Ele sabia bem se o que ele oferecia era proteção ou vigilância.Luiza riu friamente.Ele continuou: - De agora em diante, você pode trabalhar em casa. Pode visitar seu pai uma vez por semana. Vamos viver assim, acho que é uma boa ideia.Para ele, era o melhor cenário, ela estava em casa, protegida por ele, nunca se machucaria.Quanto à sua mãe, quando a situação de Bryan fosse resolvida, a tensão diminuiria.Ele acreditava que essa era a melhor solução.Mas ele ignorava a necessidade de Luiza de ter independência e liberdade. Ela respondeu friamente: - Eu não quero isso.- Por quê? Se você ficar comigo, eu posso te proteger.- Eu já disse, todas essas tempestades foram causadas por você. Se nos separarmos, não estarei mais em perigo.Além disso, ela teria sua liberdade.Miguel não respondeu, mas, após um momento, repetiu: - Essa é a melhor solução por enquanto.Luiza olhou nos olhos dele.Eles refletiam teimosia, e seus lábios estavam ligeiramente apertados. Parecia que, se ela diss
- Qual método?- Meu método pode salvar você e seu pai, mas você precisa cooperar comigo. Você está disposta? Theo fez uma pausa e perguntou: - Luiza, vou te fazer uma pergunta. Você ainda quer ficar com o Miguel?Luiza ficou em silêncio por um momento e respondeu: - Não quero mais.Os fatos provaram que eles realmente não podiam ficar juntos, sempre havia obstáculos que nunca seriam resolvidos.Ela já estava exausta.Talvez essa relação fosse melhor se terminada, ambos poderiam se libertar.Ao ouvir isso, Theo falou em um tom sério: - Daqui a uma semana, será seu aniversário. Se você quiser deixar ele, esse dia será a melhor oportunidade.Luiza pensou, Theo provavelmente estava sugerindo que ela tentasse fugir novamente. Ela balançou a cabeça e disse: - Não adianta, Theo. Ele colocou pessoas para vigiar o meu pai. Não importa para onde eu vá, serei pega de volta.- Luiza, se você apenas fugir, as chances de sucesso são pequenas. - Theo falou calmamente. - Mas nesse dia, o Grupo S
Ele passou o braço pelos ombros dela e suas palavras foram cheias de carinho. Luiza se sentiu um pouco incomodada e perguntou: - O que você está me mostrando?- Você saberá quando ver. - Disse Miguel, empurrando a porta.O estúdio já estava decorado. Era espaçoso, equipado com máquinas de costura, mesa de design, manequins e luminárias...Tudo o que um designer precisava estava ali, incluindo uma varanda bem iluminada.Luiza ficou chocada.Mas não era a presença de tudo isso que a deixava atônita.Ela tinha a sensação instintiva de que Miguel estava realmente tentando a aprisionar, montando um estúdio completo para que ela não precisasse sair de casa.Ela ficou atordoada. Miguel já estava atrás dela, a abraçando, e sussurrou suavemente em seu ouvido: - Este é o estúdio que preparei para você. Gostou? A partir de agora, você pode trabalhar aqui todos os dias. Se quiser aceitar encomendas em casa, não vou impedir você. Ter algo para fazer em casa é bom. Se você se sentir entediada, pod
Ela já estava sendo vigiada de perto mesmo sem estar grávida. Se isso acontecesse, ela realmente não poderia sair.- Lulu, acorde.Miguel se sentou e sacudiu levemente seu ombro.Luiza fingiu não se mexer.- Preguiçosa.Miguel riu e se inclinou para a beijar e a acordar.Luiza se assustou e abriu os olhos, num tom confuso disse: - O que é isso? Por que está tão barulhento...- Vamos fazer um exame no hospital, é hora de acordar.Miguel a pegou no colo e a levou para o banheiro sem dar a ela chance de resistir.- Por que precisamos fazer um exame? - Luiza perguntou.Miguel respondeu calmamente: - Você esqueceu que fazemos exames todos os anos?Ele não estava sendo honesto.Ele queria esconder dela que a estava levando para engravidar?Luiza ficou apavorada ao pensar nisso, mas fez uma expressão de cansaço: - Mas hoje estou menstruada e com dor de barriga. Não quero fazer o exame.- Está menstruada?Miguel olhou para sua barriga.Luiza ficou nervosa.Mas ele a abraçou por trás e massa
À tarde, ela estava sentada no quintal, perdida em pensamentos sobre o que fazer no futuro.Depois de muito pensar, sem chegar a uma conclusão, seu humor começou a ficar sombrio. Decidiu sair para espairecer.Ela marcou um café da tarde com Marina, que concordou.Ao descer do carro, alguns seguranças a seguiram. Luiza franziu a testa e disse ao Emerson: - Emerson, estou apenas indo tomar um café da tarde com minha amiga. Vou me sentar perto da janela, vocês podem me ver daqui, não precisam me seguir.Ela não queria que os seguranças ouvissem conversas pessoais com sua amiga.Emerson não era insistente e interrompeu os seguranças: - Apenas esperem a Sra. Luiza lá fora.Os seguranças voltaram para o carro.Então Luiza entrou no restaurante sozinha.Logo ao entrar, ouviu pessoas apontando para ela.- É ela, Luiza, a famosa designer. Seu pai, Bryan, matou o Zeca, o antigo líder da família Souza...Luiza parou por um momento, e as pessoas na mesa ao lado continuaram falando.- Ela não tem
Luiza percebeu que alguém estava realmente cancelando pedidos na Luminar Joias. Marina estava ocupada lidando com esses recentes cancelamentos, o que a deixava bastante atarefada.- Você deve estar muito ocupada ultimamente, não é? Me desculpe por te chamar para tomar café à tarde comigo, sabendo disso. - Disse Luiza.- Não se preocupe. Eu tenho um intervalo de duas horas à tarde, então sair um pouco para relaxar é bom. - Consolou Marina. - Lulu, você não precisa se preocupar tanto. Embora algumas pessoas estejam ligando para cancelar pedidos, não são muitas. Afinal, sou a mulher do Geraldo, e nossos clientes não querem nos desagradar tão facilmente.- Marina, você está realmente se esforçando. - Suspirou Luiza, deixando por isso mesmo.Nesse momento, o garçom trouxe café, morango e bolo. Marina disse: - Pronto, Lulu, o bolo chegou. Vamos comer algo gostoso e esquecer essas coisas tristes.Luiza foi confortada por Marina e temporariamente esqueceu seus aborrecimentos, começando a conv
O líquido gelado e os cubos de gelo laranja foram todos derramados sobre o casaco de pele branca de Alice. Como era inverno, alguns cubos caíram em seu pescoço, a fazendo gemer.- O que você está fazendo?O casaco branco de Alice estava arruinado, e ela virou a cabeça para encarar Marina.Marina respondeu: - Desculpe, foi sem querer. Quanto custa este casaco? Eu vou te compensar.Ela pegou o talão de cheques e começou a preencher um cheque para Alice, se mostrando decidida por ter dinheiro.Luiza, vendo isso, também sentiu um alívio. Ela havia tolerado essa mulher por muito tempo; ela tinha uma língua afiada e merecia um castigo.Pegando o resto do café gelado ao seu alcance, ela o derramou inteiro na cabeça de Alice, dando um pouco mais de cor ao seu cabelo e roupas.Alice recuou dois passos, congelada pelo frio, e mais alguns cubos de gelos caíram sobre seus olhos, estragando sua maquiagem delicada.Ela os enxugou com a mão, e os longos fios de cabelo gotejavam com o líquido doce av
Ela agora chamava Helena de "você" em vez de Sra. Helena. Porque estava completamente decepcionada. No passado, ela talvez ainda sentisse culpa em relação a Helena, mas depois de ser ferida repetidamente, Luiza também não gostava mais dela.Já que as duas famílias estavam destinadas a se tornarem inimigas, ela não precisava mais engolir o orgulho.Helena estava tão furiosa que seu peito subia e descia levemente, e ela disse friamente:— A pessoa que te pressiona repetidamente sou eu. Por que você não vem acertar as contas comigo? E você não pensa, por que eu continuo te pressionando? Meu único desejo é que você se afaste do Miguel. Por que você é tão teimosa e não quer ir embora?Luiza deu um sorriso sarcástico, estava prestes a dizer algo quando Marina já estava na frente de Luiza e disse:— Sra. Helena, você deveria dizer isso ao seu filho. Nossa Lulu já estava prestes a ir para o exterior, foi seu filho que chegou ao hospital e a trouxe de volta para casa. Nesse caso, o que a Lulu
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que