Miguel estava um pouco fora de controle, mas sabia que chegou ao limite nessa noite. Ele interrompeu o que estava fazendo e soltou Luiza, se dirigindo para abrir a porta.Ao abrir a porta, Yago estava lá com o celular na mão. - Miguel, o que está acontecendo? Eu gritei tantas vezes em casa e vocês não responderam!O Miguel estava com expressão chateada. - Onde está o remédio?Yago entregou uma caixa de remédios para ele. Miguel pegou e, enquanto Yago queria entrar para ver Luiza, Miguel o bloqueou com o pé, não permitindo sua entrada. - Como se toma este remédio?- Tome duas cápsulas, com água. - Disse Yago, com uma expressão confusa. - Miguel, por que está bloqueando a porta? Eu só quero verificar como está minha cunhada.- Não precisa verificar, vá embora. - Disse Miguel, fechando a porta assim que pegou os remédios.Yago do lado de fora resmungou: - Caramba! Entreguei o remédio e fui tratado assim. Miguel! Você ainda é humano?- Volte para casa. - Respondeu Miguel com frieza,
No dia seguinte.Luiza acordou, sentindo todo o seu corpo dolorido e fraco. Ela se sentou na cama e olhou em volta para o quarto, se lembrando da noite anterior...Ela foi drogada por Troy e depois Miguel a salvou, a trouxe de volta para casa e então... Eles se beijaram nesta cama. Luiza cobriu o rosto de repente. Ué, como eles se beijaram ontem à noite? Ela foi drogada, mas Miguel não foi, então por que ele estava a beijando? E quando Miguel confrontou Troy ontem à noite, ele parecia realmente assustador, aquele olhar fez Luiza ter a ilusão de que Miguel se importava com ela... Ela ficou confusa. Miguel não deveria odiar profundamente uma mulher que o traiu repetidamente? Por que ele estava sendo tão gentil com ela de novo? Ela não se atreveu a continuar com seus pensamentos e decidiu parar por aí. Afinal, eles já haviam se divorciado, não deveria voltar atrás... Então, por fim, ela pegou seu celular de volta e discretamente desceu as escadas.- Sra. Luiza.Lívia a chamou lá
- Miguel, você acredita em mim, eu realmente não tinha a intenção desde o início. Eu apenas disse aquilo sem pensar, não tinha ideia de que as coisas iriam se desenrolar dessa maneira.Clara lançou um olhar inocente para Miguel. Luiza já não queria mais ouvir, se virou e saiu. Miguel a chamou: - Você não vai tomar o café da manhã?- Não vou!Vendo que Clara estava suficientemente chateada, Luiza saiu e chamou um carro pelo aplicativo Uber. No entanto, devido ao horário de pico, ela teve que esperar na fila e não conseguiu um carro. Em vez disso, Miguel chegou em seu carro.- Entre no carro.Miguel abriu a porta, ainda vestindo sua roupa esportiva. Ele veio atrás dela imediatamente? E quanto a Clara? Ele a deixou na Quinta do Lago sozinha? Luiza pensou no fato de que ele a havia salvado ontem, então decidiu entrar no carro. - E a Clara? Você a deixou na Quinta do Lago sozinha?- Ela disse que estava se sentindo mal, então pedi para a Lívia cuidar dela. - Miguel lançou um olhar
Luiza observou o fluxo de carros lá fora. De repente, seu WhatsApp tocou. Era uma mensagem de áudio do seu tio, Ivan Medeiros, para Luiza: "- Luiza, você viu as notícias hoje? Troy foi pego, a justiça foi feita!"Luiza pressionou o botão de gravação e respondeu: "- Acabei de ver, ele teve o que merecia.""Sim! Luiza, sua avó disse esta manhã que está com saudades de você e quer que você volte para jantar hoje à noite."Luiza respondeu de volta: "Vou ver se consigo ir à noite."- Vamos voltar para jantar na casa dos Medeiros hoje à noite? - Miguel perguntou a ela.- Vamos ver. - Luiza disse.Depois que seu pai foi preso, o Grupo Medeiros foi administrado pelo tio Ivan, e sua avó também morava na casa dele. No entanto, Luiza não era muito próxima da avó, então ela raramente ia lá, exceto em ocasiões especiais. Assim que o carro chegou à Luminar Joias, Luiza desceu e entrou no estúdio sem olhar para trás. Miguel olhou para ela com um olhar mais frio. Assim que Luiza entrou no escritó
- Ok.Luiza pegou uma fita métrica para tirar as medidas de Fabiano. Enquanto ele olhava para o espelho à sua frente, com sua altura e pernas longas, ele perguntou: - Ouvi dizer que você deu um tapa na Clara esta manhã?Luiza arqueou a sobrancelha. - E daí? Veio aqui para a defender?- Não exatamente. Só estou curioso para saber como você tem tanta cara de pau. Vocês já está divorciada do Miguel, mas ontem você ainda voltou para a Quinta do Lago para ficar?Luiza riu. - Ainda temos um mês antes de nos divorciarmos oficialmente. Até agora, ainda sou a esposa do Miguel e tenho o direito de ficar na Quinta do Lago. Por outro lado, aquelas mulheres não têm direito de ir para lá.Ela ironizou Clara como uma amante. Depois do incidente de ontem à noite, Luiza e Clara estavam agora em pé de guerra. Fabiano resmungou.- Você está com ciúmes da Clara, certo? Vendo como o Miguel a valoriza, isso te incomoda?- Eu deveria ter ciúmes dela de quê? De sua habilidade para fingir?Fabiano ficou
Luiza ficou atordoada, seus dentes foram forçados a se separarem, se enroscando. Seu beijo era rude e dominador. Luiza estava enlouquecendo.- Miguel, o que você está fazendo? Me solte.- Você está gritando tão alto, quer que toda a empresa saiba o que estamos fazendo aqui?Luiza ficou tensa, sem se atrever a se mexer, sendo beijada novamente, ela empurrou o peito dele, resistindo baixinho.- Me solte, Miguel, você ouviu? Estamos é a empresa, há pessoas lá fora, você não pode fazer isso...- Você precisa de um pouco de punição.- Por que eu deveria ser punida?- Você é volúvel.O olhar de Miguel estava sombrio, no próximo momento, ele a pressionou contra ele. O rosto de Luiza mudou. Ele realmente queria fazer isso aqui...- Não!Ela estava envergonhada ao extremo, o empurrando com força.- Nós já nos divorciamos, você não pode fazer isso comigo.- Você ainda quer seduzir outros homens?Miguel se aproximou, seus olhos negros a encaravam.Luiza disse, com voz deprimida:- Por que voc
Luiza se aproximou das escadas e, subitamente, se lembrou de algo. Ela pegou a conta, fez algumas alterações e entregou à assistente Olívia. Olívia levou a conta até Fabiano. - Sr. Fabiano, boa tarde. O total das roupas que você encomendou é de 760 mil reais.Ela decidiu cobrar a mais 60 mil como uma taxa pelo incômodo, afinal, ele era tão irritante. Fabiano levantou os olhos e deu uma olhada em Luiza. Ela já havia subido para o segundo andar, sua figura esguia deixando espaço para muitas fantasias. Fabiano sorriu. Interessante. Mesmo nesta situação, ela ainda tinha disposição para fazer negócios. Sua força mental era ainda maior do que ele imaginava.Fabiano passou o cartão e disse a Olívia: - Quando as roupas estiverem prontas, me avise. Preciso vir experimentar para ver se estão adequadas.- Claro. Tenha uma boa tarde, Sr. Fabiano. - Disse Olívia com um sorriso enquanto o acompanhava até a porta. Fabiano resmungou e saiu com suas pernas longas.À noite, Luiza voltou para a
Luiza entrou e viu Lívia prestes a sair do trabalho. Lívia a cumprimentou: - Srta. Luiza, você voltou.- Sim, está indo embora?Os trabalhadores da Quinta do Lago moravam no pequeno prédio ao lado, a poucos metros dali, então era só ligar para eles em caso de necessidade, e em poucos minutos estavam lá.- Sim. Eram exatamente oito horas, disse Lívia: - O Sr. Miguel está no escritório lá em cima.Assim que falou, Lívia chamou: - Sr. Miguel.Luiza olhou para cima. Miguel estava parado na sacada do segundo andar, olhando friamente para ela de cima. Não era ele que estava tentando evitar ela? Por que ele voltou?- Você pode ir embora primeiro. - Instruiu Miguel a Lívia.- Está bem, senhora. Tem uma sopa digestiva na panela, não esqueça de tomar mais tarde. - Disse Lívia, dando suas instruções e saindo.Luiza não foi para a cozinha, em vez disso, subiu para o segundo andar.- Por que você voltou?Miguel a olhou friamente, sua testa parecia congelada.- Eu voltei para pegar minhas cois
Ao ver o rostinho pálido de Felipinho, Luiza não conseguiu conter a dor no coração. Felipinho tinha pouco mais de três anos, mas, por causa de Theo, já havia passado por tantos eventos seguidos. Ela estava profundamente arrependida. Sentia pena do Felipinho, e odiava o Theo. O odiava com toda a sua alma! Enquanto assistia ao noticiário, completamente absorta, seu celular foi subitamente arrancado de sua mão. Ao levantar os olhos, viu que quem tinha pegado o aparelho era Theo. Ele jogou o celular de volta para Giovana e, com um rosto impassível, disse: — Já chega. Vamos comer. No dia seguinte, o navio atracou. Luiza finalmente saiu daquele porão escuro e sombrio. Ao sentir o brilho do sol pela primeira vez, ficou um pouco desconfortável e apertou os olhos. Ao olhar ao redor, viu um mar azul e um país completamente desconhecido... As placas ao redor estavam escritas em um idioma que ela não conseguia entender. No entanto, deduziu que aquele era um país quente e com ce
Ele falava, mas Luiza não olhava para ele. Theo ficou irritado e segurou o queixo dela com força, forçando ela a virar o rosto e encará-lo. — Sabe de uma coisa? Eu fui bondoso demais com você. Se, na época em que você estava grávida do Felipinho, eu tivesse sido mais firme, ele nem teria nascido. Luiza ficou atônita por um momento e, furiosa, retrucou: — Theo, você é um monstro! — Não existe homem que aceite sua mulher dar à luz o filho de outro homem. Mas por que, no final, eu aceitei? Porque eu vi o quanto você queria esse filho, vi o quanto você se esforçou para tê-lo. Então, no fim, não fiz nada contra ele. Eu aceitei. Sei que te magoei, mas pensei em passar o resto da minha vida te compensando. — Eu não preciso disso. — Luiza respondeu, palavra por palavra. — Nunca gostei de você. Ele ficou impassível. — E daí? Agora você está nas minhas mãos. Não tem como fugir. — Tanto faz. — Luiza sorriu friamente, os lábios curvados com indiferença. — Minha família morreu, e
Luiza olhou para ele, sem dizer uma palavra. — Você acha que, deixando de comer, vai me fazer sentir pena de você? — Theo perguntou com o rosto frio. Luiza sorriu com indiferença. — Não. Eu não me rebaixo a esse tipo de artimanha, porque simplesmente não me dou ao trabalho de agradar você. Theo encarou aquele rosto frio e sorriu levemente. — Ótimo. Você não quer me agradar? Então fique aqui e morra de fome, por mim tanto faz. Luiza deu um sorriso desolado e se deitou novamente na cama. Ela já havia decidido: se algo acontecesse com sua família, ela não teria mais vontade de viver. Theo podia mantê-la presa, mas, se ela desistisse da própria vida, não haveria nada que ele pudesse fazer. Com o rosto carregado, Theo saiu do quarto. Na manhã seguinte, por volta das nove, Luiza ainda se recusava a comer. Theo estava ouvindo Giovana falar sobre os assuntos no País R quando Laís veio reportar: — Sr. Theo, a Srta. Luiza ainda não quis tomar o café da manhã. Ela trouxe
Nos olhos dela, aquele homem era frio como gelo, com um sorriso gélido nos lábios. Ele disse suavemente: — Este é o preço por não me obedecer. As pupilas de Luiza se dilataram levemente. Theo continuou: — Eu te dei uma chance naquela época. Te chamei para me encontrar várias vezes, mas você ignorou. Achou que eu, mesmo em apuros, não teria como te capturar? Pois bem, mesmo que eu morra, vou te levar comigo... Luiza ficou atônita, a raiva tomando conta de seu coração. Ela levantou a mão, tentando acertá-lo no rosto. — Desgraçado! Mas não conseguiu. Theo segurou seu pulso e o torceu para trás. Ele a olhou friamente, sem nenhum traço de emoção: — Eu já te dei oportunidades no passado, mas você não as aproveitou. Agora, não há mais chance... Com a dor, Luiza franziu as sobrancelhas e lançou um olhar furioso para ele: — Você é um desgraçado! — Você está certa. Sou mesmo um desgraçado. — Ele nem sequer usava mais os óculos, não se importando em manter uma aparência civi
Theo estava sentado no sofá, o olhar frio como uma lâmina de gelo cravado nas marcas de mordida no pescoço dela. Seus olhos semicerrados estavam carregados de rancor e cobiça. — De onde vieram essas marcas no seu pescoço? Luiza ficou sem palavras. Abriu a boca, mas conseguiu pronunciar apenas uma frase: — Você... Não está morto? — Você acha que eu morreria tão facilmente? — Theo soltou uma risada sarcástica. — Mas as notícias diziam... Que você tinha se enforcado na prisão! — Se eu não tivesse forjado aquela notícia, como poderia sair da prisão? — Ele sorriu com frieza. Então era isso! As notícias sobre a prisão nas Américas eram falsas, apenas uma encenação para enganar o público. Na verdade, Theo havia escapado como um verdadeiro mestre da fuga! "Não era de se estranhar que tudo tivesse parecido tão conveniente. Um homem tão calculista como ele nunca deixaria de ter uma rota de fuga preparada." Enquanto Luiza refletia sobre isso, Theo se levantou abruptamente e agar
Luiza, sem escolha, caminhou até a entrada do elevador e disse: — Pode ficar por aqui. Eu vou subir sozinha. Volte para casa, eu também já estou indo. — Vou esperar o elevador chegar. — Ele não tinha intenção de ir embora, seus longos dedos se entrelaçando nos dela. Assim, os dois ficaram de mãos dadas até o elevador chegar, e as portas se abrirem diante deles. Luiza olhou para ele e disse: — O elevador chegou. Eu realmente preciso ir. — Tudo bem. Ele soltou a mão dela, mas permaneceu parado do lado de fora, com o olhar cheio de saudade, fixo nela. O coração de Luiza estava agitado. Mesmo quando as portas do elevador se fecharam completamente, o canto de seus lábios ainda estava levemente curvado em um sorriso. Ao chegar ao estacionamento, ela abriu a porta do carro e jogou sua bolsa para dentro. No momento em que ia entrar no veículo, uma sombra repentina surgiu ao seu lado. Luiza levantou o olhar, alarmada. Uma toalha foi pressionada contra seu nariz e boca, e
Durante o jantar, ele a observava o tempo todo. Luiza abaixou a cabeça para tomar a sopa, desconfortável sob o olhar constante dele. Ergueu os olhos e encontrou os dele: — Por que está me olhando assim? — Quando sua avó e as outras voltam para as Américas? — Miguel perguntou enquanto descascava um camarão e o colocava no prato dela com naturalidade. Luiza olhou para o camarão, esboçou um leve sorriso, não recusou e o levou diretamente à boca: — Devem voltar amanhã. Hoje já cuidaram de toda a bagagem. — E seu pai? — Ele continuou, sem desviar o olhar. — Devo começar a organizar o retorno dele para Valenciana do Rio? Luiza pensou por um momento antes de responder: — Meu pai vai ficar no País R por enquanto. — Ainda não confia em mim? — Ele perguntou, encarando ela atentamente. Luiza respondeu com serenidade: — Não é isso. Só acho que ainda não está tão seguro. Quero esperar até que tudo esteja resolvido para trazê-lo de volta para Valenciana do Rio. — Você tem med
O olhar de Miguel parecia em chamas. Ele segurou a cintura dela com uma mão, enquanto a outra a puxava para mais perto, beijando cada centímetro de sua pele. Luiza estava tão fraca que parecia derreter como água, pendurada pelo pescoço dele, deixando que ele fizesse o que quisesse... ...Ao entardecer, o celular de Luiza tocou. Ela ouviu o toque familiar e abriu os olhos nos braços de Miguel. Viu que ele estava atendendo o celular dela. — Por que você está atendendo minhas ligações? — Perguntou ele, só então percebendo que sua voz estava rouca. À tarde, ele havia sido tão intenso que ela gritou até ficar sem voz. — Foi o Felipinho quem ligou. Então eu atendi por você. — Respondeu Miguel, segurando ela com um braço enquanto usava a outra mão para atender o telefone. Ele falou de forma preguiçosa com Felipinho, que estava do outro lado da linha. — Sua mãe talvez demore um pouco mais. Podem jantar sem ela, não precisam esperar. — Por que não precisam me esperar? — Luiza perg
— Desta vez, a reconciliação é real, certo? — Miguel perguntou. Luiza franziu as sobrancelhas, um pouco confusa. — Quero dizer, uma reconciliação de verdade, sem separações no futuro, certo? — Miguel a olhou diretamente nos olhos, sua expressão séria. Sob o olhar intenso dele, Luiza se sentiu desconfortável e, com um leve sorriso irônico, respondeu: — Isso não é garantido. Quem sabe daqui a alguns dias a gente brigue de novo? Miguel franziu a testa, impaciente. — Da sua boca não sai uma palavra boa. Luiza tentou conter o riso, mas antes que pudesse responder, Miguel a surpreendeu com um beijo. Sua voz rouca ecoou em seu ouvido: — Se não fala coisas boas, então vou lavar essa boca. Luiza congelou por um momento. "Esse é o jeito dele de lavar a boca?" Ele até colocou a língua. O beijo de Miguel a deixou sem fôlego. Tentando se recompor, ela colocou a mão no peito dele e perguntou: — Já terminou de lavar? — Não, ainda está muito suja. Precisa de mais lavagens.