Afinal, sendo amigo de Miguel, ele estava questionando se ela estava traindo. - Mas o Miguel também traiu a Clara, não foi? - Luiza sorriu.- Não é a mesma coisa, eles cresceram juntos desde pequenos, têm um relacionamento diferente.- Então, se o Miguel trai, isso é chamado de relacionamento diferente. Você está sugerindo isso? - Luiza estava quase rindo. - Você não está sendo hipócrita demais?Fabiano a encarou friamente.- De qualquer forma, você não pode trair o Miguel. O Miguel e o Theo são meus amigos, não permitirei que você brinque com eles.Esse cara parecia um pouco cabeça dura? Luiza sentiu que não conseguia argumentar com ele, então disse diretamente: - Então, por que você não conta isso para o Miguel?Fabiano arqueou as sobrancelhas.- Eu vou contar para o Miguel, e ele e o Theo certamente vão fazer um escândalo. Ambos são meus amigos, só posso aconselhar você a parar de fazer confusão.Luiza, resignada, levou a mão à testa. Por que ela não conseguia fazer ele entender?
Miguel olhou naquela direção. Luiza estava usando um traje de esqui rosa-claro, com óculos de neve coloridos, praticando esqui sob a orientação de Theo. Sua expressão não era visível, mas os cantos de seus lábios se curvavam levemente para cima, claramente se divertindo. Miguel desviou o olhar, com uma expressão fria e sombria pairando sobre ele.Luiza estava deliberadamente evitando olhar para Miguel. Ela sabia que ele estava lá e estava atraindo a atenção de todas as garotas no local. No entanto, ela não queria ser controlada por suas emoções. Ela não olhou para ele nem por um instante, se concentrando seriamente em aprender a esquiar com Theo.Ela estava praticando snowboard, parecido com skate, prendendo as fixações e Theo a ajudou a se levantar. No entanto, assim que ela ficou de pé, perdeu o equilíbrio e quase caiu.- Cuidado!Theo segurou a mão dela, a mantendo firme.Os olhos distantes de Miguel claramente se tornaram mais frios. Luiza podia sentir isso, mas se esforçou p
Na pista de esqui.Theo falou gentilmente: - Luiza, ao esquiar, não olhe para baixo, olhe para frente.- Sim!Luiza concordou, virando o olhar para frente, e de repente, seus olhos se encontraram com os de Miguel.Ele estava sentado lá, com um membro da equipe ajoelhado, ajustando seus esquis. Seu rosto estava sombrio, sem expressão. Os olhares deles colidiram. Ele a encarava. Luiza deu um salto, seu coração acelerou, e a velocidade também se descontrolou. Sentiu que estava prestes a cair, assustada a ponto de seus olhos se arregalarem.- Me salve!Ela não pôde deixar de gritar.Theo ao seu lado sorriu levemente, estendendo os braços para a frente, e a envolveu inteiramente em um abraço.Ela quase se jogou sobre ele, se colando completamente a Theo. Ambos recuaram um passo na neve, mas Theo a segurou. Os dois se olharam na neve, formando uma cena tão bonita quanto um drama romântico.- Meu Deus! Isso parece uma cena de um drama romântico.Yago, se sentava ao lado de Miguel, batendo
- Por que você não aconselhava o Miguel com essas palavras antes? Luiza riu, olhando para ele. - Agora, ele já tem um bebê dele lá fora, de que adiante eu contar essas coisas?- Talvez a criança não seja do Miguel? - Yago sugeriu. Embora ele pensasse que a criança não era de Miguel, ele não podia revelar mais sem a explicação de Miguel.Luiza ficou surpresa por um momento, achando isso impossível.- Não é possível. Se a criança realmente não é dele, por que ele se importaria tanto?Era verdade. Isso também intrigava Yago. Miguel valorizava muito a criança no ventre da Clara, mas ele não explicava nada, e ninguém conseguia entender o que ele estava pensando.- Ainda acho que você deveria considerar com mais cuidado. Se você realmente ficar com o Theo, então não haverá retorno para você e o Miguel. - Yago disse.Luiza já não se importava mais, olhando para a prancha de neve aos seus pés, e disse: - Só espero que possamos nos divorciar logo.- Vocês já chegaram ao ponto de se divorcia
- Miguel?Luiza, estava preocupada com ele, rastejou até sua posição e retirou seus óculos de neve. O seu rosto sob os óculos estava tenso, ele lançou um olhar para Luiza. - Minha perna pode estar quebrada.Quando ele caiu no buraco de neve, ouviu um som de "crack". As chances de ser uma fratura eram altas.- Sério?Luiza ficou chocada, rapidamente desceu de cima dele e começou a examinar a perna. - Qual perna?- A esquerda. - Miguel respondeu. Luiza tocou a perna. - É aqui?- Sim.Parecia que ele estava com dor, Miguel franziu a testa e ordenou: - Chame uma ambulância.- Certo.Luiza não ousou perder tempo e olhou para fora do buraco. Theo e os outros já estavam lá, todos olhando para eles com expressões preocupadas.- Vocês estão bem? - Theo perguntou a eles. O buraco de neve tinha um pouco mais de um metro de profundidade, se não houvesse ferimentos graves, não deveria ser tão ruim.Luiza se levantou do corpo de Miguel, olhando para cima ela respondeu: - Estou bem, mas a pe
- Miguel está usando uma cinta de fixação. Ele não precisa ficar no hospital. Se tudo correr bem, após observação por meia hora, ele pode ir para casa. - Disse Yago, olhando pelo corredor até encontrar Luiza e acenando para ela. Luiza apontou para si mesma, perguntando: - Está me chamando?- Sim.Luiza se aproximou, e Clara lançou um olhar a ele. - Depois de voltar para casa, Miguel precisa descansar deitado, aproximadamente de 2 a 3 semanas. Eu irei visitar ele regularmente para revisões e trocas de curativos. Cuide bem dele quando voltar. - Yago explicou.- Entendido. - Respondeu Luiza. Ela sentia a responsabilidade pelo que aconteceu com a perna de Miguel, agora era sua obrigação cuidar dele.Porém, Clara ao lado não ficou tão feliz. Agora, ela era a mulher de Miguel. Por que Yago estava passando essa responsabilidade para Luiza? Clara levou Fabiano para o quarto de hospital para encontrar Miguel. Ele estava encostado na cama, sua perna esquerda longa estava com uma tala, com
Luiza concordou com isso. Foi ela quem causou a fratura do Miguel, e ele certamente consideraria todas as contas, sem dúvida, não a deixaria facilmente. Portanto, ela ficou parada, silenciosa, na lateral, sem dizer uma palavra. Os outros dois notaram sua entrada. - Luiza, depois de voltar, você vai cuidar de Miguel. Ah, me adicione como amiga, por favor. Podemos nos comunicar pelo WhatsApp se houver alguma coisa com Miguel. - Clara disse.Luiza teve que adicionar o WhatsApp da Clara. Agora, ela era uma culpada e não podia se esquivar da responsabilidade.Pouco depois, Yago trouxe a pomada. Finalmente, eles podiam voltar para casa. Ao subir no carro do Miguel, Luiza deu um suspiro de alívio. Ela realmente não gostava de lidar com a Clara, cada palavra dela parecia calculada, era muito opressiva.Ao chegar em casa, Miguel foi ajudado até o quarto principal no segundo andar. Luiza pegou um travesseiro e o colocou debaixo da perna machucada dele, se virou e perguntou: - Há mais alg
Antes, ela tinha visto esse tipo de cena em vídeos curtos e ria muito, achando muito engraçado. No entanto, ela nunca imaginou que um dia seria a protagonista dessa situação. Como a pessoa envolvida, ela não achava nada engraçado, para a vítima, a situação era ainda pior.- Você não disse que está se sentindo culpada? - Miguel disse com uma expressão fria. - Se está se sentindo culpada, então faça algo concreto em vez de apenas falar.Luiza, sendo observada por ele, se sentiu um pouco envergonhada. - Eu realmente queria pedir desculpas.- Então me ajude a aplicar a pomada.Luiza ficou atônita. Depois de um momento, ela pareceu decidir algo e perguntou cuidadosamente: - Você realmente quer que eu aplique a pomada em você?Miguel resmungou e virou a cabeça.- Está bem, então.Luiza tomou coragem e estendeu a mão para a colocar na cintura dele. Ele ainda estava usando as calças sociais de hoje, embora uma perna delas tenha sido cortada devido à tala.- O que você está fazendo? - Migue
O resultado final foi que Priscila e Elias ficaram na mesma bicicleta que Eduardo. O espaço restante na bicicleta do Francisco foi ocupado pelo assistente dele, Lucas. A atmosfera no local estava especialmente fria, principalmente em volta de Francisco, onde ele mantinha uma expressão severa durante todo o trajeto. Felipinho olhou para trás e comentou: — A cara do tio Francisco está tão feia. Luiza também notou, mas não disse nada. Foi Miguel, ao lado, quem respondeu: — Essa é a tensão das famílias reconstituídas. — Famílias reconstituídas? — Felipinho parecia não entender a frase e olhou para o pai. Hoje, Miguel estava claramente diferente em termos de roupa. Ele usava um casaco escuro de lã e, por baixo, um suéter preto de gola alta. Não estava tão formal como de costume, o que lhe dava um ar mais descontraído, mas ainda assim elegante e distinto. Era impossível não notar sua presença. Miguel, olhando para as duas bicicletas à frente, explicou com um olhar profund
Ela estava muito determinada, parecia realmente não querer mais ficar com Francisco.Luiza não fez mais perguntas.Priscila, no entanto, a questionou de volta:— E você? O Miguel já veio até o País R, ficou aqui mais de uma semana, e qualquer pessoa com os olhos abertos sabe que ele fez tudo isso por você. O que você pensa sobre isso? Vai dar uma chance a ele?"Quem disse que só a Priscila tem más lembranças?"Luiza também tinha suas próprias lembranças, as de como a família Souza a magoou, e essas ainda estavam bem vivas em sua mente.Mesmo que a verdade já tivesse sido esclarecida, a dor que ela sofreu ainda era dor, não poderia ser apagada com o simples apertar de uma tecla de "excluir".Ela olhou para o nada com uma expressão tranquila.— Eu não sei. O Felipinho quer muito um pai, mas, no fundo, eu não quero.— Então você não quer. — Priscila disse, direta. — Nós mulheres temos um sexto sentido. Se não queremos, é não querer, não precisamos nos forçar. Ficar se torturando vai só no
— Bisavó, a Maria e as outras também vão! Parece que vai ser necessário preparar mais comida! — Felipinho também estava muito animado e se virou para Melissa, dizendo isso.Assim, os três se tornaram parte de um grupo maior.Miguel estava à parte, com o rosto fechado.Ele queria sair com a esposa e o filho para passar mais tempo com Luiza.Mas não esperava que Felipinho tivesse convidado a família de Francisco também. Agora, o grupo estava bem maior, e ele imaginava que seria difícil até mesmo conversar.No entanto, o que ninguém esperava era que Priscila também tivesse chamado Elias.Miguel, Luiza e Felipinho estavam em um carro.Já Francisco estava em uma situação mais difícil. Provavelmente, por ter causado algum problema com Priscila na noite anterior, ela não quis andar com ele. Ela pegou Maria no colo e entrou no carro de Elias.Francisco ficou sozinho e, com o rosto fechado, deu ordens ao motorista para seguir.Meia hora depois, o grupo chegou ao parque de diversões.Assim que s
— O tio Elias é muito legal, bonito e engraçado. Eu pensei que, se o papai e a mamãe ficassem juntos, então eu poderia me casar com o tio Elias. Não seria perfeito?Francisco ficou com uma expressão sombria e respondeu, aborrecido:— Você se casar com ele? Isso eu não aceito.— Mas o tio Elias é tão legal...— Quieta! De qualquer forma, é impossível você se casar com ele. Nem você, nem sua mãe. — Francisco a interrompeu, impedindo ela de elogiar Elias.Maria fez um biquinho e foi carregada por Francisco até o andar de baixo.Ao descer, percebeu que a sala estava cheia de gente e que provavelmente todos ouviram o que ele disse lá em cima. Francisco ficou um pouco embaraçado.Maria, no entanto, não se incomodou. Ela se desvencilhou dos braços de Francisco e correu até onde estava Felipinho.— Felipinho.Felipinho cruzou os braços e levantou uma sobrancelha, olhando para Maria.— Você quer se casar com aquele tio Elias?Maria ficou com o rosto vermelho.— Não posso? Ele é tão bonito.— Eu
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então
Melissa assentiu.— Mas um chef assim não deveria ter grandes ambições? Ele realmente não quer fama e fortuna e está disposto a ser o chef particular de vocês?— No começo, ele também não queria, mas eu apoio o desenvolvimento de novos pratos dele e prometi que o ajudaria a abrir um restaurante, a expandir sua reputação. Só assim ele aceitou trabalhar como nosso chef particular, para ter mais tempo para criar novos pratos.Ao ouvir isso, Luiza finalmente entendeu que o chef da Mansão Jardim tinha uma história importante por trás. Ela nunca havia perguntado antes; só achava que a comida dele era deliciosa. Mas, pelo visto, Miguel tinha feito várias promessas a ele.— Você foi muito atencioso. — Melissa sorriu.Miguel disse:— Se a senhora gostar da comida, posso pedir para o chef vir todos os dias e preparar as três refeições para vocês. Qualquer outra necessidade que tiver, é só me dizer; se estiver ao meu alcance, farei de tudo para atender.Ele estava tentando agradar Melissa.Meliss
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som