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Capítulo 04 – Ibaque

Author: Lucas Coe
last update Last Updated: 2024-10-29 19:42:56

Raoní e Dacota acordaram como se tivessem lutado por dias afio. Seus corpos estavam com dores e perceberam que estavam vestidos, cobertos com peças que pareciam vindas da pele de animais.

Que roupas são essas? - perguntou Raoní para Dacota.

Não sei. Mas como nós sabemos que são roupas? - replicou Dacota.

Os dois olharam um para o outro, admirados com o que viam. Eles estavam transformados, mais fortes, até pareciam mais altos. Em suas mentes tinham conhecimentos sobre coisas que nunca viram. Lembravam um pouco das suas vidas na aldeia desde criança, mas conseguiam concatenar assuntos e situações vividas com um novo conhecimento. Era como se tivessem vividos anos e adquirido muita sabedoria.

Acho que agora entendi o que o homem que anda sobre as águas disse quando comentou sobre aumentar o nosso conhecimento. É muito estranho… - disse Raoní.

Espere! - interrompeu Dacota. Ele nos matou? Será que estamos mortos?

Por algum tempo a ideia de estarem mortos assombrou as suas mentes. Mas um fato curioso comprovou que a vida ainda estava com eles, um barulho vindo do estômago de Dacota esclareceu a dúvida.

O que foi isso Dacota? - perguntou Raoní.

Foi meu estômago, acho que estou com fome. E quer saber, acho que mortos não sentem fome não. - comentou Dacota.

Havia perto deles um caminho entre a vegetação rasteira daquele lugar. Olhando para os lados, não viram nada que parecesse com o portal. Decidiram então seguir pelo caminho, na direção de uma floresta que de longe viam alguns pássaros voando.

As plantas que estavam pelo caminho eram diferentes, algumas chamavam muito a atenção deles pelo tamanho exagerado de suas folhas, flores e frutos. Algumas frutas eram conhecidas, sendo um prato cheio para Dacota e também para Raoní. Entretanto, tinham que caminhar apressadamente, pois não sabiam quanto tempo levariam para encontrar Thaynara.

Depois de um tempo de caminhada, chegaram as margens de um rio. A água era cristalina e decidiram que deveriam experimentar. Fazendo concha com as mãos, provaram da água e sentiram que era a mais pura que haviam tomado até então. Mas os mistérios daquele lugar só estavam começando, a lua surgiu no céu e de uma hora para outra o sol desapareceu e a noite veio como que em segundos. Raoní e Dacota ficaram assustados com tudo aquilo, tanto que ambos sentaram na beira do rio sem entenderem como aquilo havia acontecido.

E das águas do rio, surgiram quatro tartarugas vindo na direção dos nossos guerreiros Kanaparís. Elas não eram como as outras que já foram vistas perto da aldeia. Essas eram maiores, bem maiores e correram com uma certa velocidade até ficaram perto deles. Raoní não ousou pegar em nenhuma arma, estava admirado com a beleza daquela que olhava para ele como se o conhecesse.

Olá grande guerreiro – disse a tartaruga.

O quê? Você fala? - Raoní perguntou espantado para aquela criatura.

Isso sempre acontece. Mas não se preocupe, o meu falar é o menor dos seus problemas no vale do Ibaque. - comentou a tartaruga.

Meu nome é Saulo. E vocês como se chamam? - falou aquela tartaruga olhando para os dois.

Meu nome é Raoní. E este é Dacota, nós viemos…

Antes que Raoní terminasse de falar, Saulo revela algo impressionante.

Vocês vieram buscar o espírito de sua esposa, através do portal dos mortos.

Como você sabe disso? - indagou Dacota.

Foi a água. Assim que beberam da água nós sabemos quem eram vocês. Podemos sentir os seus corações e enxergar o que desejam no vale do Ibaque. Sei que estão espantados com tudo o que está acontecendo agora, mas como já disse, somos o menor dos seus problemas. Vamos, me acompanhe. - falou Saulo.

Raoní e Dacota foram convidados a caminhar junto com Saulo e as demais tartarugas ao longo do leito do rio. Enquanto caminhavam, Saulo foi falando sobre o que poderiam encontrar no vale do Ibaque.

No Ibaque a natureza encontra refúgio. Alguns animais e até pessoas ao morrerem são trazidas para cá. Aqui eles são transformados naquilo que eles são realmente e seus corpos e suas habilidades são quase sempre modificadas para atenderem a um propósito definido.

E qual seria o propósito? - perguntou Raoní.

Manter o equilíbrio. - respondeu Saulo.

Você tem alguma ideia por onde devemos começar a procurar Thaynara, minha esposa?

Siga a estrela da manhã. - Saulo ergue o seu pescoço indicando uma estrela que brilhava no céu. —Ela levará vocês dois para os seus destinos.

Dacota estava curioso com uma outra tartaruga que era um pouco menor do que Saulo. Pois aquela olhava para ele como se desejasse passar o resto de sua vida com ele.

Saulo. - falou Dacota. —Somente você é que consegue falar?

Saulo olhou para Dacota e respondeu.

Não. Mas não são todos que possuem esse dom. Geralmente, são os líderes de sua espécie. Já outros, não falam por não desejarem. - Saulo parou diante de uma ponte natural feita de pedras que atravessava o rio.

Vocês devem atravessar o rio por esta ponte. Sempre seguindo a estrela da manhã. - falou Saulo.

Mas durante o dia, como seguiremos a estrela? - perguntou Raoní.

Ela nunca os deixará, mesmo durante o dia, sempre estará lá para os guiar. - a expressão de Saulo agora era outra, parecia preocupado com algo.

O que houve Saulo – indagou Raoní.

Vocês precisarão de muita proteção até chegar o momento de levar a sua esposa de volta. Ao beber da água do rio, não só sabemos sobre o passado dos dois, mas também o futuro. E o futuro lhe reservam muitas aventuras, lutas, descobertas e mortes. - Saulo falava enquanto as demais tartarugas voltavam a entrar no rio. —Mas o futuro depende de suas escolhas no presente. E você Raoní terá que fazer uma escolha que afetará não só a sua vida, mas a vida de muitas outras pessoas. - disse Saulo.

Vivi muitos anos aqui. Foram muitos séculos na verdade, meu casco não me deixaria mentir. Mas mesmo no Ibaque, um dia chega o nosso fim. Vocês terão que lutar muito contra as forças do mal que tentam dominar tudo e a todos por aqui. Devem encher os outros de esperança e buscarem juntos por um fim na tirania que se espalha pelo Ibaque.

Raoní e Dacota olham um para o outro tentando entender sobre o que Saulo falava.

Vocês devem usar o meu casco como seus escudos. Em suas mãos, enquanto a lua estiver aparecendo, meu casco será maleável e vocês devem dar uma forma que possam usar para se defenderem dos seus inimigos.

Como assim, você morrerá? E quem são os nossos inimigos? - Raoní falava e um brilho fluía do corpo de Saulo enquanto uma fumaça branca saia de dentro do seu casco e subia rumo ao céu.

Você encontrará mais pessoas durante a sua jornada Raoní. Elas poderão lhe dizer mais sobre o Ibaque. - essas foram as últimas palavras de Saulo.

Depois de alguns segundos, Raoní e Dacota estavam diante do casco de Saulo. Não havia nenhum sinal do corpo do mesmo. Seguindo as recomendações dadas por ele, Raoní e Dacota começaram a recortar partes do casco, notaram que o mesmo estava flexível, era facilmente cortado pois utilizavam suas próprias mãos. E quando puxado o casco, conseguiam aumentar o seu tamanho e davam as formas que assim desejassem como se o casco fosse feito de barro.

Usaram uma espécie de cipó que boiava sobre o rio para poder prender o escudo em seus braços. E a medida que a lua descia, dando lugar para os primeiros raios do sol, todo o casco agora estava ficando mais rígido. E quando em segundos a lua desapareceu no horizonte, os escudos de Raoní e de Dacota estavam prontos, rígidos. Eles pegaram os mesmos e foram na direção da estrela da manhã, na esperança de encontrar Thaynara, o mais rápido possível.

Caminharam cerca de um dia, mas o sol não alterava a sua posição. Estavam deslumbrados com que viam pelo caminho. Reconheciam alguns pássaros como o tucano que agora, em vez de suas penas pretas, exibiam as cores de um sanhaçu azul1.

Um som estranho vinha de perto deles e eles decidiram ver do que tratava. Caminhando alguns metros, encontraram uma clareira na mata e tudo lhes pareceu ótimo, pois precisavam saber se ainda caminhavam na direção da estrela da manhã que estava encoberta pela densa vegetação das árvores. O que eles não imaginavam é que a lareira também era o lar de um grande formigueiro e as formigas, não gostaram da visita inesperada.

Depois de avistados, dezenas de formigas passam a ir na direção de Raoní e Dacota. Elas eram esquisitas, assim como tudo no vale do Ibaque. Eram grandes, do tamanho do pé de um homem adulto. Corriam em alta velocidade e diferente de Saulo, parece que elas não gostavam de conversar. A única coisa a fazer naquele mundo louco, era fugir para longe delas.

Dacota levou mais tempo para ver o tamanho e a quantidade de problemas que estava vindo em sua direção. Raoní o havia alertado que era hora de correr chamando por seu nome, mas Dacota parecia hipnotizado com tudo aquilo. E quando viu de perto o mar de formigas que cada vez mais crescia, também iniciou sua fuga.

Raoní corria um pouco mais a frente de Dacota, não por ter mais ou menos medo e sim por ser mais prudente do que o seu amigo. Eles ouviam o som daquelas gigantes formidáveis cada vez mais próximo deles. Dacota já as via correndo ao seu lado como se ele estivesse correndo da arrebentação de uma onda no mar. Ele olhava para Raoní, quando de repente a vegetação o cobriu e perdeu de vista o seu amigo. Dacota sabia que tinha que correr mais rápido e assim o fez. Agora ele abria o caminho entre a vegetação com o seu escudo e torcia para que, de alguma forma, as formigas os deixassem em paz.

Dacota sentiu algo subindo por suas costas. Ao olhar por sobre o seu ombro viu que uma das formigas o havia alcançado, ela estava prestes a atacá-lo. Seria um golpe doloroso ao julgar pelo tamanho da mandíbula serrilhada que ela tinha. Desesperado, Dacota tenta golpear a cabeça da formiga enquanto ainda corria mata a dentro. Ouviu Raoní chamando o seu nome e o encontro dos dois foi inevitável.

Raoní tinha parado de correr pois havia um penhasco logo a seguir e lá embaixo tinha um rio. Era alto demais para um pulo seguro; era baixo demais para o medo de Dacota. Sem saber o que lhe aguardava após a vegetação e tendo uma formiga quase que arrancando a sua cabeça, Dacota correu sem saber bem onde pararia e acabou esbarrando com Raoní, fazendo com que os três: ele, Raoní e a formiga, caíssem no rio. A queda fez com que a formiga saísse de cima de Dacota, contudo, também fizeram os nossos guerreiros desmaiarem. Seus corpos foram levados pela correnteza até pararem sobre algumas rochas ficando os mesmos quase que mortos.

Depois de um certo tempo, nosso guerreiro chefe estava acordando e só conseguiu ver uma das patas do animal que o transportava. Tendo seus sentidos restaurados, pode afirmar que era a perna de um lobo-guará2, ela era negra, até a metade do seu corpo. Viu sua calda que exibia pelos brancos e volumosos. Só não entendia como um animal daquele porte poderia levar nosso guerreiro em seu dorso.

Raoní levantou lentamente a sua cabeça e viu que Dacota estava ao seu lado. Discretamente tentou acordar seu amigo.

Dacota. Acorde. - sussurrava Raoní.

Depois de algumas tentativas sem sucesso, Raoní decidiu bater com a sua cabeça na cabeça de Dacota o que o fez acordar em protestos.

Fique quieto! - disse Raoní. —Seus pés estão amarrados?

Acho que… não. Não estão. - respondeu Dacota.

Então vamos sair daqui. Mas tem que ser em silêncio. - sugeriu Raoní.

Todavia, o que não imaginavam é que na verdade havia uma corda que amarrava os pés de um ao outro. E quando Raoní deslizou pelo corpo daquele lobo-guará, Dacota veio em seguida e ambos caíram rapidamente sem fazer silêncio algum. Ao ficarem em pé, foram logo cercados por guerreiros que apontavam suas lanças talhadas em madeira e com pontas de pedras bastante rudimentares. E aquele mesmo lobo-guará, mostrava suas presas para nossos guerreiros.

Calma Anguera! - era o nome daquele lobo-guará. Ele tinha uma armação feia de couro e pele de animal que possibilitava que aquele guerreiro ficasse sobre ele.

Agora, acordados, Raoní e Dacota são levados a pé; presos por uma corda em Anguera. O guerreiro que o conduz, tinha a feição de um ser bastante sério. Sua cor de pele lembrava um pouco a de outros índios. Ele tem um tamanho exagerado, era bastante forte. Suas sobrancelhas eram grossas e sua barba acompanhava o contorno do rosto que tinha um formato quadrangular. Vestia-se como um guerreiro chefe ao julgar por suas vestimentas um pouco diferente dos demais. Apenas ele tinha um animal que o servia de transporte, os demais guerreiros, seis ao total, estavam todos a pé.

Depois de um certo tempo de caminhada, Raoní decide falar com aquele chefe guerreiro na tentativa de saber algo a mais sobre aquela situação.

Não somos seus inimigos. Meu nome é Raoní e esse é meu amigo Dacota. Estamos procurando minha esposa. Você a viu por aqui? Ela tem a pela branca e os seus olhos são bem apertados e cabelos negros. - Raoní descrevia Thaynara na tentativa de obter alguma informação ou quem sabe, iniciar um diálogo de paz.

O chefe guerreiro parou sua caminhada. Raoní e Dacota olham em volta e percebem que alguma coisa nas palavras de Raoní fez com que os demais guerreiros cochichassem entre si e olhassem para eles com olhares espantados.

Foi então, que aquele que estava sobre o lobo-guará, o guerreiro chefe daqueles guerreiros disse.

Poupe suas palavras. Quando chegar na aldeia você poderá falar com a nossa rainha, a rainha Aruana.

Finalmente, o grupo chega a uma formação rochosa. E lá de cima, Raoní e Dacota podem ver a aldeia para onde estavam sendo levados. E como no Ibaque as coisas surgem sem cerimônias, em questão de segundos o dia ensolarado deu lugar a uma noite fria, dando um susto em nossos guerreiros e foram assim descendo até chegarem na aldeia.

Quando chegaram, foram logo apresentados para a rainha Aruana. Seu corpo era magro, entretanto, todos que olhavam para ela viam uma força que não estava em seu porte, seria como a força da sua alma. Ela tinha a pele negra como a madeira queimada no fogo. Seus cabelos eram feitos em finas tranças pressos a partir da sua testa por uma bandana multicolorida. Sua face era marcada por traços fortes e uma cicatriz em um dos lados do seu rosto evidenciava que aquela mulher já combateu antes. Suas sobrancelhas eram finas e pintadas tendo uma cor dourada abaixo das mesmas. Tinha olhos da cor de mel, e lábios carnudos.

Em seus ombros, tinha uma capa que quase tocava o chão. O negro era presente naquele vestuário, deveria ser usada quando desejasse esconder todas as cores que haviam em seus muito colares. Mas ali, diante de Raoní e Dacota, ela não estava com a intenção de ficar invisível.

Quem são os seus prisioneiros Ubiratã? - perguntou a rainha Aruana ao chefe guerreiro que trouxe os nossos heróis.

Eles estavam no rio, desacordados. Trouxemos para que a senhora diga o que devemos fazer com eles. - disse Ubiratã.

Raoní então dirige a palavra para a rainha.

Rainha Aruana. Não somos seus inimigos. Eu vim buscar…

Silêncio! - gritou Ubiratã golpeando o estômago de Raoní.

Levem os dois para as pedras. - ordenou Ubiratã.

Raoní e Dacota são levados e amarrados em duas pedras em formato de colunas que ficam no centro da aldeia. E na base das pedras, há muita madeira seca, indicando que ambos seriam queimados naquele lugar.

A rainha Aruana pergunta então para Ubiratã.

O que você acha? Podem ser espias?

Não estou bem certo. O maior deles, Raoní, falou que veio até aqui buscar a mulher de pela branca, de olhos apertados e cabelos negros. Disse que ela era a sua esposa. - a rainha Aruana fitou os olhos em Raoní enquanto era preparada a fogueira.

A tribo estava dançando ao redor dos nossos guerreiros Kanaparís e enquanto as tochas eram acesas, Raoní tentava se livrar das cordas que o prendia roçando a mesma na pedra que ele estava preso. Contudo, a cerimônia iniciou com a aproximação do pajé da tribo em uma dança que mostrava claramente que o fim dos nossos guerreiros estava mais perto do que eles imaginavam.

O pajé vai até Dacota levando uma faca. O nosso guerreiro seria o primeiro a experimentar aquele ritual. A faca do pajé é afiada e Dacota sofre um corte superficial, mas que vai da altura de sua garganta até o início de seu abdômen. A sua roupa é rasgada e um leve fio de sangue escorre em seu corpo.

O ritual prossegue. O pajé agora vai ao encontro de Raoní e da mesma forma fixa a sua faca no pescoço dele e desliza a mesma pelo corpo do nosso guerreiro. Entretanto, quando o pajé segura a roupa de Raoní para rasgá-la, ele olha para a marca da cruz em seu peito que havia sido feita desde o seu nascimento e que no Ibaque ficou mais evidente. O pajé ergue então a sua faca e grita palavras incompreensíveis para Raoní e Dacota.

Nosso guerreiro tem uma chance de virar aquela situação. Agora as suas mãos estavam livres e usando de uma extrema habilidade em luta, conseguiu desarmar o pajé e colocá-lo de costas para ele, apontando a faca em seu pescoço. Agora era Raoní que estava prestes a fazer com que mais sangue escorresse, mas agora não seria o seu, nem o de seu companheiro.

Não quero matar o pajé! - disse Raoní.

Um grupo de guerreiros estavam se aproximando de Raoní quando a rainha Aruana interveio.

Esperem! O que houve? - a rainha Aruana perguntava ao pajé.

Ele tem a marca da promessa. - disse o pajé.

Raoní vira e olha para Dacota que terminava de soltar suas mãos fazendo como Raoní havia feito.

Precisamos saber como conseguiu a marca em seu peito. - disse a rainha Aruana já vindo ao encontro de Raoní.

Abaixem as armas! - ordenou a rainha Aruana. Todos os seus guerreiros, inclusive Ubiratã obedeceram.

Raoní. É este o seu nome não é? - perguntou a rainha.

Sim. - respondeu Raoní.

Solte o pajé, não machucaremos você ou seu amigo. Precisamos conversar.

Libertando o pajé, Raoní e Dacota foram então levados para a tenda da rainha Aruana. Lá, muita coisa deveria ser esclarecida e muitos outros mistérios estariam por vir.

1.Espécie de ave da família Thraupidae, encontrada em florestas de planícies verdes.

2.É o maior canídeo (da mesma família dos cães, raposas e lobos) encontrados na América do Sul.

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