com um sorriso nervoso e tentou se justificar. — Me desculpe, Rafael. A Arabella não está num bom dia, por favor, não leve a sério.Arabella afastou a mão de Manoela com um movimento brusco, claramente irritada.— Por que você continua me interrompen

— Claro, homem não é nada. — Respondeu Manoela.As duas caíram na gargalhada e, cheias de energia, continuaram arrumando a nova casa. Agora só faltava escolher uma boa data para a mudança....Arabella voltou para casa de ótimo humor, cantarolando baixinho.Na sala, Carlota e Balbina estavam sentadas. Assim que viram Arabella entrar, Carlota assumiu o tom de mãe preocupada:— Arabella, você não está se sentindo bem e ainda assim fica saindo o tempo todo? Por que não fica em casa?Arabella nem se virou para responder:— Tenho medo de atrapalhar vocês ficando aqui.Carlota ficou sem palavras.Arabella voltou para o pequeno quarto de empregada que ocupava. Ela colocou a mochila sobre a mesa, sentou-se na beira da cama e começou a tirar os sapatos. Foi então que ela notou algo estranho. Ao virar a cabeça, viu que o livro ao lado do travesseiro parecia ter sido mexido.Ela tinha certeza de que, pela manhã, ao arrumar a cama, havia deixado o marcador de páginas com o tassel perfeitamente ali

Arabella sorriu, sem pressa, e começou a jogar suas cartas:— Balbina, se você admitir que foi quem armou para que eu fosse sequestrada por traficantes de pessoas, eu ajudo você a encontrar o seu “presente de compromisso”. Que tal?Aquela frase era compreendida apenas por Balbina. O que Arabella queria dizer era claro: “Admite o que fez de errado, e eu devolvo o que você escondeu para me incriminar.” Era uma ameaça, mas também uma proposta de troca.Balbina ficou ao mesmo tempo apavorada e furiosa. Sua voz saiu trêmula, quase engasgada:— Irmã… Eu não sei do que você está falando. Eu já expliquei várias vezes que não conheço traficantes, muito menos os teria ajudado! Você me acusa de algo tão horrível sem provas… Isso é cruel demais!Eliseu, que ainda não havia desistido, continuava olhando ao redor do quarto, tentando imaginar onde mais os tais objetos poderiam estar escondidos. Quando ouviu a resposta chorosa de Balbina, ele foi rápido em defendê-la:— Arabella, você está completamen