Miguel era realmente muito poderoso. Não conseguindo resolver o problema com ela, ele foi resolver com a Nanda, e a Nanda, de fato, sabia exatamente como agir, fazendo tudo o que Miguel lhe pedia. Luiza só podia admirar a flexibilidade dela. Mas Luiza tinha dito que nunca mais lhe devia nada, então balançou a cabeça e disse calmamente:- Eu confesso.As pupilas de Geraldo se dilataram.- Você só precisa mudar seu depoimento para sair daqui, por que se sujeitar a isso?- Eu não quero dever nada a ele. - Luiza sorriu levemente e mudou de assunto. - Eu pedi para vê-lo para poder contatar a Mari. Você pode ligar para ela para mim?Geraldo olhou para ela, sem entender o motivo, sentindo que ela parecia não ter mais vontade de viver, e por um momento se sentiu comovido, então pegou o telefone e ligou para Marina. Ele colocou no viva-voz.Assim que o telefone atendeu, Marina perguntou entre lágrimas:- Geraldo, você viu a Lulu? Como ela está?Ouvindo o choro de Marina, Luiza sorriu e diss
Mas Luiza se recusou a vê-lo.Miguel recebeu essa notícia enquanto esperava do lado de fora, seu coração tremeu, suas mãos tremiam.- Não é possível, como ela pode se recusar a me ver? Vá perguntar novamente.- Miguel! - Geraldo não aguentava mais, o puxou para fora da delegacia. - Deixe para lá, ela não te quer mais, você precisa respeitar isso.Os ouvidos de Miguel zumbiam, seu coração doía como se estivesse sendo perfurado por facas.- Em 30 anos, só amei uma mulher. Ela deu tudo por mim, até ficou grávida de mim. Como posso deixá-la ir?- Mas agora ela não te quer mais.Essas palavras eram como flechas perfurando seu coração, Miguel sentiu um gosto metálico de sangue em sua garganta. Quando tentou falar, acabou cuspindo sangue...Ele desmaiou.Depois de dias sem descanso e sem sono, lidando com os problemas de Luiza e esperando para vê-la, seu corpo finalmente cedeu.Em seus sonhos, ele viu Luiza dizendo alegremente:“- Miguel, eu gosto de você. - Depois, ela disse. - Miguel, eu n
6 meses depois. De manhã cedo. Miguel acordou de um pesadelo, olhou para o calendário ao lado e viu um círculo vermelho em volta da data, indicando que Luiza sairia da prisão hoje. Miguel não pôde evitar se sentir um pouco feliz. Ele se levantou, se lavou e escolheu um terno que ela havia comprado para ele. Diante do espelho, fez a barba e se olhou várias vezes, se certificando de que seu terno estava impecável e sua aparência era impressionante, antes de entrar no carro de luxo para buscá-la na prisão. Quando ele chegou, Luiza estava saindo da prisão. Ela usava o mesmo tailleur que usava quando chegou, carregando uma mala, caminhando graciosamente para fora dos portões de ferro, com um olhar tranquilo. - Luiza. - Miguel desceu do carro, chamando seu nome com uma voz rouca. Luiza olhou para ele sem nenhuma expressão. Nesse momento, um carro parou na frente de Luiza, a janela desceu e revelou o rosto frio e encantador de Theo. - Luiza, eu vim te buscar. Luiza sor
Depois, ela percebeu que algo estava errado. Sob pressão, alguma pessoa finalmente lhe contou que ela tinha ofendido alguém que não devia, e por isso havia quem quisesse acertar as contas com ela.Luiza pensou um pouco e logo soube que era Nanda.Afinal, Nanda queria sua morte.Na prisão, ela enfrentava constantemente pessoas que vinham lhe causar problemas, e no começo foi muito difícil, pois precisava estar sempre em alerta.Mais tarde, Theo mandou algumas pessoas para cuidar dela, e essa situação foi resolvida.- Eu não fiz nada, não me culpe injustamente. - Nanda, claro, não admitiria, e disse suavemente. - Aquela coisa de me empurrar no mar foi um erro seu, mas até agora você não me pediu desculpas.- Pare de fingir. - Luiza sentiu náusea ao vê-la com aquela aparência frágil e disse friamente. - Eu sei que foi você.- Você tem provas? - Nanda a questionou, ainda com um olhar inocente.Ela fez tudo de forma muito secreta, Luiza nunca conseguiria descobrir quem fez isso, no máximo
Ali.Uma sombra alta cobriu a visão de Luiza, um homem a olhava com um olhar misto de ternura e curiosidade.- O que você está fazendo aqui?- Se eu dissesse que vim dar meus parabéns à Srta. Nanda, você acreditaria? - Luiza levantou a taça de vinho, sorrindo.- Você acha que eu acreditaria? - Miguel olhou para ela. - Luiza, você veio aqui para fazer o quê, afinal?Ele não queria que ela fizesse nenhuma besteira, olhou fixamente para ela, tentando ler algo em seus olhos. Mas, além do sorriso, seus olhos não mostravam nenhuma emoção, frios e distantes.- Presidente Miguel, não somos tão próximos assim. É melhor você me chamar de Srta. Luiza. - Dito isso, ela viu a Nanda subir as escadas, colocou a taça de vinho de lado e se preparou para sair.Miguel deu alguns passos rápidos e segurou seu pulso ao lado das plantas.- Luiza.Luiza ficou tensa, seu corpo endureceu no momento em que foi puxada. Ela levantou a cabeça para olhar para ele, com desgosto nos olhos.- Sr. Miguel, me solte.- P
Claro que no final realmente não descobriram quem era.Aquela mulher chefe disse que era um homem que queria acabar com ela.Nanda era uma pessoa esperta, se ela quisesse matá-la, nunca faria isso pessoalmente, caso contrário, não deixaria provas, certo?Mas Luiza estava convencida de que era Nanda.Nanda queria sua morte.Ela não apenas a feriu assim, como também queria matá-la.Desde aquele dia, Luiza ficou mais vigilante e mais silenciosa.Quem quer que a atacasse, ela reagia com ferocidade, batendo até destruir o oponente, um por um, até que ninguém mais ousasse mexer com ela.Depois, Theo soube da situação dela e enviou algumas pessoas para cuidar dela, ajudando ela a remover obstáculos, então ela teve tempo para se concentrar em desenhar.Quinze dias atrás, ela já havia enviado o esboço mais recente de seu design, e em poucos dias, sua obra seria exibida no desfile de moda.Dez minutos depois.Luiza desceu as escadas usando um longo vestido branco e uma máscara de penas.Ela quer
Sua pele era tão branca e delicada como a neve, seus olhos eram claros e calorosos. Ela olhou para Miguel com uma intensidade que, em um segundo, se dissipou, se tornando graciosa e charmosa, e sorriu para Simão. Simão ficou surpreso.- Como é que é você? Luiza estava prestes a falar quando Nanda desceu correndo as escadas, com o cabelo um pouco desarrumado, e disse com um tom de mágoa: - Simão, acabei de ser trancada lá em cima. A primeira coisa que ela fez foi acusar Luiza. Simão viu o olhar de Nanda, quase chorando, e imediatamente ficou preocupado, segurando ela e encarando Luiza.- O que você fez com a Nanda? - Eu não fiz nada. - Luiza respondeu inocentemente, piscando para Simão. Simão sentiu algo estranho e desviou o olhar.- Você não fez nada, por que apareceu vestida igual à Nanda? Você fez de propósito, não foi? Quer destruir meu noivado com a Nanda? - O que eu fiz? - Luiza perguntou sorrindo. - Eu só subi para trocar de roupa, desci e você me puxou para a pista de d
Ele foi vê-la muitas vezes, mas ela nunca quis vê-lo. Ouviu dizer que ela estava sendo intimidada lá dentro, então ele enviou pessoas para lidar com aqueles que a estavam perturbando e colocou alguém ao lado dela, apenas para protegê-la de longe, sem que ela soubesse. Ouviu dizer que ela cresceu muito, que comia bem todos os dias e enfrentava aqueles que a intimidavam com muita força. Ouviu dizer que os homens de Theo trouxeram desenhos e materiais para ela, e ela frequentemente desenhava lá dentro.Depois, Miguel conseguiu para ela um trabalho leve na lavanderia da prisão, para que ela pudesse ficar lá todos os dias desenhando em paz. Ao ouvir que ela estava vivendo bem, ele ficou aliviado, pelo menos ela não estava sem esperança.- O que isso tem a ver com você? - O rosto sereno de Luiza mostrava um leve sorriso, mas seus olhos estavam frios.- Eu só estou preocupado com você... - Sua garganta parecia estar entupida com algodão, como se tivesse muito a dizer, mas não soubesse por
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que