O líquido gelado e os cubos de gelo laranja foram todos derramados sobre o casaco de pele branca de Alice. Como era inverno, alguns cubos caíram em seu pescoço, a fazendo gemer.- O que você está fazendo?O casaco branco de Alice estava arruinado, e ela virou a cabeça para encarar Marina.Marina respondeu: - Desculpe, foi sem querer. Quanto custa este casaco? Eu vou te compensar.Ela pegou o talão de cheques e começou a preencher um cheque para Alice, se mostrando decidida por ter dinheiro.Luiza, vendo isso, também sentiu um alívio. Ela havia tolerado essa mulher por muito tempo; ela tinha uma língua afiada e merecia um castigo.Pegando o resto do café gelado ao seu alcance, ela o derramou inteiro na cabeça de Alice, dando um pouco mais de cor ao seu cabelo e roupas.Alice recuou dois passos, congelada pelo frio, e mais alguns cubos de gelos caíram sobre seus olhos, estragando sua maquiagem delicada.Ela os enxugou com a mão, e os longos fios de cabelo gotejavam com o líquido doce av
Ela agora chamava Helena de "você" em vez de Sra. Helena. Porque estava completamente decepcionada. No passado, ela talvez ainda sentisse culpa em relação a Helena, mas depois de ser ferida repetidamente, Luiza também não gostava mais dela.Já que as duas famílias estavam destinadas a se tornarem inimigas, ela não precisava mais engolir o orgulho.Helena estava tão furiosa que seu peito subia e descia levemente, e ela disse friamente:— A pessoa que te pressiona repetidamente sou eu. Por que você não vem acertar as contas comigo? E você não pensa, por que eu continuo te pressionando? Meu único desejo é que você se afaste do Miguel. Por que você é tão teimosa e não quer ir embora?Luiza deu um sorriso sarcástico, estava prestes a dizer algo quando Marina já estava na frente de Luiza e disse:— Sra. Helena, você deveria dizer isso ao seu filho. Nossa Lulu já estava prestes a ir para o exterior, foi seu filho que chegou ao hospital e a trouxe de volta para casa. Nesse caso, o que a Lulu
Helena riu friamente.— O que eu digo agora não tem mais valor para vocês.— Sra. Helena, estamos apenas cumprindo ordens, por que dificultar para nós? — Emerson respondeu calmamente e se virou para Luiza e Marina, dizendo. — Sra. Souza, aqui não é muito seguro, é melhor voltarmos.Luiza e Marina seguiram Emerson, com os outros guarda-costas ao lado delas, ninguém ousou detê-las.Depois que todos saíram, Isabelly se levantou do chão com dificuldade, segurando a cintura, e disse friamente para Helena:— Helena, você vai deixar ela te tratar assim?— Ele prefere morrer do que ficar longe daquela mulher, o que eu posso fazer? — Helena saiu furiosa....O Grupo Sunland esteve bastante ocupado ultimamente.Miguel estava tão ocupado que só chegava em casa depois das oito da noite.A mansão estava escura, sem luzes acesas.O coração de Miguel acelerou, ele subiu rapidamente as escadas e abriu a porta do quarto, vendo Luiza deitada na cama, ele se acalmou um pouco.Só Deus sabia o quão preocup
Ele vivia naquela casa solitária como um túmulo, provando o sabor da saudade e do arrependimento. Ele não permitiria que ela o deixasse novamente. Mas para Luiza, aquelas palavras soavam como uma prisão. Seus ossos estavam frios de medo e ela perguntou em voz baixa: — E depois que eu estiver grávida? — Depois que você estiver grávida, viveremos aqui para sempre, seremos muito felizes... — Ele sonhava com o futuro. Mas esse futuro era um abismo para Luiza. Uma vez grávida, ela nunca mais poderia partir... Ela balançou a cabeça, desesperada, e disse: — Não pode ser assim, Miguel. Sua família me odeia tanto. Se tivermos um filho, será ainda mais doloroso para nós... O fato de ele ter escolhido ela sem hesitar não significava que ele nunca se arrependeria no futuro. "E se no futuro o amor esfriar e ele se arrepender?" "E se ele se arrepender, ele odiaria nosso filho? Acharia que nosso filho é fruto de um relacionamento amaldiçoado?" Quanto mais Luiza pensava, mais ass
Quando Theo ligou para Luiza novamente, ela estava sentada no quintal, olhando distraidamente para o horizonte.— Luiza, você já pensou bem?Luiza olhou para o céu nublado que anunciava chuva e respondeu devagar:— Sim.Chegando a esse ponto, Luiza decidiu apostar em seu futuro. Ela não queria passar a vida inteira presa ali.Theo assentiu e disse:— Ótimo, Luiza, você precisa encontrar um documento do Miguel e tirar uma foto do conteúdo para mim.Luiza ficou em silêncio por um bom tempo.Theo perguntou:— Luiza, se você não quiser fazer isso, eu não vou te forçar.Luiza ficou em silêncio por alguns instantes antes de responder:— Depois de fazer isso, realmente não vai causar um grande problema para ele?— Não, com a habilidade dele, isso será apenas um pequeno contratempo. — Theo a tranquilizou.Luiza confirmou três vezes antes de concordar:— Certo, espere minhas notícias.Theo, um pouco preocupado, aconselhou suavemente:— Por agora, não seja tão dura com ele... No dia do seu anive
Ele a abraçou, a mão grande passou por sua cintura e pousou em seu abdômen, o acariciando suavemente.— Dói tanto que você não consegue dormir?Ela não ousou se afastar, se aninhou em seus braços e disse rigidamente:— Está tudo bem, estou dormindo...A voz era leve, suave, agradável aos ouvidos.O coração de Miguel ficou um pouco agitado, ele abaixou a cabeça e beijou seu cabelo.— Durma...Durante a noite, ele ficou acariciando a barriga dela.Luiza originalmente planejava esperar ele dormir para fazer suas coisas, mas sempre que ela percebia que a mão dele parava e tentava se levantar, ele despertava e continuava a acariciar sua barriga.Ele era uma pessoa muito vigilante e de sono leve; se ela agisse de forma imprudente, ele perceberia a qualquer momento.Luiza sabia que não conseguiria realizar o que pretendia, então relaxou a mente tensa e acabou adormecendo lentamente...Os dois dormiram juntos abraçados a noite toda.No dia seguinte, quando Luiza acordou, Miguel estava no banhe
Depois que Miguel saiu, Luiza também saiu.Ela foi ao shopping e comprou muitos suplementos e produtos de cuidados com a pele, e levou tudo para Luminar Joias e deu para Marina.— Mari, esse é o creme de bom dia, é para usar de manhã. Este é o creme de boa noite, é para usar antes de dormir, e esse é o probiótico, para a saúde intestinal do bebê... — Ela segurava as coisas e apresentava uma por uma para Marina.Marina olhou curiosa, com um rosto cheio de dúvidas:— Lulu, o que você está fazendo?Luiza disse:— Estou te dando presentes. Você teve um bebê há tanto tempo e eu ainda não comprei nada para você. Aproveitei que hoje tinha tempo e comprei tudo.— Mas por que parece que você está se despedindo de mim? — Marina teve uma premonição estranha. — Você está planejando algo?Luiza ficou surpresa, sorriu e disse:— Não, é que ultimamente não tenho nada para fazer. Fui ao shopping e comprei uns presentes para você.— O Miguel disse algo quando vocês voltaram depois do que aconteceu ante
Os olhos dele se aprofundaram, e o bom humor da manhã toda desapareceu, se tornando sombrio e envolto em uma aura de agressividade.Era aquela expressão de novo.A expressão sombria que aparecia antes dele enlouquecer.Luiza temia que, se a tensão continuasse, algo poderia ser descoberto. Controlando a ansiedade, ela disse:— Eu só estava me despedindo dele.— Despedindo de quê? — Miguel perguntou, semicerrando os olhos perigosamente.Luiza respondeu:— Você não me proibiu de ir para as Américas? Eu disse a ele que não iria mais e que viveria com você aqui a partir de agora.— É mesmo? — A desconfiança no rosto dele ainda não tinha desaparecido.Luiza disse:— Não foi o que você disse? Se eu continuasse a me comunicar com ele, você não me deixaria ver meu pai. Eu... Eu sinto falta do meu pai...Ao ouvir o tom de mágoa em sua voz, a agressividade nos olhos de Miguel diminuiu um pouco, se tornando mais suave.— Então, se despedir dele significa que não haverá mais contato no futuro?— O
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que