All Chapters of Noiva do bilionário: nossos votos não importam: Chapter 111 - Chapter 120

Os dedos de Xavier se fecharam em punhos sobre a mesa de mogno, os nós dos dedos ficando brancos enquanto ele lutava para juntar as memórias fragmentadas. O silêncio da sala o pressionava – uma mortalha sufocante de perguntas sem resposta. Ele se levantou, a cadeira de couro rangendo em protesto, e caminhou até a janela. Seu reflexo olhou para ele, como um fantasma em meio à extensão da liberdade de Nova York abaixo. Sua mente girava com a acusação que se agarrava a ele como uma vil segunda pele."Quem era ela?" A pergunta ecoou no espaço cavernoso de seu peito, oca e assustadora. Ele não entendia nada sobre a senhora que o acusou de estupro. Pior, ele nunca viu a senhora antes; ele só sabe que acordou ao lado dela no dia seguinte. Como ela chegou ao terno dele? Ele não sabe como ela chegou lá. Que porra está acontecendo? Ele pensou enquanto enfiava as duas mãos nas calças.A porta se abriu. Xavier não vacilou; ele observou o reflexo de seu pai entrando furiosamente, a fúria do velho

As pálpebras de Cathleen se abriram para a luz estéril do amanhecer que se filtrava através de seu escritório elegante e moderno. Ela passou a noite lá novamente, com o sofá virando uma cama improvisada na maioria das vezes. O ritual do café da manhã e dos resumos do caso estava destruído; James sempre foi seu metrônomo, marcando o ritmo do seu dia com uma precisão incrível. Hoje, o silêncio a saudou como discordante e errado.Ela sentou-se na beirada da mesa, a tela à sua frente já animada com o balé austero do tribunal: advogados fazendo piruetas em torno de precedentes legais, o advogado do reclamante animado e ousado. No entanto, o espaço para defesa estava vazio – uma ausência que corroeu suas entranhas. "Onde diabos você está, James?" ela murmurou, seus pensamentos irregulares em sua mente.Sua mão estendeu a mão para o telefone, uma tábua de salvação para a clareza, mas ele tocou primeiro, interrompendo o silêncio. "James, você está atrasado?" Ela retrucou antes que ele pudesse

A sala do tribunal ficou em silêncio, o ar denso de tensão, enquanto os lábios de Cathleen se curvavam num sorriso malicioso. Ela perfurou Anastasia com seu olhar, inflexível e afiado como um bisturi. "Senhorita Brown, gostaria que repetisse sua declaração", ela exigiu, sua voz cortando os sussurros que começaram a girar como abutres ao redor de uma carcaça.A voz de Anastasia tremeu, seus olhos se movimentando, buscando uma fuga que não estava lá. "Eu disse que não sei. Não me lembro."Cathleen girou nos calcanhares para encarar o juiz, a bainha de seu vestido feito sob medida flertando com um toque de agressão. "Meritíssimo, a Srta. Brown não se lembra do que aconteceu naquela noite. Como então ela se lembrou que foi estuprada?" Sua pergunta pairou no ar, uma acusação envolta em preocupação. "Como podemos levar em consideração uma declaração de alguém que não se lembra de nada? Se a memória da Srta. Brown é uma folha em branco para aquela noite, meritíssimo, temo que não haja nenhum

Os punhos de Edward cerraram enquanto ele estava do lado de fora da pesada porta de carvalho, as veias de suas mãos pulsando como serpentes furiosas sob sua pele. Ele bateu forte na madeira, cada batida ecoando pelo corredor silencioso com o peso do desespero. O escritório era um santuário de poder, onde os destinos eram alterados com uma única palavra do velho sentado lá dentro."Entre", veio a voz rouca do outro lado."Pai!" Edward exalou, abrindo a porta. Seu coração batia forte contra as costelas, cada uma batendo como um tambor de guerra no escritório silencioso.O velho estava sentado atrás de uma mesa enorme, uma fortaleza de mogno e livros encadernados em couro. Seu olhar, afiado como uma lâmina, cortou Edward. Ele lenta e deliberadamente tirou os óculos, deixando-os pendurados em uma mão, um comando silencioso para Edward falar."Tenho tentado tirar Finn da prisão, mas não consigo passar pelas autoridades", disse Edward, sua voz como uma corda bamba de controle."Por que?" A

As portas ornamentadas de ferro forjado da opulenta residência dos Knight gemeram de boas-vindas quando Cathleen estacionou seu elegante carro na grande entrada. Apesar do ambiente luxuoso, cada linha de seu corpo exalava relutância e uma sensação de estar presa. Com um golpe decisivo do dedo, ela desligou o motor, um gesto simbólico que não conseguiu mascarar suas verdadeiras intenções: ela não iria ficar, não se pudesse evitar. A extensa mansão assomava diante dela, sua presença imponente era um lembrete constante do controle de Xavier sobre ela. Para Cathleen, não passava de uma gaiola ornamentada, bonita por fora, mas sufocante dentro das paredes douradas.— Maldita farsa — murmurou Cathleen baixinho, a voz um silvo baixo enquanto se preparava para a farsa. Sua mão descansava protetoramente sobre o inchaço sutil de seu abdômen; a criança dentro dela era só dela, Xavier que se dane.Com equilíbrio calculado, ela saiu para o ar fresco, seus saltos batendo na pedra como um metrônomo