- Não! - Luiza chorou, negando veementemente. - Eu não estou tentando ficar com ninguém, estou apenas infeliz ao seu lado, então quero sair, não tem nada a ver com outra pessoa.- Eu já disse, não permiti que você saísse daqui. - Miguel olhou para as lágrimas dela e, lentamente, soltou o queixo dela, dizendo palavra por palavra. - Não quero ver você chorar. Agora vá lá em cima, lave o rosto, a partir de hoje, você vai morar aqui, não vai a lugar nenhum.- Eu não quero!- Não estou pedindo sua opinião novamente. - Miguel tinha um olhar sombrio.Luiza ficou na frente dele, com lágrimas nos olhos, parecendo desolada.- Eu disse, não quero ficar com você, quero ir para a América, você não pode me segurar.Dizendo isso, ela estava prestes a sair da Quinta do Lago.O rosto de Miguel mudou de cor, ele agarrou a mão dela e a puxou de volta.- Eu disse a você, não pode sair, você entendeu?- Eu não entendo! - Ela foi teimosa.Vendo o ódio claro em seus olhos, a racionalidade de Miguel se esgoto
Ele a virou e disse: - Seu pai não pode vender as ações que possui, então você não pode sair da Valenciana do Rio. Então, pare de fazer birra, seja boazinha e evite um pouco de sofrimento. Depois de falar, ele a abraçou firmemente, querendo a levar para tomar banho, ele disse:- Eu vou te levar para tomar banho.- Eu não vou. - Ela apertou sua mão com força. - Miguel, me solte, eu não quero que você me dê banho.Ela não queria o ver agora.Miguel ficou em silêncio por um momento, olhando para ela, e saiu sem dizer nada.Quando ele saiu, Luiza se levantou, sentindo o estômago. Embora a noite passada tivesse sido intensa, seu estômago não doía, então estava tudo bem, certo? Mais tarde, ela pensou, confusa, o que deu no Miguel? Ele costumava a desprezar, não era? Como ele se tornou assim? Nem mesmo a deixava sair?Depois de tomar banho, ela desceu as escadas. Miguel ainda não tinha saído, estava sentado à mesa tomando café, parecendo refinado. Ele estava de bom humor.Luiza o encaro
Miguel ficou com o rosto sombrio. - Você está dizendo essas coisas só para me provocar?- Se você acha isso. - Luiza olhou nos olhos dele, com uma expressão indiferente.Miguel ficou em silêncio por um momento, olhando para ela, e então retirou a mão, amarrando sua própria gravata. - Está bem, se não quer amarrar, não amarre. Eu mesmo faço. Terminou de comer? Vamos embora.- Eu ainda não quero ir. - Luiza ficou sentada, imóvel. - A paisagem da Quinta do Lago é agradável, pretendo descansar mais uma hora.Miguel estreitou os olhos, sua voz ficando um pouco mais fria:- Luiza, não desafie minha paciência com essa atitude.Luiza riu:- Só quero descansar um pouco mais. Como isso desafia sua paciência?O rosto de Miguel ficou cada vez mais frio.Depois de um tempo, ele se levantou e saiu com passos pesados. Eduardo o seguiu.Lívia ficou parada ao lado, sem se atrever a dizer nada.Luiza ficou sentada à mesa, quieta, até ouvir o barulho do motor do carro se afastando no quintal, então el
- Sim.- Onde ele está? Luiza agora desejava poder o matar mil vezes.Fernando respondeu: - Ele fugiu. Já abrimos um processo, agora estamos esperando notícias da polícia.Luiza esperava no corredor enquanto a cirurgia estava em andamento, a luz vermelha continuava acesa e ela se sentia muito ansiosa.O que ela mais odiava agora era Ivan. Se ela não tivesse ouvido a avó e o tivesse deixado voltar para o grupo, isso nunca teria acontecido hoje...No Grupo Sunland.Miguel acabava de sair de uma reunião quando viu Eduardo entrar às pressas. - Sr. Miguel, algo aconteceu no Grupo Medeiros.- O que aconteceu? Miguel assinou seu nome nos documentos.- O Sr. Bryan teve um choque.Miguel parou de escrever subitamente, levantando a cabeça abruptamente.Eduardo continuou: - Ninguém do grupo quis comprar as ações do Sr. Bryan esta manhã. Depois, alguém vazou informações dizendo que foi o Ivan quem espalhou o boato. O Sr. Bryan foi o procurar para acertar as contas, os dois brigaram e o Ivan
Luiza olhou para ele, sem expressão alguma.Ele disse: - Os especialistas já estão aqui, logo tudo ficará bem. Não se preocupe tanto.Luiza não disse nada.- Você está com fome agora? Quer comer alguma coisa? - Miguel perguntou cuidadosamente.Luiza permaneceu imóvel e respondeu hesitante: - Não quero comer.Miguel não a forçou nem saiu, apenas se sentou no corredor, quieto, ao seu lado.Luiza não estava com humor para se importar com onde ele estava agora.Seu coração estava totalmente preocupado com a condição de seu pai; ela só queria que ele saísse da sala de cirurgia em segurança. O restante não importava para ela.Não se sabia quanto tempo se passou até que as luzes da sala de operações finalmente se apagassem, e os médicos saíssem.Ao ver os médicos, os cílios de Luiza tremeram, e ela se aproximou perguntando: - Doutor, como está meu pai agora?- Ele passou por uma ponte de safena, mas a situação dele ainda não está estável. Ele precisará ficar na UTI por alguns dias.Ao ouvi
Se passaram mais dois dias e Bryan acordou. No entanto, uma grande quantidade de anestesia afetou seus nervos cerebrais, o deixando um tanto confuso e sem lembrança das pessoas. O médico explicou que algumas pessoas ficavam assim após a cirurgia, e talvez ele se recuperasse em breve. Luiza só podia manter a esperança. Ela ia ao hospital todos os dias para acompanhar o pai.Não demorou muito para o Carnaval chegar. Luiza ouviu dizer que Nanda tinha saído do país, mas isso não importava para ela, não tinha nada a ver com ela. Então, dez dias se passaram e chegou o dia do divórcio.Naquela manhã, Luiza acordou, pegou um vestido claro do guarda-roupa e de repente percebeu que não conseguia mais o vestir. Sua barriga havia crescido um pouco, o bebê já estava com três meses e o vestido não servia mais. Por fim, optou por um casaco largo e encontrou Miguel no cartório. Depois de uma ausência de cerca de dez dias, ele emagreceu consideravelmente, mas ainda mantinha sua elegância, vestin
Um dos acionistas simplesmente não acreditava que ela pudesse salvar o grupo. Ele resmungou: - Por que fazer todo esse esforço? Por que você não vai implorar ao Sr. Miguel para investir algum dinheiro na empresa? Isso não resolveria a crise?Luiza o olhou friamente e respondeu: - Eu já me divorciei dele, por favor, não mencione esse homem na minha frente.- Que hipocrisia! - O acionista xingou.Luiza não retrucou. Esperou até que os acionistas saíssem resmungando antes de perguntar a Fernando: - Sr. Fernando, o que devemos fazer agora?Ela não entendia nada sobre a empresa e só podia pedir ajuda a Fernando.Fernando pensou por um momento e disse:- Na verdade, temos um projeto muito bom no grupo. Se conseguirmos atrair investimentos, talvez possamos ressuscitar...À noite.Luiza foi encontrar o Sr. Ademir, do banco. Como havia uma quantia do grupo prestes a vencer, era crucial lidar com o pessoal do banco agora, ou correriam o risco de atraso no pagamento. Para parecer mais séria,
Luiza não disse nada, permaneceu parada no lugar, olhando para o copo de bebida em suas mãos. Ela não podia beber, mas fingir tomar um gole era aceitável. Então, ela fingiu tomar um gole e olhou para o Sr. Ademir. O olhar ardente do Sr. Ademir a fez recuar. Ele a puxou para perto, pronto para derramar a bebida em sua boca. - Um gole não mostra sinceridade suficiente, não é mesmo? Tome o copo inteiro. - Ele disse enquanto envolvia a cintura dela com o braço e tinha a intenção de colocar a mão dentro de suas roupas.Luiza ficou tensa e jogou toda a bebida nele. - O que há de errado com você? Nem consegue segurar um copo de bebida? - Sr. Ademir reclamou. - Rápido, limpe isso para o Sr. Ademir.Outras pessoas entregaram uma toalha para ela e a empurraram na direção do Sr. Ademir, a instruindo a limpar a bebida de suas calças. Sr. Ademir olhou para ela de cima e a fez desabotoar o cinto, claramente sem intenção de se conter. As pessoas ao redor riram. Finalmente, Luiza percebeu que
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então
Melissa assentiu.— Mas um chef assim não deveria ter grandes ambições? Ele realmente não quer fama e fortuna e está disposto a ser o chef particular de vocês?— No começo, ele também não queria, mas eu apoio o desenvolvimento de novos pratos dele e prometi que o ajudaria a abrir um restaurante, a expandir sua reputação. Só assim ele aceitou trabalhar como nosso chef particular, para ter mais tempo para criar novos pratos.Ao ouvir isso, Luiza finalmente entendeu que o chef da Mansão Jardim tinha uma história importante por trás. Ela nunca havia perguntado antes; só achava que a comida dele era deliciosa. Mas, pelo visto, Miguel tinha feito várias promessas a ele.— Você foi muito atencioso. — Melissa sorriu.Miguel disse:— Se a senhora gostar da comida, posso pedir para o chef vir todos os dias e preparar as três refeições para vocês. Qualquer outra necessidade que tiver, é só me dizer; se estiver ao meu alcance, farei de tudo para atender.Ele estava tentando agradar Melissa.Meliss
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?