Bem cedo , dona Iolanda informou para a neta, carrancuda.
- Você tem visitas. Melhor se arrumar.
E a olhou de cima a baixo.
- Bela? Ela veio me ver?
- Não. Não é sua mãe. Aquela ingrata que até hoje não veio me ver.
- Não a julgo.
Disparou corajosa.
- O que disse sua menina insolente?
- Não vó! Não disse nada! A senhora que deve ter ouvido algo a mais. Bem , com licença. Vou ver quem me chama.
- Vê se não demora. Está te esperando lá na quadra.
Curiosa , a jovem correu até lá e com o coração na mão , viu que era o doutor Oliver amigo de Bela , profissional tão atencioso que ajudava a cuidar de Castanha.
Com a sua natureza dramática , ela se colocou diante dele e pálida feito uma cera, tampou os ouvidos depois da afirmação. Pois não conseguia pensar em algum outro motivo para a presença daquele homem ali.
- Meu cavalo! Meu cavalo morreu.
As lagrimas já banhavam seu rosto , deixando-o quente. Com muita delicadeza, Doutor Oliver entao, pegou as duas mãos que tremiam e tirou do ouvido dela.
- Com licença.
- Como? Senhor...
- Acalme-se ! Eu estava esperando ser recepcionado de outra maneira. Você derrubou todas as minhas expectativas.
Pillar sorriu surpresa e agora estava envergonhada.
- O que o senhor quis dizer?
- Oliver garotinha! Apenas Oliver! Esse senhor , faz com que eu me sinta um vovô! E tenho apenas 45 anos!
- 45 ? E sua barba não está branca igual a de pai. Ops ! Perdão! Perdão doutor.
Quando ele riu , ela suspirou aliviada de ver que ele não se aborrecera.
- Bem , trouxe noticias do nosso herói , mas gostaria de dá-las enquanto tomamos um café. Então , gostaria de te convidar. Toma café comigo? Ah duas quadras daqui. Vi um lugar legal.
- Acho que vou aceitar sim.
- Não! Não acha! Você vai aceitar! Ou sim ou sem noticias do castanha. Que tal?
- Ah ! Chantagem?
- Sim. Chantagem explicita.
Ela riu.
- Tudo bem. Se me der apenas um minuto , vou me trocar. Minha vó bem que me disse para me arrumar mas vim correndo e assim.
- Pra mim você está ótima!
- Ah pára.
Meias , chinelo , bermuda e moletom rasgado.
- Mas se quer se arrumar vai lá. Espero .
- Obrigada volto já.
Rindo , Pillar se afastou com algo novo vibrando dentro dela .
O doutor era atencioso , brincalhão e cavalheiro. Abriu a porta do carro , ainda ajeitou o banco e colocou o cinto para ela. Sentindo-se timida, ela agradeceu e partiram . Chegando na Padaria, ele ofereceu para ela o melhor café da manhã. Caprichado com coisas das quais gostava mas há muito tempo não comia.
- Então, tudo ok de doce?
- Perfeito.
- Precisamos adoçar a vida.
- Obrigada ! O senhor está gastando um tempão comigo!
- Nada disso! E esse senhor de novo? Eu mandei?
Pillar riu.
- Está bem! Desculpa. Oliver!
- Excelente. Bom apetite.
- Igualmente.
- Bem querida vamos lá! Castanha alguma vez já tomou alguma bomba? Um daqueles suplementos proibidos?
- Não! Não que eu saiba! Só sei que isso nunca aconteceu estando comigo. Ele só come muita cenoura.
- Ok! Entendi! O metabolismo dele é muito estranho.
- Sério doutor?
- Você não entenderia , mas de qualquer forma, te procurei para informar os resultados dos novos exames que fizemos.
- E aí?
Ela perguntou com o coração na mão.
- Não apresentaram alterações. Ele continua na mesma.
- Ou seja. Mal.
- Não! Confie em mim! Vai dar tudo certo.
- Acho que tanto tentaram que dessa vez conseguiram acabar com meu cavalo.
- Não seja negativa mocinha! Confie no meu trabalho.
- Como ele amanheceu hoje?
- Não sei te dizer. Não fui para a clinica ainda! Peguei os resultados ontem a noite , mas posso te garantir que Bela passou a madrugada inteirinha ao lado dele.
- Que bom ! Obrigada! Vocês formam uma boa equipe.
- Seria um prazer se futuramente, alguém que está aqui na minha frente , se tornasse uma colega de trabalho.
- Não , não sei ...
- Ouvi dizer que era uma adolescente rebelde.
- Rebelde ! Radical! Totalmente vida louca! Fui até presa! Foi assim que fui parar no rancho. Foi assim que minha vida mudou. Conheci alguém que me segurou quando eu pensei que meu mundo desabaria. Conheci o amor materno. E depois, meu cavalo . Ele foi quem realmente me fez enxergar pelo que vale a pena lutar. Me fez ver o quanto eu era fútil! Que tinha prioridades erradas. Mas vivendo e aprendendo não é mesmo?
- Claro que sim. Que bom que o destino o colocou no seu caminho para te transformar nessa incrível menina mulher.
- Incrível , eu?
Pillar riu descrente.
- Sim! Incrível! Adorável! Eu acho.
- Tomara que não mude de idéia quando me conhecer melhor.
- Tenho certeza de que não. Ah outra coisa! Já ia esquecendo! Castanha vai iniciar a sua fisioterapia na próxima semana. Gostaria de ajudar ?
- Claro! Se eu puder! Vou amar.
- Claro que sim. Entao semana que vem a gente combina.
- Ansiosa!
Eles sorriram.
Pillar chegou no rancho e se jogou no sofa.- Ih menina! Você está com cara de quem viu passarinho verde.- Eu saí com o Doutor Oliver . Ninguém mais ninguem menos. Ele me convidou para tomar café. Veio aqui.- E quem é esse doutor Oliver?- Médico veterinario . Faz parte da equipe da mulher que me deu a luz.- Querida, você coloca as coisas de uma maneira tão peculiar.- Mas é verdade.- E esse Doutor Oliver, te deu boas noticias? Quando nosso campeão vai voltar para a casa?- Ele não disse mas de toda a maneira Castanha vai começar a fazer fisioterapia na semana que vem e ele me sugeriu ajudar.- Que legal filha.- Tenho medo de não conseguir. Nunca cuidei nem de mim mesma.-Mas pode ter certeza que o amor te guia. Pillar querida.- Sim?- Eu ...- Fala mamãe . O que aconteceu?- Estou a alguns dias com uma coisa na cabeça.- E o que é?- Não sei como te dizer.- Fala! Está começa
Pillar se calou gelada , concordava , mas simplesmente não conseguiria imaginar como seria a sua vida sem Castanha. Decidiu então a partir daquele dia , que faria simplesmente de tudo pelo bem do seu cavalo e não o perderia. Lutaria por ele como Bela lutou por Bonito , mas a diferença era que jamais permitiria que Castanha fosse assassinado. Sabia que a avó era a responsável por toda a infelicidade que ela passava no momento. Por algum motivo dona Iolanda odiava o animal e a própria neta e queria tirar ambos de seu caminho. Com qual finalidade? Ela pensava enxugando as lágrimas. As vezes desconfiava que não estava em seu caminho ser feliz. Cresceu a vida inteira sem mãe , uma mãe que fez todos pensarem que estava morta. Cresceu ao lado de um pai que pouco a compreendeu ou apoiou. Se meteu em vários problemas , tentava inconscientemente suprir aquele vazio com bebidas eaquele relacionamento pra lá de frustrado. Quando finalmente tudo mudou , ela teve que apr
Patrick saiu do seu mundinho para dar a Pillar o apoio que sempre negou. Disposto a recuperar o tempo perdido, ele e o Doutor Oliver a acompanhavam. - Pillar, fiz novos exames no seu cavalo. Aqui está. A jovem , ao receber uma pasta com aquele monte de papéis , apenas folheou confusa. - Mas eu não entendo nada! O que significa tudo isso? - Ele continua na mesma. Eu sinto muito. - Não! Pillar , saiu do consultório do Doutor em disparada. Patrick fez questão de detê-la. - Espere. Deixa ela. É o momento dela! Ela precisa! Vai por mim. Não vamos atrás. Tenho certeza de que ela não vai fazer nenhuma besteira. O Doutor conseguiu que Patrick não a impedisse e assim
O pai de Pillar estava cada vez mais presente na vida dela e na de Tatá. Procurando se inteirar mais sobre o meio equino e o ambiente que fazia parte da vida da filha e também de sua futura namorada, no dia seguinte ele fez um convite totalmente inesperado para a loira. - Ei! Um dos peões acabou de me avisar que nasceu um potrinho. Que tal se for comigo conhecê-lo? Adoraria dar as boas vindas. - É sério isso? Taele perguntou , seus olhos brilharam. O rosto afogueado. - Sério. - Sim. Podemos ver ele sim. Deixa eu só reabastecer as rações, encher os cochos de feno , Tosar a Dolly ... o que mais? Ah preparar o Tigrão para receber ferraduras novas. Aí a gente vai. - Você tem mesmo que fazer tudo isso? - É pouquinha coisa. Já terminei metade. - Posso te ajudar? - Se quiser mesmo vou agradecer.
- Patrick , eu estava me sentindo pressionada.- Pressionada?- Sim! Não aguentava mais você me prendendo! Me vigiou a gravidez inteira!- Cuidei! Pelo bem da nossa filha.- Sabe que nunca gostei de me sentir podada. Meu trabalho era a minha vida. Eu amava meus cavalos. Era cuidando deles que eu me realizava e você quis tirar isso.- Eu só pensei em nós.- Patrick a culpa toda foi sua.- Espera aí! Minha?- Você não quis enxergar que eu tinha direito a minha individualidade. O fato de você me amar não te dava o direito de me querer só para você. Querido , não duvide nunca do amor que senti por você. Mas não me deixou outra alternativa.- O que foi que você disse? Espera! Será que não consegue ver que o que esta me dizendo não faz o menor sentido? Me amava e se fingiu de morta para se livrar
Na mesa , de cabeça baixa , Taele mexia no prato. Sem apetite. Intrigada , Pillar chegou para consolar. - Que foi? Perguntou com mansidão. - Eu perdi mocinha. Tatá disse simplesmente. - Perdeu? Perdeu o quê? - O Patrick. - Mas como? Pillar se alarmou. - É! Ela está lá. - Quem? - Bela! Chegou e pediu que eu deixasse ela e o marido dela a sós. - Espera aí ! Não acredito que essa mulher teve essa coragem. - Pois sim! Ela teve. - Mas meu pai não é marido dela. - Judicialmente sabemos que sim querida. - Judicialmente. Mas pode ter certeza absoluta de que ele jamais cederia aos encantos dela novamente. O pai passou anos chorando a aus
- Realmente Patrick. Você é muito egoísta.- Desculpa! Está bom? Desculpa.- Para quê pedir desculpas ? Relaxa! É a sua opinião e infelizmente, parece que vai ser para sempre. Ela desviou o olhar . Não aguentava encarar a expressão perdida do amado. Porque sim. Tinha que admitir. O amava. Patrick olhava para ela como se pedisse socorro. No momento ele estava tão inseguro e tão indefeso quanto a filha. E vê-lo assim , fazia seu coração doer.- Tatá! Me ajuda! Por favor! Me tira daqui, me tira desse lugar. Pediu agitado, naquela mania de andar em círculos , como um leão enjaulado.- Mas para onde a gente
Taele dirigia, apesar de temer fazer isso à noite não gostava, mas Patrick não estava em condições de pegar o volante. Por isso fez esse favor. Demorasse o tempo que fosse , chegariam em segurança. Mais tragédia , confusões e tensão , ela estava dispensando. - Meu Deus! Elas são muito parecidas. Patrick exclamou. - Pillar e a mãe? - Sim! Fisicamente Pillar está idêntica á Bela quando tinha essa idade. É assustador. Agora a personalidade... - É semelhante também? - Bastante. Só que aí a mãe dela é um pouquinho mais maleável. Pouca coisa. Ela perdeu a oportunidade de conviver com uma menina incrível! E eu também por consequência! Fui um burro , um verdadeiro idiota! Não dá para voltar atrás , recuperar o tempo perdido, agora é só andar para frente. E você não sabe , eu estou cada dia que passa , mais encantado pela minha filha.
A expectativa dominava a todos. Bela , Vasco e Pillar fizeram o exame e tudo se confirmou . O menino era sim filho dela . Era irmão legitimo de Pillar. O fato foi muito Comemorado. O rapazinho passou pelo processo sem traumas , não tinha idade para entender nada. E como prometido , o nome de Bela nunca foi mencionado a ele.Os dias seguintes começaram a fluir luz. Enfim Castanha apresentou significativa melhora. Dentro de mais 3 dias, receberia alta. Doutor Oliver era excelente veterinário, mas era também, médico do coração, pois cuidava de Pillar como ninguém.O tempo passou. Patrick e Tatá trocaram alianças e já esperavam um bebê. Era uma menina, e se agitava bastante na barriga da mãe. A mesma se encontrava agora na arquibancada de um haras internacional , onde Pillar competia saltos , montada em Castanha. A torcida era imensa.O pai não c
Ela aceitou de bom grado. Estava tão exausta que não pôde evitar cochilar até chegar no rancho. E como naqueles livros ela despertou com um beijo , mas não na boca. Na testa. Abriu os olhos devagar , ainda sem acreditar , tentando entender o que tinha acontecido. Mas nada que a surpreendesse tanto, quanto o quê ouviria a seguir. - Chegamos? - Sim Bela adormecida! - Não acredito que dormi . - Dormiu. Você está exausta. - Exausta mas muito satisfeita em ter conseguido ajudar meu cavalo. Estou tão feliz! - Vocês são dois guerreiros. - Ele está se curando. Nada disso seria possível sem sua ajuda. Obrigada. Todas as palavras que eu possa buscar não são suficientes para expressar a minha gratidão. - Gratidão tenho eu por ter conhecido alguém tão especial quanto você. - Especial? Eu ? - Sim. Você! - E será que posso saber por que? - Mas é claro! &nbs
Alegria para o coração da mocinha rebelde que chegou na clinica e encontrou castanha de Pé! Seu coração dava pulos de alegria.- Ele está curado? Já pode ir pra a casa? Ela perguntou ansiosa ao doutor Oliver.- Não. Ainda não. Hoje começamos com a fisioterapia. Preparada para ajudar?- E o que eu posso estar fazendo?- Vou te explicar. E com muita paciência doutor Oliver explicou que Castanha poderia ter lesões secundarias , mais graves que as primeiras se ele ficasse parado na cocheira. Por isso eles o colocariam em movimento. Um movimento de constância e direcionado.- O castanha pode se lembrar que sentiu essa dor? Que sofreu esse acidente?- Sim. O cavalo &e
Patrick resolveu se afastar do haras. Não cogitava a possiblidade de conviver perto de Bela e ela estava presente demais. Portanto, ele optou por voltar ao rancho só aos sábados como no começo . O dia em que ela se ausentava. Pela primeira vez na vida ele e Pillar sentaram-se na varanda da casa de Tatá , descontraídos batiam um papo cabeça e tomavam cerveja. Algo que ele nunca imaginou vivenciar. Constrangido , ele balançou a cabeça , lamentando o tempo perdido. Por outro lado , estava completamente encantado com a filha. Ela era uma garota espetacular. Bela versão dois. Elas tinham tudo e ao mesmo tempo nada a ver e isso o deixava impressionado. Ele roubou dela o ultimo pedacinho de tira-gosto: queijo assado com jiló e pedaços de fígado. A rebelde bateu o pé , pirraçando. Ele gargalhava alto. - Assim não vale não ! - Perdeu perdeu ! Sua comilona! Achou o quê? Que eu ia deixar tudo isso para você? Comeu muito mais do que eu! Direitos tem que ser iguais.
Dois dias depois estavam eles de volta ao rancho que virou um caos sem os serviços da moça. Pillar, focada na recuperação do seu animal praticamente passara a morar na clinica e as tarefas foram deixadas de lado , mesmo porque já havia sido absorvida. No haras , corria boatos de que dona Iolanda pretendia demiti-la e assim , matar dois coelhos com uma cajadada só , como diria o ditado.Afastando Taele de seus serviços , a afastaria do rancho e também de Patrick. Assim , o caminho estaria novamente aberto para Bela tentar reconquistar os sentimentos adormecidos, restaurar o casamento falido e unir a família e viverem felizes para sempre. Algo que ocorreria em um conto de fadas , mas não na vida real. Tatá se sentia de pés e mãos atadas. Não sabia o que fazer , não sabia se o que ouvira se tratava apenas de conversas, ou se havia um fundo de verdade. Fato é
Patrick tirou umas cartas da manga e fez do filminho com Tatá uma autêntica sessão de cinema com direito a pipoca , brigadeiro. Até dividiam o mesmo cobertor. Que romântico. Eles faziam maratona de filmes de amor , daqueles bem açucarados, tanto que a caixa de lenços da moça já estava pela metade. A intenção do pai de Pillar era deixar a crush no clima e dessa vez ele apostava tudo para conseguir. Até massagem no pé o cara fazia. Apesar de que precisaria muito mais para conquistar o coração dela. Encantado e curioso ao mesmo tempo ele observava cada detalhe ďela. Como gostaria que aquela fosse a verdadeira mãe de seus filhos. Se tivesse tido na vida uma esposa como Taele , com certeza Pillar não teria crescido rebelde e vasco nunca teria sido jogado no orfanato. A loira nao teria essa coragem. Os dois filhos cativaram o amor dela , ele rogava conseguir também.
No jogo de sedução, Taele ia totalmente na contra mão das pretensões de Patrick . Naquela noite , enchendo-o de frustrações , ela resolvera dormir no quarto de Pillar. Ele estava na sala, deitado no sofá , com o travesseiro cobrindo a cabeça. Um urro abafado. Pensava em como proceder. A ansiedade , a frustração , o desejo tomavam conta. Como conquistar aquela mulher? Ele precisava pensar com calma e sempre costumava ser péssimo naquelas situações. Não adiantava contar com a filha , ela não colaborava. Constrangido , Patrick então resolveu recorrer ao tempo. Voltar atrás para relembrar quais artimanhas usou para conquistar Bela. Por mais que ele odiasse ter que pensar na ex.Ex.A palavra soou forte em sua mente. Agora se dava conta. Bela era sua ex. Mesmo que estivessem ligados pelo matrimônio, eram apenas papéis e nada poderia mudar isso.
Ela imaginou que viria algo mais , como de fato . O beijo. Um beijo doce , suave, que ela recebeu , mas com restrições. - Relaxa meu anjo! Eu gosto tanto de você. Uma mulher que conheci de um jeito inesperado, que transformou minha vida com amor, piedade, curando minha filha, fazendo com que eu melhorasse um pouquinho. Me tornei um homem melhor. Enxergo algumas coisas de outra maneira , concorda comigo? Perguntou de forma a derretê-la. - Sim. Mudou sim. E fico feliz de ter contribuído para isso direta ou indiretamente. - Então! E depois você é uma loira tão linda! Ela riu envergonhada. - Obrigada. - Se quer saber esses olhos azuis foram um dos motivos que fizeram com que eu me encantasse de logo de cara. - Olha! Sério! ? Por que não me disse antes? -
Tatá bem que tentou evitar expectativas mas elas aumentavam á medida em que se aproximavam , pois ela sabia o que Patrick pretendia ao leva-la para a cidade. Estariam lá sozinhos. O irmãozinho de Pillar passava um fim de semana na casa dos diretores do orfanato do qual Bela era dona e que Patrick o resgatou. Taele estava nervosa, suspirou fundo para evitar que o pretendente percebesse . Afinal qual saída ela tinha a não ser a de se acalmar? Não era mais uma mocinha , mas também não fazia parte dos seus planos se entregar profundamente para um homem que tinha a vida amorosa tão bagunçada quanto o pai de Pillar, a possibilidade de que ela dançasse nessa historia era enorme. Pois , se apegava muito fácil. Eles Tinham química, ela sentia uma vontade muito grande de cuidar dele , vez ou outra enxergara paixão em seu olhar, mas o futuro era incerto. Decididamente não havia