- Por que voltou com ele? - Miguel a envolveu em seu abraço.- Hoje fui atrás do amuleto da sorte com ele, e ele me trouxe de volta. - Luiza sentia um aperto no coração, tentava delicadamente se afastar, desejando sair de seus braços.Miguel não a deixou, segurou ela mais firme, apoiando o queixo em sua cabeça.- Conseguiu recuperar o amuleto da sorte?Luiza fez que sim com a cabeça.Ouvindo isso, Miguel visivelmente se animou.Isso sim era melhor.Ele a guiou pela mão até a sala de jantar.- Lívia preparou o seu prato favorito esta noite.Luiza ficou em silêncio enquanto ele a conduzia até a mesa, repleta de seus pratos prediletos.- Miguel, você já jantou? - Luiza perguntou baixinho, olhando para os pratos na mesa.- Estava esperando você para comermos juntos.Luiza assentiu, com uma voz suave como a de algodão.- Está bem, então vamos comer juntos.Poderia ser o último jantar, então decidiu acompanhá-lo.Luiza se sentou e colocou sua bolsa ao lado.Miguel lançou a ela um olhar, pare
Luiza ficou em silêncio, a respiração se tornou pesada enquanto ele segurou seu queixo, forçando ela a levantar a cabeça.- Fale.- Sim. - Admitiu Luiza, olhando nos olhos dele.O rosto dele se fechou.- O que você está pensando?Ela ficou em silêncio por um momento, a voz fria.- Eu quero me separar de você.O olhar de Miguel se tornou penetrante.- Sério?- Sério. - Ela confirmou com um aceno.- Não sente nada, nem um pouco de pesar? - Ele perguntou.Luiza comprimiu os lábios; havia saudade, mas de que valia? Clara estava grávida, e seu pai esperava por ela na prisão.Eera ela quem não tinha escolha, só podia desistir.Então, ela disse:- Já te disse, decidi que não te amo mais.Miguel ficou atordoado, seu rosto momentaneamente pálido.Luiza aproveitou a oportunidade para se soltar e fugir com sua bolsa.Miguel, se recuperando, avançou com passos largos para alcançá-la, acidentalmente puxou sua bolsa, fazendo com que uma elegante caixa de presente caísse dela.Era o amuleto da sorte
Para fazê-lo se enojar, Luiza suportou a dor ao dizer:- Sim, me apaixonei por ele, vou seguir com ele.- Você realmente não muda. - Miguel olhou para ela friamente.- E você? - Luiza perguntou, suportando a dor, com o rosto pálido. - Claramente, você fez a Clara engravidar, por que continua me perturbando? É porque ela não pode fazer certas coisas no início da gravidez e por isso que você não me deixa em paz? É porque você quer dormir comigo, não é?- Não. - Miguel negou.Luiza ficou atônita.- Então, qual é a sua intenção? Você se apaixonou por mim?A emoção nos olhos dele estava turbulenta, e justo quando Luiza pensou que ele diria sim, ele se calou.Após alguns segundos de silêncio, o coração de Luiza esfriou, e ela sorriu amargamente,- Se não me ama, então me deixe ir.Desta vez, ele não se opôs, soltou ela e se sentou na cama.Luiza arrumou suas roupas, enquanto ele permanecia sentado, mantendo a mesma pose, como um túmulo solitário.Luiza olhou para sua silhueta e disse suaveme
Havia andado apenas alguns passos quando o telefone tocou.Era Clara quem ligava.- Miguel, a tia não está se sentindo muito bem., ela quer ver você agora.Miguel olhou para a mulher na janela, que estava quieta, provavelmente perdida em pensamentos.Ele, por fim, não foi até lá, se virou e se dirigiu para o hospital.No hospital.Quando Miguel entrou, Clara estava massageando a barriga de Helena, que estava pálida e parecia estar muito mal.- Mãe, você está bem? - Miguel se sentou ao lado dela e pegou a mão de Helena.Helena deu um tapinha fraco no dorso da mão dele.- Tenho tido dores de estômago frequentes, acho que não vou durar muito.Miguel, com um semblante sombrio, confortou ela:- Não vai ser assim, a medicina está muito avançada. Depois da cirurgia, você vai ficar bem.- Não me esconda a verdade. Eu vou fazer uma gastrectomia total. Mesmo que a cirurgia seja um sucesso, no máximo, viverei mais um ano e meio. Se não der certo, talvez eu nem sobreviva à cirurgia depois de amanh
- Quem te deu permissão para sugerir essas coisas à minha mãe? - Miguel parou, olhando ela de cima para baixo.Clara ficou surpresa e seus olhos rapidamente se encheram de lágrimas.- Miguel, não fui eu quem sugeriu, foi a sua mãe.- Ela pensa que o filho que você espera é meu, claro que sugeriria isso.Clara ficou atônita, baixando a voz:- Fale mais baixo.Ela temia que as pessoas de Helena ouvissem essa frase.Miguel manteve uma expressão indiferente.- Você sabe muito bem qual é o nosso acordo.Clara, com lágrimas nos olhos, disse de forma pungente:- Mas você não disse que realizaria qualquer desejo meu? Meu desejo agora é casar com você.- E daí se eu casar com você? Você sabe que eu não te amo. - Miguel permaneceu impassível.- Eu sei, mas ainda te amo. - Sua voz era suave. - Não quero que você sofra, por isso me dediquei a cuidar da tia, quero apenas fazê-la um pouco mais feliz e realizar o desejo dela.Miguel achou isso engraçado.- Agradeço por cuidar da minha mãe, mas você f
No dia seguinte, Luiza estava trabalhando no estúdio. Como Marina tinha viajado a trabalho recentemente, Luiza precisava ir ao trabalho todos os dias. Olívia subiu e disse:- Srta. Luiza, tem um visitante à sua procura lá embaixo.- Já vou. - Luiza colocou de lado o esboço que ela estava desenhando e desceu as escadas.Clara esperava na sala de exposições. Ao vê-la, perguntou com um sorriso:- Lulu, já devolveu a bolsa ao Miguel?- Já devolvi. - Luiza respondeu, mantendo um semblante calmo. - Srta. Clara, o que a traz ao nosso estúdio?Clara sorriu.- Na verdade, ontem à noite, no hospital, Miguel me pediu em casamento.Luiza ficou chocada, sentindo como se milhares de agulhas lhe perfurassem o coração.Miguel pediu Clara em casamento ontem à noite?Depois de discutirem, ele foi pedir Clara em casamento?- Assim que minha mãe terminar a cirurgia, Miguel e eu vamos nos casar. Gostaria de encomendar um vestido de noiva aqui. - Clara continuou, falando mais para si mesma.Luiza quase não
Ela correu de volta para a Luminar Joias para buscar algumas coisas. Não esperava que, ao abrir a porta, encontrasse o estúdio todo bagunçado, revirado de cima a baixo.Luiza ficou parada, chocada, e perguntou a Olívia:- Olívia, o que aconteceu? O estúdio foi assaltado ontem à noite?- Eu não sei, acabei de chegar. - Olívia estava confusa.Luiza disse:- Ana veio trabalhar hoje?- Ainda não.- Já são mais de nove da manhã. - Luiza, de repente, teve um mau pressentimento e instruiu Olívia. - Vá rápido ao armazém, veja se aquele lote de novos designs de roupas ainda está lá.Olívia correu para o armazém imediatamente.Luiza subiu para o segundo andar; seu escritório também estava uma bagunça, e seu notebook, completamente destruído.Ela mudou de expressão e se agachou para procurar os desenhos de design.A fechadura da gaveta estava quebrada, e todos os papéis haviam desaparecido.Luiza ficou estremecida.Nesse momento, Olívia correu até ela, com uma expressão de urgência:- Chefe, aqu
Luiza saiu da delegacia, com a cabeça cheia de confusão, sem saber como explicar a situação. Depois de pensar um pouco, decidiu ligar para Theo.Theo ficou em silêncio por um momento e então a consolou, dizendo:- Não entre em pânico por agora, vou enviar alguém para procurar por Ana.- Ela pode ser encontrada?- Vou tentar. - Theo a consolou por mais alguns instantes e desligou o telefone.Do outro lado, Camile lhe serviu um café e perguntou:- Presidente Pires, vamos realmente ajudar a Srta. Luiza a encontrar Ana?Theo, elegante em sua postura, sentado no sofá, folheou os documentos em suas mãos e respondeu:- Se Luiza quebrar o contrato conosco, do Grupo NAS, quanto ela teria que nos pagar em indenização?Camile respondeu:- A despesa de promoção para o lançamento do novo produto na Europa e na Ásia alcançou um total de cinquenta milhões. Se não conseguirmos lançá-lo, ela provavelmente terá que nos pagar uma indenização de cinquenta milhões.Theo refletiu por um momento.- Prepare o