— Não. — Jean respondeu com seriedade, explicando. — Na nossa família, os Auth, não temos hábitos de consumo extravagantes. Não somos do tipo que só usa marcas famosas. Se gostamos de algo, se nos agrada, mesmo que seja um objeto encontrado em uma lojinha de rua, ele se torna especial.Eu fiquei impressionada com aquilo. Olhei para ele e acenei com a cabeça, concordando. Antes que pudesse dizer algo, o garçom chegou com os pedidos, interrompendo a conversa.Dei alguns goles no meu chocolate quente, e o sabor doce e reconfortante pareceu acalmar um pouco meu nervosismo. Aos poucos, me senti mais relaxada, menos tensa. Então, lembrei da dúvida que me atormentava há dias. Coloquei a xícara de volta na mesa e perguntei, curiosa:— Sr. Jean, naquela noite de domingo... como foi que o senhor me encontrou?Jean tomou um gole de seu café, e só depois de engolir respondeu com calma:— Foi por acaso. Eu estava indo buscar outra pessoa e acabei te encontrando.Sorri, agradecida, e disse com since
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