— O que foi, Gabi? — Vitória sentou-se na cama e abraçou a cintura dele.Gabriel afastou suavemente os braços dela. Sua voz saiu rouca, baixa, carregada de culpa:— Me desculpa. Eu passei dos limites. Descansa bem, tá?Levantou-se às pressas, os passos apressados e desajeitados, como se fugisse do próprio pecado.— Gabi! Gabi! — Vitória chamou, correndo até a porta. Mas, quando abriu, o corredor já estava vazio.Ela ficou parada, mordendo o lábio até quase sangrar, as unhas cravadas no batente da porta. No olhar, um ódio frio, amargo e crescente.No estacionamento subterrâneo, Gabriel entrou no carro e permaneceu imóvel, o olhar perdido, o peito arfando. Levou a mão à testa, sentindo o arrependimento esmagar seu orgulho.No banco do passageiro, algo chamou sua atenção: o brilho do celular novo que havia comprado. Desviou o olhar imediatamente, o desconforto e a culpa pesando ainda mais.No quarto do hotel, Vitória fechou a porta devagar e foi até o banheiro. Encarou o próprio reflexo n
Read more