- Meu pai sempre foi seu parente, por que você quer o exterminar? - Liz gritou.- Eu quero exterminar toda a sua família? - Luiza achou engraçado demais, riu friamente duas vezes. - Ivan, para pagar suas dívidas de jogo, me entregou para outro homem em troca. Vocês não mostraram um pingo de remorso ao fazerem isso comigo, mas agora vêm me pressionar para que o seu pai seja reintegrado ao trabalho? Vocês não têm vergonha?Liz balbuciou: - Meu pai só teve um momento de confusão, ele está muito arrependido.- Não vejo nenhum arrependimento em vocês, só vejo que estão intencionalmente causando problemas. Não precisa mais falar, vou chamar um jornalista. Nós três vamos esclarecer tudo e ver se seu pai é inocente.Luiza estava prestes a contatar um repórter.- Então, esta família fez algo sujo primeiro e agora está causando problemas para os outros? - Alguém na multidão questionou.Luiza respondeu em voz alta: - Sim, o pai dela me vendeu. E agora eles estão fazendo uma placa para me enverg
Miguel avançou na direção deles com passos pesados, seu olhar gélido varrendo Liz. Liz ficou vermelha e assustada mais uma vez. Ela sempre admirou Miguel, mas quando ele a encarou daquele jeito, ela mal ousava respirar, murmurando com medo.- Sr. Miguel...Miguel desviou seu olhar frio e se virou para Luiza. - Já chamou o jornalista? Se não, posso ajudar você a chamá-los.Ao ouvir isso, Liz ficou pálida de medo, olhando nervosamente para Luiza. Comparada à ansiedade de Liz, Luiza apenas parecia um pouco surpresa, fitando o rosto bonito de Miguel. - Como você veio aqui?- Se eu não viesse, como poderia ver como a família Medeiros está tratando você mal?O olhar gélido de Miguel caiu sobre Liz. Ela ficou aterrorizada, suas pernas um pouco fracas, e se não fosse por seus amigos a segurando, ela teria dificuldade em ficar de pé.Eduardo se aproximou e perguntou: - Sra. Luiza, quer que eu chame o jornalista?Luiza estava prestes a responder quando Liz segurou sua mão. - Por favor, p
Luiza ficou um pouco corada. Isso porque os assentos deste cinema eram poltronas reclináveis, o tipo de cinema privado onde casais costumavam fazer travessuras.- O que você está fazendo aí parada? Venha aqui. - Miguel a chamou.Os pés de Luiza ficaram pesados e ela começou a suar. - Por que viemos aqui? - Ela perguntou.- Foi reservado pelo Yago. Ele disse que não tinha tempo para vir, então me pediu para convidar você para assistir ao filme. - Miguel respondeu.Então foi isso. Luiza soltou um suspiro de alívio. Se foi o Dr. Yago quem reservou, isso combinava muito com o jeito dele, muito despreocupado. Se deitando na cadeira, ela se sentiu desconfortável, mantendo os dedos levemente enrolados à frente do corpo. O filme começou a ser projetado, e as luzes no teto escureceram. Luiza estava envolvida no filme quando uma mão se estendeu e pousou em sua cintura. Luiza ficou surpresa e levantou o olhar. Miguel a encarava firmemente e, de repente, apertou a carne macia de sua cintur
Mais tarde, ele a levou para jantar. Foram a um restaurante de frutos do mar, e Luiza adorava frutos do mar. Quando chegaram, já eram nove da noite. Os frutos do mar eram todos frescos e precisavam ser escolhidos pelos clientes. Miguel a guiou até lá. Nesse momento, Luiza já estava mais calma, o seguindo enquanto observava os frutos do mar no tanque de vidro, um tanto perdida.- Qual deles é delicioso?- Você gosta de lagosta? - Miguel perguntou a ela.Um atendente pescou uma lagosta, tão grossa quanto o braço de Luiza. Ela exclamou: - Tão grande! Quanto custa uma lagosta dessas?Ouvindo isso, Miguel olhou para ela, como se lembrasse do que aconteceu naquela noite, sorriu de canto, com um olhar significativo. Luiza pareceu entender o que ele estava pensando e ficou vermelha de repente.O atendente respondeu: - Boa noite, senhora, esta lagosta custa 1500 reais cada.- Tão caro?Luiza nunca tinha comprado alimentos e não sabia que eram tão caros.- É esse o preço. - O atendente di
Ao ouvir isso, o semblante de Miguel escureceu. Luiza não percebeu e perguntou ao garçom: - Quanto custa essa garrafa de vinho?- Este vinho tinto custa dezoito mil. - Respondeu o garçom.Luiza hesitava em aceitar um vinho tão caro, pois, desde que se separarou de Miguel, ela não tinha carro nem casa e sua situação financeira era apertada. Assim, ela pegou a garrafa e disse ao garçom: - Você pode me levar até a mesa dele.Luiza queria devolver o vinho ao Theo. Ela saiu da sala sem perceber a expressão sombria de Miguel. Bateu na porta da sala de Theo, onde ele estava conversando com alguns homens. Viu um bolo na mesa com as palavras "Theo Pires" escritas nele. Era o aniversário de Theo!Surpresa, Luiza perguntou a Theo: - Sr. Theo, hoje é o seu aniversário?- Sim. - Respondeu Theo com um sorriso. - Como você veio aqui?- É por causa deste vinho. - Ela ficou um pouco sem jeito. - É que... Você sabe, estou com dificuldades financeiras agora. Se eu aceitar este vinho, tenho medo d
Luiza segurava uma garrafa de vinho enquanto o alcançava. - Por que você está indo tão rápido? Nem tive a chance de pedir para embalar.Havia tanta comida sobrando, e ela ainda não tinha comido o suficiente! Miguel olhou friamente para a garrafa de vinho em suas mãos e zombou: - Você trouxe o vinho?- O que mais eu deveria fazer? Esta garrafa de vinho custa dezoito mil, não posso simplesmente a jogar fora, certo? Luiza achou que ele estava sendo estranho.Isso só deixou Miguel mais irritado. Ele continuou caminhando com passos pesados, sem dar a mínima para ela. Luiza franziu a testa e, quando chegou à porta, ele já havia desaparecido. Luiza ficou perplexa. Ele era realmente imprevisível! Ela estava prestes a pegar o telefone para ligar para ele quando ouviu um estrondo, um carro saiu do estacionamento. Luiza ficou paralisada. Ele veio buscar ela esta noite nesse carro. Ela não esperava que ele simplesmente partisse sem dizer uma palavra. Luiza estava um pouco irritada agor
Após dizer isso, ele a deixou e entrou na mansão. Luiza permaneceu agachada lá, em silêncio, por um bom tempo, dando um sorriso irônico para si mesma. Ela pensou que ele tinha mudado sua atitude em relação a ela hoje, mas na verdade, ele não tinha mudado nada. Ele ainda estava disposto a zombar dela e a menosprezar o seu bel-prazer. Ela arrastou suas pernas fracas e subiu as escadas, se deitando na cama. Ela olhou para seu saldo bancário, um total de 3 milhões. Ela agora devia 4 milhões a Miguel, e ela queria quitar essa dívida para poder ir embora. Ela não sabia se Clara aceitaria receber o dinheiro de volta e devolveria a bolsa para ela. Se Clara concordasse, ela poderia devolver a bolsa para Miguel e liquidar a dívida... Enquanto pensava nisso, ela adormeceu e acordou no dia seguinte, espirrando.- Sra. Luiza, a senhora está acordada? Lívia bateu na porta.Luiza se levantou e abriu a porta. - Lívia, o que foi?- O Sr. Miguel disse para você começar a usar isso em casa a par
- O que foi? Não sabe como explicar?Miguel encarou seu rosto delicado com um profundo frio nos olhos.Luiza mordeu o lábio. - Foi porque ontem não tive outra opção de presente...- Você realmente tem muitas desculpas.Luiza ficou sem palavras e fechou os olhos. - Sim, eu sou atrevida, sou volúvel, gosto de dar amuletos aos homens. Isso é meu sinal de atrair pretendentes. Qualquer homem que os receba ficará enfeitiçado por mim. Está satisfeito com minha resposta?A personalidade instável de Miguel tornava difícil para Luiza não ser rebelde na sua frente. Realmente, agora, entre ela e ele, era como uma filha rebelde de 15 anos e um homem conservador e antiquado. Luiza decidiu que iria o provocar até ficar furioso. Ela disse uma frase para desabafar, e depois acrescentou mais uma: - Ainda bem que você não usou aquele amuleto. Se não, meu desejo teria se realizado. Como eu me arrependeria agora?- Que desejo você fez?- Você não acabou de ouvir? Quem usa o amuleto será enfeitiçado p
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?
Miguel entrou a passos largos e, com os braços fortes, levantou o filho, dizendo com um tom gentil:— Desculpe, Felipinho, eu me atrasei.— Hmph! Aachei que você nem viria. — Felipinho resmungou, mas seu humor claramente melhorou, e um pequeno sorriso apareceu em seu rosto.Luiza olhou para ele, percebendo que Felipinho estava feliz.Ela não pôde evitar olhar para Miguel. "Com ele por perto, será que tudo realmente ficaria tão melhor?"Miguel explicou:— O que eu prometo, eu cumpro. Foi só o trânsito que me atrasou um pouco.Ele explicou pacientemente ao menino.Felipinho ficou ainda mais contente e olhou para Maria, dizendo:— Maria, meu pai também veio.Maria fez um gesto de "V" com os dedos e respondeu:— Então vamos soprar as velas juntos!— Claro.Então, os dois homens, cada um segurando seu filho, se juntaram ao redor de um lindo bolo e sopraram as velas com força.Todos os adultos na sala aplaudiram.Especialmente Elias, que deu um assobio exagerado e soltou um grito de animaçã
Luiza olhou para ele: — Já está pensando no aniversário tão cedo? — Claro, esse ano é diferente. — Por que é diferente? — Nos anos anteriores, o papai nunca estava presente no meu aniversário. Este ano ele está, então é claro que será diferente! — Os olhos de Felipinho brilhavam de expectativa. Luiza o observou com uma expressão um pouco complexa. Desde que Miguel veio ao País R para ver Felipinho, o menino vinha falando muito sobre ele. Dava para ver o quanto a presença do pai era importante para ele... Mas aceitar Miguel assim... Ela simplesmente não conseguia superar essa barreira em seu coração... Nesse momento, o bolo foi trazido. Lucas entrou e perguntou a Francisco: — Presidente Francisco, o bolo já chegou, é para cortar agora? Francisco olhou para Maria, quase como se estivesse competindo por sua atenção, e pegou a filha que estava entre Priscila e Elias. — Maria, o papai preparou um bolo para você, quer cortar agora? — Francisco perguntou, olhando para
Conversando, o carro entrou na mansão da família Amorim.No vasto gramado verde, havia um carro desconhecido estacionado. Priscila estava parada sob a luz do sol, sorrindo para a pessoa dentro do carro.— Elias, você veio.O homem dentro do carro acenou com a cabeça.Em seguida, a porta do carro se abriu, e desceu um homem de feições refinadas, vestindo um terno casual, com um ar gentil e educado.— Por que você não me avisou? Se tivesse me avisado, com certeza eu teria ido ao aeroporto te buscar. — Priscila olhou para ele, com um brilho alegre nos olhos.Luiza raramente via Priscila tão bem-humorada.Já Francisco exibia um sorriso sarcástico evidente.Então era um rival amoroso.Luiza finalmente entendeu.— Hoje é o aniversário da Maria, vim especialmente para isso, queria fazer uma surpresa para ela. — Elias tirou um presente de dentro do carro. — Isso é para a Maria.— Não me entregue, daqui a pouco você mesmo pode dar a ela. Tenho certeza de que vai ficar muito feliz. — Priscila re
A situação de Bryan era algo que Miguel precisava resolver; Luiza não sentia qualquer constrangimento, pois considerava que isso era uma compensação que ele devia à família dela.Com isso resolvido, não havia mais nada para dizer entre eles.Miguel quis perguntar sobre Francisco, mas Luiza pegou uma bebida, fingindo tomar um gole enquanto olhava para o celular, mantendo a cabeça baixa para evitar conversar com ele.Tudo o que ele dizia era a mesma coisa de sempre, sem graça. Ela não queria se envolver mais com ele e, por isso, também não estava interessada em ouvir.O tempo passava, segundo a segundo.O telefone de Luiza tocou novamente.Ela estava distraída antes, aparentando ler notícias, mas, na verdade, sem absorver uma única palavra.Quando o telefone tocou, ela se recompôs, atendeu e respondeu com um tom de voz calmo:— Alô.— Estou na entrada, venha para fora. — Francisco já havia chegado.— Certo.Luiza respondeu, encerrou a ligação e colocou o celular de volta na bolsa, já se