Luiza de repente abriu os olhos, um brilho gélido saltou deles, e ela fincou o abridor de garrafas na barriga de Troy. Troy soltou um grito, segurando o ventre enquanto tombava para o lado. O abridor de garrafas era o mesmo que Luiza havia pegado da mesa momentos antes, e com um único golpe ela conseguiu atingir seu objetivo. Sem hesitar, ela saiu correndo.- Não fuja! - Troy gritou. - Peguem essa maldita!Alguns seguranças alcançaram Luiza. Com as pernas trêmulas, ela sentia os efeitos de remédios, mal conseguindo manter-se consciente. Tentou correr de volta para o quarto de Marina, mas ao subir as escadas, foi agarrada por alguns seguranças e contida no corredor. Troy saiu ofegante, com uma expressão furiosa, e agarrou os cabelos dela, a pressionando contra a parede.- Está bem, se a sobrinha gosta de transmitir ao vivo em público, então vou realizar o seu desejo.Ele se aproximou, respirando pesadamente, e ordenou aos seguranças.- Nunca fiz isso no corredor, deve ser emocionant
Luiza recordou o incidente, o ódio ardente em seus olhos, ainda queria o golpear, mas foi detida por Miguel. - Chega, não suje suas mãos.Com isso, ele jogou Troy, ensanguentado, aos pés de Eduardo. - Agora é com você.- Entendido. - Respondeu Eduardo.Luiza foi erguida nos braços, atordoada por um momento, completamente sem forças, permaneceu lá, olhando para trás. Eduardo se aproximou com dois seguranças e começou a espancar Troy impiedosamente. Enquanto isso, Clara permanecia sob uma luz intensa, com um olhar frio. A única coisa que Luiza conseguiu recordar em seu último lampejo de racionalidade foi o que o garçom que trouxe a bebida disse, que a garrafa foi enviada por uma senhora? Teria sido Clara a arquitetar essa armadilha?- Não olhe para isso, está uma bagunça. Você pode ter pesadelos à noite.Miguel virou o rosto dela, a impedindo de ver. Luiza desviou o olhar, o olhando de forma confusa, como se o estivesse conhecendo pela primeira vez. Não esperava que ele tivesse ess
Chegando à Quinta do Lago, os longos cabelos de Luiza estavam molhados, grudados em seu delicado rosto. Miguel afastou os cabelos dela e a carregou para o segundo andar.Luiza estava deitada na cama, ainda um pouco disposta a brincar. - Sua perna está melhor?- Está quase.- Já tirou o gesso?- Retiraram esta tarde. - Respondeu Miguel com seriedade, enquanto via a expressão de desconforto dela, ele trouxe uma toalha para ela limpar o suor.Uma onda de calor a atingiu, e Luiza se encolheu, tremendo involuntariamente.- Yago está quase chegando, aguente mais um pouco. - Disse Miguel, ajudando ela a se levantar e oferecendo água morna para ela beber.A racionalidade de Luiza derreteu, e ela ficou lá, em seus braços, bebendo alguns goles de água, relutante em soltar ele.Ela estava quente demais, sentindo a pele fria de Miguel ao tocar ele, não querendo se afastar, se colando a ele, se aninhando em seu abraço forte.- Luiza? - Miguel chamou baixinho.Luiza estava um pouco desconfortável.
Miguel estava um pouco fora de controle, mas sabia que chegou ao limite nessa noite. Ele interrompeu o que estava fazendo e soltou Luiza, se dirigindo para abrir a porta.Ao abrir a porta, Yago estava lá com o celular na mão. - Miguel, o que está acontecendo? Eu gritei tantas vezes em casa e vocês não responderam!O Miguel estava com expressão chateada. - Onde está o remédio?Yago entregou uma caixa de remédios para ele. Miguel pegou e, enquanto Yago queria entrar para ver Luiza, Miguel o bloqueou com o pé, não permitindo sua entrada. - Como se toma este remédio?- Tome duas cápsulas, com água. - Disse Yago, com uma expressão confusa. - Miguel, por que está bloqueando a porta? Eu só quero verificar como está minha cunhada.- Não precisa verificar, vá embora. - Disse Miguel, fechando a porta assim que pegou os remédios.Yago do lado de fora resmungou: - Caramba! Entreguei o remédio e fui tratado assim. Miguel! Você ainda é humano?- Volte para casa. - Respondeu Miguel com frieza,
No dia seguinte.Luiza acordou, sentindo todo o seu corpo dolorido e fraco. Ela se sentou na cama e olhou em volta para o quarto, se lembrando da noite anterior...Ela foi drogada por Troy e depois Miguel a salvou, a trouxe de volta para casa e então... Eles se beijaram nesta cama. Luiza cobriu o rosto de repente. Ué, como eles se beijaram ontem à noite? Ela foi drogada, mas Miguel não foi, então por que ele estava a beijando? E quando Miguel confrontou Troy ontem à noite, ele parecia realmente assustador, aquele olhar fez Luiza ter a ilusão de que Miguel se importava com ela... Ela ficou confusa. Miguel não deveria odiar profundamente uma mulher que o traiu repetidamente? Por que ele estava sendo tão gentil com ela de novo? Ela não se atreveu a continuar com seus pensamentos e decidiu parar por aí. Afinal, eles já haviam se divorciado, não deveria voltar atrás... Então, por fim, ela pegou seu celular de volta e discretamente desceu as escadas.- Sra. Luiza.Lívia a chamou lá
- Miguel, você acredita em mim, eu realmente não tinha a intenção desde o início. Eu apenas disse aquilo sem pensar, não tinha ideia de que as coisas iriam se desenrolar dessa maneira.Clara lançou um olhar inocente para Miguel. Luiza já não queria mais ouvir, se virou e saiu. Miguel a chamou: - Você não vai tomar o café da manhã?- Não vou!Vendo que Clara estava suficientemente chateada, Luiza saiu e chamou um carro pelo aplicativo Uber. No entanto, devido ao horário de pico, ela teve que esperar na fila e não conseguiu um carro. Em vez disso, Miguel chegou em seu carro.- Entre no carro.Miguel abriu a porta, ainda vestindo sua roupa esportiva. Ele veio atrás dela imediatamente? E quanto a Clara? Ele a deixou na Quinta do Lago sozinha? Luiza pensou no fato de que ele a havia salvado ontem, então decidiu entrar no carro. - E a Clara? Você a deixou na Quinta do Lago sozinha?- Ela disse que estava se sentindo mal, então pedi para a Lívia cuidar dela. - Miguel lançou um olhar
Luiza observou o fluxo de carros lá fora. De repente, seu WhatsApp tocou. Era uma mensagem de áudio do seu tio, Ivan Medeiros, para Luiza: "- Luiza, você viu as notícias hoje? Troy foi pego, a justiça foi feita!"Luiza pressionou o botão de gravação e respondeu: "- Acabei de ver, ele teve o que merecia.""Sim! Luiza, sua avó disse esta manhã que está com saudades de você e quer que você volte para jantar hoje à noite."Luiza respondeu de volta: "Vou ver se consigo ir à noite."- Vamos voltar para jantar na casa dos Medeiros hoje à noite? - Miguel perguntou a ela.- Vamos ver. - Luiza disse.Depois que seu pai foi preso, o Grupo Medeiros foi administrado pelo tio Ivan, e sua avó também morava na casa dele. No entanto, Luiza não era muito próxima da avó, então ela raramente ia lá, exceto em ocasiões especiais. Assim que o carro chegou à Luminar Joias, Luiza desceu e entrou no estúdio sem olhar para trás. Miguel olhou para ela com um olhar mais frio. Assim que Luiza entrou no escritó
- Ok.Luiza pegou uma fita métrica para tirar as medidas de Fabiano. Enquanto ele olhava para o espelho à sua frente, com sua altura e pernas longas, ele perguntou: - Ouvi dizer que você deu um tapa na Clara esta manhã?Luiza arqueou a sobrancelha. - E daí? Veio aqui para a defender?- Não exatamente. Só estou curioso para saber como você tem tanta cara de pau. Vocês já está divorciada do Miguel, mas ontem você ainda voltou para a Quinta do Lago para ficar?Luiza riu. - Ainda temos um mês antes de nos divorciarmos oficialmente. Até agora, ainda sou a esposa do Miguel e tenho o direito de ficar na Quinta do Lago. Por outro lado, aquelas mulheres não têm direito de ir para lá.Ela ironizou Clara como uma amante. Depois do incidente de ontem à noite, Luiza e Clara estavam agora em pé de guerra. Fabiano resmungou.- Você está com ciúmes da Clara, certo? Vendo como o Miguel a valoriza, isso te incomoda?- Eu deveria ter ciúmes dela de quê? De sua habilidade para fingir?Fabiano ficou
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?
Miguel entrou a passos largos e, com os braços fortes, levantou o filho, dizendo com um tom gentil:— Desculpe, Felipinho, eu me atrasei.— Hmph! Aachei que você nem viria. — Felipinho resmungou, mas seu humor claramente melhorou, e um pequeno sorriso apareceu em seu rosto.Luiza olhou para ele, percebendo que Felipinho estava feliz.Ela não pôde evitar olhar para Miguel. "Com ele por perto, será que tudo realmente ficaria tão melhor?"Miguel explicou:— O que eu prometo, eu cumpro. Foi só o trânsito que me atrasou um pouco.Ele explicou pacientemente ao menino.Felipinho ficou ainda mais contente e olhou para Maria, dizendo:— Maria, meu pai também veio.Maria fez um gesto de "V" com os dedos e respondeu:— Então vamos soprar as velas juntos!— Claro.Então, os dois homens, cada um segurando seu filho, se juntaram ao redor de um lindo bolo e sopraram as velas com força.Todos os adultos na sala aplaudiram.Especialmente Elias, que deu um assobio exagerado e soltou um grito de animaçã
Luiza olhou para ele: — Já está pensando no aniversário tão cedo? — Claro, esse ano é diferente. — Por que é diferente? — Nos anos anteriores, o papai nunca estava presente no meu aniversário. Este ano ele está, então é claro que será diferente! — Os olhos de Felipinho brilhavam de expectativa. Luiza o observou com uma expressão um pouco complexa. Desde que Miguel veio ao País R para ver Felipinho, o menino vinha falando muito sobre ele. Dava para ver o quanto a presença do pai era importante para ele... Mas aceitar Miguel assim... Ela simplesmente não conseguia superar essa barreira em seu coração... Nesse momento, o bolo foi trazido. Lucas entrou e perguntou a Francisco: — Presidente Francisco, o bolo já chegou, é para cortar agora? Francisco olhou para Maria, quase como se estivesse competindo por sua atenção, e pegou a filha que estava entre Priscila e Elias. — Maria, o papai preparou um bolo para você, quer cortar agora? — Francisco perguntou, olhando para
Conversando, o carro entrou na mansão da família Amorim.No vasto gramado verde, havia um carro desconhecido estacionado. Priscila estava parada sob a luz do sol, sorrindo para a pessoa dentro do carro.— Elias, você veio.O homem dentro do carro acenou com a cabeça.Em seguida, a porta do carro se abriu, e desceu um homem de feições refinadas, vestindo um terno casual, com um ar gentil e educado.— Por que você não me avisou? Se tivesse me avisado, com certeza eu teria ido ao aeroporto te buscar. — Priscila olhou para ele, com um brilho alegre nos olhos.Luiza raramente via Priscila tão bem-humorada.Já Francisco exibia um sorriso sarcástico evidente.Então era um rival amoroso.Luiza finalmente entendeu.— Hoje é o aniversário da Maria, vim especialmente para isso, queria fazer uma surpresa para ela. — Elias tirou um presente de dentro do carro. — Isso é para a Maria.— Não me entregue, daqui a pouco você mesmo pode dar a ela. Tenho certeza de que vai ficar muito feliz. — Priscila re
A situação de Bryan era algo que Miguel precisava resolver; Luiza não sentia qualquer constrangimento, pois considerava que isso era uma compensação que ele devia à família dela.Com isso resolvido, não havia mais nada para dizer entre eles.Miguel quis perguntar sobre Francisco, mas Luiza pegou uma bebida, fingindo tomar um gole enquanto olhava para o celular, mantendo a cabeça baixa para evitar conversar com ele.Tudo o que ele dizia era a mesma coisa de sempre, sem graça. Ela não queria se envolver mais com ele e, por isso, também não estava interessada em ouvir.O tempo passava, segundo a segundo.O telefone de Luiza tocou novamente.Ela estava distraída antes, aparentando ler notícias, mas, na verdade, sem absorver uma única palavra.Quando o telefone tocou, ela se recompôs, atendeu e respondeu com um tom de voz calmo:— Alô.— Estou na entrada, venha para fora. — Francisco já havia chegado.— Certo.Luiza respondeu, encerrou a ligação e colocou o celular de volta na bolsa, já se