- Ok.Luiza pegou uma fita métrica para tirar as medidas de Fabiano. Enquanto ele olhava para o espelho à sua frente, com sua altura e pernas longas, ele perguntou: - Ouvi dizer que você deu um tapa na Clara esta manhã?Luiza arqueou a sobrancelha. - E daí? Veio aqui para a defender?- Não exatamente. Só estou curioso para saber como você tem tanta cara de pau. Vocês já está divorciada do Miguel, mas ontem você ainda voltou para a Quinta do Lago para ficar?Luiza riu. - Ainda temos um mês antes de nos divorciarmos oficialmente. Até agora, ainda sou a esposa do Miguel e tenho o direito de ficar na Quinta do Lago. Por outro lado, aquelas mulheres não têm direito de ir para lá.Ela ironizou Clara como uma amante. Depois do incidente de ontem à noite, Luiza e Clara estavam agora em pé de guerra. Fabiano resmungou.- Você está com ciúmes da Clara, certo? Vendo como o Miguel a valoriza, isso te incomoda?- Eu deveria ter ciúmes dela de quê? De sua habilidade para fingir?Fabiano ficou
Luiza ficou atordoada, seus dentes foram forçados a se separarem, se enroscando. Seu beijo era rude e dominador. Luiza estava enlouquecendo.- Miguel, o que você está fazendo? Me solte.- Você está gritando tão alto, quer que toda a empresa saiba o que estamos fazendo aqui?Luiza ficou tensa, sem se atrever a se mexer, sendo beijada novamente, ela empurrou o peito dele, resistindo baixinho.- Me solte, Miguel, você ouviu? Estamos é a empresa, há pessoas lá fora, você não pode fazer isso...- Você precisa de um pouco de punição.- Por que eu deveria ser punida?- Você é volúvel.O olhar de Miguel estava sombrio, no próximo momento, ele a pressionou contra ele. O rosto de Luiza mudou. Ele realmente queria fazer isso aqui...- Não!Ela estava envergonhada ao extremo, o empurrando com força.- Nós já nos divorciamos, você não pode fazer isso comigo.- Você ainda quer seduzir outros homens?Miguel se aproximou, seus olhos negros a encaravam.Luiza disse, com voz deprimida:- Por que voc
Luiza se aproximou das escadas e, subitamente, se lembrou de algo. Ela pegou a conta, fez algumas alterações e entregou à assistente Olívia. Olívia levou a conta até Fabiano. - Sr. Fabiano, boa tarde. O total das roupas que você encomendou é de 760 mil reais.Ela decidiu cobrar a mais 60 mil como uma taxa pelo incômodo, afinal, ele era tão irritante. Fabiano levantou os olhos e deu uma olhada em Luiza. Ela já havia subido para o segundo andar, sua figura esguia deixando espaço para muitas fantasias. Fabiano sorriu. Interessante. Mesmo nesta situação, ela ainda tinha disposição para fazer negócios. Sua força mental era ainda maior do que ele imaginava.Fabiano passou o cartão e disse a Olívia: - Quando as roupas estiverem prontas, me avise. Preciso vir experimentar para ver se estão adequadas.- Claro. Tenha uma boa tarde, Sr. Fabiano. - Disse Olívia com um sorriso enquanto o acompanhava até a porta. Fabiano resmungou e saiu com suas pernas longas.À noite, Luiza voltou para a
Luiza entrou e viu Lívia prestes a sair do trabalho. Lívia a cumprimentou: - Srta. Luiza, você voltou.- Sim, está indo embora?Os trabalhadores da Quinta do Lago moravam no pequeno prédio ao lado, a poucos metros dali, então era só ligar para eles em caso de necessidade, e em poucos minutos estavam lá.- Sim. Eram exatamente oito horas, disse Lívia: - O Sr. Miguel está no escritório lá em cima.Assim que falou, Lívia chamou: - Sr. Miguel.Luiza olhou para cima. Miguel estava parado na sacada do segundo andar, olhando friamente para ela de cima. Não era ele que estava tentando evitar ela? Por que ele voltou?- Você pode ir embora primeiro. - Instruiu Miguel a Lívia.- Está bem, senhora. Tem uma sopa digestiva na panela, não esqueça de tomar mais tarde. - Disse Lívia, dando suas instruções e saindo.Luiza não foi para a cozinha, em vez disso, subiu para o segundo andar.- Por que você voltou?Miguel a olhou friamente, sua testa parecia congelada.- Eu voltei para pegar minhas cois
Luiza ficou paralisada. O que diabos ele estava fazendo? Depois de brigar com ela e fazer alguns comentários sarcásticos, ele agora queria a beijar?- Não me beije. - Disse Luiza, segurando a respiração e se recusando a beijar ele. Miguel ignorou suas palavras e agarrou o queixo dela, a beijando com urgência e autoridade. Luiza foi levada até a prateleira, sem ter tempo para reagir, e ele começou a beijar ela com voracidade, apertando sua cintura.- Miguel...Luiza estava atordoada. Ele estava absorvendo o aroma de seus lábios. Ao mesmo tempo, sua grande mão controlava sua cintura, puxando o zíper de sua roupa.- Miguel... - Luiza gritou de surpresa. Mas ele não a deixou em paz, levantando sua saia e mordendo seu pescoço com firmeza. Luiza ficou com as pernas fracas, quase desabando, mas ele a segurou e a carregou em seus braços... Sua roupa estava toda bagunçada. Vendo que ele ia mais longe, ela gritou: - Não, me solte...A raiva de Miguel cresceu ao ouvir isso, e ele simpl
Luiza ficou atordoada. A casa da Clara em Jardins da Serra, pela qual Miguel gastou quase 200 milhões para comprar, mas se recusou a devolver a casa do pai dela. O coração de Luiza gelou. Esse homem era realmente generoso com sua deusa. Ela olhou para cima e percebeu que a casa número 10 em Jardins da Serra era bastante parecida com a número 8, o que a fez sentir ainda mais saudades do pai. Ela se dirigiu ao jardim dos fundos. Clara estava tomando sua sopa de ninho de andorinha e sorriu quando viu Luiza. - Esta mansão era o presente que Miguel me deu, é linda, não é?- É linda. - Luiza respondeu, sem emoção.- Ouvi dizer que vocês costumavam morar na casa número 8 em Jardins da Serra. Miguel não te deu essa casa depois do divórcio? - Clara disse.Luiza não queria responder a essa pergunta e entregou a bolsa. - Esta é a bolsa que a Srta. Clara comprou. Eu a usei apenas uma vez. Srta. Clara, por favor, verifique.Se não tivesse sido usada uma vez, com algumas marcas de uso, a bols
Luiza se virou suavemente e respondeu: - Não, obrigada, estamos ocupados com uma colaboração no nosso estúdio ultimamente, então acho que não terei tempo para ir.- É a colaboração com o Grupo NAS? - Perguntou Clara.- Sim. - Respondeu Luiza.Miguel, sentado ao lado, sentiu sua aura esfriar. Mesmo descontente, eles acabaram colaborando. Uma névoa negra surgiu em seus olhos.Depois que Luiza saiu, só restaram os dois no quintal. Clara usava um vestido sedutor de alças hoje, controlou bem o tom, se inclinou levemente, expondo um decote profundo, segurou a mão de Miguel e falou suavemente: - Miguel, que tal ficar aqui esta noite? Vou mandar os empregados prepararem seus produtos de higiene pessoal.Ela estava claramente o convidando. Na verdade, não era a primeira vez que ela insinuava isso para Miguel, mas ele sempre agia como se não visse.Como agora, ele ainda mantinha sua calma habitual, sua expressão neutra e sem emoção. - Tenho compromisso à noite.Dito isso, ele se levantou e
Luiza e Theo estavam parados na entrada. Theo de repente perguntou: - Você quer entrar?- O quê?Luiza ficou surpresa por um momento, olhando para o cadeado grande na porta de ferro. - Mas a porta está trancada.- Você pode pular por cima. - Theo tirou o paletó e arregaçou as mangas. - Eu te ajudo a subir.- Será que pode?Luiza realmente queria entrar e dar uma olhada. Ela estava usando sapatos baixos hoje, apesar das bolhas nos pés, a dor não era insuportável.- Claro. - Theo se agachou pela metade. - O principal é você não ter medo.- Impossível, eu costumava fazer isso o tempo todo.Ela sorriu, se lembrando de como costumava sair escondida e pulava o portão de ferro para voltar para casa. Ela pisou no joelho de Theo e pulou sobre o portão. Theo ficou surpreso por um momento, mas depois também pulou o portão em alguns movimentos. Os dois entraram no exuberante Jardins da Serra, e Luiza o levou para dar uma volta no jardim.- Se fosse durante o dia, aqui seria ainda mais bonito.
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?
Miguel entrou a passos largos e, com os braços fortes, levantou o filho, dizendo com um tom gentil:— Desculpe, Felipinho, eu me atrasei.— Hmph! Aachei que você nem viria. — Felipinho resmungou, mas seu humor claramente melhorou, e um pequeno sorriso apareceu em seu rosto.Luiza olhou para ele, percebendo que Felipinho estava feliz.Ela não pôde evitar olhar para Miguel. "Com ele por perto, será que tudo realmente ficaria tão melhor?"Miguel explicou:— O que eu prometo, eu cumpro. Foi só o trânsito que me atrasou um pouco.Ele explicou pacientemente ao menino.Felipinho ficou ainda mais contente e olhou para Maria, dizendo:— Maria, meu pai também veio.Maria fez um gesto de "V" com os dedos e respondeu:— Então vamos soprar as velas juntos!— Claro.Então, os dois homens, cada um segurando seu filho, se juntaram ao redor de um lindo bolo e sopraram as velas com força.Todos os adultos na sala aplaudiram.Especialmente Elias, que deu um assobio exagerado e soltou um grito de animaçã
Luiza olhou para ele: — Já está pensando no aniversário tão cedo? — Claro, esse ano é diferente. — Por que é diferente? — Nos anos anteriores, o papai nunca estava presente no meu aniversário. Este ano ele está, então é claro que será diferente! — Os olhos de Felipinho brilhavam de expectativa. Luiza o observou com uma expressão um pouco complexa. Desde que Miguel veio ao País R para ver Felipinho, o menino vinha falando muito sobre ele. Dava para ver o quanto a presença do pai era importante para ele... Mas aceitar Miguel assim... Ela simplesmente não conseguia superar essa barreira em seu coração... Nesse momento, o bolo foi trazido. Lucas entrou e perguntou a Francisco: — Presidente Francisco, o bolo já chegou, é para cortar agora? Francisco olhou para Maria, quase como se estivesse competindo por sua atenção, e pegou a filha que estava entre Priscila e Elias. — Maria, o papai preparou um bolo para você, quer cortar agora? — Francisco perguntou, olhando para
Conversando, o carro entrou na mansão da família Amorim.No vasto gramado verde, havia um carro desconhecido estacionado. Priscila estava parada sob a luz do sol, sorrindo para a pessoa dentro do carro.— Elias, você veio.O homem dentro do carro acenou com a cabeça.Em seguida, a porta do carro se abriu, e desceu um homem de feições refinadas, vestindo um terno casual, com um ar gentil e educado.— Por que você não me avisou? Se tivesse me avisado, com certeza eu teria ido ao aeroporto te buscar. — Priscila olhou para ele, com um brilho alegre nos olhos.Luiza raramente via Priscila tão bem-humorada.Já Francisco exibia um sorriso sarcástico evidente.Então era um rival amoroso.Luiza finalmente entendeu.— Hoje é o aniversário da Maria, vim especialmente para isso, queria fazer uma surpresa para ela. — Elias tirou um presente de dentro do carro. — Isso é para a Maria.— Não me entregue, daqui a pouco você mesmo pode dar a ela. Tenho certeza de que vai ficar muito feliz. — Priscila re
A situação de Bryan era algo que Miguel precisava resolver; Luiza não sentia qualquer constrangimento, pois considerava que isso era uma compensação que ele devia à família dela.Com isso resolvido, não havia mais nada para dizer entre eles.Miguel quis perguntar sobre Francisco, mas Luiza pegou uma bebida, fingindo tomar um gole enquanto olhava para o celular, mantendo a cabeça baixa para evitar conversar com ele.Tudo o que ele dizia era a mesma coisa de sempre, sem graça. Ela não queria se envolver mais com ele e, por isso, também não estava interessada em ouvir.O tempo passava, segundo a segundo.O telefone de Luiza tocou novamente.Ela estava distraída antes, aparentando ler notícias, mas, na verdade, sem absorver uma única palavra.Quando o telefone tocou, ela se recompôs, atendeu e respondeu com um tom de voz calmo:— Alô.— Estou na entrada, venha para fora. — Francisco já havia chegado.— Certo.Luiza respondeu, encerrou a ligação e colocou o celular de volta na bolsa, já se