Nanda foi obrigada a encarar Miguel.Seus olhos estavam úmidos de lágrimas quando ela disse, com uma expressão de compaixão: - Seu pai sempre foi muito bom para mim. Por causa dele, darei o meu melhor. E, além disso, não quero mais te ver sofrendo, irmão. Encontre outra mulher, uma que seja honesta. Muitas pessoas o amam e merecem seu amor. Você não precisa estar com aquela mulher...- Você está se referindo a você mesma? - Miguel riu friamente.Nanda estremeceu, o amor em seus olhos ficou evidente, gentil e apaixonado. - Sim, irmão, eu gosto de você. Vamos ficar juntos. No futuro, serei uma boa esposa...Sua mão subiu lentamente pelo rosto de Miguel.Mas Miguel a afastou com repulsa, falando friamente: - Eu nunca gostei de você e nunca vou gostar.Nanda ficou chocada, seus olhos se encheram de tristeza e pesar.Nesse momento, a porta foi aberta por alguém.Um homem bonito entrou e, ao ver Nanda sendo segurada por Miguel, seu rosto mudou e ele correu para perguntar: - O que está ac
Miguel se aproximou e a abraçou, podendo sentir claramente o tremor de seu corpo.- E a Nanda? - Luiza perguntou com a voz rouca.- Luiza. - Miguel acariciou seus cabelos. - As câmeras de segurança foram verificadas. Ela realmente não tocou no seu pai, foi ele mesmo que caiu.- Não! - Luiza não acreditava, levantou a cabeça, com as marcas das lágrimas em seu rosto ainda úmidas. - Antes do meu pai cair, a Nanda definitivamente disse algo a ele, por isso ele disse para eu não buscar vingança. O que exatamente ela disse?O corpo de Miguel ficou tenso, ele falou baixinho: - Eu não sei, não dá para ouvir claramente nas gravações.Miguel não ousava dizer a verdade.Se ele dissesse, eles realmente não poderiam mais estar juntos...O pânico em seu coração sobrepujava tudo, ele não ousava pensar mais adiante, nem falar, apenas murmurou suavemente: - Seu pai vai se recuperar, da última vez ele acordou, desta vez também vai.- Você está falando como se fosse fácil!Luiza, de repente, se soltou
No dia seguinte.Luiza acordou, parecendo bastante calma.Miguel abriu a porta e a viu trocando de roupa, foi até ela rapidamente e a segurou.- Por que está trocando de roupa para sair? Onde você quer ir?Ela virou a cabeça, como se tivesse deixado para trás todas as emoções negativas, e ficou extremamente calma.- Já estou internada no hospital há cerca de dez dias, posso sair.Miguel não sabia por que, mas sentiu que ela estava agindo de forma estranha, olhou para o rosto dela.Seus longos cabelos pretos não tinham nenhuma impureza, ali de pé, com o rosto tão branco quanto a neve, mas sem expressão, como se todas as emoções tivessem sido retiradas dela.- Luiza, no que está pensando?Miguel percebeu que não conseguia entender o que se passava em sua mente.Luiza levantou os olhos, olhando levemente para ele.- Não estou pensando em nada, só estou me sentindo melhor, não quero mais ficar no hospital.- Meu sogro ainda está internado aqui. - Miguel lembrou.A menção do sogro quase dei
Ele já havia percebido, notado que ela ainda não tinha dormido.Luiza disse com indiferença: - Eu estava pensando se posso ir trabalhar amanhã?- Só pensando nisso?- Sim, a vida está muito monótona, quero voltar para o estúdio, ter algo para fazer, para não ficar sempre pensando nessas coisas dolorosas. - Ela o lembrou intencionalmente de sua angústia.Nos olhos de Miguel, um lampejo de culpa surgiu, ele afagou sua cabeça.- Está bem, se você quer trabalhar, vá, mas você acabou de sofrer um aborto, não trabalhe por muito tempo.- Só foi um aborto, descansar dez dias já é suficiente.O tom de Luiza era tão monótono quanto sua expressão.Miguel pensou no bebê que se foi e a abraçou repentinamente.Luiza ficou muito desconfortável, encolheu-se, parecendo um corpo sem alma na escuridão.No dia seguinte.Luiza ouviu os ruídos ao seu redor, sabia que Miguel havia acordado.Ele se vestiu ao lado da cama, Luiza não se virou, virando as costas para ele.Depois de um tempo, ele se inclinou par
O segurança perguntou: - Sra. Luiza, as pessoas já estão no barco, onde a senhora está? Vamos te buscar.- Venha pela porta dos fundos da Luminar Joias, nos encontramos lá. Luiza estava sob a vigilância de Emerson agora, ele era responsável por levar ela ao trabalho e a buscar depois. Se ela optasse pela entrada principal, certamente seria descoberta por Emerson.Então ela trocou de roupa e desceu pela janela dos fundos. Felizmente, o estúdio delas ficava no terceiro andar, não era tão difícil descer. Ela pousou usando tênis, sentindo um pouco de dor na barriga, ainda se recuperando das sequelas do aborto.Ela segurou a barriga e correu para frente, usando uma máscara preta, e entrou no carro do segurança do Theo.As pessoas designadas por Theo para ela eram quatro homens robustos.Depois de pegar Luiza, os quatro a levaram para o navio, onde Nanda já estava amarrada, jogada no convés como um saco de trapos.Os olhos negros de Luiza se fixaram nela.Ao ver o rosto dela, Nanda abandon
Ela ainda estava rindo.Luiza segurou sua gola. - Nanda, o que você disse ao meu pai naquele dia? Você vai falar ou não?- Não vou falar. - Nanda riu, com sangue escorrendo do canto da boca.- Tudo bem, se você não vai falar, eu te mato!Nesse momento, Luiza perdeu o controle, um ódio louco brotou em seu coração.Ela estava prestes a matar ela, a agarrou pelo colarinho, a empurrou contra a grade e pressionou a cabeça dela para baixo. -Você vai falar ou não?Nanda tremia de medo, seus olhos se contorciam. - Luiza, assassinar é crime, se você me matar, sua vida acabou.- Você vai falar ou não? Luiza estava com os olhos vermelhos, prestes a empurrar ela.Nanda estava tão assustada que suas pernas fraquejaram. - Vou falar! Vou falar! Me solta...Luiza a puxou de volta e olhou friamente para ela. - Fale!O rosto de Nanda estava cheio de horror. Mas quando ela estava prestes a falar, uma voz fria e severa veio de longe. - Nanda!A voz ecoou repentinamente.Luiza se virou e viu um jove
Um som ecoou e Nanda caiu no mar.Seu rosto mudava repetidamente, mas era tarde demais, ela foi engolida pelas ondas, girando e desaparecendo completamente na superfície do mar...Com a queda de Nanda no mar, veio o grito dilacerante de Simão no ar: - Nanda!Ele gritou, puxou o gatilho da arma em suas mãos.O braço de Luiza foi atingido por uma bala, seu rosto ficou pálido, ela recuou para o lado, esperando silenciosamente pelo julgamento.- Nanda!Simão correu até lá, olhou para o mar, mas Nanda já tinha sido levada pelas ondas, sua figura não podia ser vista na névoa do mar.- Procurem por ela! - Simão ordenou, com os olhos vermelhos, segurando a gola da camisa de Luiza. - Por que você a empurrou para baixo?- Ela me devia. A expressão de Luiza era muito calma. Ela já tinha pensado nas consequências de matá-la. Se não pudesse se vingar, então a mataria, olho por olho.- Por que você é tão cruel?Simão quase queria a matar, suas veias estavam saltadas, ele tirou o seguro da arma e a
Miguel, com o rosto sombrio, se aproximou e a abraçou. - Você não está com medo? E se você realmente for presa, seu corpo aguentará?- Não aguentará, então é melhor eu morrer.Ela parecia não se importar com nada, e riu.Miguel ficou chocado, abaixou a cabeça e beijou seus cabelos. - Como posso deixar você morrer? Não fale bobagens. Fique aqui e descanse, eu vou lidar com isso por você.Ele estava prestes a sair.Mas Luiza o chamou:- Miguel.Miguel se virou, Luiza o olhou silenciosamente, seus olhos tão puros como se não houvesse impureza alguma. - Você não precisa mais me ajudar.Ele estava prestes a falar, mas ela continuou: - Desde o dia em que você se tornou cúmplice dela, eu não preciso mais que você faça nada por mim. Não importa o que você faça por mim, eu não ficarei comovida. Vocês são os responsáveis pela morte do meu pai, e eu nunca vou perdoar vocês.Luiza disse isso com muita calma.Miguel sentiu um aperto no coração, voltou e a abraçou. - Não é assim, as coisas não