- Estou indo agora. - Luiza desceu da cama, se vestiu rapidamente e se lembrou do grande problema no banheiro. Ela foi até ele e disse. - A Luana está vindo, não saia daí por enquanto.Depois de falar, ela correu para abrir a porta para Luana.Luana estava vestida com uma saia esportiva preta, cintura fina e pernas longas, parecendo uma modelo de carro com um corpo incrível.- Luiza, você acabou de acordar? - Luana viu seu cabelo bagunçado. - Você marcou comigo às dez e agora já são 9h50, você sabia?Luiza ficou atônita, quase se atrasando. Provavelmente Yago já estava impaciente esperando na estação de esqui.- Desculpe, Luana, vou pegar minha bolsa e já podemos ir. - Luiza estava com pressa para sair, pegou sua bolsa e ia embora.De repente, a porta do quarto principal se abriu. Miguel, vestindo um robe preto, perguntou:- Para onde vocês vão?Ele estava parado ali, com um corpo em forma de V invertido, cabelo ainda um pouco molhado, rosto bonito e fresco.Luana ficou muito surpresa.
Miguel fez uma cara de quem estava aprendendo:- Como posso agradar uma mulher?Luana pensou um pouco e disse:- Dê a ela os presentes que ela gosta.- Já dei.Luana continuou:- Seja compreensivo, cuide bem dela, faça as tarefas domésticas, resolva os problemas para ela.- Faço isso todo dia, cozinho para ela e a levo e busco no trabalho.- Presidente Miguel, você cozinha para a Luiza todos os dias? - Luana estava surpresa.- Sim, quando tenho tempo, faço três refeições, quando não tenho, peço aos empregados para levarem a comida para ela. Também mando flores todos os dias e vou buscá-la, não importa a hora.Luana ficou pasma ao ouvir isso e olhou para Luiza, como se dissesse que ter um Presidente Miguel tratando ela assim era uma sorte imensa.- Há mais alguma coisa que eu não esteja fazendo? - O Presidente Miguel perguntou a Luana.Luana pensou por um momento:- Só há uma possibilidade, que é você não ser autoritário o suficiente. Já viu novelas? Tem que ser como o protagonista, seg
Os quatro se sentaram, e Miguel entregou o menu para Luiza.- Veja o que você quer comer.Luiza realmente abriu o menu, mas o passou para Luana.Luana ficou um pouco surpresa, então pediu alguns pratos de que gostava e depois devolveu o menu para Luiza fazer o pedido.- Olá, Srta. Luana, hoje é a primeira vez que nos encontramos. - Yago estendeu a mão para Luana.Luana sorriu levemente e apertou a mão dele educadamente.- Hoje não parece ser a primeira vez. Na última vez, no lançamento da nossa Joia Miranda, acho que nos vimos. Naquela ocasião, você pediu para alguém me chamar, mas quando eu e meu irmão fomos até você, disse que não havia nada de especial.Ao mencionar isso, Yago ficou um pouco constrangido. Naquela ocasião, ele fez isso apenas para afastar Simão de Miguel.Não esperava deixar uma impressão tão ruim em Luana.Ele tocou a ponta do nariz e disse:- Naquele momento, ouvi dizer que a Srta. Luana era uma pessoa notável e quis conhecê-la.- Então foi isso. - Luana não o desm
Quanto à Luiza, bem, ela ainda era uma novata, assistindo a um grupo de crianças aprendendo a esquiar, enquanto aprendia também, se movendo lentamente e desajeitadamente, sem dominar a técnica.Miguel riu levemente:- Todo ano você fala sobre esquiar, mas na verdade não sabe esquiar, né?Luiza achou que ele estava zombando dela e olhou para ele:- O que isso tem a ver com você?Ela continuou a tentar colocar os esquis nos pés. Nesse momento, uma criança passou por ela deslizando, assustando ela a ponto de ela cair de joelhos na neve, batendo o rosto na calça de Miguel. Luiza ficou tão constrangida que seu rosto ficou vermelho. A expressão de Miguel também era indescritível, ele olhou para ela de cima:- Você fez isso de propósito? Toda vez que você esquia, acaba batendo na minha cintura? Quer mesmo me deixar impotente?Luiza ficou sem palavras. Ela se lembrou repentinamente do incidente do ano passado, quando ela caiu de um morro nevado e bateu direto na cintura de Miguel, quase o
- Está frio lá fora. Se quer ver a paisagem de neve, fique aqui dentro. Tem aquecimento e podemos fazer café. - Miguel tirou o casaco, arregaçou as mangas e começou a preparar café na mesa central.Luiza não disse nada. Sentada no futon, ela observava silenciosamente a paisagem de neve lá fora, que parecia ainda mais encantadora.- Tome um café. - Miguel a chamou.Luiza virou a cabeça e pegou o café que ele estendia.Talvez a paisagem de neve fosse tão bonita naquele momento que Luiza não fez nenhuma provocação, aceitando a xícara quente de café que ele oferecia e tomando um gole.A sensação quente era realmente confortável.Vendo ela sorrir, Miguel não conseguiu desviar o olhar, fixando ela silenciosamente.Luiza observou a neve por um tempo, mas logo sentiu o olhar dele sobre si, o que a deixou desconfortável. Sem muita emoção, ela disse:- Pare de me olhar assim.Miguel perguntou:- Por quê?- Eu não gosto.- Mas eu gosto. - Ele se aproximou, com um leve sorriso nos lábios. - Este
O café já havia sido retirado, Miguel se aproximou e perguntou a ela:- Eles vão jantar aqui, e você? Vai jantar aqui também?Luiza estava prestes a responder quando Luana a chamou.- Luiza, vamos jantar aqui, que tal? Vou pedir um churrasco, vamos assistir a neve e comer churrasco juntas.- Tá bom. - Luiza concordou, continuando a olhar para a neve com um sorriso no rosto.Miguel a acompanhava em silêncio, de repente sentindo que aquele momento era muito bom.Então era isso que ela queria em um inverno com esqui.Embora fosse apenas um dia, ele sentiu a paz e a beleza.Ele sorriu levemente, sem dizer nada.Um pouco depois, o garçom trouxe o jantar.Luana chamou todos:- O churrasco chegou, venham comer.Os quatro se reuniram e desfrutaram de um churrasco quente.Talvez estivessem com fome, Luiza tinha um ótimo apetite naquela noite, comeu muita carne e ainda bebeu dois copos de refrigerante.Luana riu e disse:- Luiza, você estava com muita fome, hein?Luiza ficou um pouco surpresa e
Yago disse:- Migue, vamos jogar uma partida.Miguel se aproximou, pegou alguns dardos e perguntou:- Quem começa?- Claro que sou eu. - Yago lançou os dardos, e cada um acertou o centro do alvo, ele virou a cabeça e, cheio de orgulho, disse. - E aí, Migue? Não nos vemos há um tempo. Minhas habilidades não estão melhores?- Está bem. - Miguel olhou para o rosto orgulhoso de Yago, esboçou um leve sorriso e lançou seus dardos.Cada vez que lançava um, derrubava um dos dardos de Yago.No final, todos os cinco dardos de Yago foram derrubados, e os cinco de Miguel caíram exatamente no mesmo lugar que os anteriores.- Incrível! - Luana não pôde deixar de aplaudir.Yago fez um som de frustração e disse, sem escolha:- Migue, você não é mais meu amigo?- Espírito esportivo, amizade em segundo lugar. - Miguel sorriu levemente.- Chega de jogar, vamos beber. - Yago, percebendo que não tinha chance de ganhar, perdeu o interesse e puxou Miguel de volta para a mesa para beber.Miguel o acompanhou.
Luiza ficou atônita, olhando para a mão dele. Seus dedos longos envolviam a mão delicada dela, uma cena muito íntima.Mas ela sabia que não deveria se deixar levar.Seu olhar escureceu, estava prestes a retirar a mão quando ouviu ele dizer:- Fique comigo um pouco.Luiza olhou para ele.Na luz fraca, Miguel apertou a mão dela e disse com a voz rouca:- Minha cabeça dói, não solte minha mão.Luiza ficou um pouco atordoada.De repente, uma luz brilhou diante de seus olhos, seguida pelo som estridente de uma buzina.Luiza voltou à realidade, levantou os olhos e viu um carro descontrolado vindo em sua direção, buzinando loucamente.Os olhos de Luiza se arregalaram de medo.Ela pensou: "Desta vez, vou morrer, com certeza."Com o coração na garganta, ela fechou os olhos e então sentiu um abraço quente.Ela estremeceu e abriu os olhos, vendo o rosto ampliado de Miguel.Nesse momento de crise, ele escolheu protegê-la sem hesitação, e então, o carro deles foi atingido pelo outro veículo e lança
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que