"Bom dia, gato." A voz de Xavier cortou o silêncio do opulento quarto deles. Cathleen, com as costas rígidas e os olhos desprovidos de calor, apenas suspirou — um som que parecia carregar o peso de mil palavras não ditas.Ela se levantou dos lençóis, um espectro silencioso à luz da manhã, seus movimentos desprovidos da graça que geralmente acompanhava cada ação sua. Xavier seguiu atrás dela, a distância entre eles se esticando como a corda de um arco esticado. "Gato, por favor", ele implorou, sua voz cheia de urgência. "Fale comigo, me dê um tapa por ser um idiota, grite comigo - qualquer coisa. Não suporto esse silêncio."Mas o silêncio era a sua armadura, e Cathleen manejou-o habilmente, oferecendo-lhe apenas o ombro frio da indiferença.Com a mandíbula cerrada, Xavier girou nos calcanhares e caminhou até o banheiro, com os músculos tensos sob a tensão do campo de batalha doméstico. Ele girou a torneira, deixando a água cair em cascata na banheira, o vapor subindo como fantasmas apa
A luz do sol filtrava-se pelas grandes janelas da mansão Knight, lançando longas sombras no chão de mármore polido. O aroma de café fresco e bacon escaldante emanava da cozinha enquanto a equipe se movia com eficiência praticada. Mas a opulenta sala de jantar, geralmente movimentada com a primeira refeição da manhã, permanecia silenciosa e abandonada.Com sua pontualidade habitual, o velho Sr. Knight fez sua entrada, o bater rítmico de sua bengala em staccato contra a pedra fria. Ele examinou o espaço vazio, os lábios pressionados em uma linha fina, a irritação nublando seus olhos envelhecidos. Onde diabos estava todo mundo? Ele pensou"Sr. Knight, é bom vê-lo." A voz de Dora cortou o silêncio, melosa e doce. Ela deu um passo à frente, seu sorriso vacilando sob seu olhar fulminante. O velho não lhe poupou palavras; ele não tinha tempo para cobras disfarçadas de súditos leais.O barulho dos saltos na escada chamou sua atenção. Olivia desceu com graça calculada, envolta em calor fingido
As rodas do luxuoso SUV de Xavier guincharam quando ele fez uma curva imprudente, disparando pela entrada arborizada até a casa isolada do Dr. Martin. O cascalho foi vomitado atrás dele, o ronco do motor quebrando a calma da manhã. Ele parou e, antes mesmo que a poeira baixasse, viu o Dr. Martin, uma silhueta contra a luz da varanda, o rosto marcado pela urgência."Traga-a para dentro", latiu o Dr. Martin, gesticulando bruscamente em direção à porta. "É tarde demais para ir ao hospital. Ela perdeu muito sangue."O coração de Xavier batia forte enquanto ele carregava Cathleen, sua respiração superficial e irregular, seu corpo mole em seus braços. Lá dentro, o cheiro de antissépticos o atingiu como um golpe físico. Ele seguiu o Dr. Martin até uma sala que parecia estéril e fria demais para qualquer coisa quente ou viva."Espere lá fora", ordenou o Dr. Martin, mas a resposta de Xavier foi imediata e feroz, sua voz um grunhido de desespero."Não, vou ficar com minha esposa."Os olhos do D
Dora fingiu surpresa, os olhos arregalados com falsa inocência. "Oh, me desculpe por não ter visto você", ela murmurou, os cantos de sua boca se contorcendo em um sorriso malicioso que ela rapidamente suavizou. O ar no grande corredor da opulenta mansão de Xavier parecia carregado – um campo de batalha de vontades e punhais escondidos. "Pelo menos ela está bem, certo?" Dora continuou, sua voz cheia de doçura venenosa. “Quero dizer, Cathleen não poderia ter um filho para você. Talvez você devesse se casar com a mulher que deveria ser sua esposa em primeiro lugar; por que ela iria desmaiar por causa de uma menina; talvez fosse um menino.A mandíbula de Xavier apertou, seus olhos se estreitaram em fendas geladas enquanto ele olhava para a mulher conivente diante dele. "Sra. Jackson", ele gritou, sua voz baixa e perigosa.— Sim — respondeu Dora muito apressadamente, com o coração saltando com a crença equivocada de que esta era a sua oportunidade, a sua oportunidade de empurrar a filha Av
O peso do silêncio pairava pesadamente no ar, um cobertor grosso sufocando o escritório onde o velho Sr. Knight estava sentado, com as mãos entrelaçadas como se estivesse rezando. Cada respiração que ele inspirava era uma batalha contra o crescente vício da dor. Seus olhos, geralmente penetrantes e avaliadores, agora transbordavam de uma tristeza indescritível enquanto ele contemplava o futuro vazio sem que a risada da neta ecoasse pelos corredores.Uma batida quebrou a quietude como um martelo no vidro, e a porta se abriu com um rangido. Xavier apareceu na soleira, sua presença escurecendo a sala. O velho observou-o: uma torre de controle agora em ruínas, um homem que comandou impérios, mas foi derrotado pela perda."Espero que você saiba o que está fazendo." A voz do velho Sr. Knight cortou a tensão, cada palavra como uma lâmina pontiaguda apontada diretamente para o coração de seu filho.Xavier enrijeceu, sua fachada de aço mostrando rachaduras. "Do que você está falando, pai?" A c
A luz da manhã penetrava pelas cortinas, lançando um brilho dourado na escadaria polida que Cathleen desceu com graça deliberada. Vestida com um terno feito sob medida que abraçava seu corpo esguio, ela se movia como uma pantera – elegante e equilibrada, apesar da tempestade que assolava dentro dela.Xavier estava sentado à mesa do café da manhã, com uma postura rígida, exalando uma aura de controle que desmentia a agitação que sentia. A visão de Cathleen, tão serena e tão ferozmente viva, perturbou-o. Ele a observou servir o café com as mãos que não tremiam, e sua voz traiu uma pitada de surpresa. "Você parece bem.""Bom dia para você também, Sr. Knight", ela retrucou, o tom de voz mais afiado que a faca ao lado do prato. Xavier limpou a garganta, lutando contra um desconforto desconhecido. "Bom dia, desculpe; é que você está bem.""Eu não pareço ter problemas, Sr. Knight." Cathleen respondeu, seu café tão escuro e amargo quanto a realidade que enfrentavam.Ele tentou perfurar a arma
A garganta de Xavier apertou-se e formou-se um nó que lhe prendeu a respiração enquanto observava Cathleen embalar a boneca de porcelana. Ela o balançou para frente e para trás com um olhar vago, seus dedos acariciando suavemente a superfície lisa de seu rosto.Os olhos vidrados da boneca brilhavam na penumbra do quarto opulento, lançando um brilho misterioso que combinava com o vazio do olhar de Cathleen. Era uma imitação grotesca da filha que haviam perdido. Todas as noites, desde a morte de Bella, Cathleen agarrou-se ao misterioso substituto, e a sua dor manifesta-se neste ritual assustador.Xavier queria estender a mão e destruir a ilusão, contar a Cathleen a dura realidade daquele dia fatídico. Mas o medo o impediu – medo de perder a única pista sobre o assassino que havia tirado a filha deles. E então ele permaneceu em silêncio, observando em silêncio enquanto sua esposa se retirava ainda mais em seu mundo delirante. Isso vem acontecendo desde a morte de Bella e, surpreendenteme
O sol da manhã mal havia surgido no horizonte quando o SUV preto de Xavier parou na entrada de sua ampla mansão. Ele saiu, sua forma projetando uma longa sombra no cascalho enquanto se movia com determinação em direção à imponente porta da frente. Esse retorno à luz do amanhecer havia se tornado um ritual indesejável, desde que Cathleen desmoronou sob o peso da perda, apertando uma boneca contra o peito em vez da bebê Bella.Ele entrou na sala silenciosa, onde o cheiro de café acabado de fazer pairava no ar como uma acusação velada. Cathleen estava lá, como esperado, empoleirada na beirada do sofá macio creme, que agora mais parecia um trono de julgamento. Ela tomou goles medidos de sua xícara de porcelana, os olhos fixos em algum ponto distante que só ela conseguia ver."Gato, não é o que você pensa", ele começou, a mentira com gosto amargo em sua língua, "Tive uma reunião tardia da qual precisava comparecer." Sua voz o traiu, áspera com verdades não ditas.A risada de Cathleen foi u
O olhar de Xavier fixou-se em Cathleen, um desafio ardendo em seus olhos azul-gelo. "Cat, eu gostaria de levar você para um encontro", declarou ele, sua voz era uma ordem firme que a desafiava a se opor.Ela inclinou a cabeça, um sorriso tímido brincando em seus lábios. "Mas então, Sr. Knight, não é um pouco tarde já que temos uma bolsinha para cuidar?" Seu tom estava repleto de diversão, mas ela podia sentir a seriedade subjacente de seu pedido."Deixe Bella em casa com os trabalhadores, ou traga-a junto. O que você acha?" Sua sugestão pairou entre eles, carregada de promessas não ditas.A resposta de Cathleen veio através de um sorriso e um aceno de cabeça, sutil, mas deliberado. A expressão de Xavier escureceu imediatamente. "Eu te disse que odiava acenos de cabeça", ele rosnou, o frio em sua voz causou um arrepio na espinha dela."Sr. Knight, você é apenas um Dom na masmorra, não fora da masmorra." Suas palavras eram ousadas enquanto ela esfregava creme nas pernas, cada golpe desaf
A cada passo, os saltos de Avery batiam num ritmo furioso no linóleo desgastado, ecoando pelo apartamento apertado dela e da mãe, que se tornara mais uma prisão do que um refúgio. "Mãe!" Sua voz era afiada e cortante, perfurando o ar viciado como uma faca em busca de seu alvo.Dora estava recostada em um sofá surrado, o brilho da televisão lançando sombras macabras em seu rosto. Ela tomou um gole de chá, imperturbável, uma rainha exilada em meio a paredes em ruínas. "O que é?" As palavras pingavam de desinteresse."Você realmente vai desistir do meu sonho?" As mãos trêmulas de Avery cerraram-se com força, as unhas deixando marcas em sua pele. Lágrimas escorreram por seu rosto, manchando seu rímel enquanto ela se recusava a abandonar sua ambição."Que sonho?" A sobrancelha de Dora arqueou-se, a xícara de chá nos lábios, o epítome da calma calculada. O aroma do chá quente e terroso flutuava no ar, aumentando a atmosfera serena da sala."Mãe, meu sonho de me casar com o homem mais rico d
A luz do sol penetrava na sala, uma lâmina de ouro cortando as cortinas meio fechadas. Isso atingiu os olhos de Cathleen, um lembrete agudo de que o amanhecer havia chegado sem ser convidado. Ela se mexeu, a consciência rastejando como um convidado indesejado. Seu corpo doía, uma dor deliciosa e tenra entre as coxas. Com os olhos abertos, ela esperava as linhas duras de Xavier ao seu lado - em vez disso, a respiração suave de Bella preenchia o espaço."Porra", ela murmurou. “Não havia como o que aconteceu ter sido um sonho.” A lembrança de ser fodida com força com um vibrador brilhou vividamente em sua mente, o olhar severo de Xavier observando cada gemido dela. Mas como diabos o horizonte de Nova York substituiu o brilho noturno de Miami?Seu coração disparou. A necessidade agarrou seu interior, crua e exigente. Xavier. Por que apenas um brinquedo? Sua carne era o que ela desejava. Um pau, não um maldito vibrador!Ela se levantou, cada movimento acendendo as brasas deixadas pelo fogo
A voz de Xavier cortou o ar, tão impiedosa quanto seu olhar. "Tem certeza que quer um pau dentro da sua bucetinha carente?" Seus dedos roçaram seu calor, a cabeça do vibrador pressionando insistentemente contra ela. O corpo de Cathleen respondeu com uma traição ansiosa, suas dobras se abrindo em uma súplica silenciosa."Por favor", ela conseguiu ofegar, a ponta afiada de seu desafio habitual agora entorpecida pela necessidade crua. "Pensei que você tivesse me perguntado se eu já estava pronto. Por favor, Xavier, estou pronto.""Diga-me o quanto você quer isso", Xavier exigiu, suas palavras eram uma ameaça aveludada que causou um arrepio na espinha dela.— Quero tanto isso — gemeu Cathleen, incapaz de disfarçar o desejo presente em cada sílaba. Seus quadris a traíram, buscando fricção, roçando a inflexível cabeça de silicone."Por favor, faça-o. Apenas me foda com o maldito vibrador, por favor!" As palavras saíram de seus lábios, uma cascata de rendição.A resposta de Xavier foi uma pa
A pulsação de Cathleen martelava, uma batida frenética em suas têmporas enquanto o clique de cada punho ecoava pela sala. Vinculado. Imobilizada no banco, seu corpo aberto, vulnerável. As mãos de Xavier eram meticulosas, garantindo que não houvesse folga nas correntes, nem esperança de fuga. Flashbacks daquela cena do clube invadiram seus pensamentos – a mulher algemada e espancada, o prazer contorcendo seu rosto. Aquela garota se deleitou com isso. Catleen? Ela se preparou para a humilhação."Droga", Xavier murmurou, circulando como um predador. "Você é sexy assim, Cat." Sua voz estava misturada com uma satisfação presunçosa que fez sua pele arrepiar. "Perfeitamente apresentado... só para mim."A mão dele deslizou pela espinha dela; involuntariamente, ela estremeceu. Os elos de metal clicaram – um refrão zombeteiro para seu desconforto. "Agradável ver você exibida, Cat."Ela revirou os olhos, um protesto silencioso. Controle sua respiração, ela se treinou. Não deixe que ele veja você
O elevador sinalizou sua chegada à suíte da cobertura, um sussurro metálico antes que as portas se abrissem. Cathleen saiu para uma opulência sombreada por um silêncio sinistro. O aperto de Xavier em sua mão aumentou enquanto ele a conduzia através do amplo espaço, seus passos silenciosos no tapete macio."Xavier, que lugar é esse?" A voz de Cathleen ecoou ligeiramente, revelando seu desconforto."Algo especial para você", ele murmurou, guiando-a além das habituais armadilhas de luxo até uma porta discreta no outro extremo. Ele não bateu – este era o seu domínio.Com um clique, a escuridão os cumprimentou, até que Xavier estendeu a mão e acendeu as luzes. A respiração de Cathleen engatou. Este não era um quarto; era uma sala de jogos. As paredes estavam forradas com prateleiras, uma miscelânea escura de couro e aço. No centro, o banco de palmadas assomava – uma promessa cruel sob a luz forte."Você traz suas vítimas aqui?" Suas palavras saíram mais nítidas do que o pretendido, enriquec
Xavier e Cathleen entraram em um quarto onde havia um homem curvado sobre a cama, e outro homem parecia estar lhe dando um soco. Xavier parou para observar cada cena que estava aberta para visualização, mas não havia nada em seu rosto que revelasse se ele estava interessado ou não. Ele apenas parecia atencioso e educadamente interessado a cada vez."Que espetáculo", ele murmurou, sua voz desprovida de julgamento, mas marcada por um comando tácito de atenção.A respiração de Cathleen engatou, seu coração bateu forte contra a caixa torácica. "Não posso levá-la a todas as sessões aqui", disse Xavier, virando-se para ela com um olhar que espiava através de suas defesas. "Mas acredito que você já viu o suficiente. O que você acha?"Ela engoliu em seco, as palavras grudadas como cacos em sua garganta. "Isso é muito."Seu aceno veio lentamente, deliberado. "Na minha primeira vez aqui, fiquei emocionado e curioso, embora não fosse novo nesse estilo de vida." Sua admissão pesava entre eles."Vo
Os calcanhares de Cathleen batiam no concreto polido, num ritmo staccato perdido em meio aos gemidos e tapas fortes que ecoavam pelo salão mal iluminado. Cordas de veludo criavam ilhas de libertinagem num mar de observadores ávidos. Seu olhar voou ao redor, tentando se ancorar nesta nova realidade.Ela parou perto de uma dessas ilhas. Uma mulher, com as costas arqueadas em submissão, estava sendo presa a um banco. A figura alta que a envolvia na escuridão movia-se com precisão, as tiras de couro apertadas nos pulsos e tornozelos claros, um cinto apertando a cintura. A fuga era uma fantasia aqui.Na iluminação suave, olhos verdes brilharam brevemente para Cathleen antes de desaparecerem atrás de uma venda. A mulher de preto sussurrou para seu prisioneiro, provocando um aceno de cabeça e um sorriso que parecia muito sereno para as circunstâncias. De pé, a senhora Dom notou o olhar de Cathleen. A mulher piscou para Cathleen, e isso enviou uma onda de choque pela espinha de Cathleen, um d
A pesada porta metálica se fechou, seu eco reverberando pelo corredor mal iluminado, uma finalidade arrepiante que fez a pele de Cathleen arrepiar-se de desconforto. Ao se fechar, pareceu cortar sua conexão com o mundo exterior, mergulhando-a no reino enigmático de Xavier. O som da trava deslizando para o lugar sinalizou um compromisso irrevogável com o que o esperava lá dentro.A porta em si era uma barreira formidável, sua superfície gravada com padrões intrincados que pareciam sussurrar histórias de encontros passados dentro daquelas paredes. Cada arranhão e amassado contava uma história silenciosa de segredos e desejos escondidos por trás de sua fachada imponente.Cathleen hesitou por um momento, a mão demorando-se no cabo de metal frio antes de se preparar para o que havia além. Respirando fundo, ela cruzou o limiar do desconhecido, com o coração batendo forte em antecipação ao que Xavier planejara em seguida."Foda-se", ela murmurou baixinho, quase inaudível sobre o baixo puls