— Hum! — Clarice respondeu com um murmúrio leve. Jaqueline soltou um grito animado: — Uau, que maravilha! Agora eu vou ter um afilhado e uma afilhada! Amanhã mesmo vou sair para comprar roupinhas de bebê! Ela estava genuinamente feliz por Clarice. — E você, como está? Clarice havia ligado porque Jaqueline não tinha dado notícias, e ela estava preocupada. Agora, ao ouvir a voz dela e perceber que estava tudo bem, Clarice se sentiu mais tranquila. — Estou ótima! Assim que desligar vou dormir. — Jaqueline respondeu, mas preferiu não contar a verdade. Não queria que Clarice se preocupasse. — Então vai descansar. Amanhã cedo nos encontramos no estúdio. — Clarinha, feliz aniversário! — O resultado do ultrassom de hoje foi o melhor presente de aniversário que eu poderia ganhar. Estou muito feliz! — Clarice respondeu com um sorriso na voz. Afinal, Túlio havia reunido toda a família na Mansão Davis naquele dia, e ela não podia falar abertamente sobre o que realmente a alegrava
Teresa pensou consigo mesma que, agora que todos haviam visto ela e Sterling juntos, seria muito mais fácil no futuro. Quando estivessem oficialmente juntos, nem precisaria avisar ninguém. Que maravilha! — Eu também não sei. — Sterling respondeu, sincero. Ele realmente não sabia, porque o avô apenas ligou pedindo que ele comprasse um bolo e um presente, sem mencionar de quem era o aniversário. Agora, vendo toda a família Davis reunida, ele ficou ainda mais confuso. — Então vamos entrar. — Teresa, percebendo os olhares sobre os dois, endireitou os ombros e começou a andar com passos elegantes e calculados. O mordomo, Gustavo, apareceu correndo da casa e parou bem na frente de Sterling. — Me entregue as coisas, por favor! — Ele pediu. Teresa, sem hesitar, empurrou o bolo e o presente para Gustavo. — Obrigada, Gustavo! — Ela disse, com um sorriso doce. — Sra. Teresa, não precisa me agradecer! — Gustavo respondeu apressado. Ele era apenas um empregado, e ajudar os patrões
Teresa ficou imóvel, surpresa com o que acabara de ouvir. Ela nunca imaginou que Virgínia fosse sugerir que ela voltasse a morar na casa da família. Se ela voltasse a viver ali, seria impossível convencer Sterling a passar as noites com ela. Não haveria chance de usar seus habituais jogos emocionais para atraí-lo. E, acima de tudo, conviver diariamente com Virgínia colocaria seus segredos em risco. — Faremos como minha mãe disse. — Sterling respondeu em um tom firme e inabalável. O desespero tomou conta de Teresa. Sterling havia prometido que não deixaria ela voltar para a mansão. Ele até tinha mencionado a possibilidade de comprar uma casa para ela. Mas agora, do nada, ele parecia indiferente. Será que ele estava a punindo por ela ter agarrado o braço dele mais cedo? Seria essa a forma dele de mandar um recado? E agora, o que ela deveria fazer? Virgínia, com um sorriso sarcástico, virou-se para uma das empregadas. — Ajude Teresa a andar. Sterling já está cansado. A emprega
Clarice ignorou Sterling completamente, como se ele fosse invisível. Ele tinha feito mais de vinte pessoas esperarem horas só por causa de Teresa. Um comportamento tão egoísta era repulsivo. Mesmo que eles fossem apenas um casal por conveniência, Clarice não tinha ânimo algum para ajudá-lo a manter as aparências. Sterling franziu o rosto, visivelmente irritado. — Clarice, o que você quer dizer com isso? Ele sabia que ela estava fazendo de propósito, tentando humilhá-lo diante de todos. — Sterling, já chega! — Túlio interrompeu, sua voz carregada de raiva. — Você é o marido da Clarinha! Não saber que hoje é o aniversário dela já é ruim o suficiente, mas eu mesmo te lembrei disso antes! Pedi para você comprar um bolo e preparar um presente. E o que você trouxe? Um bolo que está praticamente derretido e um brinquedo de pelúcia barato! Você está sem dinheiro ou sem vergonha? Agora me diga, que direito você acha que tem de criticar a Clarinha? Túlio estava explodindo de raiva. N
Teresa mordeu os lábios e disse: — Mãe, eu só amo o Durval. Desde pequena, sempre foi ele! Quero ficar em casa, guardar luto por ele e ser fiel à memória dele até o fim da minha vida! Enquanto pronunciava essas palavras, o pensamento que realmente passava por sua cabeça era outro: se soubesse antes que Durval era um inútil, teria mirado em Sterling desde o começo. Assim, ela e Sterling já estariam juntos há muito tempo, e Clarice nunca teria entrado na história. — Vou acreditar em você, por enquanto! Mas, se você não cumprir o que prometeu, não espere que eu tenha piedade! — Virgínia respondeu com frieza. Ela havia dado a Teresa duas escolhas, e agora que Teresa havia feito sua decisão, deveria seguir o combinado. Teresa respirou fundo e, com um sorriso, assentiu. — Mãe, pode confiar em mim! Você vai ver que eu não vou decepcionar! Uma das empregadas, que estava ao lado, lançou um olhar discreto para Teresa. Internamente, a mulher pensou: com todo aquele jeito grudento com
Com aquelas palavras, Clarice deixou clara sua posição e, ao mesmo tempo, mandou um recado direto para Sterling: se Teresa gostava dele, ela não iria competir. Túlio ouviu o que ela disse e imediatamente sentiu-se revigorado. Ele estava preocupado que Clarinha ficasse apenas se lamentando, sem reagir. Mas, vendo agora como ela respondeu à altura, ficou claro que suas preocupações eram desnecessárias. Clarice finalmente amadurecera, superando aquela fixação cega por Sterling. Teresa não esperava que Clarice fosse se posicionar dessa forma e ficou completamente surpresa. Antigamente, Clarice jamais a deixaria em uma situação embaraçosa, especialmente na frente de tantas pessoas. O que estava acontecendo hoje? Sem saída, Teresa rapidamente olhou para Sterling, como se estivesse pedindo ajuda. Seus olhos ficaram marejados, e ela murmurou com a voz trêmula: — Sterling, eu... Ela parecia tão frágil, tão indefesa, como se o mundo inteiro estivesse contra ela. Sterling arqueou
O movimento repentino de Teresa deixou Clarice completamente atônita. Por alguns segundos, ela ficou paralisada, sem reação, permitindo que Teresa segurasse sua mão e repetidamente a golpeasse contra o próprio rosto. Túlio, que já estava irritado, observava a cena em silêncio. Ele, de maneira egoísta, acreditava que, se Clarice descarregasse sua frustração em Teresa, talvez se sentisse melhor. Por isso, ele não interveio. Virgínia, por sua vez, ainda sentia a humilhação do sermão que havia levado de Túlio por causa de Teresa. Ela guardava rancor da nora e, naquele momento, estava satisfeita em vê-la sendo disciplinada, então também não disse nada. Os demais familiares, conhecendo o carinho que Túlio tinha por Clarice, não se atreveram a defender Teresa depois de todas as suas atitudes hipócritas. Para eles, o que acontecia ali era quase um espetáculo, algo para assistir sem interferir. Sterling, no entanto, estava com o rosto sombrio. Ele se aproximou rapidamente e agarrou o pu
— Clarice, estou grávida. Você precisa se divorciar do Sterling o quanto antes, senão, quando a criança nascer, vai crescer sem pai. Que crueldade seria! — A voz chorosa da mulher ecoava pelo telefone.Clarice Preston apertou as têmporas com os dedos, o rosto impassível enquanto respondia com frieza:— Teresa, quer dizer mais alguma coisa? Fale logo, assim eu gravo tudo de uma vez. Vai ser útil no processo de divórcio para eu pegar mais dinheiro dele.— Clarice, sua desgraçada! Está gravando?! — Teresa gritou, furiosa, antes de desligar abruptamente.O som do telefone mudo ficou no ar. Clarice abaixou o olhar para o teste de gravidez que segurava nas mãos. As palavras "quatro semanas" saltavam da folha como se estivessem em negrito. Aquilo parecia um golpe, mas, ao mesmo tempo, uma chance de redenção.Ela havia planejado contar a Sterling sobre a gravidez naquela mesma noite, mas agora sabia que isso era desnecessário. A decisão já estava tomada: aquele filho, apesar de vir em um momen
O movimento repentino de Teresa deixou Clarice completamente atônita. Por alguns segundos, ela ficou paralisada, sem reação, permitindo que Teresa segurasse sua mão e repetidamente a golpeasse contra o próprio rosto. Túlio, que já estava irritado, observava a cena em silêncio. Ele, de maneira egoísta, acreditava que, se Clarice descarregasse sua frustração em Teresa, talvez se sentisse melhor. Por isso, ele não interveio. Virgínia, por sua vez, ainda sentia a humilhação do sermão que havia levado de Túlio por causa de Teresa. Ela guardava rancor da nora e, naquele momento, estava satisfeita em vê-la sendo disciplinada, então também não disse nada. Os demais familiares, conhecendo o carinho que Túlio tinha por Clarice, não se atreveram a defender Teresa depois de todas as suas atitudes hipócritas. Para eles, o que acontecia ali era quase um espetáculo, algo para assistir sem interferir. Sterling, no entanto, estava com o rosto sombrio. Ele se aproximou rapidamente e agarrou o pu
Com aquelas palavras, Clarice deixou clara sua posição e, ao mesmo tempo, mandou um recado direto para Sterling: se Teresa gostava dele, ela não iria competir. Túlio ouviu o que ela disse e imediatamente sentiu-se revigorado. Ele estava preocupado que Clarinha ficasse apenas se lamentando, sem reagir. Mas, vendo agora como ela respondeu à altura, ficou claro que suas preocupações eram desnecessárias. Clarice finalmente amadurecera, superando aquela fixação cega por Sterling. Teresa não esperava que Clarice fosse se posicionar dessa forma e ficou completamente surpresa. Antigamente, Clarice jamais a deixaria em uma situação embaraçosa, especialmente na frente de tantas pessoas. O que estava acontecendo hoje? Sem saída, Teresa rapidamente olhou para Sterling, como se estivesse pedindo ajuda. Seus olhos ficaram marejados, e ela murmurou com a voz trêmula: — Sterling, eu... Ela parecia tão frágil, tão indefesa, como se o mundo inteiro estivesse contra ela. Sterling arqueou
Teresa mordeu os lábios e disse: — Mãe, eu só amo o Durval. Desde pequena, sempre foi ele! Quero ficar em casa, guardar luto por ele e ser fiel à memória dele até o fim da minha vida! Enquanto pronunciava essas palavras, o pensamento que realmente passava por sua cabeça era outro: se soubesse antes que Durval era um inútil, teria mirado em Sterling desde o começo. Assim, ela e Sterling já estariam juntos há muito tempo, e Clarice nunca teria entrado na história. — Vou acreditar em você, por enquanto! Mas, se você não cumprir o que prometeu, não espere que eu tenha piedade! — Virgínia respondeu com frieza. Ela havia dado a Teresa duas escolhas, e agora que Teresa havia feito sua decisão, deveria seguir o combinado. Teresa respirou fundo e, com um sorriso, assentiu. — Mãe, pode confiar em mim! Você vai ver que eu não vou decepcionar! Uma das empregadas, que estava ao lado, lançou um olhar discreto para Teresa. Internamente, a mulher pensou: com todo aquele jeito grudento com
Clarice ignorou Sterling completamente, como se ele fosse invisível. Ele tinha feito mais de vinte pessoas esperarem horas só por causa de Teresa. Um comportamento tão egoísta era repulsivo. Mesmo que eles fossem apenas um casal por conveniência, Clarice não tinha ânimo algum para ajudá-lo a manter as aparências. Sterling franziu o rosto, visivelmente irritado. — Clarice, o que você quer dizer com isso? Ele sabia que ela estava fazendo de propósito, tentando humilhá-lo diante de todos. — Sterling, já chega! — Túlio interrompeu, sua voz carregada de raiva. — Você é o marido da Clarinha! Não saber que hoje é o aniversário dela já é ruim o suficiente, mas eu mesmo te lembrei disso antes! Pedi para você comprar um bolo e preparar um presente. E o que você trouxe? Um bolo que está praticamente derretido e um brinquedo de pelúcia barato! Você está sem dinheiro ou sem vergonha? Agora me diga, que direito você acha que tem de criticar a Clarinha? Túlio estava explodindo de raiva. N
Teresa ficou imóvel, surpresa com o que acabara de ouvir. Ela nunca imaginou que Virgínia fosse sugerir que ela voltasse a morar na casa da família. Se ela voltasse a viver ali, seria impossível convencer Sterling a passar as noites com ela. Não haveria chance de usar seus habituais jogos emocionais para atraí-lo. E, acima de tudo, conviver diariamente com Virgínia colocaria seus segredos em risco. — Faremos como minha mãe disse. — Sterling respondeu em um tom firme e inabalável. O desespero tomou conta de Teresa. Sterling havia prometido que não deixaria ela voltar para a mansão. Ele até tinha mencionado a possibilidade de comprar uma casa para ela. Mas agora, do nada, ele parecia indiferente. Será que ele estava a punindo por ela ter agarrado o braço dele mais cedo? Seria essa a forma dele de mandar um recado? E agora, o que ela deveria fazer? Virgínia, com um sorriso sarcástico, virou-se para uma das empregadas. — Ajude Teresa a andar. Sterling já está cansado. A emprega
Teresa pensou consigo mesma que, agora que todos haviam visto ela e Sterling juntos, seria muito mais fácil no futuro. Quando estivessem oficialmente juntos, nem precisaria avisar ninguém. Que maravilha! — Eu também não sei. — Sterling respondeu, sincero. Ele realmente não sabia, porque o avô apenas ligou pedindo que ele comprasse um bolo e um presente, sem mencionar de quem era o aniversário. Agora, vendo toda a família Davis reunida, ele ficou ainda mais confuso. — Então vamos entrar. — Teresa, percebendo os olhares sobre os dois, endireitou os ombros e começou a andar com passos elegantes e calculados. O mordomo, Gustavo, apareceu correndo da casa e parou bem na frente de Sterling. — Me entregue as coisas, por favor! — Ele pediu. Teresa, sem hesitar, empurrou o bolo e o presente para Gustavo. — Obrigada, Gustavo! — Ela disse, com um sorriso doce. — Sra. Teresa, não precisa me agradecer! — Gustavo respondeu apressado. Ele era apenas um empregado, e ajudar os patrões
— Hum! — Clarice respondeu com um murmúrio leve. Jaqueline soltou um grito animado: — Uau, que maravilha! Agora eu vou ter um afilhado e uma afilhada! Amanhã mesmo vou sair para comprar roupinhas de bebê! Ela estava genuinamente feliz por Clarice. — E você, como está? Clarice havia ligado porque Jaqueline não tinha dado notícias, e ela estava preocupada. Agora, ao ouvir a voz dela e perceber que estava tudo bem, Clarice se sentiu mais tranquila. — Estou ótima! Assim que desligar vou dormir. — Jaqueline respondeu, mas preferiu não contar a verdade. Não queria que Clarice se preocupasse. — Então vai descansar. Amanhã cedo nos encontramos no estúdio. — Clarinha, feliz aniversário! — O resultado do ultrassom de hoje foi o melhor presente de aniversário que eu poderia ganhar. Estou muito feliz! — Clarice respondeu com um sorriso na voz. Afinal, Túlio havia reunido toda a família na Mansão Davis naquele dia, e ela não podia falar abertamente sobre o que realmente a alegrava
— Obrigada! — Jaqueline agradeceu, pegando o pacote e fechando a porta logo em seguida.Depois de trocar de roupa, Jaqueline saiu do hotel e chamou um táxi rumo ao hospital. Apesar da situação embaraçosa, ela precisava cuidar do ferimento no ombro o mais rápido possível. Não podia correr o risco de ficar com uma cicatriz.Enquanto tratava o machucado, o olhar do médico era um tanto estranho. A marca de mordida naquela região deixava óbvio o que havia acontecido, e ele não conseguia disfarçar a curiosidade. Jaqueline, no entanto, manteve-se tranquila. Ela não se importava. Afinal, o médico não a conhecia, e que diferença fazia ele saber que tinha sido uma mordida do namorado? Não era problema dela.Assim que saiu do hospital, já com o curativo no ombro, Jaqueline deu de cara com Callum. O queixo dele estava machucado, havia sangue no canto de sua boca, e uma mancha roxa tomava conta de sua bochecha. Ele estava com uma aparência péssima, como se tivesse acabado de sair de uma briga.Jaq
Jaqueline forçou um sorriso, mesmo que seu corpo inteiro estivesse gritando de dor. — Pode repetir dez vezes, Simão, que isso não vai mudar o fato de que somos apenas parceiros de cama. Mas sabe de uma coisa? Você deveria estar feliz. Pelo menos não precisa se preocupar que eu vá fazer um escândalo quando decidir se casar com outra mulher. Nos anos em que esteve com ele, sempre repetiu para si mesma que não poderia amá-lo. Afinal, perder alguém que se ama dói demais. Simão soltou uma risada fria. — Parceiros de cama? É assim que você define o que temos? Se é só isso, então por que eu deveria ser gentil com você? Antes que ela pudesse responder, ele a pegou nos braços e, sem o menor esforço, a jogou no sofá. Em seguida, desfez o cinto sem pressa. Jaqueline gritou de dor, mas ele ignorou completamente e continuou com sua punição. Naquele momento final, Simão mordeu seu ombro com força. A dor foi tão intensa que lágrimas brotaram em seus olhos e o suor cobriu sua testa. Sua