Dez anos depois. — Por favor tio, você é meu guardião não carcereiro! — exclamou Ayla para Dimitri. Ele olhou para a jovem princesa, que insistia em cavalgar na floresta perto do castelo, contudo Dimitri sabia haver muitos ursos por ali, então ele a olhou e disse: — Não. Ela o olhou de cima enquanto ele puxava seu cavalo, como se ela não passasse de um bebê. — Está com medo dos ursos? O grande Dimitri com medo de ursos? Ele tentou não cair em sua provocação, contudo, falhou miseravelmente. — Eu mato um urso a hora que quiser princesa, o problema aqui é você, toda frágil. Ele olhou para o horizonte enquanto caminhava segurando as rédeas do cavalo, havia saído para passear pelos arredores, e estavam retornando ao castelo. Passaram-se alguns segundos em silêncio até que ela disse: — Na floresta de Nasten existe uma planta muito rara que tem um cheiro único, se chama Usti e perfuma todo o ambiente, eu a quero para mim. Dimitri a olhou, e parecia estar falando a verdade, o que
Foi um longo caminho que percorremos até o final de A Escolhida Do Alfa. Ilha do Corvo.Muitas noites em claro dando o meu melhor, e acompanhando cada comentário de vocês, todos eles foram muito importantes para mim, quero que saibam que eu me dediquei de coração nesse livro, que o apoio de vocês é essencial para mim, quero agradecer a todos que me apoiaram nessa jornada de escrita.Agradeço ao meu marido Leonardo, que foi meu pilar nessa jornada, nunca me deixou desistir, sempre me apoiando e animando com suas palavras doces, sua personalidade bondosa e posso dizer, com convicção, que você foi o primeiro a acreditar em mim e no meu trabalho.Agradeço a você por estar ao meu lado.Eu te amo.Agradeço imensamente aos meus leitores, agradeço a sua paixão, e espero que esse livro tenha despertado em vocês muitas emoções, reflexões e tenha trazido algo novo, sei que esse livro de lobisomem não é o que normalmente muitas pessoas lêem, fugindo um pouco de algumas coisas na maioria dos livros
Eu estava em um precipício, olhando impotente o homem que amava duelar pela minha mão em casamento, e perder miseravelmente, não só minha mão, mas sua vida. Meu amado Cristhofer lutava com tanto afinco contra o comandante John Chase, um homem alto e que estava perto dos 28 anos. Ele governava na ilha do Corvo que ficava ao lado de Shivia, e o motivo dele lutar pela minha mão não era amor, era por política e poder, porque eu era Helena Lancaster, irmã do rei Carlos Lancaster ll que achou divertido sediar um torneio até a morte pela minha mão. Que romântico, não?! Homens vindo de todo canto só para morrerem competindo pela chance de casar comigo. Então quando a cabeça do único homem que eu desejava que ganhasse o torneio caiu sobre a arena de luta, eu senti que era meu fim. John Chase estava nas finais do torneio pela princesa, e a plateia rugia em regozijo ao show sangrento que ele proporcionou para eles. Do alto da nossa tenda real eu olhei pela primeira vez nos olhos do homem que
Eu encarei John Chase com seu olhar negro e intimidante.Ele se curvou fazendo uma reverência repleta de cinismo, um sorriso lascivo no canto de seus lábios.— Meu comandante, não posso passear com o senhor agora, preciso comparecer ao baile. — falei, tentando ser diplomática.Ele me analisou e balançou a cabeça.— Eles vão sobreviver sem a sua presença, além do mais é só um passeio de alguns minutos, princesa. Ele não estava me dando escolha, embora suas palavras fossem polidas e seus gestos delicados, eu via em seus olhos que ele era um homem que ninguém dizia não, e pelo o que estava vendo, nem mesmo uma princesa.Eu lhe dei um sorriso amarelo e segui pelo corredor, em direção aos jardins do palácio, meus guardas me acompanharam e comandante Chase se posicionou ao meu lado, caminhando.Eu mantive minha postura altiva e os olhos fixos no caminho a frente, com minha visão periférica eu o vi me encarando, me analisando exatamente como um predador faria, e acho que era exatamente isso
John Chase me levou de volta para o salão que antes havia me impedido de entrar, em meu coração a raiva fervilhava, meu sangue queimava. Pouco antes das portas do Grande salão se abrirem ele me puxou pela cintura possessivamente diante de todos, seu toque em mim, mesmo que sobre o tecido grosso do vestido, mandou uma corrente elétrica por todo o meu corpo. Senti minhas pernas tremerem sobre o vestido e o meu coração acelerou novamente, enquanto caminhávamos por entre o salão com os olhares em nós, eu tentei me desvencilhar dele, mas ele me pressionou mais contra seu corpo. Então de repente, com um sorriso, me soltou, me deixando desconcertada com sua atitude. Com uma reverência ele se afastou, não antes de sorri com alguma piada interna. Mas que homem odioso! Quando ele se foi eu respirei fundo, ainda sentindo o toque dele em minha cintura. Essa distração não me permitiu ver a tempo outro homem se aproximando de mim, quando notei já era tarde demais. O homem era Dimitri Sidorov, o
Dimitri me segurava pelo braço em meio a luz tremula da tocha em sua mão, rapidamente descemos pelos degraus de pedra até chegar ao que parecia ser um depósito, então ele me soltou e seguiu direto para outra porta que com outra chave ele a abriu, voltou e me puxou novamente e recomeçamos a andar, dessa vez por um longo corredor cavernoso e ainda mais escuro, eu podia ouvir os insetos e os ratos passando perto de nós, e se não fosse o fato de estar sendo raptada, supostamente para o restante de todos eu estaria fugindo para casar, eu poderia me importar com os ratos correndo no escuro. Eu tentei falar com ele, tentei mesmo, obrigar minha boca a se abrir e protestar contra aquilo, mas meu corpo não me obedecia, eu era apenas uma observadora em meu próprio corpo, e isso era aterrorizante. O pânico de toda aquela situação começando a se instalar em meu coração, meu coração batendo acelerado, minhas pernas tremulas... eu queria que meu corpo reagisse e lutasse com ele, presumi que seria m
Dimitri caminhou pelo quarto e se deitou na cama, respirou profundamente e fechou os olhos. Permaneceu parado em silêncio, os olhos fechados por vários minutos enquanto eu o observava. — Então? Não quer mais fazer perguntas, princesa? — perguntou, depois do longo silencio.Eu caminhei para perto da janela, tentando manter certa distância entre nós. — Por que está me sequestrando? — Não estou te sequestrando, você está fugindo comigo porque está apaixonada. Eu o encarei frustrada. — Está bem, princesa, não precisa fazer essa cara de triste. Estou raptando você para que se torne minha esposa. — E por que não lutou pela minha mão? Só faltava um homem e você com esse dom que faz com que as pessoas te obedeçam, ele não teria chance. Ainda não é tarde para ganhar minha mão honestamente. — falei, a diplomata em mim se aflorando.Ele se sentou na cama e me encarou. — Se John Chase fosse um cara comum, princesa, com certeza eu não precisaria estar te raptando. Eu me aproximei alguns p
Eu acordei com a luz do sol queimando meu rosto, quando abri os olhos vi que estava sobre o cavalo do comandante, seus braços fortes estavam ao meu redor guiando o animal por uma estrada.— Que bom que acordou princesa. — disse ele atrás de mim.— Para onde estamos indo?— Para o palácio é claro, não se preocupe, ninguém sabe que você fugiu, sua cunhada Hera a rainha encontrou sua carta e interditou o andar do seu quarto dizendo que você pegou uma virose muito contagiosa, e que apenas a criada dela cuidaria de você, é claro que com o sumiço de Dimitri eu presumi que ele tinha sequestrado você, e isso se confirmou quando vi a guarda pessoal da rainha recebendo ordens secretas para sair em uma busca fora do palácio.Então Hera havia acobertado tudo... eu não gostava dela, mas sua atitude inteligente havia me poupado de voltar sobre grande vergonha.Então algo me incomodou.— O que ele fez comigo? ele espetou o polegar na minha nuca e desde então não consegui mais resistir a ele.— Dimitr