Capítulo 4 Cara e Conexão de Áries

Áries segurou sua cintura, beijando seus lábios enquanto Cara estava congelada em seus braços, incapaz de pensar direito. Sua mente fica em branco, rendendo-se ao beijo exigente do estranho. 

Áries teve uma sensação inusitada. Quanto mais ele tenta parar de beijá-la e mantê-la contra a parede, mais ele não consegue parar de beijar aqueles lábios macios que parecem bem contra seus lábios.

"Beija-me de volta!" Ele exigiu, beijando os lábios nela novamente e Cara sentiu borboletas dançando em seu estômago. Foi o primeiro beijo dela. Sua fragrância masculina de madeira e especiarias a engoliu, invadindo seus sentidos, mas Cara se compôs e tentou empurrá-lo. 

"Você quer jogar duro, hein?" Ele sorriu, chupando com força seu pescoço. Cara repetidamente empurrou seu peito, mas Áries era forte demais para ela. Ele segurou seu pulso e os prendeu acima de sua cabeça. Os olhos de Cara arregalaram enquanto lutava contra ele. 

"Solte-me..." Ela abriu a boca para protestar, mas Áries foi rápido em calá-la com um beijo apaixonado, mordiscando seus lábios. Cara apertou os lábios em linha reta e Áries gemeu. Ele apertou seu seio, beliscando seu mamilo. 

Cara gemia de dor, separando os lábios e a língua dele ia direto para dentro de sua boca, explorando cada canto, chupando sua língua. Cara provou álcool e parou de se contorcer contra ele, completamente afogada no beijo sonhador. 

O telefone de Áries começou a tocar em seu bolso, mas ele ignorou. 

A consciência bateu-lhe e ela tentou libertar o pulso novamente, testando a sua paciência. Áries bufou, completamente irritado com a atitude dela, e ele a virou para a parede. Sua mão percorreu suas coxas, puxando sua saia até sua cintura, e seus dedos frios estavam intimamente próximos de seu sexo. 

Sua respiração ficou presa em sua garganta e Cara não conseguia entender por que ela não estava expressando seu protesto e apreciando seu toque. Áries segurou sua garganta, pressionando sua frente contra suas costas. Ela podia sentir seu pènis cutucando entre as bochechas de sua bunda. "Era isso que você queria, hein?" Ele sussurrou em seu ouvido, empurrando seus quadris para frente, e Cara respirou fundo.

Ela estava morrendo de medo, seu corpo tremia e, naquele momento, não desejava nada além de escapar. A mão de Áries viajou até o zíper de sua calça quando seu telefone começou a tocar novamente. Frustrado, ele pegou o celular para desligar a ligação.

A tela do celular se iluminou com o nome de Sasha, e Áries franziu as sobrancelhas. Seus olhos viajaram para a mulher e seu aperto em sua garganta se soltou. 

"Quem é você?" Perguntou, e Cara virou-se para ele. Uma luz fraca piscou ligeiramente quando alguém abriu a porta de passagem que levava ao beco e Áries viu seus olhos de avelã por uma fração de segundo antes que a porta se fechasse novamente. E ela definitivamente não era quem ele estava esperando. 

Cara rapidamente arrumou a saia e deu um passo para trás. Áries tentou pegá-la, mas ela correu para se salvar enquanto ele ficava atônito em seu lugar. O som dos saltos estalando desapareceu e seu telefone tocou pela terceira vez. 

Tirando os olhos de onde a misteriosa mulher desapareceu, Áries atendeu a ligação de Sasha. "Áries, onde você está?" 

"Onde você está? Eu falei para me seguir!" Rangeu os dentes. 

Sasha ficou confusa sobre o motivo de ter ficado tão irritado. Ela estava apenas dez minutos atrasada. "Uma garçonete derramou suco no meu vestido, tive que limpar. Eu posso ir até você agora. Onde está?" Perguntou ela, mas Áries terminou a ligação sem responder.

"Porra!" Ele gemeu, com os olhos voltados para onde a mulher saiu.

***

Cara correu na estrada vazia, certificando-se de que ninguém a seguia. Ela pegou um táxi com parte do último dinheiro que tinha e foi para seu apartamento. Ela estava suando abundantemente e sua garganta secou. 

Ela pagou a conta para o taxista e correu para seu apartamento. Suas mãos tremiam quando pegava suas chaves e elas escorregavam no chão. "Calma, você está segura!" Ela respirou fundo, enxugando o suor do rosto, e se abaixou quando uma mão a bateu. 

Um senhor vestido com um terno preto apareceu com um sorriso encantador e entregou as chaves de volta para ela. "Você está aqui de novo? Já te falei, não estou interessado em negócio nenhum! Saia das minhas costas." Ela gritou, e o homem fez um gesto para que ela baixasse a voz ou então seus vizinhos criariam uma cena. 

"Por que você não pensa melhor nisso? Estou te dando muito!" Disse e Cara revirou os olhos. 

"Não estou interessada! Meu carro é muito especial para mim e, não importa o que aconteça, nunca  concordarei com esse acordo." Cara afirmou com firmeza. 

"Vamos lá! Você nem usa o carro! Podemos nos contentar com três milhões?" Negociou o homem, mas Cara recusou a enorme quantia novamente. 

"Por que seu chefe está tão interessado no meu carro? Ele não pode comprar nenhum outro? Tenho certeza de que grandes marcas estão lançando carros caros toda semana," ela levantou uma sobrancelha e o homem ficou em silêncio. "Enfim, por favor, pare de me incomodar. Já tenho muitas coisas no dia para lidar," disse ela, abrindo a porta de sua casa.

"Boa noite!" Cara fechou a porta na cara dele. Ela respirou fundo para se acalmar e marchou até o banheiro, rapidamente juntando os cabelos em um coque bagunçado e espirrando água em seu rosto. Ao se colocar diante do espelho, seu olhar foi atraído para a marca vermelha em seu pescoço, que serviu como um lembrete do beijo apaixonado.

Ao relembrar aquele primeiro beijo no beco escuro, ela quase pôde sentir o leve toque de cigarros nos lábios do estranho. "Foi um erro! Não conta como meu primeiro beijo." 

Depois de vestir um pijama confortável e uma camiseta folgada, ela saiu do banheiro e caiu na cama.  Embora estivesse se sentindo extremamente cansada, se via constantemente distraída pelas ondas de calor de beijos que continuavam interrompendo sua linha de pensamento.

A maneira como seus braços bravios serpenteavam em torno de sua cintura, seu peito batendo contra seu peito duro, o beijo exigente forçando-a a se submeter a ele, sua mão gigante apertando seu peito, brincando com seu mamilo, seu dedo frio traçando o interior de suas coxas.  Nada estava certo, mas tudo parecia perfeito.

Cara fechou os olhos e tudo estava em loop em seu sonho, enquanto, por outro lado, Áries não conseguia tirá-la da cabeça. Os olhos de avelã eram tudo o que ele podia pensar.

***

"Ahh, porra!" Sasha gemia enquanto ele mergulhava mais forte nela por trás, e Áries gemia. Este era o terceiro round, e ainda era insaciável. Fechou os olhos, imaginando os lábios macios dos olhos de avelã enrolados em seu membro, e deixou um gemido gutural, enchendo sua camisinha, e lentamente escorregou para fora dela.

Descartando a camisinha, ele fica ao lado de Sasha. "Nossa! Isso foi outra coisa!" Disse ela enquanto recuperavam o fôlego e Áries fechava os olhos para acalmar seus nervos furiosos. Ele pensou que o sexo o ajudaria a tirar sua mente dos olhos de avelã, mas isso só aumentou sua vontade de tê-la. 

O fogo insaciável que Cara acendeu nele não morreu mesmo depois de três rodadas de sexo, e tudo o que ele conseguia pensar enquanto fodia Sasha era o beijo no beco escuro.  Ela colocou a cabeça no braço dele, se aproximando. "Por que você está tão estressado?" Seu dedo fino traçando suas mandíbulas. 

Áries sentou-se abruptamente na cama e Sasha arregalou os olhos: "O que há de errado?" 

Ele não respondeu. Tudo o que queria era respirar o ar puro. Ele vestiu as roupas de volta e Sasha sentou-se na cama observando suas ações: "Você não vai ficar esta noite?" 

Áries abotoou a camisa e calçou os sapatos. "Obrigado pela noite!" Disse ele e deixou seu apartamento. 

"Me leve para a praia," pediu ao motorista, enquanto este abria a porta do banco de trás e Áries abria a janela. Uma brisa fresca bateu em seu rosto, e ele respirou fundo. Fechou os olhos e a cena se repetiu em sua mente. 

'Foi só um beijo foda. Por que diabos estou tão afogado nisso?' Ele gritou na cabeça. "Por que esses pares de olhos de avelã são tudo o que eu poderia pensar? E o que eu vi em seus olhos apenas em um clarão de luz... medo, tristeza, desamparo... O que foi? Como essa menina causou estragos com apenas um beijo?'

O motorista parou o carro e Áries saiu. Ele estava andando na praia, observando as ondas batendo nas margens, quando seu telefone tocou, e era um daqueles homens a quem entregou uma tarefa importante. 

"Há algum desenvolvimento?" Questionou. 

"Sinto muito, mas a mulher recusou o acordo novamente!" Disse o homem do outro lado e Áries rangeu os dentes. 

"Resolva isso agora. Quero o maldito carro a qualquer custo! Basta fazê-lo, Mike! Estou perdendo a paciência."