Helena riu friamente.— O que eu digo agora não tem mais valor para vocês.— Sra. Helena, estamos apenas cumprindo ordens, por que dificultar para nós? — Emerson respondeu calmamente e se virou para Luiza e Marina, dizendo. — Sra. Souza, aqui não é muito seguro, é melhor voltarmos.Luiza e Marina seguiram Emerson, com os outros guarda-costas ao lado delas, ninguém ousou detê-las.Depois que todos saíram, Isabelly se levantou do chão com dificuldade, segurando a cintura, e disse friamente para Helena:— Helena, você vai deixar ela te tratar assim?— Ele prefere morrer do que ficar longe daquela mulher, o que eu posso fazer? — Helena saiu furiosa....O Grupo Sunland esteve bastante ocupado ultimamente.Miguel estava tão ocupado que só chegava em casa depois das oito da noite.A mansão estava escura, sem luzes acesas.O coração de Miguel acelerou, ele subiu rapidamente as escadas e abriu a porta do quarto, vendo Luiza deitada na cama, ele se acalmou um pouco.Só Deus sabia o quão preocup
Ele vivia naquela casa solitária como um túmulo, provando o sabor da saudade e do arrependimento. Ele não permitiria que ela o deixasse novamente. Mas para Luiza, aquelas palavras soavam como uma prisão. Seus ossos estavam frios de medo e ela perguntou em voz baixa: — E depois que eu estiver grávida? — Depois que você estiver grávida, viveremos aqui para sempre, seremos muito felizes... — Ele sonhava com o futuro. Mas esse futuro era um abismo para Luiza. Uma vez grávida, ela nunca mais poderia partir... Ela balançou a cabeça, desesperada, e disse: — Não pode ser assim, Miguel. Sua família me odeia tanto. Se tivermos um filho, será ainda mais doloroso para nós... O fato de ele ter escolhido ela sem hesitar não significava que ele nunca se arrependeria no futuro. "E se no futuro o amor esfriar e ele se arrepender?" "E se ele se arrepender, ele odiaria nosso filho? Acharia que nosso filho é fruto de um relacionamento amaldiçoado?" Quanto mais Luiza pensava, mais ass
Quando Theo ligou para Luiza novamente, ela estava sentada no quintal, olhando distraidamente para o horizonte.— Luiza, você já pensou bem?Luiza olhou para o céu nublado que anunciava chuva e respondeu devagar:— Sim.Chegando a esse ponto, Luiza decidiu apostar em seu futuro. Ela não queria passar a vida inteira presa ali.Theo assentiu e disse:— Ótimo, Luiza, você precisa encontrar um documento do Miguel e tirar uma foto do conteúdo para mim.Luiza ficou em silêncio por um bom tempo.Theo perguntou:— Luiza, se você não quiser fazer isso, eu não vou te forçar.Luiza ficou em silêncio por alguns instantes antes de responder:— Depois de fazer isso, realmente não vai causar um grande problema para ele?— Não, com a habilidade dele, isso será apenas um pequeno contratempo. — Theo a tranquilizou.Luiza confirmou três vezes antes de concordar:— Certo, espere minhas notícias.Theo, um pouco preocupado, aconselhou suavemente:— Por agora, não seja tão dura com ele... No dia do seu anive
Ele a abraçou, a mão grande passou por sua cintura e pousou em seu abdômen, o acariciando suavemente.— Dói tanto que você não consegue dormir?Ela não ousou se afastar, se aninhou em seus braços e disse rigidamente:— Está tudo bem, estou dormindo...A voz era leve, suave, agradável aos ouvidos.O coração de Miguel ficou um pouco agitado, ele abaixou a cabeça e beijou seu cabelo.— Durma...Durante a noite, ele ficou acariciando a barriga dela.Luiza originalmente planejava esperar ele dormir para fazer suas coisas, mas sempre que ela percebia que a mão dele parava e tentava se levantar, ele despertava e continuava a acariciar sua barriga.Ele era uma pessoa muito vigilante e de sono leve; se ela agisse de forma imprudente, ele perceberia a qualquer momento.Luiza sabia que não conseguiria realizar o que pretendia, então relaxou a mente tensa e acabou adormecendo lentamente...Os dois dormiram juntos abraçados a noite toda.No dia seguinte, quando Luiza acordou, Miguel estava no banhe
Depois que Miguel saiu, Luiza também saiu.Ela foi ao shopping e comprou muitos suplementos e produtos de cuidados com a pele, e levou tudo para Luminar Joias e deu para Marina.— Mari, esse é o creme de bom dia, é para usar de manhã. Este é o creme de boa noite, é para usar antes de dormir, e esse é o probiótico, para a saúde intestinal do bebê... — Ela segurava as coisas e apresentava uma por uma para Marina.Marina olhou curiosa, com um rosto cheio de dúvidas:— Lulu, o que você está fazendo?Luiza disse:— Estou te dando presentes. Você teve um bebê há tanto tempo e eu ainda não comprei nada para você. Aproveitei que hoje tinha tempo e comprei tudo.— Mas por que parece que você está se despedindo de mim? — Marina teve uma premonição estranha. — Você está planejando algo?Luiza ficou surpresa, sorriu e disse:— Não, é que ultimamente não tenho nada para fazer. Fui ao shopping e comprei uns presentes para você.— O Miguel disse algo quando vocês voltaram depois do que aconteceu ante
Os olhos dele se aprofundaram, e o bom humor da manhã toda desapareceu, se tornando sombrio e envolto em uma aura de agressividade.Era aquela expressão de novo.A expressão sombria que aparecia antes dele enlouquecer.Luiza temia que, se a tensão continuasse, algo poderia ser descoberto. Controlando a ansiedade, ela disse:— Eu só estava me despedindo dele.— Despedindo de quê? — Miguel perguntou, semicerrando os olhos perigosamente.Luiza respondeu:— Você não me proibiu de ir para as Américas? Eu disse a ele que não iria mais e que viveria com você aqui a partir de agora.— É mesmo? — A desconfiança no rosto dele ainda não tinha desaparecido.Luiza disse:— Não foi o que você disse? Se eu continuasse a me comunicar com ele, você não me deixaria ver meu pai. Eu... Eu sinto falta do meu pai...Ao ouvir o tom de mágoa em sua voz, a agressividade nos olhos de Miguel diminuiu um pouco, se tornando mais suave.— Então, se despedir dele significa que não haverá mais contato no futuro?— O
Luiza conseguia sentir claramente aquele calor, seus olhos revelavam irritação enquanto ela dizia:— Não dá para simplesmente dormir?— Eu quero. — Sua voz estava rouca, ele encostou a cabeça em seu ombro e mordeu levemente, soltando um gemido doloroso.Desde que começaram a brigar, ele já estava aguentando por tempo demais.— Lulu, me ajuda... — Vendo que ela não se movia, ele insistiu. — Rápido...No escuro, o rosto de Luiza estava cheio de resignação. Ela suspirou e atendeu ao seu pedido.Ela sabia como ele era.Se não o aliviasse, ele continuaria assim, e Luiza não queria ser incomodada por ele todos os dias. Era melhor resolver logo para que ele não continuasse no dia seguinte.Não sabia quanto tempo havia passado quando ele ficou completamente tenso. No momento crucial, ele a abraçou com força, soltando um gemido incontrolável.Seu corpo estava muito quente.Luiza se assustou e tentou se afastar.Mas ele não permitiu, abraçou sua cintura e a segurou firme contra seu peito, dizend
— Você sabe que a empresa tem um novo projeto para ser lançado em breve? — Miguel perguntou em voz baixa.O coração de Luiza deu um salto, temendo que ele notasse algo. Ela respirou fundo e disse:— Eu vi nas notícias esses dias.Miguel assentiu, com um sorriso ainda mais largo nos lábios. Ele pegou uma gravata e disse:— Me ajude a dar o nó na gravata.— Você não consegue fazer isso sozinho?— Não tão bem quanto você. — Ele entregou a gravata para ela, inclinando a cabeça e apontando o queixo para ela.Luiza pegou a gravata e, ao dar o nó, seus dedos acidentalmente tocaram o pescoço dele, causando uma sensação arrepiada.Miguel abaixou a cabeça e olhou para ela.— O que foi? Está me provocando?— Claro que não. — O rosto dela ficou vermelho na hora. — Foi sem querer.— Espero que seu período termine logo. — Miguel a abraçou, e ela podia sentir claramente o calor do corpo dele.Os cílios de Luiza tremularam, temendo o que ele pudesse fazer. Ela falou suavemente:— Pronto, combinei de m
O resultado final foi que Priscila e Elias ficaram na mesma bicicleta que Eduardo. O espaço restante na bicicleta do Francisco foi ocupado pelo assistente dele, Lucas. A atmosfera no local estava especialmente fria, principalmente em volta de Francisco, onde ele mantinha uma expressão severa durante todo o trajeto. Felipinho olhou para trás e comentou: — A cara do tio Francisco está tão feia. Luiza também notou, mas não disse nada. Foi Miguel, ao lado, quem respondeu: — Essa é a tensão das famílias reconstituídas. — Famílias reconstituídas? — Felipinho parecia não entender a frase e olhou para o pai. Hoje, Miguel estava claramente diferente em termos de roupa. Ele usava um casaco escuro de lã e, por baixo, um suéter preto de gola alta. Não estava tão formal como de costume, o que lhe dava um ar mais descontraído, mas ainda assim elegante e distinto. Era impossível não notar sua presença. Miguel, olhando para as duas bicicletas à frente, explicou com um olhar profund
Ela estava muito determinada, parecia realmente não querer mais ficar com Francisco.Luiza não fez mais perguntas.Priscila, no entanto, a questionou de volta:— E você? O Miguel já veio até o País R, ficou aqui mais de uma semana, e qualquer pessoa com os olhos abertos sabe que ele fez tudo isso por você. O que você pensa sobre isso? Vai dar uma chance a ele?"Quem disse que só a Priscila tem más lembranças?"Luiza também tinha suas próprias lembranças, as de como a família Souza a magoou, e essas ainda estavam bem vivas em sua mente.Mesmo que a verdade já tivesse sido esclarecida, a dor que ela sofreu ainda era dor, não poderia ser apagada com o simples apertar de uma tecla de "excluir".Ela olhou para o nada com uma expressão tranquila.— Eu não sei. O Felipinho quer muito um pai, mas, no fundo, eu não quero.— Então você não quer. — Priscila disse, direta. — Nós mulheres temos um sexto sentido. Se não queremos, é não querer, não precisamos nos forçar. Ficar se torturando vai só no
— Bisavó, a Maria e as outras também vão! Parece que vai ser necessário preparar mais comida! — Felipinho também estava muito animado e se virou para Melissa, dizendo isso.Assim, os três se tornaram parte de um grupo maior.Miguel estava à parte, com o rosto fechado.Ele queria sair com a esposa e o filho para passar mais tempo com Luiza.Mas não esperava que Felipinho tivesse convidado a família de Francisco também. Agora, o grupo estava bem maior, e ele imaginava que seria difícil até mesmo conversar.No entanto, o que ninguém esperava era que Priscila também tivesse chamado Elias.Miguel, Luiza e Felipinho estavam em um carro.Já Francisco estava em uma situação mais difícil. Provavelmente, por ter causado algum problema com Priscila na noite anterior, ela não quis andar com ele. Ela pegou Maria no colo e entrou no carro de Elias.Francisco ficou sozinho e, com o rosto fechado, deu ordens ao motorista para seguir.Meia hora depois, o grupo chegou ao parque de diversões.Assim que s
— O tio Elias é muito legal, bonito e engraçado. Eu pensei que, se o papai e a mamãe ficassem juntos, então eu poderia me casar com o tio Elias. Não seria perfeito?Francisco ficou com uma expressão sombria e respondeu, aborrecido:— Você se casar com ele? Isso eu não aceito.— Mas o tio Elias é tão legal...— Quieta! De qualquer forma, é impossível você se casar com ele. Nem você, nem sua mãe. — Francisco a interrompeu, impedindo ela de elogiar Elias.Maria fez um biquinho e foi carregada por Francisco até o andar de baixo.Ao descer, percebeu que a sala estava cheia de gente e que provavelmente todos ouviram o que ele disse lá em cima. Francisco ficou um pouco embaraçado.Maria, no entanto, não se incomodou. Ela se desvencilhou dos braços de Francisco e correu até onde estava Felipinho.— Felipinho.Felipinho cruzou os braços e levantou uma sobrancelha, olhando para Maria.— Você quer se casar com aquele tio Elias?Maria ficou com o rosto vermelho.— Não posso? Ele é tão bonito.— Eu
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então
Melissa assentiu.— Mas um chef assim não deveria ter grandes ambições? Ele realmente não quer fama e fortuna e está disposto a ser o chef particular de vocês?— No começo, ele também não queria, mas eu apoio o desenvolvimento de novos pratos dele e prometi que o ajudaria a abrir um restaurante, a expandir sua reputação. Só assim ele aceitou trabalhar como nosso chef particular, para ter mais tempo para criar novos pratos.Ao ouvir isso, Luiza finalmente entendeu que o chef da Mansão Jardim tinha uma história importante por trás. Ela nunca havia perguntado antes; só achava que a comida dele era deliciosa. Mas, pelo visto, Miguel tinha feito várias promessas a ele.— Você foi muito atencioso. — Melissa sorriu.Miguel disse:— Se a senhora gostar da comida, posso pedir para o chef vir todos os dias e preparar as três refeições para vocês. Qualquer outra necessidade que tiver, é só me dizer; se estiver ao meu alcance, farei de tudo para atender.Ele estava tentando agradar Melissa.Meliss
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som