Os olhos de Miguel mudaram várias vezes, e seu coração estava cheio de medo, mas ele não ousava irritá-la. Pacientemente, ele disse:- Se você não quer se desculpar, então não iremos. Tudo pode ser discutido. Desça, e nós podemos conversar, tudo bem?- Não está tudo bem. - Luiza olhou para ele, seus olhos estavam frios. - Miguel, eu nunca mais vou ouvir você. Não vou deixar você me controlar novamente, nem vou dever favores a você.Embora seu tom fosse muito calmo, Miguel entendeu o que ela queria dizer. Seu coração apertou, e ele respondeu com uma voz profunda:- Eu não preciso que você me deva nada. Só não quero que você se machuque.- Mas o que eu posso fazer? Eu simplesmente não quero dever nada a você.- O que você quer dizer? - Miguel não entendeu. Quando ele estava prestes a perguntar, alguns policiais entraram.- Quem chamou a polícia? - Um dos policiais perguntou.- Fui eu. - Respondeu Luiza da árvore.Miguel não entendia por que ela havia chamado a polícia. Quando estava pres
Miguel era realmente muito poderoso. Não conseguindo resolver o problema com ela, ele foi resolver com a Nanda, e a Nanda, de fato, sabia exatamente como agir, fazendo tudo o que Miguel lhe pedia. Luiza só podia admirar a flexibilidade dela. Mas Luiza tinha dito que nunca mais lhe devia nada, então balançou a cabeça e disse calmamente:- Eu confesso.As pupilas de Geraldo se dilataram.- Você só precisa mudar seu depoimento para sair daqui, por que se sujeitar a isso?- Eu não quero dever nada a ele. - Luiza sorriu levemente e mudou de assunto. - Eu pedi para vê-lo para poder contatar a Mari. Você pode ligar para ela para mim?Geraldo olhou para ela, sem entender o motivo, sentindo que ela parecia não ter mais vontade de viver, e por um momento se sentiu comovido, então pegou o telefone e ligou para Marina. Ele colocou no viva-voz.Assim que o telefone atendeu, Marina perguntou entre lágrimas:- Geraldo, você viu a Lulu? Como ela está?Ouvindo o choro de Marina, Luiza sorriu e diss
Mas Luiza se recusou a vê-lo.Miguel recebeu essa notícia enquanto esperava do lado de fora, seu coração tremeu, suas mãos tremiam.- Não é possível, como ela pode se recusar a me ver? Vá perguntar novamente.- Miguel! - Geraldo não aguentava mais, o puxou para fora da delegacia. - Deixe para lá, ela não te quer mais, você precisa respeitar isso.Os ouvidos de Miguel zumbiam, seu coração doía como se estivesse sendo perfurado por facas.- Em 30 anos, só amei uma mulher. Ela deu tudo por mim, até ficou grávida de mim. Como posso deixá-la ir?- Mas agora ela não te quer mais.Essas palavras eram como flechas perfurando seu coração, Miguel sentiu um gosto metálico de sangue em sua garganta. Quando tentou falar, acabou cuspindo sangue...Ele desmaiou.Depois de dias sem descanso e sem sono, lidando com os problemas de Luiza e esperando para vê-la, seu corpo finalmente cedeu.Em seus sonhos, ele viu Luiza dizendo alegremente:“- Miguel, eu gosto de você. - Depois, ela disse. - Miguel, eu n
6 meses depois. De manhã cedo. Miguel acordou de um pesadelo, olhou para o calendário ao lado e viu um círculo vermelho em volta da data, indicando que Luiza sairia da prisão hoje. Miguel não pôde evitar se sentir um pouco feliz. Ele se levantou, se lavou e escolheu um terno que ela havia comprado para ele. Diante do espelho, fez a barba e se olhou várias vezes, se certificando de que seu terno estava impecável e sua aparência era impressionante, antes de entrar no carro de luxo para buscá-la na prisão. Quando ele chegou, Luiza estava saindo da prisão. Ela usava o mesmo tailleur que usava quando chegou, carregando uma mala, caminhando graciosamente para fora dos portões de ferro, com um olhar tranquilo. - Luiza. - Miguel desceu do carro, chamando seu nome com uma voz rouca. Luiza olhou para ele sem nenhuma expressão. Nesse momento, um carro parou na frente de Luiza, a janela desceu e revelou o rosto frio e encantador de Theo. - Luiza, eu vim te buscar. Luiza sor
Depois, ela percebeu que algo estava errado. Sob pressão, alguma pessoa finalmente lhe contou que ela tinha ofendido alguém que não devia, e por isso havia quem quisesse acertar as contas com ela.Luiza pensou um pouco e logo soube que era Nanda.Afinal, Nanda queria sua morte.Na prisão, ela enfrentava constantemente pessoas que vinham lhe causar problemas, e no começo foi muito difícil, pois precisava estar sempre em alerta.Mais tarde, Theo mandou algumas pessoas para cuidar dela, e essa situação foi resolvida.- Eu não fiz nada, não me culpe injustamente. - Nanda, claro, não admitiria, e disse suavemente. - Aquela coisa de me empurrar no mar foi um erro seu, mas até agora você não me pediu desculpas.- Pare de fingir. - Luiza sentiu náusea ao vê-la com aquela aparência frágil e disse friamente. - Eu sei que foi você.- Você tem provas? - Nanda a questionou, ainda com um olhar inocente.Ela fez tudo de forma muito secreta, Luiza nunca conseguiria descobrir quem fez isso, no máximo
Ali.Uma sombra alta cobriu a visão de Luiza, um homem a olhava com um olhar misto de ternura e curiosidade.- O que você está fazendo aqui?- Se eu dissesse que vim dar meus parabéns à Srta. Nanda, você acreditaria? - Luiza levantou a taça de vinho, sorrindo.- Você acha que eu acreditaria? - Miguel olhou para ela. - Luiza, você veio aqui para fazer o quê, afinal?Ele não queria que ela fizesse nenhuma besteira, olhou fixamente para ela, tentando ler algo em seus olhos. Mas, além do sorriso, seus olhos não mostravam nenhuma emoção, frios e distantes.- Presidente Miguel, não somos tão próximos assim. É melhor você me chamar de Srta. Luiza. - Dito isso, ela viu a Nanda subir as escadas, colocou a taça de vinho de lado e se preparou para sair.Miguel deu alguns passos rápidos e segurou seu pulso ao lado das plantas.- Luiza.Luiza ficou tensa, seu corpo endureceu no momento em que foi puxada. Ela levantou a cabeça para olhar para ele, com desgosto nos olhos.- Sr. Miguel, me solte.- P
Claro que no final realmente não descobriram quem era.Aquela mulher chefe disse que era um homem que queria acabar com ela.Nanda era uma pessoa esperta, se ela quisesse matá-la, nunca faria isso pessoalmente, caso contrário, não deixaria provas, certo?Mas Luiza estava convencida de que era Nanda.Nanda queria sua morte.Ela não apenas a feriu assim, como também queria matá-la.Desde aquele dia, Luiza ficou mais vigilante e mais silenciosa.Quem quer que a atacasse, ela reagia com ferocidade, batendo até destruir o oponente, um por um, até que ninguém mais ousasse mexer com ela.Depois, Theo soube da situação dela e enviou algumas pessoas para cuidar dela, ajudando ela a remover obstáculos, então ela teve tempo para se concentrar em desenhar.Quinze dias atrás, ela já havia enviado o esboço mais recente de seu design, e em poucos dias, sua obra seria exibida no desfile de moda.Dez minutos depois.Luiza desceu as escadas usando um longo vestido branco e uma máscara de penas.Ela quer
Sua pele era tão branca e delicada como a neve, seus olhos eram claros e calorosos. Ela olhou para Miguel com uma intensidade que, em um segundo, se dissipou, se tornando graciosa e charmosa, e sorriu para Simão. Simão ficou surpreso.- Como é que é você? Luiza estava prestes a falar quando Nanda desceu correndo as escadas, com o cabelo um pouco desarrumado, e disse com um tom de mágoa: - Simão, acabei de ser trancada lá em cima. A primeira coisa que ela fez foi acusar Luiza. Simão viu o olhar de Nanda, quase chorando, e imediatamente ficou preocupado, segurando ela e encarando Luiza.- O que você fez com a Nanda? - Eu não fiz nada. - Luiza respondeu inocentemente, piscando para Simão. Simão sentiu algo estranho e desviou o olhar.- Você não fez nada, por que apareceu vestida igual à Nanda? Você fez de propósito, não foi? Quer destruir meu noivado com a Nanda? - O que eu fiz? - Luiza perguntou sorrindo. - Eu só subi para trocar de roupa, desci e você me puxou para a pista de d
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então
Melissa assentiu.— Mas um chef assim não deveria ter grandes ambições? Ele realmente não quer fama e fortuna e está disposto a ser o chef particular de vocês?— No começo, ele também não queria, mas eu apoio o desenvolvimento de novos pratos dele e prometi que o ajudaria a abrir um restaurante, a expandir sua reputação. Só assim ele aceitou trabalhar como nosso chef particular, para ter mais tempo para criar novos pratos.Ao ouvir isso, Luiza finalmente entendeu que o chef da Mansão Jardim tinha uma história importante por trás. Ela nunca havia perguntado antes; só achava que a comida dele era deliciosa. Mas, pelo visto, Miguel tinha feito várias promessas a ele.— Você foi muito atencioso. — Melissa sorriu.Miguel disse:— Se a senhora gostar da comida, posso pedir para o chef vir todos os dias e preparar as três refeições para vocês. Qualquer outra necessidade que tiver, é só me dizer; se estiver ao meu alcance, farei de tudo para atender.Ele estava tentando agradar Melissa.Meliss
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?