Luiza ficou atordoada, seus dentes foram forçados a se separarem, se enroscando. Seu beijo era rude e dominador. Luiza estava enlouquecendo.- Miguel, o que você está fazendo? Me solte.- Você está gritando tão alto, quer que toda a empresa saiba o que estamos fazendo aqui?Luiza ficou tensa, sem se atrever a se mexer, sendo beijada novamente, ela empurrou o peito dele, resistindo baixinho.- Me solte, Miguel, você ouviu? Estamos é a empresa, há pessoas lá fora, você não pode fazer isso...- Você precisa de um pouco de punição.- Por que eu deveria ser punida?- Você é volúvel.O olhar de Miguel estava sombrio, no próximo momento, ele a pressionou contra ele. O rosto de Luiza mudou. Ele realmente queria fazer isso aqui...- Não!Ela estava envergonhada ao extremo, o empurrando com força.- Nós já nos divorciamos, você não pode fazer isso comigo.- Você ainda quer seduzir outros homens?Miguel se aproximou, seus olhos negros a encaravam.Luiza disse, com voz deprimida:- Por que voc
Luiza se aproximou das escadas e, subitamente, se lembrou de algo. Ela pegou a conta, fez algumas alterações e entregou à assistente Olívia. Olívia levou a conta até Fabiano. - Sr. Fabiano, boa tarde. O total das roupas que você encomendou é de 760 mil reais.Ela decidiu cobrar a mais 60 mil como uma taxa pelo incômodo, afinal, ele era tão irritante. Fabiano levantou os olhos e deu uma olhada em Luiza. Ela já havia subido para o segundo andar, sua figura esguia deixando espaço para muitas fantasias. Fabiano sorriu. Interessante. Mesmo nesta situação, ela ainda tinha disposição para fazer negócios. Sua força mental era ainda maior do que ele imaginava.Fabiano passou o cartão e disse a Olívia: - Quando as roupas estiverem prontas, me avise. Preciso vir experimentar para ver se estão adequadas.- Claro. Tenha uma boa tarde, Sr. Fabiano. - Disse Olívia com um sorriso enquanto o acompanhava até a porta. Fabiano resmungou e saiu com suas pernas longas.À noite, Luiza voltou para a
Luiza entrou e viu Lívia prestes a sair do trabalho. Lívia a cumprimentou: - Srta. Luiza, você voltou.- Sim, está indo embora?Os trabalhadores da Quinta do Lago moravam no pequeno prédio ao lado, a poucos metros dali, então era só ligar para eles em caso de necessidade, e em poucos minutos estavam lá.- Sim. Eram exatamente oito horas, disse Lívia: - O Sr. Miguel está no escritório lá em cima.Assim que falou, Lívia chamou: - Sr. Miguel.Luiza olhou para cima. Miguel estava parado na sacada do segundo andar, olhando friamente para ela de cima. Não era ele que estava tentando evitar ela? Por que ele voltou?- Você pode ir embora primeiro. - Instruiu Miguel a Lívia.- Está bem, senhora. Tem uma sopa digestiva na panela, não esqueça de tomar mais tarde. - Disse Lívia, dando suas instruções e saindo.Luiza não foi para a cozinha, em vez disso, subiu para o segundo andar.- Por que você voltou?Miguel a olhou friamente, sua testa parecia congelada.- Eu voltei para pegar minhas cois
Luiza ficou paralisada. O que diabos ele estava fazendo? Depois de brigar com ela e fazer alguns comentários sarcásticos, ele agora queria a beijar?- Não me beije. - Disse Luiza, segurando a respiração e se recusando a beijar ele. Miguel ignorou suas palavras e agarrou o queixo dela, a beijando com urgência e autoridade. Luiza foi levada até a prateleira, sem ter tempo para reagir, e ele começou a beijar ela com voracidade, apertando sua cintura.- Miguel...Luiza estava atordoada. Ele estava absorvendo o aroma de seus lábios. Ao mesmo tempo, sua grande mão controlava sua cintura, puxando o zíper de sua roupa.- Miguel... - Luiza gritou de surpresa. Mas ele não a deixou em paz, levantando sua saia e mordendo seu pescoço com firmeza. Luiza ficou com as pernas fracas, quase desabando, mas ele a segurou e a carregou em seus braços... Sua roupa estava toda bagunçada. Vendo que ele ia mais longe, ela gritou: - Não, me solte...A raiva de Miguel cresceu ao ouvir isso, e ele simpl
Luiza ficou atordoada. A casa da Clara em Jardins da Serra, pela qual Miguel gastou quase 200 milhões para comprar, mas se recusou a devolver a casa do pai dela. O coração de Luiza gelou. Esse homem era realmente generoso com sua deusa. Ela olhou para cima e percebeu que a casa número 10 em Jardins da Serra era bastante parecida com a número 8, o que a fez sentir ainda mais saudades do pai. Ela se dirigiu ao jardim dos fundos. Clara estava tomando sua sopa de ninho de andorinha e sorriu quando viu Luiza. - Esta mansão era o presente que Miguel me deu, é linda, não é?- É linda. - Luiza respondeu, sem emoção.- Ouvi dizer que vocês costumavam morar na casa número 8 em Jardins da Serra. Miguel não te deu essa casa depois do divórcio? - Clara disse.Luiza não queria responder a essa pergunta e entregou a bolsa. - Esta é a bolsa que a Srta. Clara comprou. Eu a usei apenas uma vez. Srta. Clara, por favor, verifique.Se não tivesse sido usada uma vez, com algumas marcas de uso, a bols
Luiza se virou suavemente e respondeu: - Não, obrigada, estamos ocupados com uma colaboração no nosso estúdio ultimamente, então acho que não terei tempo para ir.- É a colaboração com o Grupo NAS? - Perguntou Clara.- Sim. - Respondeu Luiza.Miguel, sentado ao lado, sentiu sua aura esfriar. Mesmo descontente, eles acabaram colaborando. Uma névoa negra surgiu em seus olhos.Depois que Luiza saiu, só restaram os dois no quintal. Clara usava um vestido sedutor de alças hoje, controlou bem o tom, se inclinou levemente, expondo um decote profundo, segurou a mão de Miguel e falou suavemente: - Miguel, que tal ficar aqui esta noite? Vou mandar os empregados prepararem seus produtos de higiene pessoal.Ela estava claramente o convidando. Na verdade, não era a primeira vez que ela insinuava isso para Miguel, mas ele sempre agia como se não visse.Como agora, ele ainda mantinha sua calma habitual, sua expressão neutra e sem emoção. - Tenho compromisso à noite.Dito isso, ele se levantou e
Luiza e Theo estavam parados na entrada. Theo de repente perguntou: - Você quer entrar?- O quê?Luiza ficou surpresa por um momento, olhando para o cadeado grande na porta de ferro. - Mas a porta está trancada.- Você pode pular por cima. - Theo tirou o paletó e arregaçou as mangas. - Eu te ajudo a subir.- Será que pode?Luiza realmente queria entrar e dar uma olhada. Ela estava usando sapatos baixos hoje, apesar das bolhas nos pés, a dor não era insuportável.- Claro. - Theo se agachou pela metade. - O principal é você não ter medo.- Impossível, eu costumava fazer isso o tempo todo.Ela sorriu, se lembrando de como costumava sair escondida e pulava o portão de ferro para voltar para casa. Ela pisou no joelho de Theo e pulou sobre o portão. Theo ficou surpreso por um momento, mas depois também pulou o portão em alguns movimentos. Os dois entraram no exuberante Jardins da Serra, e Luiza o levou para dar uma volta no jardim.- Se fosse durante o dia, aqui seria ainda mais bonito.
Luiza sentiu o coração apertar. - Sou eu.- Reconheci sua voz. - Miguel respondeu, com a voz rouca por causa da embriaguez, mantendo os olhos fechados.- Você bebeu demais?- Sim. - Ele respondeu. Normalmente, quando ele bebia demais, ela ia buscar ele. Ele esperava que ela dissesse alguma coisa.Mas depois de um tempo de silêncio, só ouviu a voz de Theo: - Luiza.- Que foi?- Espere aqui, vou até a farmácia do outro lado da rua.- Ok. - Luiza respondeu.Do outro lado da linha, o rosto de Miguel ficou frio. - Você está com o Theo?- Sim. - Luiza assentiu. Miguel apertou o celular com força. Era tarde da noite, e eles ainda estavam juntos? Será que eles iam passar a noite juntos?Ele falou friamente: - Venha aqui.De repente, seu tom se tornou dominante.Luiza não gostou da atitude de Miguel e franziu o cenho. - Miguel, eu não sou mais sua esposa, você não tem o direito de me mandar fazer nada. Se você está bêbado, chame um motorista, eu não tenho tempo para ir te buscar.Miguel
Ao ver o rostinho pálido de Felipinho, Luiza não conseguiu conter a dor no coração. Felipinho tinha pouco mais de três anos, mas, por causa de Theo, já havia passado por tantos eventos seguidos. Ela estava profundamente arrependida. Sentia pena do Felipinho, e odiava o Theo. O odiava com toda a sua alma! Enquanto assistia ao noticiário, completamente absorta, seu celular foi subitamente arrancado de sua mão. Ao levantar os olhos, viu que quem tinha pegado o aparelho era Theo. Ele jogou o celular de volta para Giovana e, com um rosto impassível, disse: — Já chega. Vamos comer. No dia seguinte, o navio atracou. Luiza finalmente saiu daquele porão escuro e sombrio. Ao sentir o brilho do sol pela primeira vez, ficou um pouco desconfortável e apertou os olhos. Ao olhar ao redor, viu um mar azul e um país completamente desconhecido... As placas ao redor estavam escritas em um idioma que ela não conseguia entender. No entanto, deduziu que aquele era um país quente e com ce
Ele falava, mas Luiza não olhava para ele. Theo ficou irritado e segurou o queixo dela com força, forçando ela a virar o rosto e encará-lo. — Sabe de uma coisa? Eu fui bondoso demais com você. Se, na época em que você estava grávida do Felipinho, eu tivesse sido mais firme, ele nem teria nascido. Luiza ficou atônita por um momento e, furiosa, retrucou: — Theo, você é um monstro! — Não existe homem que aceite sua mulher dar à luz o filho de outro homem. Mas por que, no final, eu aceitei? Porque eu vi o quanto você queria esse filho, vi o quanto você se esforçou para tê-lo. Então, no fim, não fiz nada contra ele. Eu aceitei. Sei que te magoei, mas pensei em passar o resto da minha vida te compensando. — Eu não preciso disso. — Luiza respondeu, palavra por palavra. — Nunca gostei de você. Ele ficou impassível. — E daí? Agora você está nas minhas mãos. Não tem como fugir. — Tanto faz. — Luiza sorriu friamente, os lábios curvados com indiferença. — Minha família morreu, e
Luiza olhou para ele, sem dizer uma palavra. — Você acha que, deixando de comer, vai me fazer sentir pena de você? — Theo perguntou com o rosto frio. Luiza sorriu com indiferença. — Não. Eu não me rebaixo a esse tipo de artimanha, porque simplesmente não me dou ao trabalho de agradar você. Theo encarou aquele rosto frio e sorriu levemente. — Ótimo. Você não quer me agradar? Então fique aqui e morra de fome, por mim tanto faz. Luiza deu um sorriso desolado e se deitou novamente na cama. Ela já havia decidido: se algo acontecesse com sua família, ela não teria mais vontade de viver. Theo podia mantê-la presa, mas, se ela desistisse da própria vida, não haveria nada que ele pudesse fazer. Com o rosto carregado, Theo saiu do quarto. Na manhã seguinte, por volta das nove, Luiza ainda se recusava a comer. Theo estava ouvindo Giovana falar sobre os assuntos no País R quando Laís veio reportar: — Sr. Theo, a Srta. Luiza ainda não quis tomar o café da manhã. Ela trouxe
Nos olhos dela, aquele homem era frio como gelo, com um sorriso gélido nos lábios. Ele disse suavemente: — Este é o preço por não me obedecer. As pupilas de Luiza se dilataram levemente. Theo continuou: — Eu te dei uma chance naquela época. Te chamei para me encontrar várias vezes, mas você ignorou. Achou que eu, mesmo em apuros, não teria como te capturar? Pois bem, mesmo que eu morra, vou te levar comigo... Luiza ficou atônita, a raiva tomando conta de seu coração. Ela levantou a mão, tentando acertá-lo no rosto. — Desgraçado! Mas não conseguiu. Theo segurou seu pulso e o torceu para trás. Ele a olhou friamente, sem nenhum traço de emoção: — Eu já te dei oportunidades no passado, mas você não as aproveitou. Agora, não há mais chance... Com a dor, Luiza franziu as sobrancelhas e lançou um olhar furioso para ele: — Você é um desgraçado! — Você está certa. Sou mesmo um desgraçado. — Ele nem sequer usava mais os óculos, não se importando em manter uma aparência civi
Theo estava sentado no sofá, o olhar frio como uma lâmina de gelo cravado nas marcas de mordida no pescoço dela. Seus olhos semicerrados estavam carregados de rancor e cobiça. — De onde vieram essas marcas no seu pescoço? Luiza ficou sem palavras. Abriu a boca, mas conseguiu pronunciar apenas uma frase: — Você... Não está morto? — Você acha que eu morreria tão facilmente? — Theo soltou uma risada sarcástica. — Mas as notícias diziam... Que você tinha se enforcado na prisão! — Se eu não tivesse forjado aquela notícia, como poderia sair da prisão? — Ele sorriu com frieza. Então era isso! As notícias sobre a prisão nas Américas eram falsas, apenas uma encenação para enganar o público. Na verdade, Theo havia escapado como um verdadeiro mestre da fuga! "Não era de se estranhar que tudo tivesse parecido tão conveniente. Um homem tão calculista como ele nunca deixaria de ter uma rota de fuga preparada." Enquanto Luiza refletia sobre isso, Theo se levantou abruptamente e agar
Luiza, sem escolha, caminhou até a entrada do elevador e disse: — Pode ficar por aqui. Eu vou subir sozinha. Volte para casa, eu também já estou indo. — Vou esperar o elevador chegar. — Ele não tinha intenção de ir embora, seus longos dedos se entrelaçando nos dela. Assim, os dois ficaram de mãos dadas até o elevador chegar, e as portas se abrirem diante deles. Luiza olhou para ele e disse: — O elevador chegou. Eu realmente preciso ir. — Tudo bem. Ele soltou a mão dela, mas permaneceu parado do lado de fora, com o olhar cheio de saudade, fixo nela. O coração de Luiza estava agitado. Mesmo quando as portas do elevador se fecharam completamente, o canto de seus lábios ainda estava levemente curvado em um sorriso. Ao chegar ao estacionamento, ela abriu a porta do carro e jogou sua bolsa para dentro. No momento em que ia entrar no veículo, uma sombra repentina surgiu ao seu lado. Luiza levantou o olhar, alarmada. Uma toalha foi pressionada contra seu nariz e boca, e
Durante o jantar, ele a observava o tempo todo. Luiza abaixou a cabeça para tomar a sopa, desconfortável sob o olhar constante dele. Ergueu os olhos e encontrou os dele: — Por que está me olhando assim? — Quando sua avó e as outras voltam para as Américas? — Miguel perguntou enquanto descascava um camarão e o colocava no prato dela com naturalidade. Luiza olhou para o camarão, esboçou um leve sorriso, não recusou e o levou diretamente à boca: — Devem voltar amanhã. Hoje já cuidaram de toda a bagagem. — E seu pai? — Ele continuou, sem desviar o olhar. — Devo começar a organizar o retorno dele para Valenciana do Rio? Luiza pensou por um momento antes de responder: — Meu pai vai ficar no País R por enquanto. — Ainda não confia em mim? — Ele perguntou, encarando ela atentamente. Luiza respondeu com serenidade: — Não é isso. Só acho que ainda não está tão seguro. Quero esperar até que tudo esteja resolvido para trazê-lo de volta para Valenciana do Rio. — Você tem med
O olhar de Miguel parecia em chamas. Ele segurou a cintura dela com uma mão, enquanto a outra a puxava para mais perto, beijando cada centímetro de sua pele. Luiza estava tão fraca que parecia derreter como água, pendurada pelo pescoço dele, deixando que ele fizesse o que quisesse... ...Ao entardecer, o celular de Luiza tocou. Ela ouviu o toque familiar e abriu os olhos nos braços de Miguel. Viu que ele estava atendendo o celular dela. — Por que você está atendendo minhas ligações? — Perguntou ele, só então percebendo que sua voz estava rouca. À tarde, ele havia sido tão intenso que ela gritou até ficar sem voz. — Foi o Felipinho quem ligou. Então eu atendi por você. — Respondeu Miguel, segurando ela com um braço enquanto usava a outra mão para atender o telefone. Ele falou de forma preguiçosa com Felipinho, que estava do outro lado da linha. — Sua mãe talvez demore um pouco mais. Podem jantar sem ela, não precisam esperar. — Por que não precisam me esperar? — Luiza perg
— Desta vez, a reconciliação é real, certo? — Miguel perguntou. Luiza franziu as sobrancelhas, um pouco confusa. — Quero dizer, uma reconciliação de verdade, sem separações no futuro, certo? — Miguel a olhou diretamente nos olhos, sua expressão séria. Sob o olhar intenso dele, Luiza se sentiu desconfortável e, com um leve sorriso irônico, respondeu: — Isso não é garantido. Quem sabe daqui a alguns dias a gente brigue de novo? Miguel franziu a testa, impaciente. — Da sua boca não sai uma palavra boa. Luiza tentou conter o riso, mas antes que pudesse responder, Miguel a surpreendeu com um beijo. Sua voz rouca ecoou em seu ouvido: — Se não fala coisas boas, então vou lavar essa boca. Luiza congelou por um momento. "Esse é o jeito dele de lavar a boca?" Ele até colocou a língua. O beijo de Miguel a deixou sem fôlego. Tentando se recompor, ela colocou a mão no peito dele e perguntou: — Já terminou de lavar? — Não, ainda está muito suja. Precisa de mais lavagens.