Luiza não disse nada, permaneceu parada no lugar, olhando para o copo de bebida em suas mãos. Ela não podia beber, mas fingir tomar um gole era aceitável. Então, ela fingiu tomar um gole e olhou para o Sr. Ademir. O olhar ardente do Sr. Ademir a fez recuar. Ele a puxou para perto, pronto para derramar a bebida em sua boca. - Um gole não mostra sinceridade suficiente, não é mesmo? Tome o copo inteiro. - Ele disse enquanto envolvia a cintura dela com o braço e tinha a intenção de colocar a mão dentro de suas roupas.Luiza ficou tensa e jogou toda a bebida nele. - O que há de errado com você? Nem consegue segurar um copo de bebida? - Sr. Ademir reclamou. - Rápido, limpe isso para o Sr. Ademir.Outras pessoas entregaram uma toalha para ela e a empurraram na direção do Sr. Ademir, a instruindo a limpar a bebida de suas calças. Sr. Ademir olhou para ela de cima e a fez desabotoar o cinto, claramente sem intenção de se conter. As pessoas ao redor riram. Finalmente, Luiza percebeu que
Eduardo ficou para trás enquanto Luiza observava o olhar de medo nos olhos daquelas pessoas. Provavelmente, estavam em maus lençóis. Fechou os olhos enquanto ele a carregava para fora da sala e a colocava em uma cadeira ao lado da rua. Um segurança trouxe pomada para Miguel, que a abriu, pegou um cotonete e aplicou um pouco do creme em seu rosto. Luiza soltou um gemido de dor.- Você pegou uma faca? - Miguel levantou os olhos para ela. Luiza murmurou um "sim". - Queria matar aquele homem? - Miguel perguntou novamente. Luiza levantou os olhos e viu dois pequenos reflexos de si mesma nos olhos dele, então assentiu com a cabeça. - Sim, naquele momento, eu quis matar ele.- Você não percebeu que ele não tinha boas intenções desde o começo? Por que ficou lá para brindar com ele? - Miguel perguntou. Luiza não disse nada. Talvez fosse realmente estúpida, sempre incapaz de perceber as más intenções dos outros. Após aplicar a pomada, Miguel a fechou e olhou para ela de lado. - Quer
- Chegará o momento da falência. - Fernando suspirou, seu semblante carregado de pesar.Luiza apertou os lábios. - Vamos tentar mais uma vez. Fernando não disse nada. Na verdade, ele esperava que Luiza fosse pedir ao Miguel. Com o investimento dele, o Grupo Medeiros poderia ser revitalizado imediatamente, e todos os acionistas cessariam suas disputas. Mas ela não queria voltar, e ele não podia a forçar. Tinha que lidar com as coisas conforme elas aconteciam.À tarde, Luiza foi encontrar o CEO de outra empresa. Novamente, foi recusada pela secretária. Parecia que todos lá fora pensavam que o Grupo Medeiros estava acabado, e ninguém queria ajudar. Luiza se sentiu desanimada. Se levantou do sofá e se preparou para sair.Ao chegar à porta, viu um grupo de pessoas saindo do elevador. Era Bruna com suas amigas. Ao ver ela, Luiza abaixou instintivamente a cabeça, com medo de chamar a atenção dela. Mas mesmo com a cabeça baixa, sua beleza era notável, fácil de atrair olhares. Bruna a vi
Luiza olhou para a piscina, sem vontade de lidar com a situação, e começou a se afastar.- Luiza! - Bruna segurou sua mão. - Você não pode ir.Luiza endureceu a expressão.- Bruna, já te disse, não temos nenhum ressentimento do passado, mas se você continuar me incomodando, me machucando, eu vou chamar a polícia.- Eu disse, chame então. Se você acha que pode me machucar, tente. Quero ver qual advogado terá coragem de pegar seu caso. - Ela abaixou a voz, com um tom arrogante. - Sem meu primo, você não é nada!No segundo seguinte, elas tentaram empurrar Luiza em direção à piscina.Luiza estava um pouco assustada; ela estava grávida de três meses e, se caísse na piscina, as consequências seriam inimagináveis.Mas aquelas garotas pareciam loucas, insistindo em arrastá-la para a piscina.O medo brilhou nos olhos de Luiza, que encarou Bruna e disse:- Bruna, se você ousar me empurrar para a piscina, eu nunca vou te perdoar!- Tudo bem. - Bruna sorriu. - Estou curiosa para ver como você não
Luiza fechou os olhos, sentindo a pressão quase esmagadora, mas sabia que não podia ceder; se o fizesse, tudo realmente terminaria.Com isso em mente, abriu os olhos e argumentou firmemente com os policiais.Ela lhes explicou que, na noite anterior, foi o Sr. Ademir quem começou a agredi-la, e que ela quase foi violada.Os policiais responderam que entendiam, que já haviam investigado o incidente, mas agora, com o Sr. Ademir gravemente ferido, Luiza teria que enfrentar o processo legal e, em seguida, um advogado viria para pagar sua fiança, permitindo que ela fosse liberada.Advogado para pagar a fiança?Onde ela encontraria um advogado agora?Ela não tinha mais família.Luiza consultou a agenda em seu celular. Theo tinha um advogado, mas este foi levado para o exterior por Miguel e provavelmente não estava ciente de sua situação atual no país.Marina, o pai dela, estava à beira da morte, e ela passava muito tempo no hospital com ele, provavelmente não podendo ajudá-la.Restava apenas
- Bom, envie o projeto para o meu celular. - Luiza encerrou a chamada.Ela voltou para junto do Walter, sorriu para ele e perguntou:- Onde vamos comer?Walter a levou a um clube privado.Havia um campo de golfe lá.Na grama verde, algumas pessoas jogavam golfe.Luiza desceu do carrinho de golfe seguindo Walter e avistou uma figura familiar, que também a deixava alerta.Miguel.Ele vestia um traje esportivo branco e jogava golfe com alguns convidados à distância, cercado por um grupo de pessoas, parecendo nobre e distante.De repente, ele acertou uma bola.Uma garota se aproximou e lhe entregou uma garrafa de água.Miguel a pegou e bebeu calmamente.O coração de Luiza batia acelerado.Ela percebeu que a garota que entregou a água a Miguel se parecia um pouco com ela, tanto nos traços do rosto quanto nas roupas.- Curiosa sobre quem é aquela garota? - Perguntou Walter, olhando para ela.Luiza se recompôs e balançou a cabeça.- Está escrito na sua cara que está curiosa, e ainda nega? Aqu
- Vamos, reservei um salão privado no andar de cima e a culinária daqui é muito famosa. Vou te levar para experimentar. - Disse Walter.- Certo. - Respondeu Luiza, o seguindo.Ninguém percebeu que o movimento de Miguel ao balançar o taco se tornou mais pesado.Apenas Yago notou, se aproximando dele com uma toalha na mão e dizendo seriamente:- Se ainda se importa, então tome de volta, com sua habilidade, não é impossível.Miguel apertou os lábios e não disse nada.Ele não queria?Ela não estava disposta.Com o rosto fechado, jogou o taco de golfe de lado e caminhou até o restaurante.Um grupo de pessoas seguiu em frente.Ao subirem as escadas, encontraram alguns garçons que seguravam flores e um bolo; ao vê-los, os garçons gentilmente deram espaço para que passassem primeiro.Yago olhou para aquelas rosas, percebendo algo, e perguntou:- Essas flores e o bolo foram encomendados pelo Sr. Walter?Yago intuiu que era obra de Walter.- Sim. - Respondeu o garçom, pensando que eles se conhec
Luiza se aproximou, e Walter intencionalmente se sentou em um lugar afastado, deixando um espaço para que Luiza sentasse ao lado de Miguel. Ela ficou um pouco sem palavras, olhando para Walter. Walter tinha um sorriso franco nos lábios e ainda a puxou para se sentar.- Se sente.Luiza se sentou ao lado de Miguel e imediatamente sentiu o frio que emanava dele. Ela franziu a testa e lançou um olhar irritado para Walter. Sempre achava que Walter fazia isso de propósito, mas não sabia por quê.- Vocês dois estão juntos agora? - Enquanto pensava, Miguel já tinha começado a falar.- Sim. - Walter respondeu destemidamente, silenciando todos à mesa.Ninguém presente ousou falar. Yago olhou para o rosto de Miguel, cuja escuridão nos olhos se aprofundou um pouco e ele sorriu.- Quando vocês começaram?Sua voz não tinha nenhuma variação, mas aqueles que o conheciam sabiam que ele calmo era muito mais perigoso e assustador do que quando estava furioso.- Começamos esses dias. - Walter puxou a
— Vovó? — Luiza estava confusa. Como assim, agora estava incluída também? Melissa disse: — O Felipinho vai sair. Você não vai com ele? Ela ainda não tinha concordado, mas a vovó já havia planejado tudo. Quando ia responder, Melissa continuou: — Vai lá, desde que você chegou ao País R, fica em casa o tempo todo. O Felipinho também não sai. Estou com medo de que ele fique entediado. De repente, Felipinho fez um sinal de "V" com os dedos e disse docemente: — Obrigado, bisavó. Melissa sorriu e disse: — Felipinho, se divirta hoje. — Claro! — Felipinho assentiu repetidamente. Vendo essa cena, Luiza não conseguiu mais recusar. O garoto estava tão feliz que, se ela dissesse que não iria, ele provavelmente começaria a chorar ali mesmo. Bem, ela decidiu realizar o desejo de Felipinho de saírem juntos. Depois do almoço, Melissa insistiu em preparar pessoalmente alguns lanches e frutas para Felipinho levar. Os demais aguardavam na sala de estar tomando café. Foi então
Melissa assentiu.— Mas um chef assim não deveria ter grandes ambições? Ele realmente não quer fama e fortuna e está disposto a ser o chef particular de vocês?— No começo, ele também não queria, mas eu apoio o desenvolvimento de novos pratos dele e prometi que o ajudaria a abrir um restaurante, a expandir sua reputação. Só assim ele aceitou trabalhar como nosso chef particular, para ter mais tempo para criar novos pratos.Ao ouvir isso, Luiza finalmente entendeu que o chef da Mansão Jardim tinha uma história importante por trás. Ela nunca havia perguntado antes; só achava que a comida dele era deliciosa. Mas, pelo visto, Miguel tinha feito várias promessas a ele.— Você foi muito atencioso. — Melissa sorriu.Miguel disse:— Se a senhora gostar da comida, posso pedir para o chef vir todos os dias e preparar as três refeições para vocês. Qualquer outra necessidade que tiver, é só me dizer; se estiver ao meu alcance, farei de tudo para atender.Ele estava tentando agradar Melissa.Meliss
Nos últimos anos, com a presença de Felipinho, ela se tornou muito mais alegre e deixou de se prender àquelas emoções negativas......No dia seguinte.Luiza acordou cedo, olhou para o lado e viu que seu filho ainda estava dormindo. Ela sorriu, ajeitou o cobertor sobre ele e desceu as escadas.Assim que chegou ao andar de baixo, ouviu alguém conversando com Melissa.— Por que veio tão cedo? — Perguntou Melissa.— Prometi ao Felipinho que viria vê-lo hoje. — Respondeu Miguel, educadamente.Luiza olhou para o relógio; ainda eram pouco mais de sete, quase oito horas. Ele realmente tinha vindo bem cedo.— Você chegou muito cedo. — Comentou Melissa com um sorriso elegante. — E ainda trouxe tantas coisas.— Trouxe um café da manhã com sabores da culinária baiana. Quis trazer para vocês experimentarem. — Disse Miguel em um tom suave.— Culinária baiana? — Melissa pensou e logo entendeu, sorrindo. — É o que a Luiza gosta, não é?— Sim. — Miguel confirmou, sem hesitar. — O chef só conseguiu che
Felipinho disse:— Eu quero fazer xixi.— Então vai logo. — Luiza o incentivou, aproveitando a chance para mandar Miguel embora.Felipinho não pensou muito e foi ao banheiro.Luiza se virou para Miguel e disse:— É melhor você ir embora.— Luiza.Miguel se levantou e tentou segurar a mão dela, mas Luiza se esquivou, dizendo em tom abafado:— Não quero falar com você, vá embora.Miguel apertou os lábios finos.— Certo, eu volto amanhã para ver vocês.Luiza ficou surpresa. Ele voltaria amanhã?Quando ela ia pedir para ele não vir, ele já tinha se virado e saído. Luiza ficou frustrada, suspirou e entrou no banheiro.Felipinho já havia terminado de fazer xixi e, enquanto subia as calças, disse:— Mamãe, já está tão tarde, deixa o papai dormir aqui hoje?Luiza percebeu imediatamente o que ele estava tentando, então respondeu:— Ele já foi embora.— O quê? O papai já foi?Felipinho não acreditou. Correu com suas perninhas curtas até a sala para conferir, e viu que o pai realmente havia saído
Ela mordeu a língua dele?Luiza ficou surpresa e quis se levantar para olhar, mas ele mais uma vez capturou seus lábios.Na penumbra, o beijo dele era ardente e envolvente, com um sabor metálico de sangue.Luiza tentou se afastar, mas não conseguia.O ar em seu peito parecia estar sendo sugado aos poucos, e ela sentiu que não conseguia respirar, soltando um gemido suave.Miguel hesitou por um momento, sua respiração ficando mais pesada, como se quisesse engoli-la por inteiro.— Miguel... — Ela sentiu algo estranho e ficou com um pouco de medo, tentando empurrá-lo.Miguel respirava profundamente, o ar quente caindo em seu pescoço, e ele murmurou com a voz rouca:— Lulu, me chame de marido...— Nem sonhando. — Ela recusou, começando a se contorcer para se afastar dele.Mas quanto mais se mexia, mais perigosa a situação ficava; ela se debatia sobre ele, e como ele poderia suportar aquilo? Levantou a mão e, por cima da roupa, a tocou firmemente.Luiza levou um susto.Nesse momento, um som
A camisa preta foi tirada e, de fato, havia algumas marcas vermelhas nas costas dele. Luiza ficou um pouco aborrecida: — Você não devia ter me puxado antes. — Quem mandou você não me ouvir? — Acho que já conversamos o suficiente sobre isso. — Luiza suspirou. Miguel a olhou profundamente: — Como assim, já conversamos o suficiente? Sobre o assunto do nosso filho, ainda não terminamos. Luiza ficou surpresa e olhou para Miguel: — O assunto do nosso filho? O que mais tem para falar? Vai querer disputar a guarda do Felipinho comigo? A atitude dela se agitou imediatamente. Miguel, receoso de que ela perdesse o controle novamente, segurou sua mão e disse: — Não é isso o que eu quero dizer. Só quero conversar sobre o Felipinho. — O que você quer conversar? — Ela desviou o olhar, mantendo a cabeça baixa. Miguel continuou: — Você ouviu o que o Felipinho disse antes? Ele quer que a gente fique junto. Na verdade, ele tem medo de não ter pai e mãe. Luiza sabia disso e a
Felipinho ficou surpreso e virou a cabeça para olhar para ela enquanto estava na água.— Mamãe, o papai não disse agora há pouco que vocês não vão se divorciar mais?— Eu não concordei com nada disso. — Luiza respondeu seriamente.Felipinho fez uma cara triste.— Então quer dizer que você ainda vai se casar com outro tio e não vai mais querer o Felipinho?Luiza ficou surpresa, acariciou a cabeça dele e respondeu:— Que besteira é essa que você está pensando? Você é meu filho, eu sempre vou amar você e querer você. Como eu não iria querer você?— As pessoas dizem que, quando a gente ganha uma madrasta, também ganha um padrasto. Então, ao contrário, é a mesma coisa: quando a gente ganha um padrasto, também ganha uma madrasta. Casal bom é o casal original.Luiza sentiu que Felipinho tinha um monte de ideias erradas.Felipinho se aproximou dela e acrescentou mais uma coisa, como se quisesse que ela concordasse com ele.— Então, mamãe, casal bom é o casal original.Luiza ficou sem palavras.
Luiza franziu a testa, achando que Miguel estava confundindo o filho, e lançou a ele um olhar repreensivo antes de dizer para Felipinho: — Não é nada disso. O papai e a mamãe só estavam conversando sobre algumas coisas.— Conversando sobre o quê? É sobre voltar a casar? — Voltar a casar? — Miguel captou a palavra e perguntou. — Como você sabe essa palavra? Quem te ensinou? — Foi a Maria que me falou. Ela disse que, quando marido e mulher brigam, eles se divorciam, e quando fazem as pazes, eles voltam a casar.Luiza estava prestes a explicar o que significava divórcio, mas Miguel foi mais rápido e perguntou ao Felipinho: — Você quer muito que o papai e a mamãe voltem a casar? — Claro que sim. — Felipinho assentiu com a cabecinha e respondeu seriamente. — Senão, se o papai casar com outra pessoa e a mamãe se casar com outro, vocês vão me abandonar. Ao ouvir isso, os dois ficaram surpresos. Luiza finalmente entendeu por que Felipinho sempre queria que eles fizessem as pazes;
— O Elias veio ao aniversário da Maria, é uma coisa boa, todo mundo está feliz. Por que você está tão explosivo, parecendo um barril de pólvora? — Miguel retrucou sem rodeios.O rosto de Francisco se fechou:— Isso é problema seu?— E eu sentir ciúmes é problema seu? — Miguel rebateu, com seu rosto bonito e calmo.Bem nesse momento, o bolo chegou até eles. Maria estendeu um pedaço para Francisco:— Papai, coma o bolo.O bolo tinha sido trazido pelo próprio Elias, que o colocou diretamente nas mãos de Francisco.Miguel riu de novo:— Viu? Até o papel de pai está sendo assumido por outro homem.Francisco respondeu:— É porque eu desprezo fazer esse tipo de coisa.— Despreza fazer? Ou é porque nem tem chance de fazer? — Miguel o provocou, com um sorriso cheio de intenções.O rosto de Francisco ficou sombrio.Miguel disse:— Não diga que eu não avisei: como homem, esperar que a mulher venha rastejando para te agradar é impossível.Francisco ironizou:— Você se orgulha de se rebaixar assim?