- Tudo bem com você ? Já faz um tempinho que a gente não se vê. Querendo se livrar de mim?
A senhora questionou com certo sentimento.
- Querendo me livrar de aborrecimento.
- Patrick querido! Lamento tanto sabe, não imagina o meu constrangimento ao pensar que posso estar aborrecendo você, pois eu o estimo muito, não teria como ser diferente com o homem que fez a minha filha a mulher mais feliz do mundo. O amor de vocês é tão lindo!
Ela disparou.
- Era.
A velha pigarreou envergonhada e vermelha diante da declaração de Patrick.
- Como? O que quis dizer?
- O que eu quis dizer a senhora já sabe muito bem. Sua filha está morta.
Assim, Dona Iolanda abaixou a cabeça e saiu pisando duro. Mas o cara ainda ficou com aquela conversa estranha na cabeça durante um bom tempo, até que Taele se aproximou para servir para ele e o filho , uma jarra de suco , além de estender o guarda sol afim de diminuir a sensação térmica causada pela temperatura escaldante.
- Campeão, porque não vai procurar sua irmã? Ela deve estar correndo aí pelo campo. Chama e fala que o almoço está quase pronto.
Ele queria ficar sozinho com Tatá.
- Está bem papai .
O menino obedeceu inocente.
- Senta aqui meu amor.
Ele convidou ansioso.
- O que está pretendendo hein ? Estou te achando um pouco estranho.
- É que eu tenho uma coisinha para te contar.
- Lá vem bomba.
- Credo!
- Estou falando sério. Já estou me acostumando. Anda! Desembucha.
- O quê?
Tatá sentou-se sorrindo.
- É só uma maneira de falar , desabafa.
- Promete que não vai brigar comigo?
- Não. Isso não posso te prometer.
- Vou dizer assim mesmo .
- Sou toda ouvidos.
- Tatá, sabe aquele ultimo dia que eu vim aqui? Quando me aborreci com Pillar e com o cavalo , só para variar um pouco?
- Sim. O quê que tem?
- Nossa filha não estapeou a moça atoa , você tinha toda razão. Mas eu preferi ocultar.
Tatá se emocionou ao ouvi-lo dizer nossa filha.
- O que aquela riquinha idiota fez com a minha menina?
- Ela simplesmente montou o cavalo a força.
- Como?
- Lógico que Pillar não aceitou. Ela levou uns tapas , mas antes, comeu um montão de poeira.
Patrick relatou rindo.
- O que quer dizer?
- O selvagem a derrubou sem dó nem piedade. Tatá , você precisava de ver, a cara dela ficou coberta de areia. Não sei como ela não quebrou todos os ossos do corpo. Acho que ela não volta aqui nunca mais.
- Era isso que deveria acontecer. Ela mereceu.
- Na hora fiquei nervoso , mas foi muito engraçado.
Ele seguia rindo e ela o acompanhava.
- E ainda queria culpar só o cavalo.
- Ah!
- Só isso que você tem a dizer? Não tem vergonha?
- Eu? Vergonha? De quê? Por que eu deveria ter?
- Por perseguir um animal inocente. Que só quer ser bem cuidado pela dona.
- Ah é? E eu só queria ser bem cuidado por você.
Ligeiro , Patrick puxou a moça pela cintura e fez com que ela caísse sentada em seu colo, beijando-a sem perder tempo.
Ela o abraçou emocionada e fez carinho em seus cabelos. Analisando aquele rosto lindo , para depois acaricia-lo.
- Não sei se você está merecendo isso não.
- Pelo amor de Deus , Não fala uma coisa dessas nem de brincadeira!
- Quanto drama!
- Não quer me dar mais um beijinho?
- Eu não!
- Mas por quê?
- E por que eu deveria?
- Porque eu não penso em outra coisa desde que cheguei aqui e porque você é linda e está maravilhosa hoje meu amor. Já disse isso?
Acariciando lascivamente suas coxas , ele tentava minar a resistência dela.
- E eu já disse que está na hora de ajeitar o almoço das crianças? Não quero que eles voltem e encontrem a mesa vazia.
- Perfeitamente. Tem toda razão.
Castanha recebia uma visita na calada da madrugada.
- Rapaz! Mas como você é lindo! Agora até entendo o motivo de estar causando tanto alvoroço. Também, não negou sua raça não é mesmo? Filho de quem? Do bonito! Você é espetacular! Qualquer dia desses , vamos dar uma voltinha. Ok? Bem, se me der licença , já tenho que ir , não quero que ninguém me veja. Foi um prazer conhecer você.
Dona Iolanda viajou Deu férias para todos.
Patrick amanheceu no rancho e no dia seguinte Tatá recebeu um convite especial.
- Cavalga comigo?
- Ai Pillar querida não sei, assim, eu cuido com todo carinho desses animais mas não sei se montaria.
- Vamos mamãe por favorzinho! Não vai doer nada . Eu te prometo. Vai ser divertido.
- Será meu amor?
- Vamos! Pare de ser chata! Vamos aproveitar que a velha não está aqui! Vem você vai gostar.
Ela já puxava a loira pelo braço.
- Bem e qual animal eu monto?
- Juventude ? Ou o tempestade! Ele gosta de você.
- Então vamos. Vou montar o tempestade. Patrick. Nos acompanha?
- Mas é claro que não. Jamais. Tenho pavor dessas criaturas. Você já sabe. Quanto maior a distância , melhor.
- Tudo bem já entendi. Não devia nem ter perguntado.
- Meu amor também não é motivo para ficar brava.
Ela o ignorou.
- Vem filha.
Ele riu.
- Me desculpa.
- Você é um otário.
- Eu também te amo e cuidado para não cair do cavalo. Não quero te ver machucada e você Pillar...
- Pronto! Já estava demorando.
- Nada de cavalgar sem sela. Estamos entendidos?
- Lógico.
Ela respondeu com ironia e as duas se afastaram. Patrick agora estava só.
Sozinho com seus pensamentos. Com seus medos, suas dúvidas . De repente se sentia um covarde.
Covarde por não poder dar para a filha o amor merecido , porque ela também foi uma vítima. Vítima da paixão de Bela por aqueles animais. Vítima do egoísmo dele que só sábia enxergar a própria dor da perda.
Quem teve a felicidade bruscamente interrompida? Ele
Quem foi abandonado pela mulher que jurou envelhecer de seu lado? Ele
Quem ainda depois de vinte e tantos anos ainda não se acostumara a ter os braços vazios, braços esses que aninhavam a mulher amada até o sono , isso depois de fazer amor por horas ? Ele.
E ele não pensou na dor da filha . Não pensou em ninguém.
“ Eu sou egoísta”. “eu não sei amar” “só sabia amar você Bela”
Mas queria Tatá. Queria a paz que ela representava , queria a segurança e o amor que ela entregou á sua filha. Apesar de estar ciente que não conseguiria chegar ao coração da loira sem antes conquistar o da filha e Taele já deixou isso bem claro. Estava nítido para ele. Dona Iolanda acabava de adentrar o hotel. Esperava pôr um fim nos seus problemas. Furiosa ela subiu as escadas , sem se comunicar com o pessoal da recepção e bateu no 404 . Quando a porta se abriu , ela se livrou de sua bolsa e foi logo se sentando na poltrona do quarto . Não perderia tempo. Iria direto ao assunto. - Escuta aqui sua estupida! Até quando você vai deixar o que te pertence nas mãos de estranhos ? - Estranhos? Você conhece a funcionária muito bem e sempre me mantem informada sobre ela. - Não está preocupada? - Não , não! De maneira nenhuma. - Então quer dizer que eu sou a única aqui prestando papel de idiota , lutando para que
Pillar ouviu uma movimentação muito grande quando acordou. - Levaram o castanha. Ela se antecipou. - Como sabe? - Eu sinto isso. Meu coração indomável não se engana. Tenho certeza de que minha avó cumpriu com a palavra dela . Pillar abriu a porta e saiu correndo. - Pillar! Filha espere! Tatá e Patrick a seguiam mas nada a detia. Como ela tinha imaginado, uma caminhonete estava estacionada na entrada do haras, só não contava com o estado dela. Estava toda distorcida e o eixo que ligava a cabine ao veículo soltou-se seu estado e
- Vou estar sempre. Tatá prometeu emocionada ao ver que a menina não a rejeitou com a volta da sua verdadeira mãe. Assim as duas foram embora e Patrick continuou lá parado, estático , mudo e em choque. Uma fúria assustadora tomando conta de si. Tinha medo de sofrer um infarto. As batidas do coração estavam incontroláveis e tão ensurdecedoras que ameaçavam deixa-lo louco. Será que ouviu direito? Será que aquilo não era fruto de sua imaginação? Pillar inventaria um absurdo desses? E se fosse verdade? Como ele encararia Bela? Como ele reagiria diante da mulher que foi o grande amor da sua vida? Cada vez mais descontrolado ele chutou o ar , pois estava na casa de Tatá então não poderia quebrar nada. Teria que conter seus impulsos. Ele não parava de andar para lá e para cá. A revolta a dor e a insegurança queimando seu
Patrick chegou no rancho cabisbaixo. - Bom dia loira? Tem café aí? Tatá estranhou. - Claro que sim. Vai ficar parado aí na porta? - Não! Desculpa. Ele entrou. - Bom dia. Ela estava com o coração disparado. - Minha filha? - Está dormindo. - Daqui a pouco ela tem que começar a trabalhar. - Eu sei. Nós sabemos! Todo dia ela coloca o celular para despertar. Você está bem?  
Depois do trabalho, de cuidar de todas as baias do Rancho escovar animais e alimentar , Pillar foi direto para clínica. Dessa vez o pai a acompanhou. A adorável Rebelde olhava para ele com rancor. Ele tentava se aproximar, torcendo para que não fosse tarde demais. Apesar de sempre ter sido péssimo em pedir desculpas. - Não vai querer comer nada? - Não. Ela respondeu seca. - Tem uma padaria ali do lado. Se quiser compro um lanche para você. - Pai! Não quero nada! Respondeu irritada. - Tudo bem. Quando vai poder ver seu cavalo? - Acho que hoje , mais tarde. - Ok. - Mas por que pergunta? Está interessado? Ou preocupado que ele não morra? - Pillar!
No dia seguinte Patrick deixou Pillar na clínica e logo em seguida retornou com urgência para o rancho pois precisava acertar as contas com Dona Iolanda. só ficaria tranquilo depois disso. O local onde o animal estava era amplo, iluminado e arejado. Chorando, Pillar se ajoelhou ao lado dele, mal conseguindo acreditar que aquele era o árabe selvagem que assustava a todos com seu porte e coração indomáveis. Abaixando-se ela beijava e acariciava o pêlo dele . Bela então se aproximou. - Oi meu anjo. - Oi. Pillar não conseguia enxergar aquela mulher como sua mãe. - Que tal está esse nosso campeão? - Ele parece bem. - Ficou feliz com a sua presença. Amanhã se ele continuar como está hoje , vamos começar com a dieta dele. Ontem , eu Conversei com o meu colega e combinei com ele de liberar sua visita, para ver se 
Transtornado , o homem saiu sem rumo e quando deu por si , já estava em sua casa na cidade.Uma hora. Foi o tempo máximo que ele gastou em todo o percurso. A viagem durava três. Constrangido , Patrick percebeu que toda aquela agitação estava prejudicando o filho . O pequeno estava nervoso , inquieto e até passara a responder, coisa que nunca fizera. O que o levou a começar a tomar providências, pois encarar uma segunda versão de Pillar, nem pensar. Ele não teria equilibrio emocional para tal.Enquanto isso, Taele procurava por ele em cada canto daquele rancho, em vão. Não o encontrava. Depois de hesitar por uns minutos , resolveu ligar para Pillar.- Oi meu anjo.- Oi mamãe!- Pillar querida, seu pai está aí?- Não! Hoje ele não ficou. Só me deixou aqui. Isso já deve ter umas três ho
Era 9 da noite. Pillar estava no rancho , mas sua mente estava na clinica. Saiu de lá deixando seus pensamentos e o coração todo com Castanha. Só queria seu árabe de pé! Com todo aquele glamour e espirito selvagem. Ansiava voltar a praticar saltos com ele . O animal transformou sua vida. Ela se via de repente , frente a um ser que lhe inspirou entregar um sentimento puro, uma parceria de verdade. O cavalo lhe despertara também , senso de responsabilidade. E Pillar jamais imaginou se ver mudada como estava agora. Talvez , se não fosse aquele acidente, ela até o momento ainda seria aquela jovem revoltada , rebelde , que apenas queria viver a sua vida loucamente. Sem pensar duas vezes , ela pulou da cama , pegou seu cobertor e foi procurar uma das responsáveis por muitas de suas mudanças.Sorrindo, bateu na porta do quarto de Tata.- Pode entrar filha! A porta está aberta.&nb
A expectativa dominava a todos. Bela , Vasco e Pillar fizeram o exame e tudo se confirmou . O menino era sim filho dela . Era irmão legitimo de Pillar. O fato foi muito Comemorado. O rapazinho passou pelo processo sem traumas , não tinha idade para entender nada. E como prometido , o nome de Bela nunca foi mencionado a ele.Os dias seguintes começaram a fluir luz. Enfim Castanha apresentou significativa melhora. Dentro de mais 3 dias, receberia alta. Doutor Oliver era excelente veterinário, mas era também, médico do coração, pois cuidava de Pillar como ninguém.O tempo passou. Patrick e Tatá trocaram alianças e já esperavam um bebê. Era uma menina, e se agitava bastante na barriga da mãe. A mesma se encontrava agora na arquibancada de um haras internacional , onde Pillar competia saltos , montada em Castanha. A torcida era imensa.O pai não c
Ela aceitou de bom grado. Estava tão exausta que não pôde evitar cochilar até chegar no rancho. E como naqueles livros ela despertou com um beijo , mas não na boca. Na testa. Abriu os olhos devagar , ainda sem acreditar , tentando entender o que tinha acontecido. Mas nada que a surpreendesse tanto, quanto o quê ouviria a seguir. - Chegamos? - Sim Bela adormecida! - Não acredito que dormi . - Dormiu. Você está exausta. - Exausta mas muito satisfeita em ter conseguido ajudar meu cavalo. Estou tão feliz! - Vocês são dois guerreiros. - Ele está se curando. Nada disso seria possível sem sua ajuda. Obrigada. Todas as palavras que eu possa buscar não são suficientes para expressar a minha gratidão. - Gratidão tenho eu por ter conhecido alguém tão especial quanto você. - Especial? Eu ? - Sim. Você! - E será que posso saber por que? - Mas é claro! &nbs
Alegria para o coração da mocinha rebelde que chegou na clinica e encontrou castanha de Pé! Seu coração dava pulos de alegria.- Ele está curado? Já pode ir pra a casa? Ela perguntou ansiosa ao doutor Oliver.- Não. Ainda não. Hoje começamos com a fisioterapia. Preparada para ajudar?- E o que eu posso estar fazendo?- Vou te explicar. E com muita paciência doutor Oliver explicou que Castanha poderia ter lesões secundarias , mais graves que as primeiras se ele ficasse parado na cocheira. Por isso eles o colocariam em movimento. Um movimento de constância e direcionado.- O castanha pode se lembrar que sentiu essa dor? Que sofreu esse acidente?- Sim. O cavalo &e
Patrick resolveu se afastar do haras. Não cogitava a possiblidade de conviver perto de Bela e ela estava presente demais. Portanto, ele optou por voltar ao rancho só aos sábados como no começo . O dia em que ela se ausentava. Pela primeira vez na vida ele e Pillar sentaram-se na varanda da casa de Tatá , descontraídos batiam um papo cabeça e tomavam cerveja. Algo que ele nunca imaginou vivenciar. Constrangido , ele balançou a cabeça , lamentando o tempo perdido. Por outro lado , estava completamente encantado com a filha. Ela era uma garota espetacular. Bela versão dois. Elas tinham tudo e ao mesmo tempo nada a ver e isso o deixava impressionado. Ele roubou dela o ultimo pedacinho de tira-gosto: queijo assado com jiló e pedaços de fígado. A rebelde bateu o pé , pirraçando. Ele gargalhava alto. - Assim não vale não ! - Perdeu perdeu ! Sua comilona! Achou o quê? Que eu ia deixar tudo isso para você? Comeu muito mais do que eu! Direitos tem que ser iguais.
Dois dias depois estavam eles de volta ao rancho que virou um caos sem os serviços da moça. Pillar, focada na recuperação do seu animal praticamente passara a morar na clinica e as tarefas foram deixadas de lado , mesmo porque já havia sido absorvida. No haras , corria boatos de que dona Iolanda pretendia demiti-la e assim , matar dois coelhos com uma cajadada só , como diria o ditado.Afastando Taele de seus serviços , a afastaria do rancho e também de Patrick. Assim , o caminho estaria novamente aberto para Bela tentar reconquistar os sentimentos adormecidos, restaurar o casamento falido e unir a família e viverem felizes para sempre. Algo que ocorreria em um conto de fadas , mas não na vida real. Tatá se sentia de pés e mãos atadas. Não sabia o que fazer , não sabia se o que ouvira se tratava apenas de conversas, ou se havia um fundo de verdade. Fato é
Patrick tirou umas cartas da manga e fez do filminho com Tatá uma autêntica sessão de cinema com direito a pipoca , brigadeiro. Até dividiam o mesmo cobertor. Que romântico. Eles faziam maratona de filmes de amor , daqueles bem açucarados, tanto que a caixa de lenços da moça já estava pela metade. A intenção do pai de Pillar era deixar a crush no clima e dessa vez ele apostava tudo para conseguir. Até massagem no pé o cara fazia. Apesar de que precisaria muito mais para conquistar o coração dela. Encantado e curioso ao mesmo tempo ele observava cada detalhe ďela. Como gostaria que aquela fosse a verdadeira mãe de seus filhos. Se tivesse tido na vida uma esposa como Taele , com certeza Pillar não teria crescido rebelde e vasco nunca teria sido jogado no orfanato. A loira nao teria essa coragem. Os dois filhos cativaram o amor dela , ele rogava conseguir também.
No jogo de sedução, Taele ia totalmente na contra mão das pretensões de Patrick . Naquela noite , enchendo-o de frustrações , ela resolvera dormir no quarto de Pillar. Ele estava na sala, deitado no sofá , com o travesseiro cobrindo a cabeça. Um urro abafado. Pensava em como proceder. A ansiedade , a frustração , o desejo tomavam conta. Como conquistar aquela mulher? Ele precisava pensar com calma e sempre costumava ser péssimo naquelas situações. Não adiantava contar com a filha , ela não colaborava. Constrangido , Patrick então resolveu recorrer ao tempo. Voltar atrás para relembrar quais artimanhas usou para conquistar Bela. Por mais que ele odiasse ter que pensar na ex.Ex.A palavra soou forte em sua mente. Agora se dava conta. Bela era sua ex. Mesmo que estivessem ligados pelo matrimônio, eram apenas papéis e nada poderia mudar isso.
Ela imaginou que viria algo mais , como de fato . O beijo. Um beijo doce , suave, que ela recebeu , mas com restrições. - Relaxa meu anjo! Eu gosto tanto de você. Uma mulher que conheci de um jeito inesperado, que transformou minha vida com amor, piedade, curando minha filha, fazendo com que eu melhorasse um pouquinho. Me tornei um homem melhor. Enxergo algumas coisas de outra maneira , concorda comigo? Perguntou de forma a derretê-la. - Sim. Mudou sim. E fico feliz de ter contribuído para isso direta ou indiretamente. - Então! E depois você é uma loira tão linda! Ela riu envergonhada. - Obrigada. - Se quer saber esses olhos azuis foram um dos motivos que fizeram com que eu me encantasse de logo de cara. - Olha! Sério! ? Por que não me disse antes? -
Tatá bem que tentou evitar expectativas mas elas aumentavam á medida em que se aproximavam , pois ela sabia o que Patrick pretendia ao leva-la para a cidade. Estariam lá sozinhos. O irmãozinho de Pillar passava um fim de semana na casa dos diretores do orfanato do qual Bela era dona e que Patrick o resgatou. Taele estava nervosa, suspirou fundo para evitar que o pretendente percebesse . Afinal qual saída ela tinha a não ser a de se acalmar? Não era mais uma mocinha , mas também não fazia parte dos seus planos se entregar profundamente para um homem que tinha a vida amorosa tão bagunçada quanto o pai de Pillar, a possibilidade de que ela dançasse nessa historia era enorme. Pois , se apegava muito fácil. Eles Tinham química, ela sentia uma vontade muito grande de cuidar dele , vez ou outra enxergara paixão em seu olhar, mas o futuro era incerto. Decididamente não havia