No quinto ano do meu casamento com Caetano Targino, veio à tona o escândalo: a amante que ele escondia num hotel, Isadora Travassos, foi exposta pra todo mundo ver. Pra evitar que ela ficasse marcada como “a outra”, Caetano apareceu com os papéis do divórcio: — O Prof. Travassos me ajudou muito no passado. No leito de morte, ele me pediu pra cuidar da Isadora. Agora que isso veio à público... eu não posso virar as costas. Durante todos esses anos, Isadora sempre foi a prioridade do Caetano. Na vida passada, quando ouvi isso, perdi o controle. Gritei, chorei, me recusei a assinar. Caí numa depressão profunda. Caetano, acreditando num comentário da Isadora “Aurélia não parece doente”, achou que eu estava fingindo. Que era tudo joguinho emocional, chantagem. Então armou uma história de traição minha... e entrou com pedido de divórcio. Só aí, entendi que eu nunca fui páreo pra dívida de gratidão que ele tinha com o pai dela. E, desesperada, acabei tirando minha própria vida. Quando abri os olhos de novo, não hesitei um segundo. Assinei o divórcio.
View MoreEm uma única noite, a internet explodiu. As opiniões… se dividiram.Uns diziam que Isadora, com a desculpa da gratidão, destruiu o casamento de Caetano e arruinou nossa história.Outros diziam que Caetano nunca me amou de verdade... Que se ele quisesse pagar a dívida com o pai da Isadora, bastava dar dinheiro e recursos.Não precisava me humilhar até eu pedir o divórcio.A reputação dele desmoronou.As ações da empresa despencaram.Poucos dias depois, publiquei as provas de que foi Isadora quem armou tudo.Ela mesma pagou pra que tirassem fotos dela e Caetano entrando juntos num hotel.Pagou também pra que a mídia a chamasse de “a amante”, só pra ganhar vitimismo.A confusão foi total.Caetano, desesperado, tentou mandar ela embora do país.Mas… ao ver as matérias, perdeu o controle.Quase estrangulou Isadora no meio da rua.— Por quê? POR QUÊ VOCÊ FEZ ISSO?No começo, ela tentou se fazer de coitada.Mas, pressionada…Riu.Riu como louca.E confessou, sem vergonha:— Porque eu queria s
Na vida passada, no final de tudo…Já não sabia mais se o que eu sentia era amor ou só obsessão.Fiquei alguns segundos em silêncio.Depois, soltei um riso sem humor:— Caetano, no fundo… eu nunca te pedi muito. Mas mesmo o pouco, você fez questão de ignorar.— Fui criada como uma joia. A filha mais preciosa dos Mendonça. Por que eu deveria me deixar pisar assim?Então… chega.Virei de lado, pronta pra ir embora.Ele, em pânico, agarrou meu braço.Cambaleou. Quase caiu. Os lábios trêmulos.— Eu não aceito. Você não pode fazer isso. Aurélia… você é minha esposa. Você não pode me deixar…A voz quebrou.Sorri. Puxei meu braço de volta.— Nós já estamos divorciados, Caetano. Você mesmo me obrigou a assinar. Me forçou a ir na coletiva. Me arrastou até o cartório. Tudo com seu nome. Você não vai negar agora, né?— Eu…Ficou sem palavras.Tentei sair de novo.Mas antes, olhei pra trás.Fiz um gesto com o queixo, na direção de onde vi Isadora.— Aliás, Sr. Caetano… Você e a Srta. Isadora combin
Sorri de leve. E assenti com a cabeça.Só não esperava ver Caetano em Marquessa.Tínhamos acabado de sair da prova dos trajes de casamento.Do outro lado da rua, sob a sombra da árvore de cânfora, lá estava ele.Camisa branca amarrotada, cabelo bagunçado, pele pálida, olhar... sem brilho algum.Ele olhou para nossas mãos entrelaçadas.Por um instante. Depois desviou o olhar.Forçou um sorriso:— Aurélia, vim te buscar. Não precisa esperar o ano que vem. Vamos voltar pra casa agora. Casar de novo. Tudo certo, tá?Deu alguns passos na nossa direção.Benício deu um passo à frente.Mas eu estendi a mão, contive ele.Arrumei a gravata um pouco torta dele com cuidado, e murmurei:— Vai pro carro. Já vou. Mamãe fez seu prato preferido. Vamos jantar em casa, tá?Benício me encarou. Sorriu de leve.— Tá bom.Passou por Caetano sem dizer uma palavra.Só um olhar era frio e firme.Agora só restávamos nós dois.Caetano deu outro passo, se aproximando.Eu recuei, quase sem que ele notasse.— Sr. Ca
— Não amo mais. — Respondeu Aurélia, com um sorriso leve.Só uma frase. Curta. Seca.Mas aquilo ecoava na cabeça dele com força sufocante.Repetiu o vídeo inúmeras vezes.Tentou encontrar algo nos olhos dela.Alguma dúvida. Alguma hesitação.Nada.Frustrado, abriu a conversa deles.A última mensagem... era a do dia em que ele lembrou do horário no cartório.Ela respondeu só:"Tá bom."Depois disso, silêncio absoluto.Antes, Aurélia vivia grudada nele.Contava tudo.E ele sempre respondia, mesmo que no meio da correria.Folheou as conversas antigas.Percebeu que, nos últimos tempos... era só ela falando sozinha.E ele… mal respondia."Ok.""Tô sabendo."O Grupo estava muito ocupado no passado.Isadora sofreu de depressão após a morte do Prof. Travassos e tentou suicídio várias vezes. Ele simplesmente não conseguia cuidar de tudo.De repente, a notificação do Lúcio apareceu:"Aurélia vai se casar com o Benício."Caetano levantou num pulo.Derrubou o cavalete sem querer.A pintura da pais
Sorri de leve, e encarei o olhar calmo e firme dele:— Obrigada, Benício.Obrigada... por cuidar dos meus pais por mim.Ele balançou a cabeça, como quem diz que não era nada:— Eu só fiz o que devia. Se não fosse você e o Sr. Mendonça naquela época… talvez eu já nem estivesse vivo.Os assuntos sobre mim ainda dominavam as redes sociais.Primeiro me chamaram de vítima.Depois, de fria e interesseira.E agora… me acusavam de trair o Caetano com Benício.Tudo porque um paparazzo nos flagrou no aeroporto.Ri, sem conseguir segurar.Abaixei os olhos e vi a mensagem. Um perfil fake. Era a Isadora.Ela mandou uma foto dela, na mansão da colina."Caetano me deixou dormir aqui ontem. E hoje? O que você acha que vai acontecer?Ele é um homem de princípios… mas agora, sem casamento, sem culpa.Aurélia… seu marido é meu agora."Ela queria me provocar.Mas por dentro… não doeu nada.Benício apareceu com uma xícara de chá. Viu de relance a tela do celular.A voz dele saiu firme:— Srta… tudo que te
Isadora mordeu levemente os lábios:— Fiquei com medo de dormir sozinha no hotel... por isso vim até aqui. — Será que... — Abaixou ela os olhos — Estou incomodando?Caetano franziu a testa.Quis dizer alguma coisa, mas acabou cedendo:— Não tem problema. Já tá tarde.Vou pedir pra Ana preparar o quarto de hóspedes pra você.Virou-se, pronto pra chamar a empregada.Mas Isadora deu mais um passo. Entrou.Os olhos úmidos fixos nele, cheios de doçura.— Cae… eu não quero ficar no quarto de hóspedes. Pode ser?A testa de Caetano se fechou ainda mais. Os lábios se moveram, prestes a negar.Mas, ao ver os olhos vermelhos dela… hesitou.Cedeu de novo.O avião pousou em Marquessa já no fim da tarde.Quem veio me buscar foi Benício Noronha.Aos dezoito anos, ele salvou uma garota e foi falsamente acusado de abuso.Ficou três anos preso.Com ficha criminal, ninguém queria contratá-lo.Conheci ele numa exposição de arte.Sempre calado, de olhar baixo.Se alguém chegava perto, ele se encolhia.Um
— Caetano, eu só quero uma coisa de você. Nunca mais apareça na minha frente. — Aurélia disse isso sorrindo, e desapareceu no meio da multidão.Caetano ficou parado sem reação.Por alguns segundos, um vazio estranho tomou conta dele — uma sensação que não sabia explicar, mas que apertava o peito.Como se tivesse perdido algo que nunca mais voltaria.Como naquele dia, quando ela assinou os papéis do divórcio.Silenciosa. Serena. Como se já soubesse de tudo.Só dias antes, ela tinha feito escândalo porque ele esqueceu o aniversário dela.Chegou a dar um tapa na cara dele.Ele pensou que, quando falasse em divórcio, Aurélia ia surtar. Ia gritar, chorar, implorar.Chegou até a se preparar pra isso.Mas ela não fez nada disso.Só pegou a caneta, e assinou.Como quem fecha uma porta… pra nunca mais abrir.Naquela hora, pensou em impedi-la. Mas não conseguiu.Pensou: "Não tem problema. Ela me ama. É só um divórcio no papel. Depois eu compenso."Mas Isadora era diferente.Ela não podia ser exp
Mas no segundo seguinte, ele desviou o olhar com indiferença, os lábios ainda curvados num leve sorriso.Segurou a mão da Isadora... e subiu no palco.Como se nunca tivesse me visto ali.Dei um sorriso torto, cheio de sarcasmo.A jornalista mais próxima parecia uma estagiária. Nervosa, estendeu o microfone pra mim:— Sra. Aurélia... é verdade que você se divorciou do Sr. Caetano?— É verdade. — Sorri, com a cabeça erguida.A menina ajeitou os óculos, insegura:— Mas vocês se conhecem desde o colégio, namoraram sete anos, estão casados há cinco. Mês passado, ele comprou uma ilha com seu nome...Meu sorriso continuava. Mas agora... sem calor nenhum.— Aquela ilha... era uma dívida. — Respondi.Ele perdeu meu aniversário pra cuidar da Isadora, que estava doente. O presente foi compensação.Na vida passada, eu me senti especial. Depois descobri que a ideia foi do Lúcio. A ilha, escolhida pelo assessor. E o próprio Caetano... nem sabia onde ela ficava.— Você ainda ama o Sr. Caetano? — Ela
Do dia pra noite, virei a vagabunda da vez. Uma devassa, sem vergonha, crucificada pela internet.Enquanto isso, ele e Isadora... eram os pobres inocentes.— Eu assino. Mas com uma condição. — Disse, depois de um longo silêncio.Caetano levantou os olhos, me encarou por um segundo e logo assentiu.Me passou a caneta.Peguei. Assinei.Sem drama. Sem hesitar.— Não vai ao menos ler o acordo? — Ele franziu a testa.Sorri, de leve:— Não precisa.Ele tinha praticamente saído de mãos abanando. Me deixou tudo: imóveis, ações, até os carros.Tudo... pra pagar a “dívida” que tinha com Isadora.— Amanhã, vê se consegue um horário no cartório.— Tá bom. — Respondi.Quando pegou de volta os papéis, a mão dele vacilou.Me olhou, meio perdido.Mas não falou nada.Na hora de ir embora, Isadora olhou pra trás.Sussurrou, sem som, mas eu li nos lábios dela: "Você perdeu."Sim, eu perdi.Perdi uma vida inteira.Por isso... dessa vez, eu não quero mais perder.Minutos depois, meu celular vibrou.Uma me
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