Luiza ficou surpresa. - É grave?- Já fui ao banheiro duas vezes, o que você acha?Miguel respondeu sombriamente, lançando um olhar sombrio para ela.Luiza mal conseguiu segurar o riso.Ao encontrar o olhar frio e sombrio de Miguel, ela não se atreveu a rir e disse: - Desculpe, vou ajudar você a voltar para o quarto e descansar.Luiza o ajudou a se sentar na cama e foi procurar medicamentos.Encontrando remédio para o estômago, ela preparou um copo de água morna e levou para Miguel.- Aqui está, é um remédio para o estômago, tome.- Ok. Miguel se levantou, pegou a água e engoliu o remédio, depois se recostou no travesseiro.- Como se sente depois de tomar? - Luiza perguntou.- Ainda com dor de estômago.- Talvez precise esperar um pouco.Luiza se sentou na beira da cama, usando um vestido de dormir rosa, cabelos longos caídos nos ombros, parecendo serena e bela.E então, o silêncio se instalou.Agora, estavam frente a frente, sem palavras a dizer.Antes, Luiza costumava inventar tóp
- Não depois, esta noite temos que nos esforçar! - Ordenou Sr. Souza.- Está bem. - Miguel abraçou Luiza, sorrindo. - Vamos começar a trabalhar duro para fazer um bebê esta noite.Luiza foi envolvida por ele, se sentindo extremamente desconfortável, ela apertou discretamente a mão dele, tentando o fazer soltar.Mas ele apertou ainda mais, perguntando ao Sr. Souza: - Vovô, você prefere menino ou menina?- Eu gosto de ambos, contanto que vocês os tenham, eu aceito meninos ou meninas.Sr. Souza viu os dois abraçados e riu alegremente.- Ouviu isso?Miguel se aproximou do ouvido de Luiza, soprando de maneira sugestiva.- Vovô disse que gosta de ambos, meninos e meninas.Luiza ficou tão vermelha que parecia que ia desmaiar.O avô riu alto.- Ter dois seria ótimo.- Está bem, então teremos dois. - Miguel respondeu sorrindo para o avô.Luiza estava completamente chocada.Ter dois?Ele devia estar sonhando!Assim que encerraram a chamada, Luiza tentou se soltar de seus braços, mas ele a abraç
Ao dizer isso, ela pegou sua bagagem e passou por ele, deixando para trás um sutil perfume. Miguel franziu o cenho, se virou, e ela já tinha saído pela porta.Ela realmente mudou. No passado, o olhar dela sempre o seguia. Agora, ela nem o olhava. Miguel semicerrou os olhos.Luiza pegou um táxi até a estação de esqui. Ao descer do carro, viu Theo esperando por ela na entrada. Ele estava usando um conjunto de roupas esportivas brancas, a brisa soprava, fresca e encantadora.- Presidente Pires!Luiza foi sorrindo até ele. Theo a observou silenciosamente. Quando ela se aproximou, ele entregou um grande buquê de margaridas cor de rosa.- Comprei durante o caminho, achei que combinaria contigo.Luiza ficou surpresa, não esperava receber flores um dia. Ela pegou o buquê e o cheirou: - Por que sempre me dão presentes em cor de rosa?Ambos pareciam gostar de presentear com cor de rosa.Theo ponderou por um momento.- Acho que é um instinto, simplesmente sinto que o rosa combina contigo.
Afinal, sendo amigo de Miguel, ele estava questionando se ela estava traindo. - Mas o Miguel também traiu a Clara, não foi? - Luiza sorriu.- Não é a mesma coisa, eles cresceram juntos desde pequenos, têm um relacionamento diferente.- Então, se o Miguel trai, isso é chamado de relacionamento diferente. Você está sugerindo isso? - Luiza estava quase rindo. - Você não está sendo hipócrita demais?Fabiano a encarou friamente.- De qualquer forma, você não pode trair o Miguel. O Miguel e o Theo são meus amigos, não permitirei que você brinque com eles.Esse cara parecia um pouco cabeça dura? Luiza sentiu que não conseguia argumentar com ele, então disse diretamente: - Então, por que você não conta isso para o Miguel?Fabiano arqueou as sobrancelhas.- Eu vou contar para o Miguel, e ele e o Theo certamente vão fazer um escândalo. Ambos são meus amigos, só posso aconselhar você a parar de fazer confusão.Luiza, resignada, levou a mão à testa. Por que ela não conseguia fazer ele entender?
Miguel olhou naquela direção. Luiza estava usando um traje de esqui rosa-claro, com óculos de neve coloridos, praticando esqui sob a orientação de Theo. Sua expressão não era visível, mas os cantos de seus lábios se curvavam levemente para cima, claramente se divertindo. Miguel desviou o olhar, com uma expressão fria e sombria pairando sobre ele.Luiza estava deliberadamente evitando olhar para Miguel. Ela sabia que ele estava lá e estava atraindo a atenção de todas as garotas no local. No entanto, ela não queria ser controlada por suas emoções. Ela não olhou para ele nem por um instante, se concentrando seriamente em aprender a esquiar com Theo.Ela estava praticando snowboard, parecido com skate, prendendo as fixações e Theo a ajudou a se levantar. No entanto, assim que ela ficou de pé, perdeu o equilíbrio e quase caiu.- Cuidado!Theo segurou a mão dela, a mantendo firme.Os olhos distantes de Miguel claramente se tornaram mais frios. Luiza podia sentir isso, mas se esforçou p
Na pista de esqui.Theo falou gentilmente: - Luiza, ao esquiar, não olhe para baixo, olhe para frente.- Sim!Luiza concordou, virando o olhar para frente, e de repente, seus olhos se encontraram com os de Miguel.Ele estava sentado lá, com um membro da equipe ajoelhado, ajustando seus esquis. Seu rosto estava sombrio, sem expressão. Os olhares deles colidiram. Ele a encarava. Luiza deu um salto, seu coração acelerou, e a velocidade também se descontrolou. Sentiu que estava prestes a cair, assustada a ponto de seus olhos se arregalarem.- Me salve!Ela não pôde deixar de gritar.Theo ao seu lado sorriu levemente, estendendo os braços para a frente, e a envolveu inteiramente em um abraço.Ela quase se jogou sobre ele, se colando completamente a Theo. Ambos recuaram um passo na neve, mas Theo a segurou. Os dois se olharam na neve, formando uma cena tão bonita quanto um drama romântico.- Meu Deus! Isso parece uma cena de um drama romântico.Yago, se sentava ao lado de Miguel, batendo
- Por que você não aconselhava o Miguel com essas palavras antes? Luiza riu, olhando para ele. - Agora, ele já tem um bebê dele lá fora, de que adiante eu contar essas coisas?- Talvez a criança não seja do Miguel? - Yago sugeriu. Embora ele pensasse que a criança não era de Miguel, ele não podia revelar mais sem a explicação de Miguel.Luiza ficou surpresa por um momento, achando isso impossível.- Não é possível. Se a criança realmente não é dele, por que ele se importaria tanto?Era verdade. Isso também intrigava Yago. Miguel valorizava muito a criança no ventre da Clara, mas ele não explicava nada, e ninguém conseguia entender o que ele estava pensando.- Ainda acho que você deveria considerar com mais cuidado. Se você realmente ficar com o Theo, então não haverá retorno para você e o Miguel. - Yago disse.Luiza já não se importava mais, olhando para a prancha de neve aos seus pés, e disse: - Só espero que possamos nos divorciar logo.- Vocês já chegaram ao ponto de se divorcia
- Miguel?Luiza, estava preocupada com ele, rastejou até sua posição e retirou seus óculos de neve. O seu rosto sob os óculos estava tenso, ele lançou um olhar para Luiza. - Minha perna pode estar quebrada.Quando ele caiu no buraco de neve, ouviu um som de "crack". As chances de ser uma fratura eram altas.- Sério?Luiza ficou chocada, rapidamente desceu de cima dele e começou a examinar a perna. - Qual perna?- A esquerda. - Miguel respondeu. Luiza tocou a perna. - É aqui?- Sim.Parecia que ele estava com dor, Miguel franziu a testa e ordenou: - Chame uma ambulância.- Certo.Luiza não ousou perder tempo e olhou para fora do buraco. Theo e os outros já estavam lá, todos olhando para eles com expressões preocupadas.- Vocês estão bem? - Theo perguntou a eles. O buraco de neve tinha um pouco mais de um metro de profundidade, se não houvesse ferimentos graves, não deveria ser tão ruim.Luiza se levantou do corpo de Miguel, olhando para cima ela respondeu: - Estou bem, mas a pe
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?
Miguel entrou a passos largos e, com os braços fortes, levantou o filho, dizendo com um tom gentil:— Desculpe, Felipinho, eu me atrasei.— Hmph! Aachei que você nem viria. — Felipinho resmungou, mas seu humor claramente melhorou, e um pequeno sorriso apareceu em seu rosto.Luiza olhou para ele, percebendo que Felipinho estava feliz.Ela não pôde evitar olhar para Miguel. "Com ele por perto, será que tudo realmente ficaria tão melhor?"Miguel explicou:— O que eu prometo, eu cumpro. Foi só o trânsito que me atrasou um pouco.Ele explicou pacientemente ao menino.Felipinho ficou ainda mais contente e olhou para Maria, dizendo:— Maria, meu pai também veio.Maria fez um gesto de "V" com os dedos e respondeu:— Então vamos soprar as velas juntos!— Claro.Então, os dois homens, cada um segurando seu filho, se juntaram ao redor de um lindo bolo e sopraram as velas com força.Todos os adultos na sala aplaudiram.Especialmente Elias, que deu um assobio exagerado e soltou um grito de animaçã
Luiza olhou para ele: — Já está pensando no aniversário tão cedo? — Claro, esse ano é diferente. — Por que é diferente? — Nos anos anteriores, o papai nunca estava presente no meu aniversário. Este ano ele está, então é claro que será diferente! — Os olhos de Felipinho brilhavam de expectativa. Luiza o observou com uma expressão um pouco complexa. Desde que Miguel veio ao País R para ver Felipinho, o menino vinha falando muito sobre ele. Dava para ver o quanto a presença do pai era importante para ele... Mas aceitar Miguel assim... Ela simplesmente não conseguia superar essa barreira em seu coração... Nesse momento, o bolo foi trazido. Lucas entrou e perguntou a Francisco: — Presidente Francisco, o bolo já chegou, é para cortar agora? Francisco olhou para Maria, quase como se estivesse competindo por sua atenção, e pegou a filha que estava entre Priscila e Elias. — Maria, o papai preparou um bolo para você, quer cortar agora? — Francisco perguntou, olhando para
Conversando, o carro entrou na mansão da família Amorim.No vasto gramado verde, havia um carro desconhecido estacionado. Priscila estava parada sob a luz do sol, sorrindo para a pessoa dentro do carro.— Elias, você veio.O homem dentro do carro acenou com a cabeça.Em seguida, a porta do carro se abriu, e desceu um homem de feições refinadas, vestindo um terno casual, com um ar gentil e educado.— Por que você não me avisou? Se tivesse me avisado, com certeza eu teria ido ao aeroporto te buscar. — Priscila olhou para ele, com um brilho alegre nos olhos.Luiza raramente via Priscila tão bem-humorada.Já Francisco exibia um sorriso sarcástico evidente.Então era um rival amoroso.Luiza finalmente entendeu.— Hoje é o aniversário da Maria, vim especialmente para isso, queria fazer uma surpresa para ela. — Elias tirou um presente de dentro do carro. — Isso é para a Maria.— Não me entregue, daqui a pouco você mesmo pode dar a ela. Tenho certeza de que vai ficar muito feliz. — Priscila re
A situação de Bryan era algo que Miguel precisava resolver; Luiza não sentia qualquer constrangimento, pois considerava que isso era uma compensação que ele devia à família dela.Com isso resolvido, não havia mais nada para dizer entre eles.Miguel quis perguntar sobre Francisco, mas Luiza pegou uma bebida, fingindo tomar um gole enquanto olhava para o celular, mantendo a cabeça baixa para evitar conversar com ele.Tudo o que ele dizia era a mesma coisa de sempre, sem graça. Ela não queria se envolver mais com ele e, por isso, também não estava interessada em ouvir.O tempo passava, segundo a segundo.O telefone de Luiza tocou novamente.Ela estava distraída antes, aparentando ler notícias, mas, na verdade, sem absorver uma única palavra.Quando o telefone tocou, ela se recompôs, atendeu e respondeu com um tom de voz calmo:— Alô.— Estou na entrada, venha para fora. — Francisco já havia chegado.— Certo.Luiza respondeu, encerrou a ligação e colocou o celular de volta na bolsa, já se