No jantar, chegou uma visitante à mansão.Era uma jovem com longos cabelos ondulados e grandes olhos, parecendo elegante e bonita.Ela era a filha adotiva de Melissa.A mãe de Viviane era uma grande amiga de Melissa, mas faleceu e deixou Viviane em dificuldades financeiras, então Melissa a adotou, e agora viviam juntas.Ao ver Luiza, Viviane perguntou: — Sra. Melissa, esta é a Luiza, a filha da Fabiana?— Sim. — Melissa assentiu, apresentando Luiza a Viviane assim. — Luiza, esta é minha filha adotiva, Viviane Santos. Você deve a chamar de tia.— Tia. Luiza olhou para Viviane, que aparentava ter uns 26 anos, apenas dois anos mais velha que ela.À noite, Viviane trouxe um copo de leite para Luiza.Luiza saiu do banheiro, segurando o estômago. Ultimamente, não sabia o que estava acontecendo, seu estômago não estava muito bem desde que chegou às Américas.Ao ver Viviane, ela ficou surpresa. — Tia, o que você está fazendo aqui?— Eu trouxe um copo de leite para você. — Os olhos de Vivian
Atualmente, seu pai o considerava o próximo herdeiro e procurava por toda parte uma jovem adequada para ele. Na verdade, ele já havia planejado isso havia muito tempo. Ele trouxe Luiza de volta porque era hora do seu casamento arranjado. Agora que ele era o herdeiro designado dos Pires, se casar com Luiza estava mais do que garantido.— Você! — Viviane mostrava descontentamento. — Você não planejava se casar comigo? O quê? Você acha que eu não sou boa o suficiente para você?— Meu coração já pertence a outra pessoa. — Disse Theo, alto o suficiente para as duas no andar de cima ouvirem.— Outra pessoa? Não será minha sobrinha, né? — Viviane perguntou.Ao ouvir isso, Luiza, que estava parada no corredor, sentiu seus cílios tremerem.Mas Theo não respondeu, apenas disse calmamente:— Isso não tem nada a ver com você.— Como não tem a ver? Eu quase me tornei sua noiva, é claro que eu quero saber de quem você gosta. — Viviane insistia em descobrir a verdade.Finalmente Melissa, no corredor
Ao ouvir isso, todos ficaram chocados e olharam para o rosto de Luiza.Ela também estava perplexa, mas a situação dela realmente lembrava um pouco a gravidez anterior. Ela pensou por um momento e disse: — Minha menstruação nunca foi regular. Às vezes vem a cada dois meses, às vezes a cada três meses.— Parece que você está grávida. Que tal fazermos um exame de sangue para confirmar? — Sugeriu o médico.O próximo passo foi esperar pelo resultado do exame.Cerca de meia hora depois, o relatório saiu, confirmando uma gravidez de 12 semanas.Ela estava grávida havia três meses!Não apenas Melissa, mas até Theo ficou chocado. Ele não esperava que Luiza estivesse esperando um filho de Miguel!— De quem é esse filho? — Viviane perguntou, surpresa, mostrando desdém em seguida. Segundo a lei americana, era proibido abortar um filho, então ela teria que dar à luz aqui, independentemente do que acontecesse.Luiza ficou pálida, prestes a responder, quando Theo se adiantou e admitiu: — É meu fil
Quatro anos depois.Luiza estava morando temporariamente na Europa.A marca Luminar Joias já tinha se expandido para a Europa.Nos últimos anos, Luiza esteve ocupada expandindo seus negócios, com o Grupo Santos Internacional a apoiando.Assim, ela se afastou cada vez mais de casa, focando toda sua energia na carreira, e agora era uma designer renomada.Quanto ao filho.Ele já tinha três anos, um menino chamado Felipe, apelidado de Felipinho.Depois de se mudar para a Europa, Luiza trouxe Felipinho para morar com ela, enquanto era cuidado diariamente por sua assistente Diana.Quanto a Theo, ele se tornou seu noivo.Naquele ano em que ela deu à luz Felipinho, houve complicações com uma hemorragia grave, colocando sua vida em risco.Foi Theo quem lutou com todas as suas forças para a salvar.Segundo o que sua avó disse na época, os médicos já tinham declarado Luiza em estado crítico, mas aquele homem se recusou a aceitar, convocando todos os médicos próximos para juntos resgatarem Luiza b
Theo estava um pouco desapontado, mas não pressionou Luiza. Apenas pediu para ela ter cuidado no caminho de volta.De volta em casa, Luiza abriu a porta e viu vários modelos de aviões voando, cada um equipado com um alto-falante que transmitia a voz infantil e adorável de seu filho: — Essa não é a famosa designer Luiza? Voltou tão cedo hoje, que visita rara.Luiza tentou se redimir: — Desculpe, Felipinho. Eu sei que tenho estado ocupada ultimamente e te ignorei um pouco. Mas é porque estamos prestes a lançar novos produtos e tenho estado muito ocupada. Me desculpe.Ao ouvir sua mãe pedir desculpas, o menino na caixa de som finalmente a perdoou, resmungou um pouco e controlou o avião para voar mais baixo na frente dela. — Como você está sendo sincera ao se desculpar, vou te oferecer morangos.Um pequeno pacote de morangos estava pendurado no avião.Luiza sorriu e pegou um morango, o colocando na boca. — Que doce! Mas querido, não podemos nos atrasar mais. Sua avó não está se sen
Luiza ficou paralisada, mãos e pés rígidos, a garganta seca... Mas o que mais a apavorava agora era que Miguel pudesse reconhecer Felipinho. Estavam vivendo bem no exterior, eram ricos, livres. Theo nunca a pressionou, Luiza não quis mais voltar ao país com ele... Mas Miguel parecia não a reconhecer. Passou ao lado dela sem nem sequer olhar. Luiza permaneceu imóvel por um bom tempo, até que o homem se afastou. Ainda estava atordoada...— Luiza.Alguém tocou seu ombro. Luiza deu um grito assustado, quase caindo. Felizmente, o homem a segurou pela cintura, a impedindo de cair.— O que aconteceu? Por que está tão assustada? — Theo a segurou, olhando ao redor.Luiza estava pálida, olhando na direção onde Miguel estava. Ele já não estava mais lá. Luiza nem sabia se o que acabava de ver era real ou apenas sua imaginação. Respirou fundo, acariciando o peito para acalmar seu coração.— Mamãe! Tio Theo!A voz de Felipinho ecoou ao longe. Theo virou a cabeça e viu o adorável Felipinho, qu
Luiza se sentia um pouco culpada.Sua avó já estava tão velha, e ela precisava esperar Luiza voltar para fazer a cirurgia. Luiza se sentia muito pouco filial.— Dessa vez, você não vai embora, certo? — Perguntou a avó para Luiza.Luiza sorriu e respondeu: — Vou ficar um tempo na América.Ela planejava esperar a avó se recuperar antes de voltar.Enquanto conversavam ao lado da cama, Viviane de repente falou baixinho: — Por que sinto que o Felipinho não se parece em nada com o Theo?Viviane observou por um tempo e continuou achando que eles dois não eram parecidos.Depois que ela falou, todos ficaram em silêncio.Viviane virou para olhar para Melissa e quebrou o silêncio novamente: — Não é mesmo, madrinha? Olhe, os três juntos, o Felipinho parece um pouco com a Luiza, mas não se parece em nada com o Theo.Melissa riu e disse: — Talvez o Felipinho se pareça com a mãe.— Mas também não parece muito com a mãe, só o lábio e o queixo se parecem um pouco, mas os olhos e o formato do rosto
Melissa perguntou de repente.Já fazia muito tempo desde que alguém mencionou Miguel.Aquilo era uma ferida em seu coração.Inicialmente, ela costumava pensar nele com frequência, mas se esforçava para ignorar, reprimindo suas emoções.Com o tempo, ele se tornou alguém que ela guardava no fundo do coração e não queria mais mencionar.Luiza baixou os olhos e disse suavemente: — Ele é uma pessoa muito boa, mas simplesmente não é compatível comigo. Não conseguimos ficar juntos.Luiza não quis dizer mais nada.Melissa suspirou. — Luiza, já que isso é passado, deixe para lá. O menino está crescendo e precisa de um pai. Eu estou envelhecendo e minha saúde não é mais a mesma. Antes de partir, quero ver você se casar com Theo...Luiza não respondeu, apenas disse: — Vovó, não pense bobagens. Você vai viver muitos anos ainda.Melissa não disse mais nada, apenas: — Pense bem, porque você está adiando o casamento. A família Pires está até tentando arranjar encontros para o Theo.Luiza cobriu M
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que