Luiza ficou tão assustada que quase saltou da cama, mas foi mantida pressionada por ele e não conseguia se mexer.- Já foi tudo dado! - Sua voz estava cheia de ressentimento.Miguel resmungou friamente.- Eu não me importo. De qualquer forma, você vai buscar esse amuleto de volta para mim.Luiza sacudiu a cabeça, se recusando a concordar. Já que ela já havia dado o amuleto, como poderia ter coragem de pedir de volta? Mas se ela discordasse, Miguel a "seduziria". Luiza agarrou firmemente o lençol com as mãos, o suor começando a brotar de sua testa. No final, ela teve que ceder, resignada: - Está bem, me solte!- É melhor você fazer o que prometeu, não ignore minhas palavras. - Disse Miguel, a soltando e foi vestir uma camisa preta.Luiza ficou furiosa e bateu na cama. Miguel olhou friamente para ela, seu olhar a fez tremer de medo. Luiza ousou não dizer nada, apenas murmurou: - Eu te odeio...- O que você disse?Miguel olhou para ela, seus olhos ainda cheios de intensidade, a faz
Luiza enxugou as lágrimas e disse a Lívia:- Lívia, pode passar o remédio em mim?- Claro. - Lívia tratou Luiza como se fosse uma criança, pegou um cotonete para aplicar o medicamento e instruiu. - A senhora deve ficar quietinha hoje. O senhor pediu para você ficar em casa e não ir a lugar nenhum.- Entendi. - Luiza respondeu de maneira abafada, era sábado hoje, se não saísse, então não saiu. Ao meio-dia, Miguel ligou para Lívia, perguntando como Luiza estava.Lívia respondeu:- A senhora está bem, já aplicou o remédio e está em casa almoçando.Luiza, que estava ao lado almoçando, ouviu que era uma ligação de Miguel e disse:- Lívia, me dê o telefone, eu vou falar com ele.Lívia passou o telefone.Luiza pegou o telefone, e Miguel, do outro lado, ficou em silêncio.Luiza esperou um momento, começou a ficar nervosa e inconscientemente chamou:- Miguel...Por que ele não estava falando?Havia acontecido alguma coisa?- Como está a sogra? - Luiza, segurando o telefone, se sentiu nervosa s
Ela se sentou de repente tão perto, que deixou Miguel surpreso.- Por que tão perto assim?O rosto dela corou levemente.- Foi sem querer.Miguel, sem dizer nada, respondeu de forma suave e perguntou:- Você já jantou?- Sim, jantei em casa. E você, comeu no hospital?- Comi. - Miguel parecia cansado, dando um leve suspiro.Luiza o observava, nervosa.- Como está a saúde da sua mãe?- O relatório só sai amanhã. - Miguel olhou para ela.Luiza, preocupada que ele pudesse estar de mau humor, disse de forma suave:- Não se preocupe tanto, sua mãe vai ficar bem.Enquanto falava, o abraçava, tentando consolá-lo.Miguel sentiu um tumulto no peito e, de repente, levantou a mão, circulando a cintura fina dela.- Obrigado por me consolar.Luiza não falou nada, apenas continuou o abraçando em silêncio.De repente, Miguel perguntou:- Sua bunda está melhor? Ainda dói?- Melhorou muito depois que apliquei o remédio. - Luiza respondeu, envergonhada.- Me deixe ver. - Ele tentou levantar a saia dela.
Ao chegar nesse ponto, Luiza ficou um pouco desanimada e franziu as belas sobrancelhas, dizendo:- Já foram todos dados, seria muito constrangedor pedir de volta.- De qualquer forma, tem que ser recuperado. - O tom de Miguel não deixava margem para discussão, especialmente porque ele detestava vê-los no pescoço dela.Luiza achava que ele era realmente uma pessoa peculiar.O que ela dava a ele, ele não fazia questão de usar, mas ficava ainda mais irritado ao ver outros usando.- Entendido... - Ela se aconchegou nele e concordou.Finalmente satisfeito, Miguel a beijou na testa, com uma voz muito mais suave.- Durma.Luiza o abraçou e lentamente adormeceu.Quando estava quase amanhecendo, Miguel recebeu uma ligação. Após ouvir algumas palavras do outro lado, seu rosto se endureceu e ele saiu da cama às pressas.Luiza pressentiu que algo estava errado e se sentou na cama.- Tio, o que aconteceu?- Os resultados dos exames da minha mãe saíram, há um problema, preciso ir lá agora. - Miguel
Theo era decisivo. Ele retirou o amuleto da sorte que usava no pescoço e, ao mesmo tempo, apresentou uma caixa de presente.- Este amuleto da sorte pode ser devolvido à Srta. Luiza, mas espero que a Srta. Luiza aceite o meu presente em retribuição.Luiza se surpreendeu.- Mas isso foi um presente de aniversário para você, como assim um presente em retribuição?- Não estou acostumado a receber presentes sem retribuir. Se for para aceitar, deve existir uma retribuição. - Theo abriu a sua própria caixa de presente.Dentro, havia também um amuleto da sorte.Porém, era um amuleto da sorte adornado com diamantes, claramente destinado a uma senhora.Ele afirmou, sem deixar margem para dúvidas:- Ontem à noite, a Srta. Luiza me deu um amuleto da sorte, então fiz questão de escolher um presente em retribuição. A Srta. Luiza não vai recusar meu presente, vai?Luiza não viu outra opção senão aceitar o presente.- Então está bem, vamos trocar presentes. Obrigada, Presidente Pires.Afinal, o amulet
Luiza caminhava lentamente em direção ao quarto do hospital.Helena jazia na UTI, seu rosto, outrora belo, agora estava muito mais magro do que o habitual.Não era de se admirar que Miguel estivesse de mau humor desde que voltou do hospital, dado que a condição de Helena havia piorado.- Se sentem. - Disse Helena suavemente, enquanto recebia a medicação por via intravenosa, convidando ela a se sentar.Luiza, obediente, se sentou.Enquanto olhava para a agulha intravenosa em sua mão, Helena disse em voz baixa:- Os resultados dos exames saíram hoje, e não são bons. Pode ser que eu precise de uma cirurgia nos próximos dias.Luiza acenou com a cabeça, sabendo que sua sogra ainda tinha mais a dizer, e escutou atentamente.- Ouvi dizer que você voltou a morar na Quinta do Lago nos últimos dias?Ao ouvir isso, Luiza se enrijeceu e olhou para sua sogra.Sua sogra sabia de tudo.Helena prosseguiu calmamente:- Você teme que sua sogra morra subitamente e não possa ajudá-la a tirar seu pai da pr
Luiza se viu numa situação complicada.Baixou os olhos, falando de maneira indiferente:- Não é que eu não queria me divorciar, é que o período de reflexão de um mês ainda não terminou.Ainda faltavam mais de dez dias para o final desse período.Clara acenou com a cabeça.- Eu sei disso, mas você poderia se mudar da Quinta do Lago? Por favor, não more mais lá. Se algo inesperado acontecer, minha tia não vai suportar.Clara a ameaçou, usando Helena.O que ela queria dizer era que, se Luiza não concordasse, e algo ruim acontecesse a Helena por causa disso, a culpa seria de Luiza.Clara era realmente capaz de tudo.Com a voz rouca, Luiza perguntou:- Srta. Clara, você poderia me devolver aquela bolsa que está em suas mãos?Clara ficou paralisada por um momento, um pouco confusa.- Por que de repente quer a bolsa que estou segurando?- Porque vendi essa bolsa para a Srta. Clara, então Miguel me pediu para devolver o dinheiro. Agora devo a ele 4 milhões e não posso deixar a Quinta do Lago.
Luiza pressionou o botão para chamar o elevador e, quando as portas se abriram, se deparou com uma figura imponente de pé no interior. Era Fabiano, vestindo, para sua surpresa, um uniforme de paciente. Ele pareceu momentaneamente atônito.- Luiza?- O que você está fazendo aqui? - Luiza se mostrou igualmente surpresa ao vê-lo.Fabiano forçou um sorriso.- Fui internado depois de Miguel ter quebrado uma das minhas costelas na Quinta do Lago.Ela não esperava que Miguel tivesse sido tão severo, mas não sentiu simpatia por Fabiano.- Você veio visitar sua sogra? - Indagou Fabiano.Luiza assentiu.- Como você sabia?- Vim visitar a tia também. Estamos no mesmo hospital, então decidi subir para vê-la. - Fabiano soube que Helena iria se submeter a uma cirurgia e veio visitá-la.- Então vá ver sua tia. Estou de saída. - Disse Luiza.Ela estava a ponto de entrar no elevador quando, por algum motivo, Fabiano subitamente segurou o botão para manter as portas abertas.Ele queria se desculpar, ma