No início, ela estava sempre sendo intimidada. Mais tarde, um dia, chegaram duas mulheres na prisão. Elas não se aproximavam dela, mas sempre que ela estava em perigo, essas duas mulheres apareciam para salvá-la e depois desapareciam. Um dia, Luiza perguntou a elas por que a salvavam, e elas disseram que foram enviadas pelo chefe. Elas também lhe deram algo para comer. Luiza pensou que deveria ser Theozinho quem enviou as pessoas para lá, sabendo que ela estava sofrendo lá dentro. Miguel riu ao ouvir isso. Então as pessoas que ele enviou acabaram sendo creditadas ao Theo por engano? Não era de admirar que, depois de sair da prisão, ela dependesse tanto do Theo... Depois de comer, Luiza voltou ao quarto para desenhar. Miguel entrou com uma bacia de morangos lavados e colocou ao lado dela. Luiza olhou para ele e levantou os olhos. - Você não vai embora? Essa frase soou como uma ordem para ele sair, e Miguel, com uma expressão fria, disse: - Acabei de arrumar a me
Luiza parou de morder o sanduíche, sem querer dar atenção a ele, mas ao ver seu olhar desapontado, não conseguiu evitar o sarcasmo:- Quando eu corria atrás de você, preparava refeições todos os dias, cuidava de você em casa, e no frio, providenciava roupas grossas. Alguma vez você se sentiu tocado?Miguel ficou surpreso e se inclinou sobre a mesa para olhá-la profundamente nos olhos, dizendo seriamente:- Sim, fiquei tocado. Caso contrário, por que agora eu não quero te deixar?Os cílios de Luiza tremeram como asas de borboleta. De repente, ela não ousou olhar para ele nos olhos e, com um tom suspeito, disse:- Saia.- Está envergonhada? - Ele riu.- Não!- Como não? Suas orelhas estão vermelhas.Luiza ficou surpresa, instintivamente cobriu as orelhas, depois percebeu o olhar malicioso dele e se deu conta de que havia caído na provocação.Seu rosto ficou vermelho de raiva, e ela não conseguiu evitar gritar:- Miguel!- Aqui estou. - Miguel não conseguiu conter o riso.Luiza realmente
Luana e Simão estavam sentados nas cadeiras principais. Ela se aproximou e chamou: - Luana, Sr. Simão.Enquanto Luana era chamada pelo nome, Simão era tratado como "senhor". O semblante de Simão mudou um pouco e, sorrindo, disse: - Por que hoje me chama de senhor? Antes, sempre me chamava de Simão.- Você é meu superior, afinal. - Luiza sorriu. Luana disse: - Se sente, por favor.Mal Luiza se sentou, ouviu a assistente de Luana dizer: - Srta. Luana, a Nanda está lá fora. Ela quer falar com o Sr. Simão.Ao ouvir o nome de Nanda, o sorriso de Luana desapareceu.- Essa mulher de novo, parece uma sombra que não some!- Simão, você não pode de jeito nenhum ver ela novamente. Não temos medo dela fingir ser inocente, temos medo dela te armar. Ela não está bem de saúde, se você a encontrar, ela pode facilmente te enrolar. - Luana advertiu Simão.Simão ficou com a expressão séria, dizendo:- Irmã, não se preocupe, não acredito mais nela.Nanda estava cheia de mentiras, Simão só sentia re
Ele deu um gole na bebida e disse calmamente: - Finja que eu não disse nada.O rosto de Nanda mudou drasticamente. Nesse momento, o gerente chegou com alguns seguranças, pediu desculpas a Luana e arrastou Nanda para fora.Os gritos agudos de Nanda ecoaram pelo corredor.Ela foi jogada para fora, seus olhos estavam vermelhos de raiva.Ela nunca tinha imaginado que teria um dia como esse. Apenas seis meses atrás, ela era uma mulher com tudo, e agora, hoje, ela não tinha mais nada.Agora, ela só queria que Simão a mandasse para o exterior, porque sua conta tinha sido congelada.Dois dias antes, por causa do rompimento do noivado com Simão, e depois de Miguel ter esclarecido que não tinham nenhuma relação com ela.A empresa de Nanda de repente recebeu uma enxurrada de cancelamentos, com alguns clientes alegando que os escândalos dela tinham prejudicado os negócios e estavam exigindo compensação, a levando ao tribunal. Por isso, seus bens foram temporariamente congelados.Nanda não queria
Miguel estava voltando para casa, quando avistou um restaurante italiano na rua. Se lembrando do amor de Luiza pelo espaguete ao molho de tomate daquele lugar, pediu a Eduardo que descesse para comprar.Naquela noite, ele tinha um compromisso social e havia bebido um pouco, soltando a gravata e se recostando na janela para sentir a brisa noturna. Desejava dissipar o cheiro de álcool para que Luiza não reclamasse mais tarde.Foi nesse instante que seu celular tocou. Miguel olhou e viu que era uma mensagem de vídeo, onde a imagem congelada mostrava Luiza sendo amparada por um homem. Seu semblante escureceu ao abrir o vídeo e ver Luiza recostada no colo de Simão, sendo ajudada a entrar em um carro. Seu rosto imediatamente se tornou sombrio.Eduardo voltou e informou: - Sr. Miguel, a restaurante disse que o espaguete ao molho de tomate acabou hoje à noite. Podemos pegar um espaguete de frutos do mar?Miguel, com uma gravata discretamente estampada, permaneceu impassível no carro. -
Luiza estava sendo abraçada por um homem, e ela se sentia um pouco desconfortável, querendo se desvencilhar, então o empurrou.Miguel não permitiu, usou um pouco de força para a manter presa em seus braços e lançou um olhar sombrio para Simão.Simão estava chocado, sem conseguir dizer uma palavra.Após um momento, ele balançou a cabeça. - Não pode ser, ela me disse que não gosta de você.- Você acredita mesmo em coisas ditas em brigas de casais? - Miguel riu sarcasticamente. - Sr. Simão, se você não acredita, pode dar uma olhada nesta casa e ver se há apenas as coisas de Luiza aqui.Simão olhou ao redor.Havia chinelos masculinos e femininos na entrada, os copos na cozinha estavam todos em pares, e no sofá havia um casaco masculino e algumas revistas de finanças.Realmente parecia a casa de um casal que vivia junto. Chocado, ele perguntou: - Vocês estão morando juntos agora?- Claro, esta é a casa da minha esposa, também é minha casa. Quanto a você, pode ir embora agora. - Miguel deu
Essa voz fez com que Miguel sentisse uma corrente elétrica percorrendo seu corpo. Ele estava há muito tempo sem sexo e perdeu o controle, se tornando frenético...- Miguel, você enlouqueceu? - Luiza gemeu de dor, o repreendendo com a voz rouca.- Desculpe, faz muito tempo para mim...Ele não conseguia parar.- Sai de cima de mim... - Luiza disse, irritada.- Uma vez só não é suficiente.Ele virou o rosto dela para si e a beijou novamente.Luiza estava sendo agitada demais, quase desmontando. Com raiva, ela ergueu a cabeça e mordeu o pescoço dele.Miguel não ficou bravo, ele até gostou bastante. Em vez de uma resposta apática, ele preferia uma interação. Com um movimento rápido, ele a puxou para cima, a colocando em seu colo.Luiza ficou assustada e se sentiu extremamente envergonhada, tentando cobrir o peito com as mãos.Miguel riu. - Para que se cobrir? Onde eu ainda não vi?Luiza ficou com o rosto vermelho de raiva e deu a ele um tapa no rosto.O som ecoou, deixando o ambiente em u
Miguel murmurou vagamente: - Várias vezes, talvez.- Você é um canalha!Luiza estava furiosa, ele se aproveitou dela quando estava bêbada.Miguel retrucou: - Você estava satisfeita na noite passada.- Como eu poderia estar satisfeita?- Você me abraçou com força.Luiza piscou os olhos, negando veementemente:- Isso deve ter sido uma reação física, não meus verdadeiros sentimentos.- Mesmo assim, você estava satisfeita.Seu olhar era sedutor, afinal, ambos estavam se divertindo.De repente, Luiza não sabia o que dizer, apenas sentia que permitir ele morando ali era um erro, ele poderia devorar ela a qualquer momento!Ela estava prestes a mandar ele embora, quando a campainha tocou.- Quem poderia ser tão cedo? - Miguel perguntou a ela.- Como eu vou saber? - Luiza respondeu irritada. - Pode ser o Eduardo procurando de você.- Eu vou dar uma olhada.Miguel se levantou e saiu.Assim que ele abriu a porta, Simão entrou preocupado.- Luiza, você está bem?Vendo Miguel dentro da casa, ele
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que