O design da área das termas não se limitava mais ao tradicional estilo japonês. Agora, incorporava a atmosfera exótica do sudeste asiático e a sofisticação minimalista da Escandinávia.Cada espaço tinha um conceito único, como "Termas sob as Estrelas", "Termas na Floresta" e "Termas entre Campos de Flores".Para enriquecer a experiência dos hóspedes, foram adicionadas atrações interativas, como ioga aquática e um parque temático de águas termais.A proposta para a área de SPA também surpreendia: em vez de se limitar a marcas nacionais, incluía parcerias com grifes internacionais renomadas, elevando o nível do serviço e proporcionando uma experiência mais premium e diversificada.O setor gastronômico trazia uma abordagem inovadora. Além do tradicional cardápio de pratos voltados ao bem-estar, foram adicionadas iguarias locais, garantindo uma oferta mais rica e personalizada para os visitantes.Na parte da hospedagem, o sistema de automação dos quartos foi aprimorado. Cada suíte agora co
— Sr. Diego, eu… eu juro que não esperava que aquela garota… — Bruno engoliu em seco, a voz trêmula de nervosismo. — Ela não é mais a mesma de quando entrou na empresa!— Não é mais a mesma? Como assim? Fala logo! — Diego interrompeu impaciente, o desprezo evidente em seu tom. — Não foi você que disse que a tinha na palma da mão? E agora vem me dizer que não consegue lidar com uma mulher? De que diabos você me serve, então?!O estômago de Bruno revirou violentamente. Suas mãos tremiam enquanto tentava se justificar:— Sr. Diego, ela… ela mudou. Está diferente, mais forte. Eu… eu não sou páreo para ela.Ele então contou, com muitos exageros, tudo o que tinha acontecido naquela manhã. Enfatizou especialmente o golpe preciso de Alana, que o derrubou no chão sem esforço, e a humilhação que sofreu diante dos colegas de trabalho.Houve um breve silêncio antes de Diego soltar uma risada incrédula:— Um golpe? Você quer me dizer que foi jogado no chão por uma mulher?O tom de Diego era puro es
A voz grave de Juan soou do outro lado da linha, carregando um leve cansaço misturado com um toque de bom humor.Alana interrompeu o que estava fazendo e lançou um olhar para o canto inferior direito da tela do computador.— Você não está ocupado hoje? Como arranjou tempo para vir me buscar?Com um clique, abriu outro documento e passou os olhos rapidamente pelo conteúdo.— Já estava nos meus planos. — A voz de Juan soou mais suave. — Tem muita gente perigosa por aí ultimamente, fiquei preocupado de você voltar sozinha.Uma sensação quente se espalhou pelo peito de Alana. Instintivamente, roçou os dedos no lóbulo da orelha, enquanto um sorriso discreto surgia em seus lábios.— Ainda preciso ficar mais um tempo. Essa apresentação é para amanhã.— Então eu subo para te fazer companhia.E antes que ela pudesse responder, a ligação foi encerrada.— Ei, espera...Alana tentou impedir, mas só ouviu o tom de chamada encerrada. Ficou alguns segundos parada, segurando o celular, e logo depois o
Alana pegou o pedaço de pão e deu uma mordida delicada.O sabor suave do trigo, misturado a um leve toque adocicado, espalhou-se por sua boca, dissipando o cansaço do longo expediente.Juan a observava com atenção, os olhos cheios de doçura e um sorriso discreto no canto dos lábios.Os últimos raios do sol poente atravessavam a ampla janela de vidro, banhando seu rosto anguloso com uma tonalidade dourada, realçando ainda mais seus traços marcantes. O perfume amadeirado que emanava dele, misturado ao aroma do café recém-preparado, criava uma combinação envolvente.O porte firme, os ombros largos e a postura imponente exalavam a presença inconfundível de um homem maduro.— Você comprou isso ali em baixo?Alana engoliu o pedaço de pão e ergueu o olhar para Juan, surpresa.Ele assentiu, e um brilho caloroso passou por seu olhar profundo:— Eu ia subir direto, mas vi que ainda tinha gente no escritório. Achei que você poderia ficar desconfortável, então desci para comprar café e pão. Imagin
Alana recostou-se no banco do carro:— A essa hora, vamos para onde?— Um amigo meu tem uma pista de corrida particular aqui na serra. Que tal darmos uma volta? — Juan girou o volante com destreza. — A vista lá de cima é incrível à noite. Dá para ver a cidade inteira.Ela piscou, surpresa. Logo depois, seus olhos brilharam com uma empolgação inesperada.— Corrida? Sério? — Ela se endireitou no banco. — Eu costumava correr muito na época da faculdade. Depois que comecei a trabalhar, quase não tive mais tempo.— Então hoje é o dia perfeito para reviver essa sensação.Juan sorriu e pressionou um pouco mais o acelerador. O carro deslizou suavemente pela estrada sinuosa que levava ao topo da montanha.A brisa noturna entrava pela janela entreaberta, trazendo o ar fresco das colinas e dissipando o cansaço do dia.Pouco tempo depois, o Maybach preto estacionou com precisão no pátio da pista de corrida.Juan saiu primeiro, contornou o carro e abriu a porta para Alana com um gesto natural de ca
Alana, ainda tonta pelo álcool, apoiou-se no peito de Juan. Sua respiração quente, misturada ao leve aroma da bebida, roçava contra a pele dele.Ela ergueu a mão devagar e, com os dedos suaves, traçou pequenos círculos na camisa dele antes de cutucar seu peito:— Juan… por que você é tão alto assim?Os olhos de Juan escureceram ligeiramente, sua garganta se movendo com um engolir discreto. Sua voz saiu baixa e rouca:— Você está bêbada.— Eu não estou bêbada!Alana protestou com um biquinho manhoso e, sem aviso, passou os braços ao redor do pescoço dele, pendurando-se como se fosse a coisa mais natural do mundo.— Estou completamente lúcida! Só… só estou achando você bonito demais.Ela ergueu o rosto, e seus olhos brilhosos e levemente enevoados encontraram os dele. As bochechas coradas e a ponta dos olhos avermelhada a faziam parecer um pêssego maduro—doce, vulnerável, irresistível.Juan sentiu uma onda de calor percorrer seu corpo. Um arrepio subiu por sua espinha, e ele precisou con
Na manhã seguinte, Alana foi despertada pelo barulho estridente do despertador. Esfregou os olhos sonolentos e estendeu a mão para o outro lado da cama, mas só encontrou o vazio.Juan não havia voltado para casa na noite anterior. Seu olhar carregava uma sombra de emoções indecifráveis.Empurrou as cobertas para o lado, sentindo o frio do chão sob os pés descalços enquanto caminhava até o guarda-roupa. Pegou uma blusa de tricô bege e uma calça pantalona preta sem pensar muito.Depois de se arrumar e tomar um café da manhã rápido, saiu de casa apressada.Ao chegar na empresa, dirigiu-se diretamente ao seu posto de trabalho, ligou o computador e começou a resolver suas pendências. No entanto, por mais que tentasse, sua mente insistia em vagar.As imagens de Juan atendendo o telefone na noite anterior, com aquela expressão fria, e da maneira apressada como ele saiu, não saíam de sua cabeça.Suspirando, Alana preparou uma xícara de café quente, esperando que a bebida lhe trouxesse de volta
Ao ouvir aquelas palavras, o rosto de Alana se fechou instantaneamente.Ela encarou Diego de frente, seu olhar afiado como uma lâmina:— Diego, vê se lava essa boca antes de falar comigo! Minha vida não te diz respeito. Se estou bem ou mal, isso é mérito meu, e você não tem o direito de meter o nariz onde não foi chamado.Diego ficou sem reação por um instante, mas logo recuperou o tom arrogante de sempre:— E que mérito você tem, Alana? Você não passa de um nada! Sem mim, você não é ninguém, uma completa inútil!As palavras venenosas dele não a abalaram nem um pouco.Há muito tempo, Alana havia enxergado a verdadeira face de Diego: um homem mesquinho, egocêntrico e patético.Um dia, ela acreditou que ele era sua salvação, sua luz no fim do túnel.Mas no final, ele não passava de um tirano que queria controlá-la como se fosse um simples brinquedo.— Diego. — Ela falou devagar, sua voz firme e implacável. — Três anos atrás, eu era uma tola por ter me apaixonado por você. Mas agora, esto
Juan girou nos calcanhares e saiu apressado do prédio. Ele pegou o celular e ligou para Edgar:— Verifique as câmeras de segurança do estacionamento subterrâneo do Grupo Alves. Quero saber onde está a Alana.Edgar ouviu a ordem direta e urgente do chefe e, sem questionar, desligou na mesma hora para começar a buscar as imagens.Enquanto isso, Juan não perdeu tempo. Seus lábios estavam cerrados em uma linha dura, e suas sobrancelhas franzidas mostravam toda a tensão que consumia seu corpo. Ele abriu o notebook que carregava no carro e começou a rastrear a localização do celular de Alana.Poucos minutos depois, o celular tocou. Era Edgar, com as informações.— Presidente, eu encontrei. A Srta. Alana foi levada por algumas pessoas. A localização atual é...Antes que Edgar pudesse terminar, Juan completou com um tom grave e frio:— Armazém no subúrbio oeste. Leve a polícia para lá. Estou a caminho.Sem esperar resposta, Juan encerrou a ligação.Edgar ficou em silêncio por alguns segundos,
Alana analisou o ambiente ao seu redor e logo compreendeu: ela havia sido sequestrada.Passou rapidamente pela mente quem poderia estar por trás disso. Não eram muitas pessoas, podia contar nos dedos de uma mão.Quando Bruno apareceu diante dela, os olhos de Alana brilharam com uma expressão de "eu já sabia". Ela o encarou com um olhar calmo, como se estivesse diante de um palhaço de circo.Bruno percebeu o desprezo no olhar de Alana e, irritado, segurou o queixo dela com força. Sua voz saiu baixa e ameaçadora:— Que olhar é esse? Está tentando me intimidar? Fale agora!Alana soltou um som de desdém pelo nariz, inclinando levemente a cabeça enquanto indicava com os olhos que sua boca estava coberta pelo pano.Foi então que Iva se aproximou e arrancou o pano da boca de Alana, com um sorriso de triunfo no rosto:— E aí, cadê aquela sua pose toda da sala de reuniões agora?Iva aproveitou o momento para dar dois tapinhas na bochecha de Alana, com um sorriso sarcástico.Alana cuspiu no chão
Por coincidência, Diego já vinha pressionando Bruno para encontrar uma forma de derrubar Alana. Ele estava apenas esperando uma oportunidade, e agora parecia que ela tinha surgido.Bruno, depois de acalmar a ainda soluçante Iva, afastou-se e foi até um canto para ligar para Diego.Iva, observando os movimentos de Bruno, teve um brilho sombrio no olhar. Ela sempre soube que Bruno não era tão ousado sozinho. Por trás dele, não estava apenas Srta. Liz, mas também o poderoso Sr. Diego. Se Diego entrasse em ação, Alana certamente não teria como escapar dessa vez.Na outra ponta da linha, Diego viu o nome de Bruno aparecer na tela do celular e sentiu um misto de tédio e irritação.Ao ver a ligação, ele lembrou-se de sua frustração recente: ainda não havia encontrado a filha do meio da família Alves. Desde aquele breve encontro na recepção da empresa, ela parecia ter desaparecido. E agora, com Bruno ligando, seu humor só piorou.Diego atendeu o telefone com uma voz carregada de desdém:— Inút
Iva foi jogada para fora da empresa, bem na porta de entrada. Um grupo de seguranças a empurrou sem qualquer cerimônia.Na recepção, os funcionários espiavam discretamente, curiosos para entender o que estava acontecendo. Afinal, era a primeira vez que viam uma cena tão humilhante.Logo em seguida, os seguranças lançaram os pertences de Iva sobre ela.— Pode ir embora. E é melhor não aparecer mais por aqui. — Disse um dos seguranças, sacudindo as mãos como quem se livra de algo sujo.Ele virou as costas com uma expressão de desprezo e foi embora, visivelmente satisfeito. Aquelas eram ordens diretas do gerente, e ele estava apenas cumprindo.Para os seguranças, Iva era, sem dúvida, a pessoa que teve a saída mais vergonhosa que já haviam presenciado em anos de trabalho.Iva ergueu o olhar e viu as recepcionistas observando a cena. Elas tinham um misto de curiosidade e sarcasmo nos olhos, o que fez Iva morder os lábios com força. Ela apertou os punhos, e em seu coração, prometeu que jamai
— Por favor, me perdoe, Srta. Alana! Eu realmente errei, prometo que nunca mais vou fazer isso!— Nunca mais? — Alana estreitou os olhos, sua expressão carregando um toque de ironia e frieza.Ela ouviu as súplicas de Iva sem qualquer comoção. Alana não era do tipo que tinha pena de pessoas como ela. Não era uma santa nem alguém que perdoava com facilidade. Se não estivesse preparada para o que aconteceu hoje, provavelmente teria sido derrotada. E se, no lugar dela, fosse um estagiário recém-contratado? A carreira de alguém assim teria sido destruída antes mesmo de começar.Ao pensar nisso, os olhos de Alana brilharam com um frio cortante.Iva, percebendo o olhar, sacudiu a cabeça rapidamente, tentando se justificar:— Não, não, Srta. Alana! Foi só desta vez, eu juro! Nunca mais vou fazer algo assim!Ela chorava copiosamente, com lágrimas e ranho escorrendo pelo rosto. Mas ninguém no ambiente parecia sequer cogitar interceder por ela. Ficava evidente que, no dia a dia, Iva não era uma p
— Hah, pura encenação. — Zombou Iva, incapaz de conter o desprezo na voz. — Quero só ver o que você vai mostrar.Alana ignorou completamente o comentário. Ela continuou manipulando o computador, abrindo o PPT. Na tela, surgiu um novo projeto, completamente reformulado. Era um plano muito mais detalhado, bem estruturado, e com um diferencial que ninguém esperava: as parcerias com celebridades já estavam confirmadas.A voz fria e firme de Alana ecoou pela sala:— O que Iva tem em mãos é apenas a primeira versão do meu projeto. Mas o que vocês estão vendo agora é o meu plano final. Percebi que a proposta de focar apenas no mercado de luxo era limitada. Então, incluí um conceito mais abrangente, que também atende famílias, tornando o projeto muito mais viável e acessível. Quanto à parceria de alto luxo, eu já avancei nas negociações com eles e estamos em pleno andamento.Assim que Alana terminou de falar, uma salva de palmas preencheu a sala. Todos se levantaram para aplaudi-la, dessa vez
Após soltar Iva com um movimento brusco, Alana, com toda a elegância, tirou uma toalhinha umedecida de sua bolsa e começou a limpar os dedos, um por um. O gesto, carregado de desprezo, fez o sangue de Iva ferver ainda mais.Assim que conseguiu regular a respiração, Iva avançou para encarar Alana, gritando:— Alana, sua vadia! Como você ousa? Isso não vai ficar assim!A raiva consumia completamente a mente de Iva. Ela parecia ter apagado da memória o fato de que fora ela quem havia plagiado o trabalho de Alana.Mas, antes que pudesse se aproximar, o Diretor de Projetos deu um passo à frente e segurou o braço de Iva, tentando contê-la:— Já chega, Iva. Somos todos colegas aqui, não adianta criar esse clima desconfortável. Quem sabe Alana não tenha lá seus motivos para agir assim?Ao ouvir essas palavras, muitos dos presentes trocaram olhares desconfiados. O tom do Diretor era estranho, quase conivente. Alana, por sua vez, respondeu em um tom calmo, mas carregado de intenção:— Claro que
— Porque você simplesmente não está à altura desse projeto.Alana levantou-se lentamente, o rosto delicado carregando uma expressão de indiferença absoluta. Ela observava Iva se agitar de um lado para o outro como se estivesse assistindo a um pequeno espetáculo de circo, com a protagonista sendo uma palhaça desengonçada.Iva cerrou os punhos, o rosto ruborizado de indignação:— O que você quer dizer com isso?Em seguida, os traços de Iva se tornaram sombrios e distorcidos:— Não me diga que está com inveja da minha ideia, Alana. É isso, não é? Você é tão mesquinha!Quando viu Alana se levantar, Iva sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Por um breve instante, foi dominada pelo medo. Mas, no momento seguinte, lembrou-se de que já havia transferido todos os arquivos de Alana para si e ainda tinha sido a primeira a apresentar o projeto.Para Iva, pouco importava o que Alana achava ou sentia. Afinal, quem falava primeiro sempre levava a melhor.O Diretor de Projetos, que até então apena
Alana não disse nada. Ela apoiou o queixo com a mão direita e olhou para Iva com um ar de preguiça. De vez em quando, levantava os olhos, tal qual um gato persa preguiçoso, exalando uma elegância natural e um desinteresse despreocupado.Iva observou atentamente a expressão de Alana. Ao perceber aquele jeito tão indiferente, ela não conseguiu conter a raiva e apertou os punhos com força.“Certo, Alana. Sua desgraçada. Fique aí se achando agora. Daqui a pouco, eu quero ver você sem palavras. Quero só ver, sem esse projeto, o que você ainda vale diante do director.”Iva caminhou confiante até a frente da sala, com o queixo levemente erguido, como um galo indo para a batalha, cheia de arrogância e determinação.Alana achou aquilo tudo extremamente divertido.Quando Iva conectou o pen drive ao computador e começou a exibir o conteúdo do projeto, os olhos de Alana brilharam por um breve momento, como se ela tivesse acabado de desvendar um mistério.Claro, era exatamente isso. Iva havia rouba