Ele Implorou por Amor, Mas Já Era Tarde
Durante três anos de casamento, Tatiane Silva suportou em silêncio o mesmo tormento: limpar as sujeiras deixadas pelos casos amorosos de Cristiano Pereira.
Até o dia em que, mais uma vez, precisou apagar um escândalo... E, por acaso, ouviu o riso dele na conversa, rindo com outros, zombando do próprio casamento como se fosse uma piada cruel.
Naquele instante, Tatiane percebeu que não restava mais nada dentro dela. Nem força. Nem amor.
Ela redigiu o acordo de divórcio com as próprias mãos e o colocou diante dele.
Cristiano ergueu os olhos e respondeu com a mesma frieza que a vinha matando aos poucos.
— Tatiane, na família Pereira existem viúvos... Nunca divorciados.
O destino, porém, decidiu intervir de forma impiedosa.
Num acidente inesperado, ele a viu ser engolida pelas chamas, sem poder fazer nada.
Viu o fogo devorar o corpo da mulher que nunca soubera amar, até restarem apenas cinzas diante dos próprios olhos.
E, a partir daquele momento, Tatiane desapareceu da vida dele para sempre.
Dois anos depois, ela voltou à cidade A por motivos de trabalho.
Quando Cristiano estendeu a mão, ela respondeu com um aperto leve e cortês.
Seu sorriso era sereno, a voz firme.
— Sou Tainá Oliveira, da família Oliveira de Cidade H.
Cristiano ficou imóvel.
A mulher diante dele era idêntica à esposa morta, com a mesma voz suave e o mesmo olhar tranquilo.
O homem que jurara jamais se casar novamente sentiu a razão escapar por entre os dedos.
A partir desse momento, começou uma perseguição quase obsessiva.
— Tain, você tem tempo esta noite? Vamos jantar juntos.
— Tain, este conjunto de joias ficaria perfeito em você.
— Tain... Senti sua falta.
Ela apenas sorriu, distante, como se estivesse a um mundo dali.
— Ouvi dizer que o senhor Cristiano prometeu nunca mais se casar.
Cristiano então se ajoelhou em um dos joelhos.
Tomou a mão dela e a beijou com fervor.
— Tati... Eu errei. Por favor, me dá mais uma chance?