Eduardo parou o carro com agilidade.- Senhor, senhora, chegamos em casa.O banco de trás estava um pouco silencioso.E novamente surgiu a questão de voltar ou não para a Quinta do Lago.Luiza mordeu levemente o lábio, ainda não havia decidido se voltaria ou não. Voltar significava que provavelmente reatariam o casamento.- Lulu. - Enquanto refletia, Miguel de repente a chamou.Luiza levantou os olhos.- O quê?- Vamos para casa? - Ele estendeu a mão esguia para ela.Luiza hesitou um pouco, Miguel já segurava sua mão, dizendo com um leve toque de imposição:- Mesmo que você não aceite, eu vou te levar para casa.O coração de Luiza se agitou, seus olhos estavam claros.Tudo bem, se ele fosse um pouco mais dominador, ela não precisaria pensar tanto.Assim, ela saiu do carro com ele.Ao vê-la sair do carro, os olhos de Miguel brilharam intensamente.Ela estava disposta a voltar para casa com ele.Isso significava que ela o havia aceitado completamente.Miguel estava tão feliz que quase qu
Ela estava distraída quando Miguel a abraçou. - Bem-vinda de volta, posso te levar lá em cima para dar uma olhada? Miguel a levou para cima. O closet também havia mudado, estava cheio de joias. Luiza ficou deslumbrada. Miguel disse: - Você não disse que seu closet era pequeno? Não tinha espaço suficiente para as roupas, então mandei ampliar para o dobro. Agora cabe mais de dez mil roupas. - Isso é muito grande! - É ótimo. No futuro, quando tivermos filhos, podemos colocar as coisas do bebê aqui. Não precisaremos ampliar novamente. Aqui... - Miguel apontou para outra porta do closet, sem dizer para onde levava, e continuou. - Este é o quarto do bebê. Meio ano atrás, quando ele fez a reforma, já tinha pensado no quarto do bebê. Mas ao ouvir "quarto do bebê", o humor de Luiza caiu. Aquele filho que perderam era uma dor que eles nunca poderiam mencionar. Miguel viu uma leve tristeza em seu rosto, seu coração doeu. Ele caminhou até ela e, de repente, a abraçou. Com
Luiza percebeu que Ethan era uma pessoa decente, então ela não ficou muito brava.Naquele dia, o principal problema foi Giulia, que insistia em acusá-la de seduzir José, mas na verdade, Luiza não tinha sofrido muito, então disse:- Não é nada sério, só quero que ela pare de me acusar sem provas. Se houver algum problema, ela deveria investigar antes de falar.- Sim, foi tudo culpa dela... - Ethan então fez Giulia se ajoelhar e entregou uma caixa de presente. - Sra. Souza, isto é uma compensação, espero que possa aceitar.Luiza pensou que deveria ser uma compensação pelo vinho caro, então pediu para Lívia aceitar.Lívia pegou o presente, e Ethan foi embora com Giulia.José não foi embora, e Luiza olhou para ele.- Ainda tem algo?- Posso conversar um pouco? - José levantou a cabeça e olhou para ela. Desde que soube que ela era a Sra. Souza, ele tinha muitas perguntas, mas nunca teve a oportunidade.Luiza pensou um pouco, desceu as escadas e olhou para ele com calma.- Diga.- Você é rea
Luiza franziu a testa e sorriu: - Do que você está falando? Ele só perguntou sobre a nossa relação, ele não sabia antes. - Então por que você não disse a ele antes que você é minha mulher? - Eu era? - Luiza olhou para ele. - Antes nós realmente não estávamos reconciliados. Ao ouvir isso, Miguel ficou com uma expressão um pouco feia, levantou a mão e a puxou para perto, abraçando ela possessivamente. Luiza deu um grito, suas mãos instintivamente pousaram em seus ombros, para não cair: - Por que você me abraça sem dizer nada? Você me assustou. - Agora você é minha mulher. - Ele olhou para ela, com uma voz muito séria. - Não permita mais nenhuma ambiguidade com outros homens. Luiza suspirou, impotente. - Eu não fiz nada. - Nem olhá-los de relance. - Ele exigiu de forma autoritária, apertando ela mais. Para agradá-lo, Luiza respondeu: - Entendido. A expressão fria de Miguel suavizou um pouco. Luiza perguntou novamente: - Hoje você não disse que havia convidado
"Porque descobri o segredo dela, ela quer me matar.""Mas mesmo com a minha vida em risco, estou disposta a contar esse segredo para você.""Tia Helena, é porque eu sei que o pai da Luiza, Bryan, matou o tio Zeca, que ela quer me mandar para a prisão, para que eu fique calada para sempre.""O que está no envelope são provas, tia Helena, você vai entender depois de ver."Depois de ler a carta, o rosto de Helena ficou pálido como papel.Suas mãos tremiam levemente, Alice segurou sua mão.- Tia, o que aconteceu?Com uma expressão de quem não sabia de nada, Alice pegou a carta das mãos de Helena, deu uma olhada e ficou chocada.- Isso...- O que foi? - Isabelly também parecia confusa. Elas leram a carta juntas e, em seguida, Isabelly chamou o mordomo rapidamente. - Ligue o pen drive no computador.O mordomo, vendo que a senhora estava completamente atordoada, obedeceu Isabelly e conectou o pen drive ao computador.Então, o computador mostrou o momento em que Zeca caiu da sacada.No vídeo,
- Tia Helena, eu já entreguei todas as provas para você. Você não as viu? - Nanda disse. - O Miguel também sabe sobre isso.Helena ficou atônita.- Foi o Miguel quem descobriu tudo, e a Luiza também sabe. Mas o Miguel está tão enfeitiçado por aquela mulher que perdeu a razão. Quando ele descobriu, eu sugeri que eles se separassem, mas o Miguel me mandou calar a boca e nunca mais mencionar isso, senão ele me faria pagar caro... - Nanda continuou. - Depois, fiquei muito preocupada com o Miguel. Afinal, ele salvou minha vida e sempre foi muito bom para mim. Então, me arrisquei e fui procurar a família Medeiros, pai e filha. Implorei ao Bryan para levar a Luiza embora e nunca mais ver o Miguel. Mas Bryan teve um ataque cardíaco repentino e caiu das escadas. Luiza insistiu que fui eu quem matou seu pai e fez Miguel me punir... E foi assim que fui parar na prisão.Os olhos de Nanda estavam sombrios.Mesmo Helena, tentando manter a calma, não pôde evitar tremer.Nanda, com uma expressão de qu
Esse olhar era diferente do olhar que ela recebeu dois dias atrás.Luiza sentiu uma pontada no coração e chamou:- Sogra.Helena estava com uma expressão inexpressiva, sem responder, apenas disse com uma voz fria:- Tenho algumas perguntas para te fazer.- Sogra, diga. - Luiza respondeu humildemente.Helena perguntou:- Seu pai está agora na UTI do hospital?Luiza assentiu.- Sim.- As despesas médicas mensais são pagas pelo Miguel?Luiza olhou para Alice, que deu um sorriso quase imperceptível, xingando internamente: "Vadia! Você me bateu anteontem, hoje vamos ver como você vai morrer."- Sim. - Esta era uma questão bem conhecida, Luiza não precisava esconder, mas por que a sogra de repente estava perguntando sobre isso?Após obter uma resposta clara, Helena sorriu, mas foi um sorriso sarcástico. Bryan matou Zeca, e seu filho estava gastando dinheiro para salvá-lo, era uma piada enorme!- Luiza, como você conseguiu fazer meu filho ser tão indulgente com o assassino de seu pai? - Helen
Luiza se esforçava para recordar o que seu pai lhe disse.Ela achava que havia algo suspeito nessa história."Por que havia sons de luta naquela hora? Será que alguém estava lutando com o Zeca? Será que ele já estava morto antes de cair do prédio?"Bryan foi o último a chegar ao hotel; ele nem chegou a ver o Zeca, mas todas as pessoas daquela época já estavam mortas, impossibilitando saber o que realmente aconteceu.- Você ainda quer se justificar? - Helena, ouvindo suas desculpas, ficou ainda mais furiosa e atirou o pen drive em seu rosto. - Veja você mesma quem empurrou o Zeca do terraço. Veja!Luiza, claro, já tinha visto o pen drive.A pessoa no vídeo era realmente seu pai.Ela abaixou a cabeça e disse:- É meu pai, mas eu acredito que ele não fez isso de propósito. Naquela época, deve haver algo mais...- A história é que seu pai queria dinheiro e, com um grupo de pessoas, empurrou Zeca do prédio para ficar com todo o dinheiro! - Helena, com os olhos vermelhos de raiva, empurrou e
Ele olhou de cima para eles, franzindo as sobrancelhas.— Tem muita gente aqui. Vou pegar o Felipinho no colo.Naquela situação, o menino não devia ficar no chão, pois poderia ser pisoteado pelas pessoas que continuavam a se empurrar para frente.Luiza também entendeu isso, assentiu e tentou sair dos braços de Miguel, mas ele a segurou firme e disse em voz baixa:— Fique aqui também, não vá para longe.— Não. — Luiza se sentia um pouco desconfortável. O braço dele era firme, envolvendo sua cintura de forma estranhamente calorosa.Além disso, o peito dele estava bem à sua frente, e estar ali, nos braços dele, fazia com que ela se sentisse meio estranha.Ela tentou se afastar, mas nesse momento a multidão empurrou de novo, e Luiza quase caiu. Miguel a segurou outra vez, e seu rosto se encostou no peito dele, deixando ela constrangida.— Eu já disse para você não se afastar. Você está de salto alto e é fácil ser empurrada e cair. — Miguel falou, e seu hálito quente escapou de seus lábios,
Não importava se ele gostava ou não, ela estava decidida a dedicar toda a sua paixão a ele. Mesmo que todos comentassem que ele tinha um primeiro amor e que era profundamente apaixonado por essa pessoa, Luiza não se importava. Ela se animava, acreditando que isso era apenas coisa do passado e que ela era a mulher capaz de conquistar tudo dele.E foi assim que Miguel finalmente cedeu a ela.No início, ele não queria saber de sentimentos. Mesmo que houvesse um breve momento de atração, ele escolhia afastar qualquer possibilidade, pois o amor não fazia parte das opções em sua vida. Além disso, entre eles existiam mágoas e rancores.Para ele, o rosto de Luiza era algo banal, e ela só queria conquistá-lo porque não conseguia tê-lo. Muitas mulheres eram assim.Mas outras mulheres, após um ou dois meses sem resposta, desistiam aos poucos.Luiza era diferente. Durante seis meses, sem nem falhar um dia sequer, ela sempre se dirigia a ele para cumprimentá-lo, ligava de vez em quando para fazer
Nesse momento constrangedor, Miguel abriu a porta e ficou parado do lado de fora, olhando de cima para ela, caída no chão, com o pijama preso pela metade.Ela se sentia extremamente envergonhada e frustrada, querendo encontrar um buraco para se esconder.Mas Miguel não a repreendeu. Ele se aproximou, pegou ela nos braços e, ignorando completamente o pijama sensual que estava preso nela, levou ela para a cama e passou uma pomada em seu pé machucado.Naquele momento, Luiza abaixou a cabeça, tão embaraçada que parecia carregar o peso de mil quilos, incapaz de levantá-la.Mais tarde, Miguel ainda a dominou, puxando o pijama sensual que ela vestia enquanto dizia, com a voz rouca: "Até que foi criativo."Luiza, em seus braços, ficou vermelha como um tomate.O pior era que esse homem irritante não tirou o pijama dela completamente; o deixou enrolado na cintura, sorrindo e dizendo: "Assim também tem seu charme."Ela ficou ali, usando aquele pijama todo bagunçado, sendo acariciada por ele até o
Felipinho ficou surpreso e disse: — Sério? Havia um desejo profundo em suas palavras. Luiza sentiu o coração apertar ao perceber isso. Até mesmo Miguel, que raramente demonstrava seu lado paternal, exibiu um toque de ternura. — Sim, nós realmente nos amamos. — Papai, como você e a mamãe se conheceram? — Perguntou Felipinho. Ouvindo a pergunta do filho, Miguel pareceu recordar o passado, e um leve sorriso surgiu em seus lábios. — A primeira vez que nos encontramos foi em uma festa. Sua mãe se apaixonou por mim à primeira vista e, depois disso, começou a me perseguir sem parar. — O quê? — Felipinho ficou surpreso. Quem diria que sua mãe havia perseguido o pai? Ele ficou imediatamente animado, olhou para Luiza e perguntou. — É verdade? A mamãe realmente perseguiu o papai? Diante do olhar curioso do filho, Luiza ficou extremamente desconfortável. Miguel disse: — É verdade. Depois que se casou comigo, ela perguntava a todos onde eu estava, chamava o motorista e ia at
O resultado final foi que Priscila e Elias ficaram na mesma bicicleta que Eduardo. O espaço restante na bicicleta do Francisco foi ocupado pelo assistente dele, Lucas. A atmosfera no local estava especialmente fria, principalmente em volta de Francisco, onde ele mantinha uma expressão severa durante todo o trajeto. Felipinho olhou para trás e comentou: — A cara do tio Francisco está tão feia. Luiza também notou, mas não disse nada. Foi Miguel, ao lado, quem respondeu: — Essa é a tensão das famílias reconstituídas. — Famílias reconstituídas? — Felipinho parecia não entender a frase e olhou para o pai. Hoje, Miguel estava claramente diferente em termos de roupa. Ele usava um casaco escuro de lã e, por baixo, um suéter preto de gola alta. Não estava tão formal como de costume, o que lhe dava um ar mais descontraído, mas ainda assim elegante e distinto. Era impossível não notar sua presença. Miguel, olhando para as duas bicicletas à frente, explicou com um olhar profund
Ela estava muito determinada, parecia realmente não querer mais ficar com Francisco.Luiza não fez mais perguntas.Priscila, no entanto, a questionou de volta:— E você? O Miguel já veio até o País R, ficou aqui mais de uma semana, e qualquer pessoa com os olhos abertos sabe que ele fez tudo isso por você. O que você pensa sobre isso? Vai dar uma chance a ele?"Quem disse que só a Priscila tem más lembranças?"Luiza também tinha suas próprias lembranças, as de como a família Souza a magoou, e essas ainda estavam bem vivas em sua mente.Mesmo que a verdade já tivesse sido esclarecida, a dor que ela sofreu ainda era dor, não poderia ser apagada com o simples apertar de uma tecla de "excluir".Ela olhou para o nada com uma expressão tranquila.— Eu não sei. O Felipinho quer muito um pai, mas, no fundo, eu não quero.— Então você não quer. — Priscila disse, direta. — Nós mulheres temos um sexto sentido. Se não queremos, é não querer, não precisamos nos forçar. Ficar se torturando vai só no
— Bisavó, a Maria e as outras também vão! Parece que vai ser necessário preparar mais comida! — Felipinho também estava muito animado e se virou para Melissa, dizendo isso.Assim, os três se tornaram parte de um grupo maior.Miguel estava à parte, com o rosto fechado.Ele queria sair com a esposa e o filho para passar mais tempo com Luiza.Mas não esperava que Felipinho tivesse convidado a família de Francisco também. Agora, o grupo estava bem maior, e ele imaginava que seria difícil até mesmo conversar.No entanto, o que ninguém esperava era que Priscila também tivesse chamado Elias.Miguel, Luiza e Felipinho estavam em um carro.Já Francisco estava em uma situação mais difícil. Provavelmente, por ter causado algum problema com Priscila na noite anterior, ela não quis andar com ele. Ela pegou Maria no colo e entrou no carro de Elias.Francisco ficou sozinho e, com o rosto fechado, deu ordens ao motorista para seguir.Meia hora depois, o grupo chegou ao parque de diversões.Assim que s
— O tio Elias é muito legal, bonito e engraçado. Eu pensei que, se o papai e a mamãe ficassem juntos, então eu poderia me casar com o tio Elias. Não seria perfeito?Francisco ficou com uma expressão sombria e respondeu, aborrecido:— Você se casar com ele? Isso eu não aceito.— Mas o tio Elias é tão legal...— Quieta! De qualquer forma, é impossível você se casar com ele. Nem você, nem sua mãe. — Francisco a interrompeu, impedindo ela de elogiar Elias.Maria fez um biquinho e foi carregada por Francisco até o andar de baixo.Ao descer, percebeu que a sala estava cheia de gente e que provavelmente todos ouviram o que ele disse lá em cima. Francisco ficou um pouco embaraçado.Maria, no entanto, não se incomodou. Ela se desvencilhou dos braços de Francisco e correu até onde estava Felipinho.— Felipinho.Felipinho cruzou os braços e levantou uma sobrancelha, olhando para Maria.— Você quer se casar com aquele tio Elias?Maria ficou com o rosto vermelho.— Não posso? Ele é tão bonito.— Eu
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então