- Por que você não aconselhava o Miguel com essas palavras antes? Luiza riu, olhando para ele. - Agora, ele já tem um bebê dele lá fora, de que adiante eu contar essas coisas?- Talvez a criança não seja do Miguel? - Yago sugeriu. Embora ele pensasse que a criança não era de Miguel, ele não podia revelar mais sem a explicação de Miguel.Luiza ficou surpresa por um momento, achando isso impossível.- Não é possível. Se a criança realmente não é dele, por que ele se importaria tanto?Era verdade. Isso também intrigava Yago. Miguel valorizava muito a criança no ventre da Clara, mas ele não explicava nada, e ninguém conseguia entender o que ele estava pensando.- Ainda acho que você deveria considerar com mais cuidado. Se você realmente ficar com o Theo, então não haverá retorno para você e o Miguel. - Yago disse.Luiza já não se importava mais, olhando para a prancha de neve aos seus pés, e disse: - Só espero que possamos nos divorciar logo.- Vocês já chegaram ao ponto de se divorcia
- Miguel?Luiza, estava preocupada com ele, rastejou até sua posição e retirou seus óculos de neve. O seu rosto sob os óculos estava tenso, ele lançou um olhar para Luiza. - Minha perna pode estar quebrada.Quando ele caiu no buraco de neve, ouviu um som de "crack". As chances de ser uma fratura eram altas.- Sério?Luiza ficou chocada, rapidamente desceu de cima dele e começou a examinar a perna. - Qual perna?- A esquerda. - Miguel respondeu. Luiza tocou a perna. - É aqui?- Sim.Parecia que ele estava com dor, Miguel franziu a testa e ordenou: - Chame uma ambulância.- Certo.Luiza não ousou perder tempo e olhou para fora do buraco. Theo e os outros já estavam lá, todos olhando para eles com expressões preocupadas.- Vocês estão bem? - Theo perguntou a eles. O buraco de neve tinha um pouco mais de um metro de profundidade, se não houvesse ferimentos graves, não deveria ser tão ruim.Luiza se levantou do corpo de Miguel, olhando para cima ela respondeu: - Estou bem, mas a pe
- Miguel está usando uma cinta de fixação. Ele não precisa ficar no hospital. Se tudo correr bem, após observação por meia hora, ele pode ir para casa. - Disse Yago, olhando pelo corredor até encontrar Luiza e acenando para ela. Luiza apontou para si mesma, perguntando: - Está me chamando?- Sim.Luiza se aproximou, e Clara lançou um olhar a ele. - Depois de voltar para casa, Miguel precisa descansar deitado, aproximadamente de 2 a 3 semanas. Eu irei visitar ele regularmente para revisões e trocas de curativos. Cuide bem dele quando voltar. - Yago explicou.- Entendido. - Respondeu Luiza. Ela sentia a responsabilidade pelo que aconteceu com a perna de Miguel, agora era sua obrigação cuidar dele.Porém, Clara ao lado não ficou tão feliz. Agora, ela era a mulher de Miguel. Por que Yago estava passando essa responsabilidade para Luiza? Clara levou Fabiano para o quarto de hospital para encontrar Miguel. Ele estava encostado na cama, sua perna esquerda longa estava com uma tala, com
Luiza concordou com isso. Foi ela quem causou a fratura do Miguel, e ele certamente consideraria todas as contas, sem dúvida, não a deixaria facilmente. Portanto, ela ficou parada, silenciosa, na lateral, sem dizer uma palavra. Os outros dois notaram sua entrada. - Luiza, depois de voltar, você vai cuidar de Miguel. Ah, me adicione como amiga, por favor. Podemos nos comunicar pelo WhatsApp se houver alguma coisa com Miguel. - Clara disse.Luiza teve que adicionar o WhatsApp da Clara. Agora, ela era uma culpada e não podia se esquivar da responsabilidade.Pouco depois, Yago trouxe a pomada. Finalmente, eles podiam voltar para casa. Ao subir no carro do Miguel, Luiza deu um suspiro de alívio. Ela realmente não gostava de lidar com a Clara, cada palavra dela parecia calculada, era muito opressiva.Ao chegar em casa, Miguel foi ajudado até o quarto principal no segundo andar. Luiza pegou um travesseiro e o colocou debaixo da perna machucada dele, se virou e perguntou: - Há mais alg
Antes, ela tinha visto esse tipo de cena em vídeos curtos e ria muito, achando muito engraçado. No entanto, ela nunca imaginou que um dia seria a protagonista dessa situação. Como a pessoa envolvida, ela não achava nada engraçado, para a vítima, a situação era ainda pior.- Você não disse que está se sentindo culpada? - Miguel disse com uma expressão fria. - Se está se sentindo culpada, então faça algo concreto em vez de apenas falar.Luiza, sendo observada por ele, se sentiu um pouco envergonhada. - Eu realmente queria pedir desculpas.- Então me ajude a aplicar a pomada.Luiza ficou atônita. Depois de um momento, ela pareceu decidir algo e perguntou cuidadosamente: - Você realmente quer que eu aplique a pomada em você?Miguel resmungou e virou a cabeça.- Está bem, então.Luiza tomou coragem e estendeu a mão para a colocar na cintura dele. Ele ainda estava usando as calças sociais de hoje, embora uma perna delas tenha sido cortada devido à tala.- O que você está fazendo? - Migue
Luiza abriu o tubo de pomada, observou a ferida e hesitou novamente.A ferida se localizava em uma área delicada; para aplicar a pomada, precisaria afastar um pouco a pele ao redor.Com uma expressão de preocupação, ela ponderou se deveria prosseguir.Embora já tivesse visto a ferida várias vezes, a dinâmica entre eles estava agora tensa, o que tornava a situação embaraçosa.- Ainda não melhorou? - Perguntou Miguel, abrindo os olhos.Luiza se manteve em silêncio, sua expressão denotava incerteza.Miguel olhou para si mesmo, compreendeu a hesitação dela e sorriu levemente.Percebendo o sorriso dele, Luiza presumiu que ele não se importava, então, com coragem, pegou uma quantidade de pomada com o dedo e avançou a mão.Ao contato da pomada, Miguel respirou profundamente e disse, com voz rouca:- Seja cuidadosa.- Cuidadosa com o quê? - Luiza ergueu a cabeça para olhá-lo.Miguel a encarou intensamente e disse:- Cuidado para não tocar onde não deve.Luiza ficou sem palavras, envergonhada.
- Sim. - Respondeu Marina.No dia seguinte, Luiza foi despertada pelo som de seu celular tocando.Ela o pegou, ainda meio adormecida, e viu o nome "Miguel" piscando na tela.Era provável que fosse algo importante.Atendeu, com uma voz suave, marcada pela preguiça da manhã:- Alô?Miguel se manteve em silêncio.- Alô? Por que não fala? Foi engano?Estava prestes a desligar quando Miguel falou:- Preciso fazer xixi.Era somente a necessidade matinal de ir ao banheiro.- Estou indo.Ela se sentou, esfregou os olhos e caminhou até o quarto principal.Miguel, ouvindo seus passos, ergueu o olhar, que recaiu sobre ela vestida com um camisolão rosa-claro, caminhando sob a luz do amanhecer, numa figura encantadora e atraente.O olhar de Miguel se intensificou.Luiza se inclinou e perguntou:- Quer fazer xixi?Ele acenou com a cabeça.- Vou ajudar você a levantar. - Luiza puxou o cobertor.A visão do peito nu e robusto de Miguel, inesperadamente revelado sob o cobertor, fez com que Luiza desvias
Theo perguntou:- Lulu, você ficou bem depois de voltar ontem? Se machucou?- Não, eu não me machuquei. Foi o Miguel quem se machucou, mas eu estou bem.- Que bom. - Visto que Miguel estava machucado, Theo não precisou se preocupar com ele. Assim, ele prosseguiu calmamente. - E sobre aquela parceria que discutimos anteriormente, como você tem visto essa ideia ultimamente?- Acho que pode ser uma boa ideia. - Luiza sorriu. - Tenho passado os últimos dias em casa, desenhando. Quando terminar, entrarei em contato contigo, e aí podemos discutir mais sobre essa parceria.- Ótimo. - Theo, satisfeito com o progresso, não a pressionou e logo se despediu após trocarem mais algumas palavras.Luiza guardou o celular, esboçando um leve sorriso.Ela estava a ponto de descer as escadas quando Miguel a chamou:- Luiza.Ela se virou.Miguel tinha um semblante tenso, sentado na cama, fixando o olhar nela.- Você realmente vai fazer parceria com o Theo?Luiza hesitou por um instante, depois acenou afirm
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?
Miguel entrou a passos largos e, com os braços fortes, levantou o filho, dizendo com um tom gentil:— Desculpe, Felipinho, eu me atrasei.— Hmph! Aachei que você nem viria. — Felipinho resmungou, mas seu humor claramente melhorou, e um pequeno sorriso apareceu em seu rosto.Luiza olhou para ele, percebendo que Felipinho estava feliz.Ela não pôde evitar olhar para Miguel. "Com ele por perto, será que tudo realmente ficaria tão melhor?"Miguel explicou:— O que eu prometo, eu cumpro. Foi só o trânsito que me atrasou um pouco.Ele explicou pacientemente ao menino.Felipinho ficou ainda mais contente e olhou para Maria, dizendo:— Maria, meu pai também veio.Maria fez um gesto de "V" com os dedos e respondeu:— Então vamos soprar as velas juntos!— Claro.Então, os dois homens, cada um segurando seu filho, se juntaram ao redor de um lindo bolo e sopraram as velas com força.Todos os adultos na sala aplaudiram.Especialmente Elias, que deu um assobio exagerado e soltou um grito de animaçã
Luiza olhou para ele: — Já está pensando no aniversário tão cedo? — Claro, esse ano é diferente. — Por que é diferente? — Nos anos anteriores, o papai nunca estava presente no meu aniversário. Este ano ele está, então é claro que será diferente! — Os olhos de Felipinho brilhavam de expectativa. Luiza o observou com uma expressão um pouco complexa. Desde que Miguel veio ao País R para ver Felipinho, o menino vinha falando muito sobre ele. Dava para ver o quanto a presença do pai era importante para ele... Mas aceitar Miguel assim... Ela simplesmente não conseguia superar essa barreira em seu coração... Nesse momento, o bolo foi trazido. Lucas entrou e perguntou a Francisco: — Presidente Francisco, o bolo já chegou, é para cortar agora? Francisco olhou para Maria, quase como se estivesse competindo por sua atenção, e pegou a filha que estava entre Priscila e Elias. — Maria, o papai preparou um bolo para você, quer cortar agora? — Francisco perguntou, olhando para
Conversando, o carro entrou na mansão da família Amorim.No vasto gramado verde, havia um carro desconhecido estacionado. Priscila estava parada sob a luz do sol, sorrindo para a pessoa dentro do carro.— Elias, você veio.O homem dentro do carro acenou com a cabeça.Em seguida, a porta do carro se abriu, e desceu um homem de feições refinadas, vestindo um terno casual, com um ar gentil e educado.— Por que você não me avisou? Se tivesse me avisado, com certeza eu teria ido ao aeroporto te buscar. — Priscila olhou para ele, com um brilho alegre nos olhos.Luiza raramente via Priscila tão bem-humorada.Já Francisco exibia um sorriso sarcástico evidente.Então era um rival amoroso.Luiza finalmente entendeu.— Hoje é o aniversário da Maria, vim especialmente para isso, queria fazer uma surpresa para ela. — Elias tirou um presente de dentro do carro. — Isso é para a Maria.— Não me entregue, daqui a pouco você mesmo pode dar a ela. Tenho certeza de que vai ficar muito feliz. — Priscila re
A situação de Bryan era algo que Miguel precisava resolver; Luiza não sentia qualquer constrangimento, pois considerava que isso era uma compensação que ele devia à família dela.Com isso resolvido, não havia mais nada para dizer entre eles.Miguel quis perguntar sobre Francisco, mas Luiza pegou uma bebida, fingindo tomar um gole enquanto olhava para o celular, mantendo a cabeça baixa para evitar conversar com ele.Tudo o que ele dizia era a mesma coisa de sempre, sem graça. Ela não queria se envolver mais com ele e, por isso, também não estava interessada em ouvir.O tempo passava, segundo a segundo.O telefone de Luiza tocou novamente.Ela estava distraída antes, aparentando ler notícias, mas, na verdade, sem absorver uma única palavra.Quando o telefone tocou, ela se recompôs, atendeu e respondeu com um tom de voz calmo:— Alô.— Estou na entrada, venha para fora. — Francisco já havia chegado.— Certo.Luiza respondeu, encerrou a ligação e colocou o celular de volta na bolsa, já se