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Ela Voltou para Reinar
Ela Voltou para Reinar
Author: Luna Blake

Capítulo 1

Author: Luna Blake
Arabella Duarte havia sido sequestrada e vendida para uma região remota nas montanhas. Foram três anos de sofrimento inimaginável, sendo submetida a abusos que quase a fizeram perder a vida. Finalmente, ela foi resgatada.

Os policiais a levaram até a porta de casa. Quando Arabella desceu do carro e olhou para a imponente mansão à sua frente, seus olhos transmitiam estranheza, como se aquele lugar não fosse mais o seu lar.

Não era culpa dela não reconhecer. A Mansão Duarte estava completamente transformada naquele dia, decorada de forma exuberante e radiante para uma grande festa.

— É a Mansão Duarte, certo? — Perguntou o policial que dirigia, intrigado.

O colega ao lado confirmou com um aceno firme.

— É sim. Liguei várias vezes para avisar que a filha deles tinha sido encontrada, mas acharam que era golpe e desligaram na minha cara.

A policial que os acompanhava não escondeu o tom crítico:

— A filha desaparecida por tanto tempo e eles ainda têm ânimo para organizar uma festa?

Arabella ficou parada sob o sol escaldante, ouvindo a conversa dos policiais. Seus sentimentos eram um misto de complexidade, mas, acima de tudo, ela estava tomada por um alívio emocionado. Finalmente, estava em casa.

— Arabella, vá para casa. — Disse a policial com gentileza, tentando encorajá-la.

— Sim. — Respondeu Arabella com um leve sorriso, assentindo com a cabeça antes de começar a caminhar em direção ao jardim.

Ela não sabia se era o casamento do irmão ou outra ocasião especial, mas o clima festivo era evidente. Coincidentemente, ela havia retornado naquele dia de celebração, o que poderia ser considerado um sinal de sorte, uma “dupla comemoração”. Arabella tinha certeza de que, ao vê-la, seus pais ficariam em êxtase.

Conforme se aproximava da entrada, a emoção crescia dentro dela. O coração batia acelerado e seus olhos ficavam marejados.

Na frente da mansão, dezenas de carros de luxo estavam estacionados. O gramado estava decorado de forma acolhedora e romântica. Quando chegou mais perto, Arabella reparou em um grande banner com letras chamativas: “Caleb Silveira & Balbina Duarte — Festa de Noivado”.

Arabella sentiu tudo ao seu redor girar. O entusiasmo e a alegria que até então preenchiam seu peito congelaram de repente. Suas pernas enfraqueceram, quase a derrubando.

Caleb era o filho da influente família Silveira, em Darlim. Ele também era seu namorado de infância.

E naquele dia, Caleb estava noivando com Balbina, sua irmã adotiva. O mesmo Caleb que, anos atrás, prometera protegê-la, amá-la e fazê-la feliz pelo resto da vida, agora estava prestes a se casar com outra pessoa.

Arabella ficou paralisada, seus lábios tremiam e ela mordia a parte interna da boca para conter as lágrimas. Aquilo não podia ser verdade.

— Arabella, entre logo. Sua família vai ficar emocionada quando te vir. — Disse a policial, ao notar que ela havia parado de andar no meio do caminho. Pensou que Arabella estivesse nervosa por reencontrar seus pais e tentou encorajá-la novamente.

Mas Arabella não respondeu. Seu corpo estava trêmulo e seus olhos estavam fixos no banner. Ela parecia petrificada, incapaz de dar mais um passo.

Dentro da mansão, a música tocava alto, as pessoas riam e conversavam animadamente. O casal no centro das atenções estava sendo incentivado pelos convidados a se beijar, quando, de repente, uma voz se sobressaiu na multidão.

— Arabella voltou!

O burburinho cessou imediatamente, e o silêncio tomou conta do salão. Todos os olhares se voltaram para a porta, e os presentes arregalaram os olhos em choque.

— É mesmo a Arabella... Mas o que aconteceu com ela?

— Está parecendo uma mendiga...

— Não foi ela que foi sequestrada e levada para as montanhas para ter filhos de um velho? Como conseguiu escapar?

— A polícia que trouxe ela de volta!

Os convidados cochichavam entre si, curiosos e surpresos, encarando Arabella com expressões diversas.

No centro da festa, o casal de noivos também ficou estático. Caleb e Balbina congelaram ao ver a mulher magra e abatida parada no jardim.

— Irmã... — Murmurou Balbina, com os olhos arregalados. Ela parecia não acreditar que Arabella ainda estava viva.

Arabella permaneceu imóvel na entrada, sentindo o peso de todos aqueles olhares. Mas ela não reagiu.

Antes, Arabella era a mulher mais admirada de Darlim. Como a primeira-dama da alta sociedade, ela sempre chamava atenção em qualquer evento, brilhando com sua confiança e carisma. Nenhuma outra mulher conseguia ofuscá-la.

Seu nome era sinônimo de perfeição e sonho. Ela era a joia da família Duarte, desejada por todos os jovens da cidade.

Mas tudo isso terminou de forma abrupta três anos atrás.

Naquela noite fatídica, Arabella e Balbina estavam voltando de uma festa. Já era tarde da noite quando o pneu do carro furou. O motorista desceu para trocar o pneu, e as duas irmãs ficaram segurando a lanterna para ajudá-lo.

De repente, uma van surgiu em alta velocidade e tentou sequestrar Balbina. Arabella lutou com todas as forças para impedir, e, com a ajuda do motorista, conseguiu salvar a irmã.

Mas, enquanto o motorista estava distraído, os criminosos agiram rápido. Um deles jogou um saco sobre Arabella, imobilizando-a completamente, e a jogou na van antes de desaparecerem na escuridão.

Arabella achou que seria apenas um sequestro comum, que sua família pagaria o resgate e ela seria libertada. Mas o que ela não sabia era que havia caído nas mãos de uma organização criminosa especializada em tráfico de pessoas, que operava em várias regiões do país.

Depois de ser capturada, Arabella foi vendida várias vezes até ser levada para as profundezas de uma região remota nas montanhas.

Nos últimos três anos, Arabella havia sido mantida acorrentada em um chiqueiro, dividindo espaço com dois porcos. Ela comia e dormia ao lado dos animais, sofrendo todo tipo de abuso e tratamento desumano. Por inúmeras vezes, ela quase foi violentada, mas, nos momentos mais críticos, era salva pelo seu “marido idiota”.

Arabella acreditava que jamais conseguiria fugir daquele lugar sombrio, onde os dias pareciam não ter fim. Achava que passaria o resto da vida presa naquela escuridão.

Mas o destino, de maneira inesperada, sorriu para ela. Durante uma operação nacional contra o tráfico humano, a polícia conseguiu resgatá-la.

Por três anos, Arabella sonhou com o dia em que voltaria para casa, imaginando cada detalhe do reencontro com sua família. Mas nunca, nem mesmo em seus pesadelos, ela havia pensado em uma cena como a que encontrou: uma festa de noivado entre seu namorado e sua irmã adotiva.

Após um momento de silêncio constrangedor, um dos convidados rompeu a tensão com um comentário.

— Arabella, você voltou! — Disse uma mulher mais velha, com um sorriso hesitante.

Arabella piscou lentamente, desviando o olhar do banner e fitando a mulher que lhe dirigia a palavra. Ela esboçou um leve sorriso e respondeu com voz baixa:

— Sim, eu voltei…

Outra pessoa, mais ousada, comentou:

— Você deve ter passado por maus bocados, coitada… Está tão magra e abatida.

Antes que pudesse continuar, um familiar ao lado a cutucou discretamente e sussurrou:

— Cala a boca! Dizem que ela está doente… Pode ser contagioso.

— Falar não contagia, né? — Retrucou a mulher, encolhendo os ombros.

A conversa desconfortável foi interrompida quando os membros da família Duarte saíram correndo da mansão. Carlota Gonçalves, mãe de Arabella, parou de repente no topo dos degraus, olhando fixamente para a filha. Seus olhos se arregalaram, e seu corpo ficou imóvel.

A mulher diante dela, que um dia havia sido sua filha cheia de vida, estava irreconhecível. O cabelo, antes longo e brilhante, agora era uma bagunça desordenada, cortado de forma desleixada. As roupas eram velhas e surradas, e os sapatos, claramente masculinos, estavam desgastados. Nos braços e tornozelos de Arabella, marcas de hematomas e feridas deixavam evidente o sofrimento que ela havia vivido.

Carlota a encarou da cabeça aos pés, sentindo um choque profundo. Depois de alguns segundos, ela murmurou, com a voz trêmula:

— É mesmo a Arabella…

Ao ouvir a voz de sua mãe, o coração de Arabella se aqueceu com uma onda de emoção. Ela deu um passo à frente, lutando contra as lágrimas.

— Mãe, eu voltei.

Logo atrás de Carlota, Salomão Duarte, o patriarca da família, e o irmão mais velho de Arabella apareceram. Ela os viu e, com a voz embargada, chamou:

— Pai, mano…

Salomão olhou para a filha com uma expressão estranha. Ele assentiu lentamente e respondeu:

— Sim… Que bom que você está de volta.

Depois disso, ele virou o rosto para Carlota, trocando com ela um olhar carregado de significados. Ambos estavam pensando na mesma coisa: o que haviam descoberto no ano anterior.

No ano passado, quando receberam notícias da polícia sobre Arabella, toda a família havia ido à delegacia. Lá, Balbina viu os relatórios que diziam que Arabella havia sido vendida para uma aldeia remota, onde foi “casada” com vários homens mais velhos. Mais tarde, ela teve um filho que nasceu com deformidades e foi diagnosticado com HIV.

Ao voltar da delegacia naquele dia, Carlota não conseguiu dormir por um mês inteiro. Chorava todas as noites, perdendo mais de dez quilos nessa época. No entanto, pensando na reputação da família Duarte e no bem-estar de todos, ela decidiu, com o coração pesado, pedir à polícia que parasse de procurar por Arabella.

Mas, contra todas as probabilidades, Arabella foi resgatada e trazida de volta.

O tom frio da recepção chamou a atenção do policial que comandava a operação de resgate. Ele franziu o cenho e perguntou, com visível insatisfação:

— Sr. Salomão, sua filha voltou para casa. Por que vocês estão tão indiferentes?

O policial estava acostumado a ver famílias desesperadas esperando na porta de casa, chorando de alegria ao reencontrar seus entes queridos resgatados. Mas, naquele momento, os Duarte pareciam estranhos e distantes, como se não quisessem reconhecer Arabella.

Salomão, ao ser questionado, pareceu se dar conta da situação. Ele forçou um sorriso, caminhando até o policial.

— Claro que estamos felizes, senhor. É só que… Bem… No ano passado, disseram que era impossível resgatá-la.

Naquela época, a polícia havia explicado que a aldeia onde Arabella estava era extremamente fechada e hostil, formada por membros da mesma família. Qualquer tentativa de resgate era recebida com violência, e as mulheres que caíam lá raramente conseguiam escapar.

O policial não se conteve e devolveu a resposta com firmeza:

— E o que isso quer dizer? Agora que conseguimos trazer sua filha de volta, vocês não estão felizes?

— Não, não, claro que estamos! — Salomão riu nervosamente, dando alguns passos na direção de Arabella. — Minha filha, que bom que você voltou. Eu e sua mãe sentimos tanto a sua falta que nossos cabelos até ficaram brancos.

Arabella levantou os olhos e encarou o pai. Seus olhos percorreram os cabelos dele, ainda escuros e densos, sem nenhum fio branco à vista. Mesmo assim, ela sorriu, com a voz rouca:

— Também senti saudades…

Carlota se aproximou, hesitante. Quando estava a poucos passos de Arabella, ela parou de repente. Uma expressão de nojo cruzou seu rosto ao sentir o cheiro que vinha da filha. Carlota levou a mão ao nariz, tentando disfarçar.

— Arabella… — Disse ela, a voz baixa e hesitante.
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