No dia seguinte.Era o aniversário de Luiza.Hoje Miguel precisava ir primeiro à empresa para uma reunião, e só depois de terminar os compromissos do projeto ele poderia ir à festa de aniversário dela.Ele disse com remorso:— Desculpe, hoje de dia eu tenho coisas a fazer na empresa, à noite eu vou te encontrar.— Não tem problema. — Luiza sorriu. — De qualquer forma, você pode vir à noite, não é como se você não viesse.— Ok. — Miguel olhou para ela, seu olhar profundo. — Depois de terminar o projeto hoje, amanhã eu te levo para viajar.— Certo. — Luiza disse suavemente. — Vá trabalhar.Miguel beijou seus lábios e saiu.Luiza o acompanhou até o quintal.Observando aquele carro luxuoso desaparecer gradualmente de sua visão, Luiza desviou o olhar e entrou lentamente na mansão.Embora isso não fosse muito justo, era a única maneira que ela tinha para escapar dele.Ela subiu para dormir um pouco, para recarregar as energias.À noite, ela foi acordada pelo telefone.Ao atender, do outro la
— Sim. — Emerson respondeu.Miguel gritou furioso:— Encontrem-na, tragam-na de volta para mim, a qualquer custo.— Sim.Depois de encerrar a ligação, Miguel ligou para o hospital para confirmar a situação.Eles ainda não sabiam o que tinha acontecido.— Presidente Miguel, o Sr. Bryan está dormindo, não houve nenhum problema.Miguel falou com uma voz sombria:— Vá até o quarto dele e confira.— Claro. — A enfermeira foi até a unidade de terapia intensiva, abriu a porta e percebeu que Bryan tinha desaparecido.Ela ficou perplexa por um momento e então informou Miguel:— Presidente Miguel, o Sr. Bryan desapareceu.Realmente ele não estava lá.O rosto de Miguel ficou tão frio que parecia capaz de matar alguém:— Como vocês conseguiram perder uma pessoa?— Desculpe, Presidente Miguel, ainda não sei o que aconteceu, vou verificar as câmeras de segurança.Após verificar as câmeras de segurança, descobriram que dois médicos haviam entrado à noite, fingindo que iam examinar Bryan, depois secre
Um guarda-costas pegou e entregou a Theo.— Presidente Pires, parece ser um amuleto da sorte.— Amuleto da sorte? — Theo pegou e passou os dedos pelo contorno do amuleto, sorrindo. — Não é aquele amuleto da sorte que a Luiza lhe deu? Lembro que a Luiza também me deu um.Ouvindo isso, as correntes do outro lado onde Miguel estava fizeram barulho; ele parecia querer pegar o amuleto da sorte, seus olhos brilhando com um frio intenso.Theo notou seu comportamento anormal e deu um leve sorriso, jogando o amuleto da sorte de lado.— Quebre esse amuleto da sorte para mim.Assim que disse isso, Miguel lutou ainda mais.— Me devolva...Theo achou interessante e se agachou, olhando para ele de cima.— O sempre altivo Presidente Miguel, agora reduzido a isso. Mas as coisas da Luiza, você não merece ter. Se não fosse por você atrapalhando, nós dois já estaríamos juntos.Theo falou de propósito para provocá-lo.Miguel disse:— Eu não acredito.— Você não acredita? Você sabe quem é o responsável por
As pessoas ao lado de Theo disseram: — Presidente Pires, perigo, vá embora rápido. Theo não queria sair assim tão facilmente, hoje ele queria matar Miguel, para vingar sua mãe. Mas ele não teve chance, as pessoas do lado de Miguel chegaram com mais de uma dezena de veículos blindados, totalmente armados e em grande número. Ele hesitou por um segundo, e um dos guarda-costas caiu. No meio da confusão, Eduardo já havia corrido até Miguel e atirado nas correntes de ferro que o prendiam. Miguel estava sentado no chão, com um rosto sombrio e belo como um demônio do inferno, disse friamente: — Matem ele. — Sim! Os dois lados começaram a lutar. Tiros e explosões ecoavam sem parar. No final, as pessoas do lado de Theo foram derrotadas, sendo gradualmente forçadas a recuar e pularam pela janela para escapar. — Não deixem ele escapar! — Neste momento, Miguel estava com um olhar mortal, sem se importar com a dor em seu corpo, talvez por estar mais ferido emocionalmente, peg
— Como ela está? — Theo olhou para o rosto de Luiza e perguntou ao médico.— A Sra. Luiza está com febre alta persistente, provavelmente devido a uma infecção.Theo ficou pálido e com uma expressão sombria. — Chame um médico melhor!Ele deu a ordem.O médico foi levado para fora pelo mordomo, e Giovana entrou e disse: — Sr. Theo, você ainda não se recuperou do tiro. É melhor você voltar e descansar. Eu cuido disso aqui.Theo olhava para o rosto de Luiza naquele momento.Sim, ele tinha levado um tiro no braço, disparado por Miguel.Naquele dia, depois de ser baleado, ele pegou um avião de volta às Américas. O território era todo dominado por Miguel, não era seguro ficar por lá.— Como estão as coisas lá agora? — Theo perguntou.Giovana respondeu: — O Grupo Sunland está em conflito interno. Miguel está ocupado lidando com Michel, não tem tempo para procurar pela Sra. Luiza.Provavelmente não era apenas por causa do conflito interno, mas porque ele tinha desistido completamente.Naquel
— Não é como se eu não tivesse dito nada. Eu menti para ele que estávamos juntos, que nos amávamos de verdade, e só assim ele aceitou a deixar ir.— Theo, por que você disse isso?— Se eu não dissesse isso, ele jamais teria deixado você ir.Theo sorriu, seus olhos frios atrás dos óculos brilhando com um toque de diversão.Vendo o sorriso dele, Luiza não teve coragem de o repreender. Afinal, ele a ajudou bastante com essa questão.Pensando um pouco, ela perguntou: — Theo, e o Grupo Sunland? Está tudo bem?— Tudo resolvido, apenas pequenos problemas.Luiza confiava cegamente nas palavras de Theo e não disse mais nada.Nos dias seguintes, ela continuou se recuperando na casa de Theo. Sempre que ele tinha um tempo livre, vinha a visitar, mas a maior parte do tempo ele estava ocupado.Às vezes, Luiza ouvia uma melodia de piano.Ela ouvia em silêncio, pensando que Theo era realmente talentoso.Depois de uma semana, Luiza finalmente se recuperou completamente.Naquele dia, ela decidiu visita
— Theo, você já me ajudou tanto. Eu realmente não quero te incomodar mais.— Dizer isso é ser formal demais. — Theo respondeu em um tom calmo. — Eu quero te ajudar por minha própria vontade, não porque você me pediu.Luiza encontrou o olhar dele e percebeu uma profundidade misteriosa em seus olhos. Ela desviou o olhar, sentindo que Theo estava diferente desde que chegaram às Américas, mas não conseguia identificar exatamente o que havia mudado.Dois dias depois, Theo entrou no quarto de repente, dizendo que a levaria a um lugar.— Para onde?Naquele momento, Luiza estava desenhando no quarto. Ela já tinha retomado o trabalho, e tudo parecia tão livre e maravilhoso.Theo, parado na porta, a observava. — Vou te contar no caminho.— Ok. — Luiza respondeu, deixando seus desenhos e saindo do quarto.Eles entraram no carro juntos.Hoje Giovana não estava presente, Theo estava dirigindo.No caminho, eles passaram por uma cidadezinha encantadora. Luiza comentou: — Este lugar é tão lindo.— E
— Então, você é a Sra. Luiza. — O mordomo sorriu e rapidamente os convidou a entrar.Luiza estava intrigada e, enquanto caminhava atrás de Theo, perguntou: — Theo, esse mordomo me conhece?Ela tinha a sensação de que o olhar do mordomo para ela era diferente.Theo sorriu levemente. — Você vai entender quando entrar.Com passos elegantes, Theo a conduziu pela porta, onde uma senhora de cabelos brancos, elegante e nobre, estava podando flores. Ao ouvir a movimentação, levantou os olhos.Luiza ficou surpresa. Não era essa a fundadora do Grupo Santos Internacional, Melissa?Ao ver Luiza, Melissa mostrou uma expressão de espanto nos olhos, seguida por um sorriso nos cantos dos lábios. — Luiza?Ela falou com uma voz suave e gentil.Luiza ficou ainda mais confusa e olhou para Theo. — Theo, a Sra. Melissa me conhece?— Sim. — Theo sorriu. — A filha da história que contei no caminho é sua mãe, Fabiana Santos.— Fabiana Santos? — Os olhos de Luiza se arregalaram ainda mais. — Mas minha mãe s
O resultado final foi que Priscila e Elias ficaram na mesma bicicleta que Eduardo. O espaço restante na bicicleta do Francisco foi ocupado pelo assistente dele, Lucas. A atmosfera no local estava especialmente fria, principalmente em volta de Francisco, onde ele mantinha uma expressão severa durante todo o trajeto. Felipinho olhou para trás e comentou: — A cara do tio Francisco está tão feia. Luiza também notou, mas não disse nada. Foi Miguel, ao lado, quem respondeu: — Essa é a tensão das famílias reconstituídas. — Famílias reconstituídas? — Felipinho parecia não entender a frase e olhou para o pai. Hoje, Miguel estava claramente diferente em termos de roupa. Ele usava um casaco escuro de lã e, por baixo, um suéter preto de gola alta. Não estava tão formal como de costume, o que lhe dava um ar mais descontraído, mas ainda assim elegante e distinto. Era impossível não notar sua presença. Miguel, olhando para as duas bicicletas à frente, explicou com um olhar profund
Ela estava muito determinada, parecia realmente não querer mais ficar com Francisco.Luiza não fez mais perguntas.Priscila, no entanto, a questionou de volta:— E você? O Miguel já veio até o País R, ficou aqui mais de uma semana, e qualquer pessoa com os olhos abertos sabe que ele fez tudo isso por você. O que você pensa sobre isso? Vai dar uma chance a ele?"Quem disse que só a Priscila tem más lembranças?"Luiza também tinha suas próprias lembranças, as de como a família Souza a magoou, e essas ainda estavam bem vivas em sua mente.Mesmo que a verdade já tivesse sido esclarecida, a dor que ela sofreu ainda era dor, não poderia ser apagada com o simples apertar de uma tecla de "excluir".Ela olhou para o nada com uma expressão tranquila.— Eu não sei. O Felipinho quer muito um pai, mas, no fundo, eu não quero.— Então você não quer. — Priscila disse, direta. — Nós mulheres temos um sexto sentido. Se não queremos, é não querer, não precisamos nos forçar. Ficar se torturando vai só no
— Bisavó, a Maria e as outras também vão! Parece que vai ser necessário preparar mais comida! — Felipinho também estava muito animado e se virou para Melissa, dizendo isso.Assim, os três se tornaram parte de um grupo maior.Miguel estava à parte, com o rosto fechado.Ele queria sair com a esposa e o filho para passar mais tempo com Luiza.Mas não esperava que Felipinho tivesse convidado a família de Francisco também. Agora, o grupo estava bem maior, e ele imaginava que seria difícil até mesmo conversar.No entanto, o que ninguém esperava era que Priscila também tivesse chamado Elias.Miguel, Luiza e Felipinho estavam em um carro.Já Francisco estava em uma situação mais difícil. Provavelmente, por ter causado algum problema com Priscila na noite anterior, ela não quis andar com ele. Ela pegou Maria no colo e entrou no carro de Elias.Francisco ficou sozinho e, com o rosto fechado, deu ordens ao motorista para seguir.Meia hora depois, o grupo chegou ao parque de diversões.Assim que s
— O tio Elias é muito legal, bonito e engraçado. Eu pensei que, se o papai e a mamãe ficassem juntos, então eu poderia me casar com o tio Elias. Não seria perfeito?Francisco ficou com uma expressão sombria e respondeu, aborrecido:— Você se casar com ele? Isso eu não aceito.— Mas o tio Elias é tão legal...— Quieta! De qualquer forma, é impossível você se casar com ele. Nem você, nem sua mãe. — Francisco a interrompeu, impedindo ela de elogiar Elias.Maria fez um biquinho e foi carregada por Francisco até o andar de baixo.Ao descer, percebeu que a sala estava cheia de gente e que provavelmente todos ouviram o que ele disse lá em cima. Francisco ficou um pouco embaraçado.Maria, no entanto, não se incomodou. Ela se desvencilhou dos braços de Francisco e correu até onde estava Felipinho.— Felipinho.Felipinho cruzou os braços e levantou uma sobrancelha, olhando para Maria.— Você quer se casar com aquele tio Elias?Maria ficou com o rosto vermelho.— Não posso? Ele é tão bonito.— Eu
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então
Melissa assentiu.— Mas um chef assim não deveria ter grandes ambições? Ele realmente não quer fama e fortuna e está disposto a ser o chef particular de vocês?— No começo, ele também não queria, mas eu apoio o desenvolvimento de novos pratos dele e prometi que o ajudaria a abrir um restaurante, a expandir sua reputação. Só assim ele aceitou trabalhar como nosso chef particular, para ter mais tempo para criar novos pratos.Ao ouvir isso, Luiza finalmente entendeu que o chef da Mansão Jardim tinha uma história importante por trás. Ela nunca havia perguntado antes; só achava que a comida dele era deliciosa. Mas, pelo visto, Miguel tinha feito várias promessas a ele.— Você foi muito atencioso. — Melissa sorriu.Miguel disse:— Se a senhora gostar da comida, posso pedir para o chef vir todos os dias e preparar as três refeições para vocês. Qualquer outra necessidade que tiver, é só me dizer; se estiver ao meu alcance, farei de tudo para atender.Ele estava tentando agradar Melissa.Meliss
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som