No dia seguinte.Luiza foi acordada por uma sensação estranha.Ela sentiu algo encostado nela, muito desconfortável.Meio sonolenta, ela estendeu a mão para tocar, e então ficou assustada e abriu os olhos.Ela tinha acabado de tocar em...E ele estava reagindo...O rosto de Luiza ficou todo vermelho, e ela rapidamente se afastou dele.- O que você está fazendo?Miguel abriu os olhos sonolentos, viu o rosto corado dela, olhou para si mesmo e entendeu.- Os homens são mais sensíveis de manhã. - Ele sorriu de leve.O rosto de Luiza ficou ainda mais tenso.Ele já estava se aproximando, abraçando ela, sua voz rouca chamando ela:- Lulu.Luiza olhou para o rosto dele.Os dedos dele se aproximaram, tocando o rosto macio dela.- Você quer?- Eu não quero... - Ela não teve tempo de terminar a frase antes de ser beijada.Os lábios macios tocaram os lábios frios, ambos ficaram surpresos.A respiração de Miguel se tornou mais pesada, ele a puxou para perto, segurando sua cintura para colá-la...Lu
Luiza não respondeu, apressadamente calçou seus sapatos. Mas Miguel já estava um passo à frente, segurando ela pelo braço:- Para onde você vai? Não disse que íamos esquiar hoje?Luiza levou um susto, se lembrando do calor da manhã, se sentiu um pouco desconfortável:- Eu não vou esquiar, vou ver a Mari.- Ela pediu para você ir?- Sim, combinei com a Mari. - Luiza afastou a mão dele e saiu apressadamente.Miguel franziu a testa.Eduardo viu Luiza sair e perguntou a ele:- Senhor, então hoje não vamos mais esquiar?- Não vamos mais. - Miguel desviou o olhar. - Marque com o Yago para mim, vamos à casa do Geraldo à tarde para ver o filho dele.- Certo. - Eduardo concordou....Quando Luiza chegou à casa de Marina, o bebê de Marina estava tomando banho. E Marina, sentada no sofá olhando para o bebê, estava com um rosto cheio de ternura.- Como você saiu? - Luiza ficou um pouco surpresa. - Você ainda não terminou o período de recuperação pós-parto, certo?- Não tem problema, já estou me
- Por que você está infeliz? - Marina perguntou.A empregada respondeu:- Srta. Marina, fazer isso vai afetar a qualidade do leite, o bebê vai ficar inquieto e o Sr. Geraldo vai ficar bravo.Nas entrelinhas, estava tratando Marina como uma máquina de fazer bebês e leite. Isso era suficiente para deixar qualquer um deprimido.Marina respirou fundo e disse friamente:- Eu pedi para você trazer o bebê aqui.A empregada, relutante, não ousou desafiá-la demais, e trouxe o bebê, o entregando nas mãos de Marina.Marina pegou o bebê e lançou um olhar frio para a empregada.Luiza também aproveitou para dar uma olhada na empregada, que parecia ter pouco mais de vinte anos, mas já falava com tanta aspereza.Quando a empregada saiu, Luiza perguntou:- Que empregada é essa? Fala de um jeito tão cruel?- Ela foi enviada pelo pai do Geraldo. - Marina abaixou os olhos, segurando o bebê para Luiza ver.O bebê embrulhado era lindo como uma escultura de jade.Luiza brincou com o bebê e percebeu que Marin
Ao ver isso, Marina finalmente ficou aliviada e suas sobrancelhas relaxaram enquanto dizia para Luiza:- Quem não é assim? Ela se chama Jane, seu pai é o mordomo da casa do pai do Geraldo. Essa garota cresceu na família Baptista e pode ser considerada uma amiga de infância do Geraldo.Então era um amor de infância, e seu pai era o mordomo da família Baptista. Não era de se admirar que ela fosse tão arrogante.Neste momento, Jane entrou com algumas pessoas.Os passos se aproximavam.Luiza olhou de relance e viu Miguel e Yago se aproximando de longe.Yago foi o primeiro a notar as duas mulheres no andar de cima e sorriu:- O que vocês estão fazendo no andar de cima?Miguel levantou os olhos e olhou para ela, sem desviar o olhar.Comparada à calma de Luiza, Marina estava muito mais nervosa. Ela ainda estava de pijama, sem sutiã.Depois de soltar um grito, ela correu apressada para o quarto.Luiza desviou o olhar e a seguiu.- Foi muito embaraçoso agora. - Marina disse, cobrindo o rosto no
O cheiro familiar de cedro flutuou no ar, fazendo Luiza se sentir um pouco desconfortável, e ela se afastou um pouco.- A Mari está se recuperando do parto agora, todos devem comer a comida da dieta pós-parto com ela. - Disse Geraldo, incentivando todos a comerem.Enquanto Marina estava emocionada, Yago estava um pouco preocupado, apoiando o queixo com a mão, ele disse:- Geraldo, você está sendo injusto. A Marina está em dieta pós-parto, nós não estamos. Por que temos que comer essas comidas sem gosto?- Se você comer na frente dela, ela vai ficar com vontade. - Respondeu Geraldo calmamente, colocando um pouco de aipo no prato de Marina.Marina olhou com um brilho nos olhos para ele. Geraldo realmente pensava nela.- Por que está me olhando? - Geraldo perguntou, também olhando para ela. Os olhos dos dois quase se entrelaçavam.Yago, ao lado, colocou a mão na testa.- Não consigo mais ver isso, o que eu fiz para merecer ser torturado assim toda vez que venho aqui?Marina riu timidament
Yago olhou com um brilho nos olhos.Ao lado, Miguel estava fumando recostado no sofá, e ao ouvir isso, exalou uma baforada de fumaça e disse:- Deixe ela ajudar, mas quando não precisar, evite perturbá-la, especialmente não fique à vista dela.Miguel estava com medo que Luiza se interessasse por Yago.Yago fez um som de desdém:- Você ainda não confia em mim? A esposa do irmão não pode ser assediada, eu não sou esse tipo de pessoa.Miguel olhou para ele calmamente:- Não estou com medo de ela se apaixonar por você, isso não é possível, mas você sempre foi muito bom para ela, temo que ela dependa demais de você.- Veja só, isso é possessividade masculina. - Geraldo virou a cabeça, olhando para Yago e fez alguns estalidos com a língua. - Ele nem sequer te leva a sério, acha que a Luiza definitivamente não vai se interessar por você, só não quer que vocês dois tenham muito contato.Yago ficou sem palavras.Ao ver a expressão abatida de Yago, até o sério Miguel não pôde deixar de esboçar u
Yago riu e disse:- Essa trilha é longa, vou levar você de volta, cunhada.- Então, que tal você me levar também? - Ele disse, sem esperar a reação dos outros no carro, abriu a porta traseira e se sentou ao lado de Luiza.Luiza parecia um pouco tensa.Yago disse:- Você não tem carro? Por que veio também?- Eu deixaria vocês dois sozinhos? - Miguel respondeu de forma sombria.Yago ficou surpreso e riu:- É verdade.Luiza ficou sem palavras.Quando chegaram ao Residencial Brisa Flor, Luiza desceu do carro.Miguel também saiu, caminhando para acompanhar seu ritmo.- O que vocês estavam conversando?Ao ouvir isso, Luiza parou por um momento, pensando que ele provavelmente não sabia o que ela tinha falado com Yago e respondeu baixinho:- Nada de mais.- Ele pediu para você fazer algo difícil? - Miguel olhou de soslaio para ela.Luiza balançou a cabeça.- Não.- Se for algo difícil, não ajude.- Não é difícil. - De qualquer forma, ela ainda precisava perguntar a Luana sobre isso.Quando che
- Isso mostra que você ainda se importa comigo.Luiza foi provocada por ele. Quando ouviu seu grito de surpresa, ela saiu para vê-lo.Miguel estava muito feliz, segurou ela e a levou para a cama, puxando o travesseiro para debaixo da cabeça dela.- Vamos dormir.- Me solte!Luiza estava sendo segurada tão apertada que mal conseguia respirar. Levantou o pé para chutá-lo, mas ele a pegou e pressionou contra sua cintura forte.Ela se assustou e sentiu que ele se aproximava, colando seu corpo no dela, sem deixar espaço.- Miguel, o que você está fazendo? - Luiza prendeu a respiração. Esse idiota, ele ia forçá-la de novo?Mas Miguel fechou os olhos e disse suavemente:- Pare de se debater, só quero que você durma.Quem dormia assim? Os dois colados, dessa forma ameaçadora, como ela conseguiria dormir?- Eu não quero, me solte! - Luiza rangeu os dentes, o empurrando e se contorcendo.Miguel respirou fundo e deu um tapa no traseiro dela.- Pare de fazer birra, ou não me culpe se eu perder o c
— Bisavó, a Maria e as outras também vão! Parece que vai ser necessário preparar mais comida! — Felipinho também estava muito animado e se virou para Melissa, dizendo isso.Assim, os três se tornaram parte de um grupo maior.Miguel estava à parte, com o rosto fechado.Ele queria sair com a esposa e o filho para passar mais tempo com Luiza.Mas não esperava que Felipinho tivesse convidado a família de Francisco também. Agora, o grupo estava bem maior, e ele imaginava que seria difícil até mesmo conversar.No entanto, o que ninguém esperava era que Priscila também tivesse chamado Elias.Miguel, Luiza e Felipinho estavam em um carro.Já Francisco estava em uma situação mais difícil. Provavelmente, por ter causado algum problema com Priscila na noite anterior, ela não quis andar com ele. Ela pegou Maria no colo e entrou no carro de Elias.Francisco ficou sozinho e, com o rosto fechado, deu ordens ao motorista para seguir.Meia hora depois, o grupo chegou ao parque de diversões.Assim que s
— O tio Elias é muito legal, bonito e engraçado. Eu pensei que, se o papai e a mamãe ficassem juntos, então eu poderia me casar com o tio Elias. Não seria perfeito?Francisco ficou com uma expressão sombria e respondeu, aborrecido:— Você se casar com ele? Isso eu não aceito.— Mas o tio Elias é tão legal...— Quieta! De qualquer forma, é impossível você se casar com ele. Nem você, nem sua mãe. — Francisco a interrompeu, impedindo ela de elogiar Elias.Maria fez um biquinho e foi carregada por Francisco até o andar de baixo.Ao descer, percebeu que a sala estava cheia de gente e que provavelmente todos ouviram o que ele disse lá em cima. Francisco ficou um pouco embaraçado.Maria, no entanto, não se incomodou. Ela se desvencilhou dos braços de Francisco e correu até onde estava Felipinho.— Felipinho.Felipinho cruzou os braços e levantou uma sobrancelha, olhando para Maria.— Você quer se casar com aquele tio Elias?Maria ficou com o rosto vermelho.— Não posso? Ele é tão bonito.— Eu
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então
Melissa assentiu.— Mas um chef assim não deveria ter grandes ambições? Ele realmente não quer fama e fortuna e está disposto a ser o chef particular de vocês?— No começo, ele também não queria, mas eu apoio o desenvolvimento de novos pratos dele e prometi que o ajudaria a abrir um restaurante, a expandir sua reputação. Só assim ele aceitou trabalhar como nosso chef particular, para ter mais tempo para criar novos pratos.Ao ouvir isso, Luiza finalmente entendeu que o chef da Mansão Jardim tinha uma história importante por trás. Ela nunca havia perguntado antes; só achava que a comida dele era deliciosa. Mas, pelo visto, Miguel tinha feito várias promessas a ele.— Você foi muito atencioso. — Melissa sorriu.Miguel disse:— Se a senhora gostar da comida, posso pedir para o chef vir todos os dias e preparar as três refeições para vocês. Qualquer outra necessidade que tiver, é só me dizer; se estiver ao meu alcance, farei de tudo para atender.Ele estava tentando agradar Melissa.Meliss
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.