Os dois saíram, Luiza fechou a porta, voltou para a cama e se sentou com uma expressão vazia, ainda sem conseguir reagir completamente. Miguel estava deitado na cama do hospital e olhou para Luiza. Seus olhos estavam vermelhos, assim como seu nariz, transmitindo uma sensação de fragilidade que dava vontade de protegê-la. - Achou que eu estava morto e por isso chorou? - Miguel perguntou a ela. Ouvindo isso, ela finalmente reagiu, negando com uma voz abafada: - Não. - Não negue, você chorou tanto e ainda não quer admitir? - Miguel olhou sem piscar para ela, de bom humor. Luiza olhou para ele, um pouco irritada: - Já disse que não. Miguel disse: - Luiza, se eu realmente tivesse morrido, você ficaria muito triste? Ela franziu a testa, mas ao ouvir Miguel dizer isso, as lágrimas começaram a escorrer de seus olhos. Ela não conseguiu controlar, limpou as lágrimas desajeitadamente, mas elas continuaram a escorrer. No final, ela apenas disse com raiva: - Por que você e
Não esperava que ela fosse uma mulher tão cruel. Miguel fez uma pausa, assentiu com a cabeça, tomou um gole de água e perguntou calmamente: - É suficiente para a pena de morte? - Métodos tão cruéis de cometer crimes, a pena de morte é praticamente certa. - Deixe o tribunal julgar o mais rápido possível. - Miguel ordenou. - Sim. - Eduardo terminou de falar e saiu. Quando Eduardo saiu, Miguel moveu a cadeira de rodas até a cama, olhou para o rosto pálido de Luiza com ternura e cobriu ela com o cobertor. Luiza abriu os olhos de repente. Miguel hesitou. - Você acordou? - Sim. - Luiza perguntou deitada. - Vocês estavam falando sobre a Nanda? Miguel assentiu.- Já encontraram pistas na América, ela realmente matou alguém, agora temos testemunhas e evidências. - Testemunhas? - Sim, a Jéssica já acordou. - Quando ela acordou? - Luiza ficou surpresa, por que ninguém lhe contou? - Na noite retrasada, eu não te contei porque não queria que você se preocupasse. Mas mand
- Quem é essa? - Alice perguntou.Miguel olhou para Luiza, que estava comendo repolho roxo, e parou os talheres ao ouvir a pergunta.- Ela é minha esposa. - Miguel sorriu.Alice ficou pálida.- Esposa? Miguel, você não se divorciou há meio ano?- Estamos quase reconciliados. - Miguel respondeu gentilmente.Neste momento, Helena finalmente se recuperou e se aproximou para olhar para Luiza, perguntando:- Quase reconciliados? Miguel, por que eu não sabia disso?Miguel respondeu friamente:- Pensei em me reconciliar primeiro, depois trazer a Luiza para casa para falar com você e o avô.- Sério? - Helena tinha uma expressão complexa, ela olhou para Alice com culpa. Havia poucos dias que ela tinha prometido à Sra. Nunes que deixaria Alice tentar sair com Miguel.Mas agora, Miguel estava prestes a se reconciliar com Luiza.Ao ouvir isso, Alice ficou visivelmente abalada.Miguel parecia saber o que elas estavam pensando e disse, olhando para sua mãe:- Depois de tanto tempo separado de Luiza,
No quarto do hospital.- Por que você disse aquelas palavras antes? - Luiza retirou sua mão das mãos de Miguel.Miguel não deixou, segurando ela ainda mais forte, franzindo a testa e disse:- Não é verdade? Estamos de fato em processo de reconciliação, pensando em nos casar novamente.Luiza suspirou profundamente, olhando para Miguel.- Você realmente acha que podemos ficar juntos?Miguel não disse nada.O rosto de Luiza estava amargo, e finalmente não pôde evitar dizer:- Nossos pais passaram por aquelas coisas, como poderíamos ficar juntos? Você pode nunca me culpar? Nunca me odiar? Pensando no que aconteceu com seu pai, você pode não se sentir culpado por ele? Quando você ver sua mãe e seu avô, você pode não se sentir culpado por eles?Luiza fez uma série de perguntas, essas razões eram as que impediam que ficassem juntos.Miguel olhou para ela, Luiza sabia que ele não tinha resposta.A situação entre eles era muito complexa, complexa demais para ser resolvida de qualquer maneira.E
E assim, durante mais de cem dias e noites, ele ficou doente de saudades.- Você talvez nem saiba, no dia em que saiu da prisão, eu fiquei tão feliz. Para esperar por esse dia, comecei a me preparar um mês antes, querendo estar na melhor forma possível para te encontrar. Mas quando fui ansioso para a prisão, vi você entrando no carro do Theo. - Miguel disse, desanimado. - Naquele momento, senti meu coração se despedaçar. Mas eu sabia ainda mais claramente que não poderia aceitar você com outra pessoa, Luiza. Eu não consigo te deixar ir...Ele a olhou, seus olhos eram de dor e profundidade.O coração de Luiza estava cheio de sentimentos conflitantes, e ela abaixou os olhos.- Volte para mim? - Miguel a abraçou apertado, seus olhos eram profundos e indecifráveis. - Vamos apenas não falar sobre isso, ninguém saberá.O assunto de Zeca já tinha sido resolvido, todos que mereciam punição estavam mortos.Bryan se tornou um vegetal, todas as inimizades deveriam se dissipar.Miguel já tinha vin
Luiza estava pegando água quente do lado de fora quando recebeu uma ligação de sua assistente Olívia.Olívia disse:- Chefe, onde você está? Temos um grande cliente na empresa que pediu especificamente para você desenhar uma roupa para ele.Luiza pensou um pouco e respondeu:- Eu volto daqui a pouco.- Certo. - Olívia desligou o telefone.Luiza segurava a chaleira e voltava. Ao chegar à porta do quarto do hospital, ouviu Yago falando:- Miguel, seu ferimento está cicatrizando bem, sem infecção. Se sentir dor hoje, chame a enfermeira para dar um analgésico.- Certo.Ouvindo isso, Luiza ficou aliviada e entrou no quarto.Assim que entrou, Miguel a viu e sorriu para ela.Vendo Miguel sorrir, Yago entendeu o motivo e disse de propósito:- Mas quando voltar para casa, você ainda precisará de alguém para trocar seus curativos. Vai demorar pelo menos duas semanas para o ferimento cicatrizar completamente.- A Luiza vai cuidar de mim. - Miguel disse olhando para Luiza.Yago virou a cabeça e vi
Luiza sentiu vontade de rir e disse suavemente:- Essa situação deve servir de alerta para você não agir de forma inapropriada no futuro.- Como assim agir de forma inapropriada? Eu só queria te convidar para ver a lua no topo da montanha, isso é tentar te conquistar.- Se você me convidar para ver a lua e eu não quiser ir, e você respeitar isso, é uma perseguição normal. Mas se eu não quiser ir e você me forçar, isso é sequestro. - Luiza o corrigiu sem mudar a expressão.Embora ela tivesse retirado a acusação, ainda acreditava que José estava errado naquela noite, especialmente porque ela tinha bebido um pouco e poderia ter acontecido algo pior.José não soube o que responder. Olhou para ela e sorriu:- Você tem resposta para tudo.- Estou apenas dizendo a verdade. - Disse Luiza, e saiu andando.O rosto de José mudou um pouco.- Luiza, para onde você vai?- Já que é o Sr. José, suponho que não tenha vindo falar de negócios. Se for só para bater papo, sinto muito, mas estou ocupada.Es
José olhou para si mesmo no espelho, bastante satisfeito, acenando com a cabeça.- Dizem que o que um designer vende é o design, e isso é verdade. Esta roupa está boa, eu vou levar.- A barra da calça parece um pouco longa, quer que eu faça uma alteração? - Perguntou Luiza.- Tem esse serviço?- Claro, qualquer roupa comprada aqui, se o tamanho não estiver certo, nós ajustamos. Há uma sala de costura no andar de cima.José olhou para a barra da calça no espelho, estava realmente um pouco longa. Ele acenou com a cabeça.- Certo, pode ajustar para mim.- Claro.Luiza pegou uma fita métrica, se ajoelhou para medir a barra da calça de José, o que deu a José a oportunidade de observá-la.Ele olhou para ela de cima a baixo. Luiza tinha uma pele extremamente branca, vestia um elegante vestido de chiffon, com um corpo bem curvilíneo, parecia muito bonita e encantadora.- Luiza, você é realmente bonita. - José de repente disse.Luiza ficou um pouco surpresa, já havia medido o tamanho, se afasto