Miguel fez uma cara de quem estava aprendendo:- Como posso agradar uma mulher?Luana pensou um pouco e disse:- Dê a ela os presentes que ela gosta.- Já dei.Luana continuou:- Seja compreensivo, cuide bem dela, faça as tarefas domésticas, resolva os problemas para ela.- Faço isso todo dia, cozinho para ela e a levo e busco no trabalho.- Presidente Miguel, você cozinha para a Luiza todos os dias? - Luana estava surpresa.- Sim, quando tenho tempo, faço três refeições, quando não tenho, peço aos empregados para levarem a comida para ela. Também mando flores todos os dias e vou buscá-la, não importa a hora.Luana ficou pasma ao ouvir isso e olhou para Luiza, como se dissesse que ter um Presidente Miguel tratando ela assim era uma sorte imensa.- Há mais alguma coisa que eu não esteja fazendo? - O Presidente Miguel perguntou a Luana.Luana pensou por um momento:- Só há uma possibilidade, que é você não ser autoritário o suficiente. Já viu novelas? Tem que ser como o protagonista, seg
Os quatro se sentaram, e Miguel entregou o menu para Luiza.- Veja o que você quer comer.Luiza realmente abriu o menu, mas o passou para Luana.Luana ficou um pouco surpresa, então pediu alguns pratos de que gostava e depois devolveu o menu para Luiza fazer o pedido.- Olá, Srta. Luana, hoje é a primeira vez que nos encontramos. - Yago estendeu a mão para Luana.Luana sorriu levemente e apertou a mão dele educadamente.- Hoje não parece ser a primeira vez. Na última vez, no lançamento da nossa Joia Miranda, acho que nos vimos. Naquela ocasião, você pediu para alguém me chamar, mas quando eu e meu irmão fomos até você, disse que não havia nada de especial.Ao mencionar isso, Yago ficou um pouco constrangido. Naquela ocasião, ele fez isso apenas para afastar Simão de Miguel.Não esperava deixar uma impressão tão ruim em Luana.Ele tocou a ponta do nariz e disse:- Naquele momento, ouvi dizer que a Srta. Luana era uma pessoa notável e quis conhecê-la.- Então foi isso. - Luana não o desm
Quanto à Luiza, bem, ela ainda era uma novata, assistindo a um grupo de crianças aprendendo a esquiar, enquanto aprendia também, se movendo lentamente e desajeitadamente, sem dominar a técnica.Miguel riu levemente:- Todo ano você fala sobre esquiar, mas na verdade não sabe esquiar, né?Luiza achou que ele estava zombando dela e olhou para ele:- O que isso tem a ver com você?Ela continuou a tentar colocar os esquis nos pés. Nesse momento, uma criança passou por ela deslizando, assustando ela a ponto de ela cair de joelhos na neve, batendo o rosto na calça de Miguel. Luiza ficou tão constrangida que seu rosto ficou vermelho. A expressão de Miguel também era indescritível, ele olhou para ela de cima:- Você fez isso de propósito? Toda vez que você esquia, acaba batendo na minha cintura? Quer mesmo me deixar impotente?Luiza ficou sem palavras. Ela se lembrou repentinamente do incidente do ano passado, quando ela caiu de um morro nevado e bateu direto na cintura de Miguel, quase o
- Está frio lá fora. Se quer ver a paisagem de neve, fique aqui dentro. Tem aquecimento e podemos fazer café. - Miguel tirou o casaco, arregaçou as mangas e começou a preparar café na mesa central.Luiza não disse nada. Sentada no futon, ela observava silenciosamente a paisagem de neve lá fora, que parecia ainda mais encantadora.- Tome um café. - Miguel a chamou.Luiza virou a cabeça e pegou o café que ele estendia.Talvez a paisagem de neve fosse tão bonita naquele momento que Luiza não fez nenhuma provocação, aceitando a xícara quente de café que ele oferecia e tomando um gole.A sensação quente era realmente confortável.Vendo ela sorrir, Miguel não conseguiu desviar o olhar, fixando ela silenciosamente.Luiza observou a neve por um tempo, mas logo sentiu o olhar dele sobre si, o que a deixou desconfortável. Sem muita emoção, ela disse:- Pare de me olhar assim.Miguel perguntou:- Por quê?- Eu não gosto.- Mas eu gosto. - Ele se aproximou, com um leve sorriso nos lábios. - Este
O café já havia sido retirado, Miguel se aproximou e perguntou a ela:- Eles vão jantar aqui, e você? Vai jantar aqui também?Luiza estava prestes a responder quando Luana a chamou.- Luiza, vamos jantar aqui, que tal? Vou pedir um churrasco, vamos assistir a neve e comer churrasco juntas.- Tá bom. - Luiza concordou, continuando a olhar para a neve com um sorriso no rosto.Miguel a acompanhava em silêncio, de repente sentindo que aquele momento era muito bom.Então era isso que ela queria em um inverno com esqui.Embora fosse apenas um dia, ele sentiu a paz e a beleza.Ele sorriu levemente, sem dizer nada.Um pouco depois, o garçom trouxe o jantar.Luana chamou todos:- O churrasco chegou, venham comer.Os quatro se reuniram e desfrutaram de um churrasco quente.Talvez estivessem com fome, Luiza tinha um ótimo apetite naquela noite, comeu muita carne e ainda bebeu dois copos de refrigerante.Luana riu e disse:- Luiza, você estava com muita fome, hein?Luiza ficou um pouco surpresa e
Yago disse:- Migue, vamos jogar uma partida.Miguel se aproximou, pegou alguns dardos e perguntou:- Quem começa?- Claro que sou eu. - Yago lançou os dardos, e cada um acertou o centro do alvo, ele virou a cabeça e, cheio de orgulho, disse. - E aí, Migue? Não nos vemos há um tempo. Minhas habilidades não estão melhores?- Está bem. - Miguel olhou para o rosto orgulhoso de Yago, esboçou um leve sorriso e lançou seus dardos.Cada vez que lançava um, derrubava um dos dardos de Yago.No final, todos os cinco dardos de Yago foram derrubados, e os cinco de Miguel caíram exatamente no mesmo lugar que os anteriores.- Incrível! - Luana não pôde deixar de aplaudir.Yago fez um som de frustração e disse, sem escolha:- Migue, você não é mais meu amigo?- Espírito esportivo, amizade em segundo lugar. - Miguel sorriu levemente.- Chega de jogar, vamos beber. - Yago, percebendo que não tinha chance de ganhar, perdeu o interesse e puxou Miguel de volta para a mesa para beber.Miguel o acompanhou.
Luiza ficou atônita, olhando para a mão dele. Seus dedos longos envolviam a mão delicada dela, uma cena muito íntima.Mas ela sabia que não deveria se deixar levar.Seu olhar escureceu, estava prestes a retirar a mão quando ouviu ele dizer:- Fique comigo um pouco.Luiza olhou para ele.Na luz fraca, Miguel apertou a mão dela e disse com a voz rouca:- Minha cabeça dói, não solte minha mão.Luiza ficou um pouco atordoada.De repente, uma luz brilhou diante de seus olhos, seguida pelo som estridente de uma buzina.Luiza voltou à realidade, levantou os olhos e viu um carro descontrolado vindo em sua direção, buzinando loucamente.Os olhos de Luiza se arregalaram de medo.Ela pensou: "Desta vez, vou morrer, com certeza."Com o coração na garganta, ela fechou os olhos e então sentiu um abraço quente.Ela estremeceu e abriu os olhos, vendo o rosto ampliado de Miguel.Nesse momento de crise, ele escolheu protegê-la sem hesitação, e então, o carro deles foi atingido pelo outro veículo e lança
Yago assentiu com a cabeça.O coração de Luiza estremeceu, suas pupilas dilataram.- Ele está lá dentro?- Sim. - Yago acenou com a cabeça.Luiza, hesitante, deu um passo à frente e entrou.Eduardo também parecia incrédulo e tentou seguir em frente, mas foi segurado por Yago.Eduardo virou a cabeça.- Dr. Yago?- Fique onde está. - Yago olhou para ele com um olhar significativo. - Deixe que ela entre sozinha, você não precisa ir.- Mas... Mas o senhor já não... - Eduardo estava à beira das lágrimas.Yago suspirou.- Eu menti para ela. Como um homem adulto, você se emociona tão facilmente?Eduardo ficou surpreso e rapidamente enxugou as lágrimas.- Você mentiu para a senhora?- Se não fosse assim, como ela mostraria tanto pesar? - Yago fez isso para empurrá-la um passo adiante, para que ela entendesse seus sentimentos.Luiza empurrou a porta da sala de emergência.O cheiro de desinfetante era forte lá dentro, dificultando a respiração.Ela avançou e viu uma pessoa deitada na cama, cober
— Bisavó, a Maria e as outras também vão! Parece que vai ser necessário preparar mais comida! — Felipinho também estava muito animado e se virou para Melissa, dizendo isso.Assim, os três se tornaram parte de um grupo maior.Miguel estava à parte, com o rosto fechado.Ele queria sair com a esposa e o filho para passar mais tempo com Luiza.Mas não esperava que Felipinho tivesse convidado a família de Francisco também. Agora, o grupo estava bem maior, e ele imaginava que seria difícil até mesmo conversar.No entanto, o que ninguém esperava era que Priscila também tivesse chamado Elias.Miguel, Luiza e Felipinho estavam em um carro.Já Francisco estava em uma situação mais difícil. Provavelmente, por ter causado algum problema com Priscila na noite anterior, ela não quis andar com ele. Ela pegou Maria no colo e entrou no carro de Elias.Francisco ficou sozinho e, com o rosto fechado, deu ordens ao motorista para seguir.Meia hora depois, o grupo chegou ao parque de diversões.Assim que s
— O tio Elias é muito legal, bonito e engraçado. Eu pensei que, se o papai e a mamãe ficassem juntos, então eu poderia me casar com o tio Elias. Não seria perfeito?Francisco ficou com uma expressão sombria e respondeu, aborrecido:— Você se casar com ele? Isso eu não aceito.— Mas o tio Elias é tão legal...— Quieta! De qualquer forma, é impossível você se casar com ele. Nem você, nem sua mãe. — Francisco a interrompeu, impedindo ela de elogiar Elias.Maria fez um biquinho e foi carregada por Francisco até o andar de baixo.Ao descer, percebeu que a sala estava cheia de gente e que provavelmente todos ouviram o que ele disse lá em cima. Francisco ficou um pouco embaraçado.Maria, no entanto, não se incomodou. Ela se desvencilhou dos braços de Francisco e correu até onde estava Felipinho.— Felipinho.Felipinho cruzou os braços e levantou uma sobrancelha, olhando para Maria.— Você quer se casar com aquele tio Elias?Maria ficou com o rosto vermelho.— Não posso? Ele é tão bonito.— Eu
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então
Melissa assentiu.— Mas um chef assim não deveria ter grandes ambições? Ele realmente não quer fama e fortuna e está disposto a ser o chef particular de vocês?— No começo, ele também não queria, mas eu apoio o desenvolvimento de novos pratos dele e prometi que o ajudaria a abrir um restaurante, a expandir sua reputação. Só assim ele aceitou trabalhar como nosso chef particular, para ter mais tempo para criar novos pratos.Ao ouvir isso, Luiza finalmente entendeu que o chef da Mansão Jardim tinha uma história importante por trás. Ela nunca havia perguntado antes; só achava que a comida dele era deliciosa. Mas, pelo visto, Miguel tinha feito várias promessas a ele.— Você foi muito atencioso. — Melissa sorriu.Miguel disse:— Se a senhora gostar da comida, posso pedir para o chef vir todos os dias e preparar as três refeições para vocês. Qualquer outra necessidade que tiver, é só me dizer; se estiver ao meu alcance, farei de tudo para atender.Ele estava tentando agradar Melissa.Meliss
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.