Patrick saiu do seu mundinho para dar a Pillar o apoio que sempre negou. Disposto a recuperar o tempo perdido, ele e o Doutor Oliver a acompanhavam.
- Pillar, fiz novos exames no seu cavalo. Aqui está.
A jovem , ao receber uma pasta com aquele monte de papéis , apenas folheou confusa.
- Mas eu não entendo nada! O que significa tudo isso?
- Ele continua na mesma. Eu sinto muito.
- Não!
Pillar , saiu do consultório do Doutor em disparada. Patrick fez questão de detê-la.
- Espere. Deixa ela. É o momento dela! Ela precisa! Vai por mim. Não vamos atrás. Tenho certeza de que ela não vai fazer nenhuma besteira.
O Doutor conseguiu que Patrick não a impedisse e assim , Pillar depois de atravessar os corredores da clinica correndo, chegou na ala onde Castanha estava internado e seu cavalo estava lá , estirado , parecia inerte. Ela se abraçou com o animal.
- Castanha! Reage! Eu preciso de você! Viva! Por favor!
Patrick não aguentava mais tanto sofrimento. Pediu que Taele ficasse do lado dele , mesmo depois de ter fugido dias, a loira atendeu seu pedido. Agora estavam juntos na Clinica. Ele buscava todo o conforto em um abraço e cafuné. Estava com a cabeça deitada no colo dela , em um espaço isolado do local. Onde aguardavam Pillar que simplesmente não viam mais tinha era muito tempo.
- Taele, o que vamos fazer com essa menina?
A angustia já tomando conta de si.
- A única coisa que precisamos fazer é ter paciência Patrick.
- E o quê mais?
- Por enquanto é só! Entenda. E você vai ter que aprender.
A jovem seguia assustando a todos com sua paixão desmedida pelo animal. Enumerou todas as coisas que fizeram para separa-los e não adiantou de nada. Ela não hesitaria em dar sua vida se preciso para salvá-lo e fazê-lo feliz.
Tudo poderia ter sido perfeito se ninguém se intrometesse , mas por conta daquele acidente do passado , a condenaram á infelicidade.
Ela já estava ali, sentada ao lado dele a muitas horas e começava a cochilar quando ouviu um barulho e levantou-se assustada ao visualizar um vulto.
- Morra cavalo infeliz!
Era Patrick com uma arma , prestes a apertar o gatilho.
- Papai!
Ela exclamou horrorizada , colocando-se na frente de Castanha.
- Saia Pillar!
- Não papai pelo amor de Deus! O que vai fazer?
- Eu vou matá-lo.
- Não!
- Esse cavalo infeliz já trouxe muitos problemas e isso vai ter que ter um fim.
- Não papai! Não! Abaixa essa arma. Será que não vê o quanto ele já está sofrendo ? Melhor deixar o pobrezinho em paz e matar a mim.
- Matar você?
- Sim! Eu já não estou vivendo mesmo! Eu te imploro! Por favor atire em mim!
Os gritos de Pillar abafaram toda a clinica! O primeiro a chegar onde ela e o cavalo estavam foi o Doutor Oliver. Suando , ele arregaçou as mangas da camisa e sem ter outra alternativa , deu leves tapas no rosto da moça na tentativa de acordá-la.
- Pillar! Pillar acorde!
Ela despertou assustada. Estava sonhando.
- Papai! Papai matou meu cavalo!
Sussurrou antes de desmaiar.
Ela ficou um bom tempo ali , desmaiada nos braços do Doutor Oliver , antes de recobrar a consciência.
- Papai?
Ele a levava para o rancho.
- Sim meu amor!
- Você não matou meu cavalo?
- Jamais faria isso meu amor. Jamais voltaria a cometer o mesmo erro do passado. Eu compreendi que não consegue viver sem esse bichão e resolvi que vou deixar o coitadinho viver em paz. E de mais a mais , ele não tem culpa de ser filho de quem é e o mais relevante é que a principal responsável por tudo isso , está viva!
- O que quer dizer?
- Quero dizer que se fiz tudo que fiz , foi por amor! Fiquei cego com a dor de ter perdido a mulher que eu amava ! Tudo em que eu pensava era em me vingar . Tirar a vida de quem a tirou de mim , e no final ela não estava morta! Se eu pudesse corrigir todos os erros do passado! Só quero te pedir Perdão! Perdão por tudo o que te fiz sofrer filha.
- Vai ficar tudo bem papai! Você vai ver. Meu cavalo vai melhorar , tudo vai se normalizar.
- Cara, Pillar vou te contar uma coisa! Eu não vejo a hora de acertar as minhas contas com aquela mulher , mas ela está fugindo de mim.
- Vê se não faz mais burrice nenhuma velho.
- Vai ser difícil! Mas eu vou me segurar. Por você eu prometo que vou me segurar.
Horas depois de descansada, ela tentou voltar para clinica. Teve uma vertigem muito forte e Oliver , que quis acompanhar de perto, a amparou.
- Melhor ficar por aqui mesmo Pillar.
Ele sugeriu docemente.
- Não ! Eu vou ficar perto do meu cavalo.
- Não! Não recomendo. Você teve um desmaio e não quero que passe pelo mesmo de novo.
- Mas eu vou!
O doutor suspirou, simulando uma irritação.
- Acabou essa conversa e se continuar insistindo vou pedir seu pai para te amarrar nessa cama.
- O quê? Isso é um absurdo!
Patrick os deixou a sós depois de desejar ao doutor uma boa sorte. Ambos riram.
- Calma. Senta aqui do meu lado.
Oliver propôs. Ela fez careta.
- Você é muito calmo. Não sei lidar muito bem com pessoas assim. Tatá! Ela é tranquila como você.
- Justamente assim que você também deveria ser.
- Não! Eu não! Não tenho sangue de barata !
O doutor riu.
- Hoje eu viu ficar o dia inteiro de olho em você.
- Mas para quê? Você é médico de bicho , não de gente! E depois não estou doente.
- Meu Deus ! Como é atrevida! Deveria se chamar Bela segunda!
Dessa vez ela que riu.
- Você acha que somos parecidas?
- Totalmente.
- Em que sentido?
E eles ficaram conversando até ela adormecer. Depois disso , Doutor Oliver ainda velou seu sono durante um bom tempo. Deixando-a sobre os cuidados de Patrick e Taele.
Os dias seguintes começaram a fluir luz. Enfim Castanha apresentou significativa melhora.
O pai de Pillar estava cada vez mais presente na vida dela e na de Tatá. Procurando se inteirar mais sobre o meio equino e o ambiente que fazia parte da vida da filha e também de sua futura namorada, no dia seguinte ele fez um convite totalmente inesperado para a loira. - Ei! Um dos peões acabou de me avisar que nasceu um potrinho. Que tal se for comigo conhecê-lo? Adoraria dar as boas vindas. - É sério isso? Taele perguntou , seus olhos brilharam. O rosto afogueado. - Sério. - Sim. Podemos ver ele sim. Deixa eu só reabastecer as rações, encher os cochos de feno , Tosar a Dolly ... o que mais? Ah preparar o Tigrão para receber ferraduras novas. Aí a gente vai. - Você tem mesmo que fazer tudo isso? - É pouquinha coisa. Já terminei metade. - Posso te ajudar? - Se quiser mesmo vou agradecer.
- Patrick , eu estava me sentindo pressionada.- Pressionada?- Sim! Não aguentava mais você me prendendo! Me vigiou a gravidez inteira!- Cuidei! Pelo bem da nossa filha.- Sabe que nunca gostei de me sentir podada. Meu trabalho era a minha vida. Eu amava meus cavalos. Era cuidando deles que eu me realizava e você quis tirar isso.- Eu só pensei em nós.- Patrick a culpa toda foi sua.- Espera aí! Minha?- Você não quis enxergar que eu tinha direito a minha individualidade. O fato de você me amar não te dava o direito de me querer só para você. Querido , não duvide nunca do amor que senti por você. Mas não me deixou outra alternativa.- O que foi que você disse? Espera! Será que não consegue ver que o que esta me dizendo não faz o menor sentido? Me amava e se fingiu de morta para se livrar
Na mesa , de cabeça baixa , Taele mexia no prato. Sem apetite. Intrigada , Pillar chegou para consolar. - Que foi? Perguntou com mansidão. - Eu perdi mocinha. Tatá disse simplesmente. - Perdeu? Perdeu o quê? - O Patrick. - Mas como? Pillar se alarmou. - É! Ela está lá. - Quem? - Bela! Chegou e pediu que eu deixasse ela e o marido dela a sós. - Espera aí ! Não acredito que essa mulher teve essa coragem. - Pois sim! Ela teve. - Mas meu pai não é marido dela. - Judicialmente sabemos que sim querida. - Judicialmente. Mas pode ter certeza absoluta de que ele jamais cederia aos encantos dela novamente. O pai passou anos chorando a aus
- Realmente Patrick. Você é muito egoísta.- Desculpa! Está bom? Desculpa.- Para quê pedir desculpas ? Relaxa! É a sua opinião e infelizmente, parece que vai ser para sempre. Ela desviou o olhar . Não aguentava encarar a expressão perdida do amado. Porque sim. Tinha que admitir. O amava. Patrick olhava para ela como se pedisse socorro. No momento ele estava tão inseguro e tão indefeso quanto a filha. E vê-lo assim , fazia seu coração doer.- Tatá! Me ajuda! Por favor! Me tira daqui, me tira desse lugar. Pediu agitado, naquela mania de andar em círculos , como um leão enjaulado.- Mas para onde a gente
Taele dirigia, apesar de temer fazer isso à noite não gostava, mas Patrick não estava em condições de pegar o volante. Por isso fez esse favor. Demorasse o tempo que fosse , chegariam em segurança. Mais tragédia , confusões e tensão , ela estava dispensando. - Meu Deus! Elas são muito parecidas. Patrick exclamou. - Pillar e a mãe? - Sim! Fisicamente Pillar está idêntica á Bela quando tinha essa idade. É assustador. Agora a personalidade... - É semelhante também? - Bastante. Só que aí a mãe dela é um pouquinho mais maleável. Pouca coisa. Ela perdeu a oportunidade de conviver com uma menina incrível! E eu também por consequência! Fui um burro , um verdadeiro idiota! Não dá para voltar atrás , recuperar o tempo perdido, agora é só andar para frente. E você não sabe , eu estou cada dia que passa , mais encantado pela minha filha.
- Patrick. Sei que muito provavelmente você não vai gostar, e talvez seja indelicado da minha parte perguntar esse tipo de coisa , ainda mais nesse momento , mas eu preciso saber.- É sobre Bela?- Sim. Sobre ela. O galã de meia idade suspirou aborrecido, mas como vinha de Taele , ele procurou se resignar.- Tudo bem meu amor , pode falar! Ele bem que tentou controlar , mas o tom da sua voz não saiu muito satisfeito.- Você passou maior parte desses vinte anos , guardando luto e idolatrando a imagem de uma falecida , agora que descobre que ela está viva, como estão seus sentimentos? Tendo em vista que durante todo esse tempo Bela foi o único amor da sua vida. O que sentiu? Você ainda a
Tatá bem que tentou evitar expectativas mas elas aumentavam á medida em que se aproximavam , pois ela sabia o que Patrick pretendia ao leva-la para a cidade. Estariam lá sozinhos. O irmãozinho de Pillar passava um fim de semana na casa dos diretores do orfanato do qual Bela era dona e que Patrick o resgatou. Taele estava nervosa, suspirou fundo para evitar que o pretendente percebesse . Afinal qual saída ela tinha a não ser a de se acalmar? Não era mais uma mocinha , mas também não fazia parte dos seus planos se entregar profundamente para um homem que tinha a vida amorosa tão bagunçada quanto o pai de Pillar, a possibilidade de que ela dançasse nessa historia era enorme. Pois , se apegava muito fácil. Eles Tinham química, ela sentia uma vontade muito grande de cuidar dele , vez ou outra enxergara paixão em seu olhar, mas o futuro era incerto. Decididamente não havia
Ela imaginou que viria algo mais , como de fato . O beijo. Um beijo doce , suave, que ela recebeu , mas com restrições. - Relaxa meu anjo! Eu gosto tanto de você. Uma mulher que conheci de um jeito inesperado, que transformou minha vida com amor, piedade, curando minha filha, fazendo com que eu melhorasse um pouquinho. Me tornei um homem melhor. Enxergo algumas coisas de outra maneira , concorda comigo? Perguntou de forma a derretê-la. - Sim. Mudou sim. E fico feliz de ter contribuído para isso direta ou indiretamente. - Então! E depois você é uma loira tão linda! Ela riu envergonhada. - Obrigada. - Se quer saber esses olhos azuis foram um dos motivos que fizeram com que eu me encantasse de logo de cara. - Olha! Sério! ? Por que não me disse antes? -
A expectativa dominava a todos. Bela , Vasco e Pillar fizeram o exame e tudo se confirmou . O menino era sim filho dela . Era irmão legitimo de Pillar. O fato foi muito Comemorado. O rapazinho passou pelo processo sem traumas , não tinha idade para entender nada. E como prometido , o nome de Bela nunca foi mencionado a ele.Os dias seguintes começaram a fluir luz. Enfim Castanha apresentou significativa melhora. Dentro de mais 3 dias, receberia alta. Doutor Oliver era excelente veterinário, mas era também, médico do coração, pois cuidava de Pillar como ninguém.O tempo passou. Patrick e Tatá trocaram alianças e já esperavam um bebê. Era uma menina, e se agitava bastante na barriga da mãe. A mesma se encontrava agora na arquibancada de um haras internacional , onde Pillar competia saltos , montada em Castanha. A torcida era imensa.O pai não c
Ela aceitou de bom grado. Estava tão exausta que não pôde evitar cochilar até chegar no rancho. E como naqueles livros ela despertou com um beijo , mas não na boca. Na testa. Abriu os olhos devagar , ainda sem acreditar , tentando entender o que tinha acontecido. Mas nada que a surpreendesse tanto, quanto o quê ouviria a seguir. - Chegamos? - Sim Bela adormecida! - Não acredito que dormi . - Dormiu. Você está exausta. - Exausta mas muito satisfeita em ter conseguido ajudar meu cavalo. Estou tão feliz! - Vocês são dois guerreiros. - Ele está se curando. Nada disso seria possível sem sua ajuda. Obrigada. Todas as palavras que eu possa buscar não são suficientes para expressar a minha gratidão. - Gratidão tenho eu por ter conhecido alguém tão especial quanto você. - Especial? Eu ? - Sim. Você! - E será que posso saber por que? - Mas é claro! &nbs
Alegria para o coração da mocinha rebelde que chegou na clinica e encontrou castanha de Pé! Seu coração dava pulos de alegria.- Ele está curado? Já pode ir pra a casa? Ela perguntou ansiosa ao doutor Oliver.- Não. Ainda não. Hoje começamos com a fisioterapia. Preparada para ajudar?- E o que eu posso estar fazendo?- Vou te explicar. E com muita paciência doutor Oliver explicou que Castanha poderia ter lesões secundarias , mais graves que as primeiras se ele ficasse parado na cocheira. Por isso eles o colocariam em movimento. Um movimento de constância e direcionado.- O castanha pode se lembrar que sentiu essa dor? Que sofreu esse acidente?- Sim. O cavalo &e
Patrick resolveu se afastar do haras. Não cogitava a possiblidade de conviver perto de Bela e ela estava presente demais. Portanto, ele optou por voltar ao rancho só aos sábados como no começo . O dia em que ela se ausentava. Pela primeira vez na vida ele e Pillar sentaram-se na varanda da casa de Tatá , descontraídos batiam um papo cabeça e tomavam cerveja. Algo que ele nunca imaginou vivenciar. Constrangido , ele balançou a cabeça , lamentando o tempo perdido. Por outro lado , estava completamente encantado com a filha. Ela era uma garota espetacular. Bela versão dois. Elas tinham tudo e ao mesmo tempo nada a ver e isso o deixava impressionado. Ele roubou dela o ultimo pedacinho de tira-gosto: queijo assado com jiló e pedaços de fígado. A rebelde bateu o pé , pirraçando. Ele gargalhava alto. - Assim não vale não ! - Perdeu perdeu ! Sua comilona! Achou o quê? Que eu ia deixar tudo isso para você? Comeu muito mais do que eu! Direitos tem que ser iguais.
Dois dias depois estavam eles de volta ao rancho que virou um caos sem os serviços da moça. Pillar, focada na recuperação do seu animal praticamente passara a morar na clinica e as tarefas foram deixadas de lado , mesmo porque já havia sido absorvida. No haras , corria boatos de que dona Iolanda pretendia demiti-la e assim , matar dois coelhos com uma cajadada só , como diria o ditado.Afastando Taele de seus serviços , a afastaria do rancho e também de Patrick. Assim , o caminho estaria novamente aberto para Bela tentar reconquistar os sentimentos adormecidos, restaurar o casamento falido e unir a família e viverem felizes para sempre. Algo que ocorreria em um conto de fadas , mas não na vida real. Tatá se sentia de pés e mãos atadas. Não sabia o que fazer , não sabia se o que ouvira se tratava apenas de conversas, ou se havia um fundo de verdade. Fato é
Patrick tirou umas cartas da manga e fez do filminho com Tatá uma autêntica sessão de cinema com direito a pipoca , brigadeiro. Até dividiam o mesmo cobertor. Que romântico. Eles faziam maratona de filmes de amor , daqueles bem açucarados, tanto que a caixa de lenços da moça já estava pela metade. A intenção do pai de Pillar era deixar a crush no clima e dessa vez ele apostava tudo para conseguir. Até massagem no pé o cara fazia. Apesar de que precisaria muito mais para conquistar o coração dela. Encantado e curioso ao mesmo tempo ele observava cada detalhe ďela. Como gostaria que aquela fosse a verdadeira mãe de seus filhos. Se tivesse tido na vida uma esposa como Taele , com certeza Pillar não teria crescido rebelde e vasco nunca teria sido jogado no orfanato. A loira nao teria essa coragem. Os dois filhos cativaram o amor dela , ele rogava conseguir também.
No jogo de sedução, Taele ia totalmente na contra mão das pretensões de Patrick . Naquela noite , enchendo-o de frustrações , ela resolvera dormir no quarto de Pillar. Ele estava na sala, deitado no sofá , com o travesseiro cobrindo a cabeça. Um urro abafado. Pensava em como proceder. A ansiedade , a frustração , o desejo tomavam conta. Como conquistar aquela mulher? Ele precisava pensar com calma e sempre costumava ser péssimo naquelas situações. Não adiantava contar com a filha , ela não colaborava. Constrangido , Patrick então resolveu recorrer ao tempo. Voltar atrás para relembrar quais artimanhas usou para conquistar Bela. Por mais que ele odiasse ter que pensar na ex.Ex.A palavra soou forte em sua mente. Agora se dava conta. Bela era sua ex. Mesmo que estivessem ligados pelo matrimônio, eram apenas papéis e nada poderia mudar isso.
Ela imaginou que viria algo mais , como de fato . O beijo. Um beijo doce , suave, que ela recebeu , mas com restrições. - Relaxa meu anjo! Eu gosto tanto de você. Uma mulher que conheci de um jeito inesperado, que transformou minha vida com amor, piedade, curando minha filha, fazendo com que eu melhorasse um pouquinho. Me tornei um homem melhor. Enxergo algumas coisas de outra maneira , concorda comigo? Perguntou de forma a derretê-la. - Sim. Mudou sim. E fico feliz de ter contribuído para isso direta ou indiretamente. - Então! E depois você é uma loira tão linda! Ela riu envergonhada. - Obrigada. - Se quer saber esses olhos azuis foram um dos motivos que fizeram com que eu me encantasse de logo de cara. - Olha! Sério! ? Por que não me disse antes? -
Tatá bem que tentou evitar expectativas mas elas aumentavam á medida em que se aproximavam , pois ela sabia o que Patrick pretendia ao leva-la para a cidade. Estariam lá sozinhos. O irmãozinho de Pillar passava um fim de semana na casa dos diretores do orfanato do qual Bela era dona e que Patrick o resgatou. Taele estava nervosa, suspirou fundo para evitar que o pretendente percebesse . Afinal qual saída ela tinha a não ser a de se acalmar? Não era mais uma mocinha , mas também não fazia parte dos seus planos se entregar profundamente para um homem que tinha a vida amorosa tão bagunçada quanto o pai de Pillar, a possibilidade de que ela dançasse nessa historia era enorme. Pois , se apegava muito fácil. Eles Tinham química, ela sentia uma vontade muito grande de cuidar dele , vez ou outra enxergara paixão em seu olhar, mas o futuro era incerto. Decididamente não havia