Quatro anos depois.Luiza estava morando temporariamente na Europa.A marca Luminar Joias já tinha se expandido para a Europa.Nos últimos anos, Luiza esteve ocupada expandindo seus negócios, com o Grupo Santos Internacional a apoiando.Assim, ela se afastou cada vez mais de casa, focando toda sua energia na carreira, e agora era uma designer renomada.Quanto ao filho.Ele já tinha três anos, um menino chamado Felipe, apelidado de Felipinho.Depois de se mudar para a Europa, Luiza trouxe Felipinho para morar com ela, enquanto era cuidado diariamente por sua assistente Diana.Quanto a Theo, ele se tornou seu noivo.Naquele ano em que ela deu à luz Felipinho, houve complicações com uma hemorragia grave, colocando sua vida em risco.Foi Theo quem lutou com todas as suas forças para a salvar.Segundo o que sua avó disse na época, os médicos já tinham declarado Luiza em estado crítico, mas aquele homem se recusou a aceitar, convocando todos os médicos próximos para juntos resgatarem Luiza b
Theo estava um pouco desapontado, mas não pressionou Luiza. Apenas pediu para ela ter cuidado no caminho de volta.De volta em casa, Luiza abriu a porta e viu vários modelos de aviões voando, cada um equipado com um alto-falante que transmitia a voz infantil e adorável de seu filho: — Essa não é a famosa designer Luiza? Voltou tão cedo hoje, que visita rara.Luiza tentou se redimir: — Desculpe, Felipinho. Eu sei que tenho estado ocupada ultimamente e te ignorei um pouco. Mas é porque estamos prestes a lançar novos produtos e tenho estado muito ocupada. Me desculpe.Ao ouvir sua mãe pedir desculpas, o menino na caixa de som finalmente a perdoou, resmungou um pouco e controlou o avião para voar mais baixo na frente dela. — Como você está sendo sincera ao se desculpar, vou te oferecer morangos.Um pequeno pacote de morangos estava pendurado no avião.Luiza sorriu e pegou um morango, o colocando na boca. — Que doce! Mas querido, não podemos nos atrasar mais. Sua avó não está se sen
Luiza ficou paralisada, mãos e pés rígidos, a garganta seca... Mas o que mais a apavorava agora era que Miguel pudesse reconhecer Felipinho. Estavam vivendo bem no exterior, eram ricos, livres. Theo nunca a pressionou, Luiza não quis mais voltar ao país com ele... Mas Miguel parecia não a reconhecer. Passou ao lado dela sem nem sequer olhar. Luiza permaneceu imóvel por um bom tempo, até que o homem se afastou. Ainda estava atordoada...— Luiza.Alguém tocou seu ombro. Luiza deu um grito assustado, quase caindo. Felizmente, o homem a segurou pela cintura, a impedindo de cair.— O que aconteceu? Por que está tão assustada? — Theo a segurou, olhando ao redor.Luiza estava pálida, olhando na direção onde Miguel estava. Ele já não estava mais lá. Luiza nem sabia se o que acabava de ver era real ou apenas sua imaginação. Respirou fundo, acariciando o peito para acalmar seu coração.— Mamãe! Tio Theo!A voz de Felipinho ecoou ao longe. Theo virou a cabeça e viu o adorável Felipinho, qu
Luiza se sentia um pouco culpada.Sua avó já estava tão velha, e ela precisava esperar Luiza voltar para fazer a cirurgia. Luiza se sentia muito pouco filial.— Dessa vez, você não vai embora, certo? — Perguntou a avó para Luiza.Luiza sorriu e respondeu: — Vou ficar um tempo na América.Ela planejava esperar a avó se recuperar antes de voltar.Enquanto conversavam ao lado da cama, Viviane de repente falou baixinho: — Por que sinto que o Felipinho não se parece em nada com o Theo?Viviane observou por um tempo e continuou achando que eles dois não eram parecidos.Depois que ela falou, todos ficaram em silêncio.Viviane virou para olhar para Melissa e quebrou o silêncio novamente: — Não é mesmo, madrinha? Olhe, os três juntos, o Felipinho parece um pouco com a Luiza, mas não se parece em nada com o Theo.Melissa riu e disse: — Talvez o Felipinho se pareça com a mãe.— Mas também não parece muito com a mãe, só o lábio e o queixo se parecem um pouco, mas os olhos e o formato do rosto
Melissa perguntou de repente.Já fazia muito tempo desde que alguém mencionou Miguel.Aquilo era uma ferida em seu coração.Inicialmente, ela costumava pensar nele com frequência, mas se esforçava para ignorar, reprimindo suas emoções.Com o tempo, ele se tornou alguém que ela guardava no fundo do coração e não queria mais mencionar.Luiza baixou os olhos e disse suavemente: — Ele é uma pessoa muito boa, mas simplesmente não é compatível comigo. Não conseguimos ficar juntos.Luiza não quis dizer mais nada.Melissa suspirou. — Luiza, já que isso é passado, deixe para lá. O menino está crescendo e precisa de um pai. Eu estou envelhecendo e minha saúde não é mais a mesma. Antes de partir, quero ver você se casar com Theo...Luiza não respondeu, apenas disse: — Vovó, não pense bobagens. Você vai viver muitos anos ainda.Melissa não disse mais nada, apenas: — Pense bem, porque você está adiando o casamento. A família Pires está até tentando arranjar encontros para o Theo.Luiza cobriu M
Luiza estava prestes a dizer que não era nada, mas Felipinho falou primeiro:— Tio Theo, a Viviane disse que sou um bastardo, e minha mãe estava prestes a dar uma lição nela.Ao ouvir isso, os olhos de Theo se obscureceram. Ele deu um passo à frente até ficar de frente para Viviane, olhando ela de cima:— Você disse que o Felipinho é um bastardo?Viviane ficou pálida e não ousou falar.Atualmente, Theo estava no comando de toda a família Pires e ajudava Melissa a gerenciar a empresa, sendo o novo rico mais cobiçado das Américas.Ele já não era o mesmo de quatro anos atrás, não era mais o filho secundário e insignificante da família Pires.Diziam que o Sr. Francisco da família Pires já tinha sido derrotado por ele e foi mandado para o País R, onde cuidava de uma filial pouco importante.Agora, quem mandava na família Pires era Theo, que já tinha o poder em suas mãos e não era alguém fácil de se lidar.— Eu só estava falando, e além disso... — Viviane sussurrou como um mosquito.Felipinh
Prendendo a respiração, ela lentamente soltou uma frase.— Desculpe, Theozinho.— Luiza, você tem algum bloqueio psicológico? — Theo olhou para ela por um longo tempo e de repente perguntou.Luiza abaixou os olhos, com uma expressão preocupada entre as sobrancelhas.— Eu não sei.— É porque ele te forçou no passado, e agora você tem dificuldade em aceitar relações íntimas? — Theo se sentou, sua voz suave ecoando sobre sua cabeça.Luiza cobriu o rosto e disse baixinho.— Acho que sim.Theo ficou em silêncio. Depois de um longo tempo, ele segurou os ombros dela, dizendo gentilmente:— Luiza, vamos procurar um psicólogo? Não importa qual seja o problema, devemos tratá-lo ativamente.Luiza levantou os olhos, vendo a preocupação nos olhos de Theo, seu olhar era complexo. Ela queria dizer, "Theozinho, talvez devêssemos desistir."Mas Theo, como se adivinhasse seus pensamentos, disse:— Luiza, aproveitando que você está de volta às Américas, vamos ver um psicólogo. Nosso casamento não pode ma
Luiza ficou em silêncio, sem dizer nada.De fato, ela estava um pouco arrependida de ter aceitado ficar com Theo.No entanto, naquela época foi por emoção, e só depois de estarem juntos, ela percebeu que algumas pessoas realmente não conseguiam estabelecer uma relação íntima, como ela e Theo.Parecia que era hora de ter uma boa conversa com ele.No dia seguinte, Luiza foi ao hospital visitar a avó.A cirurgia da avó estava marcada para quinta-feira.Felipinho não podia ir ao hospital, então Luiza pediu para a assistente cuidar de Felipinho em casa, enquanto ela dirigia até o hospital.Quando chegou, Theo estava no quarto acompanhando a avó.Melissa gostava muito dele, o achava um homem de boa aparência e dedicado, e já o via como "marido da neta", além de ter confiado grande parte dos negócios do Grupo Santos Internacional a ele.Viviane também estava lá, mas seu rosto estava inchado e machucado, obviamente tinha sido espancada por alguém a mando de Theo.Viviane sabia que Theo tinha m
O resultado final foi que Priscila e Elias ficaram na mesma bicicleta que Eduardo. O espaço restante na bicicleta do Francisco foi ocupado pelo assistente dele, Lucas. A atmosfera no local estava especialmente fria, principalmente em volta de Francisco, onde ele mantinha uma expressão severa durante todo o trajeto. Felipinho olhou para trás e comentou: — A cara do tio Francisco está tão feia. Luiza também notou, mas não disse nada. Foi Miguel, ao lado, quem respondeu: — Essa é a tensão das famílias reconstituídas. — Famílias reconstituídas? — Felipinho parecia não entender a frase e olhou para o pai. Hoje, Miguel estava claramente diferente em termos de roupa. Ele usava um casaco escuro de lã e, por baixo, um suéter preto de gola alta. Não estava tão formal como de costume, o que lhe dava um ar mais descontraído, mas ainda assim elegante e distinto. Era impossível não notar sua presença. Miguel, olhando para as duas bicicletas à frente, explicou com um olhar profund
Ela estava muito determinada, parecia realmente não querer mais ficar com Francisco.Luiza não fez mais perguntas.Priscila, no entanto, a questionou de volta:— E você? O Miguel já veio até o País R, ficou aqui mais de uma semana, e qualquer pessoa com os olhos abertos sabe que ele fez tudo isso por você. O que você pensa sobre isso? Vai dar uma chance a ele?"Quem disse que só a Priscila tem más lembranças?"Luiza também tinha suas próprias lembranças, as de como a família Souza a magoou, e essas ainda estavam bem vivas em sua mente.Mesmo que a verdade já tivesse sido esclarecida, a dor que ela sofreu ainda era dor, não poderia ser apagada com o simples apertar de uma tecla de "excluir".Ela olhou para o nada com uma expressão tranquila.— Eu não sei. O Felipinho quer muito um pai, mas, no fundo, eu não quero.— Então você não quer. — Priscila disse, direta. — Nós mulheres temos um sexto sentido. Se não queremos, é não querer, não precisamos nos forçar. Ficar se torturando vai só no
— Bisavó, a Maria e as outras também vão! Parece que vai ser necessário preparar mais comida! — Felipinho também estava muito animado e se virou para Melissa, dizendo isso.Assim, os três se tornaram parte de um grupo maior.Miguel estava à parte, com o rosto fechado.Ele queria sair com a esposa e o filho para passar mais tempo com Luiza.Mas não esperava que Felipinho tivesse convidado a família de Francisco também. Agora, o grupo estava bem maior, e ele imaginava que seria difícil até mesmo conversar.No entanto, o que ninguém esperava era que Priscila também tivesse chamado Elias.Miguel, Luiza e Felipinho estavam em um carro.Já Francisco estava em uma situação mais difícil. Provavelmente, por ter causado algum problema com Priscila na noite anterior, ela não quis andar com ele. Ela pegou Maria no colo e entrou no carro de Elias.Francisco ficou sozinho e, com o rosto fechado, deu ordens ao motorista para seguir.Meia hora depois, o grupo chegou ao parque de diversões.Assim que s
— O tio Elias é muito legal, bonito e engraçado. Eu pensei que, se o papai e a mamãe ficassem juntos, então eu poderia me casar com o tio Elias. Não seria perfeito?Francisco ficou com uma expressão sombria e respondeu, aborrecido:— Você se casar com ele? Isso eu não aceito.— Mas o tio Elias é tão legal...— Quieta! De qualquer forma, é impossível você se casar com ele. Nem você, nem sua mãe. — Francisco a interrompeu, impedindo ela de elogiar Elias.Maria fez um biquinho e foi carregada por Francisco até o andar de baixo.Ao descer, percebeu que a sala estava cheia de gente e que provavelmente todos ouviram o que ele disse lá em cima. Francisco ficou um pouco embaraçado.Maria, no entanto, não se incomodou. Ela se desvencilhou dos braços de Francisco e correu até onde estava Felipinho.— Felipinho.Felipinho cruzou os braços e levantou uma sobrancelha, olhando para Maria.— Você quer se casar com aquele tio Elias?Maria ficou com o rosto vermelho.— Não posso? Ele é tão bonito.— Eu
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então
Melissa assentiu.— Mas um chef assim não deveria ter grandes ambições? Ele realmente não quer fama e fortuna e está disposto a ser o chef particular de vocês?— No começo, ele também não queria, mas eu apoio o desenvolvimento de novos pratos dele e prometi que o ajudaria a abrir um restaurante, a expandir sua reputação. Só assim ele aceitou trabalhar como nosso chef particular, para ter mais tempo para criar novos pratos.Ao ouvir isso, Luiza finalmente entendeu que o chef da Mansão Jardim tinha uma história importante por trás. Ela nunca havia perguntado antes; só achava que a comida dele era deliciosa. Mas, pelo visto, Miguel tinha feito várias promessas a ele.— Você foi muito atencioso. — Melissa sorriu.Miguel disse:— Se a senhora gostar da comida, posso pedir para o chef vir todos os dias e preparar as três refeições para vocês. Qualquer outra necessidade que tiver, é só me dizer; se estiver ao meu alcance, farei de tudo para atender.Ele estava tentando agradar Melissa.Meliss
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som