Depois que Miguel saiu, Luiza também saiu.Ela foi ao shopping e comprou muitos suplementos e produtos de cuidados com a pele, e levou tudo para Luminar Joias e deu para Marina.— Mari, esse é o creme de bom dia, é para usar de manhã. Este é o creme de boa noite, é para usar antes de dormir, e esse é o probiótico, para a saúde intestinal do bebê... — Ela segurava as coisas e apresentava uma por uma para Marina.Marina olhou curiosa, com um rosto cheio de dúvidas:— Lulu, o que você está fazendo?Luiza disse:— Estou te dando presentes. Você teve um bebê há tanto tempo e eu ainda não comprei nada para você. Aproveitei que hoje tinha tempo e comprei tudo.— Mas por que parece que você está se despedindo de mim? — Marina teve uma premonição estranha. — Você está planejando algo?Luiza ficou surpresa, sorriu e disse:— Não, é que ultimamente não tenho nada para fazer. Fui ao shopping e comprei uns presentes para você.— O Miguel disse algo quando vocês voltaram depois do que aconteceu ante
Os olhos dele se aprofundaram, e o bom humor da manhã toda desapareceu, se tornando sombrio e envolto em uma aura de agressividade.Era aquela expressão de novo.A expressão sombria que aparecia antes dele enlouquecer.Luiza temia que, se a tensão continuasse, algo poderia ser descoberto. Controlando a ansiedade, ela disse:— Eu só estava me despedindo dele.— Despedindo de quê? — Miguel perguntou, semicerrando os olhos perigosamente.Luiza respondeu:— Você não me proibiu de ir para as Américas? Eu disse a ele que não iria mais e que viveria com você aqui a partir de agora.— É mesmo? — A desconfiança no rosto dele ainda não tinha desaparecido.Luiza disse:— Não foi o que você disse? Se eu continuasse a me comunicar com ele, você não me deixaria ver meu pai. Eu... Eu sinto falta do meu pai...Ao ouvir o tom de mágoa em sua voz, a agressividade nos olhos de Miguel diminuiu um pouco, se tornando mais suave.— Então, se despedir dele significa que não haverá mais contato no futuro?— O
Luiza conseguia sentir claramente aquele calor, seus olhos revelavam irritação enquanto ela dizia:— Não dá para simplesmente dormir?— Eu quero. — Sua voz estava rouca, ele encostou a cabeça em seu ombro e mordeu levemente, soltando um gemido doloroso.Desde que começaram a brigar, ele já estava aguentando por tempo demais.— Lulu, me ajuda... — Vendo que ela não se movia, ele insistiu. — Rápido...No escuro, o rosto de Luiza estava cheio de resignação. Ela suspirou e atendeu ao seu pedido.Ela sabia como ele era.Se não o aliviasse, ele continuaria assim, e Luiza não queria ser incomodada por ele todos os dias. Era melhor resolver logo para que ele não continuasse no dia seguinte.Não sabia quanto tempo havia passado quando ele ficou completamente tenso. No momento crucial, ele a abraçou com força, soltando um gemido incontrolável.Seu corpo estava muito quente.Luiza se assustou e tentou se afastar.Mas ele não permitiu, abraçou sua cintura e a segurou firme contra seu peito, dizend
— Você sabe que a empresa tem um novo projeto para ser lançado em breve? — Miguel perguntou em voz baixa.O coração de Luiza deu um salto, temendo que ele notasse algo. Ela respirou fundo e disse:— Eu vi nas notícias esses dias.Miguel assentiu, com um sorriso ainda mais largo nos lábios. Ele pegou uma gravata e disse:— Me ajude a dar o nó na gravata.— Você não consegue fazer isso sozinho?— Não tão bem quanto você. — Ele entregou a gravata para ela, inclinando a cabeça e apontando o queixo para ela.Luiza pegou a gravata e, ao dar o nó, seus dedos acidentalmente tocaram o pescoço dele, causando uma sensação arrepiada.Miguel abaixou a cabeça e olhou para ela.— O que foi? Está me provocando?— Claro que não. — O rosto dela ficou vermelho na hora. — Foi sem querer.— Espero que seu período termine logo. — Miguel a abraçou, e ela podia sentir claramente o calor do corpo dele.Os cílios de Luiza tremularam, temendo o que ele pudesse fazer. Ela falou suavemente:— Pronto, combinei de m
Ele pegou a chave do carro e saiu, ligando para Emerson.— Onde está a senhora?— A senhora ainda está no restaurante com a Srta. Marina. — Emerson respondeu.Luiza estava esperando o processamento das impressões digitais e não podia sair ainda. Ela pediu alguns pratos e estava jantando com Marina.O celular de Marina de repente tocou; era uma ligação de Geraldo perguntando a que horas ela voltaria para casa.Marina riu e disse:— Eu volto para casa depois de jantar com a Lulu.— O bebê está com saudades de você. — Geraldo disse do outro lado do vídeo, segurando um bebê fofinho.Marina não pôde deixar de rir.— O bebê foi bonzinho hoje?— Foi sim.Os dois começaram a conversar, e Luiza estava sentada do outro lado, ouvindo a conversa com um leve sorriso nos lábios.De repente, o garçom veio e serviu um suco para ela, puxando levemente sua manga.A mão de Luiza se estendeu sob a bandeja, e o garçom entregou a ela um cartão transparente com a impressão digital de Miguel.Ela o pegou, mas
Luiza estava desconfortável e se mexeu um pouco, dizendo:— Eu mesma tiro.— Certo. — Ele não a forçou, apenas ficou lá, olhando fixamente para Luiza.Na névoa difusa, Luiza estava muito constrangida. Ela rapidamente tirou as roupas e entrou na banheira quadrada.Miguel também entrou na banheira, segurando novamente sua cintura e fazendo ela se sentar em seu colo.O corpo dele estava quente, e Luiza se assustou.— O que você está fazendo?— Vou te dar um banho. — Ele sussurrou sedutoramente em seu ouvido.— Não. — Luiza segurou sua mão, os olhos cobertos de névoa. — A propósito, tenho algo para te dizer.— O que foi?— Não é meu aniversário daqui a três dias? Nesse dia, eu quero sair com a Mari e as outras para comemorar.— Não podemos ser só nós dois? — Ele preferia passar o tempo a sós com ela.Mas Luiza disse:— Você tem estado tão ocupado ultimamente, frequentemente não está em casa. Se eu esperar você voltar, não sei até que horas vou ter que esperar.O grupo realmente estava muit
No dia seguinte.Era o aniversário de Luiza.Hoje Miguel precisava ir primeiro à empresa para uma reunião, e só depois de terminar os compromissos do projeto ele poderia ir à festa de aniversário dela.Ele disse com remorso:— Desculpe, hoje de dia eu tenho coisas a fazer na empresa, à noite eu vou te encontrar.— Não tem problema. — Luiza sorriu. — De qualquer forma, você pode vir à noite, não é como se você não viesse.— Ok. — Miguel olhou para ela, seu olhar profundo. — Depois de terminar o projeto hoje, amanhã eu te levo para viajar.— Certo. — Luiza disse suavemente. — Vá trabalhar.Miguel beijou seus lábios e saiu.Luiza o acompanhou até o quintal.Observando aquele carro luxuoso desaparecer gradualmente de sua visão, Luiza desviou o olhar e entrou lentamente na mansão.Embora isso não fosse muito justo, era a única maneira que ela tinha para escapar dele.Ela subiu para dormir um pouco, para recarregar as energias.À noite, ela foi acordada pelo telefone.Ao atender, do outro la
— Sim. — Emerson respondeu.Miguel gritou furioso:— Encontrem-na, tragam-na de volta para mim, a qualquer custo.— Sim.Depois de encerrar a ligação, Miguel ligou para o hospital para confirmar a situação.Eles ainda não sabiam o que tinha acontecido.— Presidente Miguel, o Sr. Bryan está dormindo, não houve nenhum problema.Miguel falou com uma voz sombria:— Vá até o quarto dele e confira.— Claro. — A enfermeira foi até a unidade de terapia intensiva, abriu a porta e percebeu que Bryan tinha desaparecido.Ela ficou perplexa por um momento e então informou Miguel:— Presidente Miguel, o Sr. Bryan desapareceu.Realmente ele não estava lá.O rosto de Miguel ficou tão frio que parecia capaz de matar alguém:— Como vocês conseguiram perder uma pessoa?— Desculpe, Presidente Miguel, ainda não sei o que aconteceu, vou verificar as câmeras de segurança.Após verificar as câmeras de segurança, descobriram que dois médicos haviam entrado à noite, fingindo que iam examinar Bryan, depois secre
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que