Ele deu um gole na bebida e disse calmamente: - Finja que eu não disse nada.O rosto de Nanda mudou drasticamente. Nesse momento, o gerente chegou com alguns seguranças, pediu desculpas a Luana e arrastou Nanda para fora.Os gritos agudos de Nanda ecoaram pelo corredor.Ela foi jogada para fora, seus olhos estavam vermelhos de raiva.Ela nunca tinha imaginado que teria um dia como esse. Apenas seis meses atrás, ela era uma mulher com tudo, e agora, hoje, ela não tinha mais nada.Agora, ela só queria que Simão a mandasse para o exterior, porque sua conta tinha sido congelada.Dois dias antes, por causa do rompimento do noivado com Simão, e depois de Miguel ter esclarecido que não tinham nenhuma relação com ela.A empresa de Nanda de repente recebeu uma enxurrada de cancelamentos, com alguns clientes alegando que os escândalos dela tinham prejudicado os negócios e estavam exigindo compensação, a levando ao tribunal. Por isso, seus bens foram temporariamente congelados.Nanda não queria
Miguel estava voltando para casa, quando avistou um restaurante italiano na rua. Se lembrando do amor de Luiza pelo espaguete ao molho de tomate daquele lugar, pediu a Eduardo que descesse para comprar.Naquela noite, ele tinha um compromisso social e havia bebido um pouco, soltando a gravata e se recostando na janela para sentir a brisa noturna. Desejava dissipar o cheiro de álcool para que Luiza não reclamasse mais tarde.Foi nesse instante que seu celular tocou. Miguel olhou e viu que era uma mensagem de vídeo, onde a imagem congelada mostrava Luiza sendo amparada por um homem. Seu semblante escureceu ao abrir o vídeo e ver Luiza recostada no colo de Simão, sendo ajudada a entrar em um carro. Seu rosto imediatamente se tornou sombrio.Eduardo voltou e informou: - Sr. Miguel, a restaurante disse que o espaguete ao molho de tomate acabou hoje à noite. Podemos pegar um espaguete de frutos do mar?Miguel, com uma gravata discretamente estampada, permaneceu impassível no carro. -
Luiza estava sendo abraçada por um homem, e ela se sentia um pouco desconfortável, querendo se desvencilhar, então o empurrou.Miguel não permitiu, usou um pouco de força para a manter presa em seus braços e lançou um olhar sombrio para Simão.Simão estava chocado, sem conseguir dizer uma palavra.Após um momento, ele balançou a cabeça. - Não pode ser, ela me disse que não gosta de você.- Você acredita mesmo em coisas ditas em brigas de casais? - Miguel riu sarcasticamente. - Sr. Simão, se você não acredita, pode dar uma olhada nesta casa e ver se há apenas as coisas de Luiza aqui.Simão olhou ao redor.Havia chinelos masculinos e femininos na entrada, os copos na cozinha estavam todos em pares, e no sofá havia um casaco masculino e algumas revistas de finanças.Realmente parecia a casa de um casal que vivia junto. Chocado, ele perguntou: - Vocês estão morando juntos agora?- Claro, esta é a casa da minha esposa, também é minha casa. Quanto a você, pode ir embora agora. - Miguel deu
Essa voz fez com que Miguel sentisse uma corrente elétrica percorrendo seu corpo. Ele estava há muito tempo sem sexo e perdeu o controle, se tornando frenético...- Miguel, você enlouqueceu? - Luiza gemeu de dor, o repreendendo com a voz rouca.- Desculpe, faz muito tempo para mim...Ele não conseguia parar.- Sai de cima de mim... - Luiza disse, irritada.- Uma vez só não é suficiente.Ele virou o rosto dela para si e a beijou novamente.Luiza estava sendo agitada demais, quase desmontando. Com raiva, ela ergueu a cabeça e mordeu o pescoço dele.Miguel não ficou bravo, ele até gostou bastante. Em vez de uma resposta apática, ele preferia uma interação. Com um movimento rápido, ele a puxou para cima, a colocando em seu colo.Luiza ficou assustada e se sentiu extremamente envergonhada, tentando cobrir o peito com as mãos.Miguel riu. - Para que se cobrir? Onde eu ainda não vi?Luiza ficou com o rosto vermelho de raiva e deu a ele um tapa no rosto.O som ecoou, deixando o ambiente em u
Miguel murmurou vagamente: - Várias vezes, talvez.- Você é um canalha!Luiza estava furiosa, ele se aproveitou dela quando estava bêbada.Miguel retrucou: - Você estava satisfeita na noite passada.- Como eu poderia estar satisfeita?- Você me abraçou com força.Luiza piscou os olhos, negando veementemente:- Isso deve ter sido uma reação física, não meus verdadeiros sentimentos.- Mesmo assim, você estava satisfeita.Seu olhar era sedutor, afinal, ambos estavam se divertindo.De repente, Luiza não sabia o que dizer, apenas sentia que permitir ele morando ali era um erro, ele poderia devorar ela a qualquer momento!Ela estava prestes a mandar ele embora, quando a campainha tocou.- Quem poderia ser tão cedo? - Miguel perguntou a ela.- Como eu vou saber? - Luiza respondeu irritada. - Pode ser o Eduardo procurando de você.- Eu vou dar uma olhada.Miguel se levantou e saiu.Assim que ele abriu a porta, Simão entrou preocupado.- Luiza, você está bem?Vendo Miguel dentro da casa, ele
Ao avistar a figura solitária dele, Miguel sorriu triunfante, sentindo o alívio de sua mágoa se dissipar por completo. Se virou e regressou ao quarto.Ao entrar, um travesseiro voou em sua direção.Miguel o interceptou no ar e disse com um sorriso: - Tão irritada logo de manhã cedo?- O que você estava dizendo para ele? - Luiza perguntou furiosa. - Quem disse que você é meu homem? Está inventando coisas!- Eu disse aquelas coisas só porque não quero mais ele te incomodando.Miguel se aproximou, a vendo ainda estava furiosa, e segurou seu queixo, dizendo: - Você quer que ele continue te importunando?Luiza resmungou, sem dizer uma palavra.Miguel pensou que ela queria que o Simão continuasse a incomodar ela e, com uma expressão sombria, disse: - Não ouse nem pensar nisso.Luiza franziu a testa.O que ele estava falando?Antes que ela pudesse pensar em uma resposta, ele segurou seu queixo e disse friamente: - Entendeu? Não quero você se envolvendo com ele.- Por que eu deveria ouvir
- Aqui está.Miguel entregou o tubo de pomada para ela.Ela deu uma olhada no tubo de pomada e perguntou: - O que é isso?- Para usar ali.Luiza sentiu seu rosto esquentar e, com a expressão fria, disse: - Eu não preciso disso.- Não seja teimosa, ontem à noite eu vi que estava inchado.Luiza sentiu o nervo em sua testa pulsar, estendeu a mão para o segurar. - Não fale mais.Vendo que ela não queria ouvir, Miguel não insistiu e mudou de assunto: - A situação do seu pai foi resolvida, os funcionários de Thomas se mudarão para a clínica em breve.- Entendi.- Vamos comer. - Miguel falou uma coisa após a outra, demonstrando preocupação por ela.Uma hora se passou, finalmente Miguel saiu.Luiza massageou a testa dolorida, arrumou suas coisas e foi visitar Marina.Marina já estava em casa cuidando do bebê.Quando Luiza entrou no quarto, Marina estava comendo cerejas e sorriu ao ver ela: - Lulu, venha comer cerejas.- Você está se sentindo melhor agora? Por que está tão animada?Luiza f
Luiza estava lá fora esperando por ele.Na estrada fria da montanha, um Mercedes-Benz se aproximava. Luiza achou que parecia familiar e olhou mais de perto.Antes que ela pudesse ver claramente quem estava dentro do carro, o carro parou por conta própria e abaixou o vidro, revelando uma dama elegantemente vestida com um conjunto claro.Era Helena.Seus cabelos longos estavam presos atrás da cabeça, muito elegante.Ao lado dela estava uma jovem e bela mulher, segurando a mão de Helena, parecendo ter um relacionamento próximo com ela.Luiza a reconheceu. Essa pessoa era Alice, uma aluna de Thomas.Alice também viu Luiza.Os olhares das duas se encontraram.Houve um lampejo nos olhos de Alice enquanto ela acenava para Luiza.Luiza também acenou de volta.Helena perguntou: - Vocês duas se conhecem?- O pai da Sra. Luiza é paciente do professor Thomas, nós nos conhecemos. - Respondeu Alice docilmente.Helena ficou com uma expressão complexa e perguntou a Luiza: - Luiza, o que você está fa
— Bisavó, a Maria e as outras também vão! Parece que vai ser necessário preparar mais comida! — Felipinho também estava muito animado e se virou para Melissa, dizendo isso.Assim, os três se tornaram parte de um grupo maior.Miguel estava à parte, com o rosto fechado.Ele queria sair com a esposa e o filho para passar mais tempo com Luiza.Mas não esperava que Felipinho tivesse convidado a família de Francisco também. Agora, o grupo estava bem maior, e ele imaginava que seria difícil até mesmo conversar.No entanto, o que ninguém esperava era que Priscila também tivesse chamado Elias.Miguel, Luiza e Felipinho estavam em um carro.Já Francisco estava em uma situação mais difícil. Provavelmente, por ter causado algum problema com Priscila na noite anterior, ela não quis andar com ele. Ela pegou Maria no colo e entrou no carro de Elias.Francisco ficou sozinho e, com o rosto fechado, deu ordens ao motorista para seguir.Meia hora depois, o grupo chegou ao parque de diversões.Assim que s
— O tio Elias é muito legal, bonito e engraçado. Eu pensei que, se o papai e a mamãe ficassem juntos, então eu poderia me casar com o tio Elias. Não seria perfeito?Francisco ficou com uma expressão sombria e respondeu, aborrecido:— Você se casar com ele? Isso eu não aceito.— Mas o tio Elias é tão legal...— Quieta! De qualquer forma, é impossível você se casar com ele. Nem você, nem sua mãe. — Francisco a interrompeu, impedindo ela de elogiar Elias.Maria fez um biquinho e foi carregada por Francisco até o andar de baixo.Ao descer, percebeu que a sala estava cheia de gente e que provavelmente todos ouviram o que ele disse lá em cima. Francisco ficou um pouco embaraçado.Maria, no entanto, não se incomodou. Ela se desvencilhou dos braços de Francisco e correu até onde estava Felipinho.— Felipinho.Felipinho cruzou os braços e levantou uma sobrancelha, olhando para Maria.— Você quer se casar com aquele tio Elias?Maria ficou com o rosto vermelho.— Não posso? Ele é tão bonito.— Eu
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então
Melissa assentiu.— Mas um chef assim não deveria ter grandes ambições? Ele realmente não quer fama e fortuna e está disposto a ser o chef particular de vocês?— No começo, ele também não queria, mas eu apoio o desenvolvimento de novos pratos dele e prometi que o ajudaria a abrir um restaurante, a expandir sua reputação. Só assim ele aceitou trabalhar como nosso chef particular, para ter mais tempo para criar novos pratos.Ao ouvir isso, Luiza finalmente entendeu que o chef da Mansão Jardim tinha uma história importante por trás. Ela nunca havia perguntado antes; só achava que a comida dele era deliciosa. Mas, pelo visto, Miguel tinha feito várias promessas a ele.— Você foi muito atencioso. — Melissa sorriu.Miguel disse:— Se a senhora gostar da comida, posso pedir para o chef vir todos os dias e preparar as três refeições para vocês. Qualquer outra necessidade que tiver, é só me dizer; se estiver ao meu alcance, farei de tudo para atender.Ele estava tentando agradar Melissa.Meliss
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.