Não se esperava que este sorriso atraísse o olhar do Miguel. Seus olhos frios continham um certo significado. Theo sorriu para ele, mas seus olhos estavam gélidos.Após resolver o assunto, Theo estava prestes a sair quando Bruna não aceitou, chorando enquanto o seguia: - Theo, por favor, me ouça, naquela época, fui enganada por alguém.Theo olhou para ela, distanciado, e retirou sua mão sorrindo: - Desculpe, Bruna, não posso me casar com você.Ele se afastou.- Theo... - Bruna chorou, querendo o seguir novamente.Dolores, envergonhada, correu para segurar sua mão, repreendendo: - Chega, não siga mais, você já se humilhou o suficiente, não é?- Mas eu realmente gosto do Theo...Dolores, com o rosto frio, disse: - Se você realmente gostasse dele, não teria feito o que fez no passado. Agora, que seu pai descobriu, quero ver como você vai explicar para ele.Ao ouvir a palavra pai, Bruna tremeu subitamente, só então se lembrou de que teria que enfrentar o Sr. Souza e seu pai depois.-
Luiza pensou na situação em São Ricado. Originalmente, haviam combinado de irem juntos para Lagoa do Alvorado, mas ela não foi. Se sentindo um pouco envergonhada, ela respondeu: - Ok. Ela não tinha nenhum compromisso hoje afinal.Luiza entrou no carro de Theo e saíram juntos.Enquanto isso, Miguel e Sr. Souza terminaram a conversa e desceram as escadas. Eduardo estava esperando por ele no primeiro andar.- Ela está onde? - Perguntou Miguel.Eduardo respondeu: - A Sra. Luiza saiu com o Sr. Theo.O rosto bonito de Miguel ficou sombrio. - Para onde eles foram?- Parece que foram jantar.Miguel riu friamente. Theo mal havia terminado o noivado e já estava marcando encontros com ela? Agora, um estava sem noivado e a outra estava prestes a se divorciar. Se eles realmente acabassem juntos, ele não teria motivo para se opor. Pensando nisso, ele ficou sombrio e disse: - Prepare o carro.- Sr. Miguel, a Srta. Nanda ligou, dizendo que queria ir ao cemitério hoje para visitar o Sr. Igor. E
Ao ouvir a palavra "irmã", Luiza não quis mais escutar e se levantou para deixar o lugar. Miguel mudou a expressão e seguiu ela, agarrando sua mão. - Luiza, vamos conversar. Luiza, cuja mão foi segurada, levantou os olhos, o olhando indiferentemente. - Lulu! - Theo, preocupado, também se levantou. - Estou bem. - Luiza lançou a ela um olhar tranquilizador e se virou para Miguel, dizendo. - Então vamos conversar. Era uma boa oportunidade para ela perguntar sobre o divórcio. Os dois saíram da sala de jantar e entraram no carro de Miguel. Luiza colocou as mãos sobre as pernas e perguntou a ela: - Você já falou sobre nosso divórcio com sua família? Miguel ficou com a expressão um pouco sombria. - Ainda não. Luiza assentiu. - Fale logo, para podermos registrar o divórcio depois das férias. Miguel ficou em silêncio por um momento e, depois, falou mais baixo: - Não podemos evitar o divórcio? - Não podemos. - Qual é a razão definitiva para isso? - Ele perguntou
Noite.Miguel bebia sob o manto da noite.As luzes de laser do salão incidiam sobre seu rosto bonito, deixando uma sombra fria e escura.Após um momento, Yago chegou, se sentou ao seu lado e bateu em seu ombro:- Por que não ficou em casa com sua esposa e veio sair conosco, um bando de solteiros?- Ela quer se divorciar de mim. - Miguel deu um gole na bebida, com uma voz preguiçosa e um tom zombeteiro. - Talvez logo eu também seja solteiro.Yago ficou atônito:- Por que ela quer se divorciar de novo?- Ela disse que se sente oprimida comigo, que me detesta e não quer me ver... - Miguel sorriu e bebeu mais um gole.- Não beba tanto assim! - Yago tirou a garrafa de sua mão. - É por causa daquele escândalo outro dia?- Que escândalo? - Miguel olhou para ele.- Aquele com a Nanda, quando ela foi cercada pelos jornalistas no desfile de moda, e você a salvou como um herói.Miguel silenciou por um momento, então, de repente, se virou e perguntou:- Então ela quer se divorciar por causa do esc
Miguel permaneceu imóvel por um momento, franzindo a testa.- Nanda? O que você faz aqui?- A cunhada não voltou nos últimos dias, e os criados mencionaram que meu irmão tem estado de mau humor. Fiquei preocupada que algo pudesse acontecer com você, então decidi esperar aqui. - Nanda se levantou e, ao ver Miguel visivelmente embriagado, tentou estender a mão para ajudá-lo.Miguel gentilmente afastou a mão dela e se sentou no sofá, dizendo calmamente:- Não precisa vir aqui me esperar, sua saúde não está boa; você deveria descansar mais cedo.- Não me importo de fazer esse esforço. - Nanda, com um ar de uma pequena flor resiliente, se agachou e perguntou baixinho. - Irmão, por que a cunhada não volta para casa? Ela não quer mais você?Miguel franziu a testa, sem dizer uma palavra.- É por minha causa? - Nanda parecia culpada. - Se for por minha causa, estou disposta a ir buscar a cunhada de volta, contanto que isso possa te fazer feliz, farei qualquer coisa.Miguel permaneceu em silênci
Luiza subitamente sorriu.Miguel não conseguia entender sua expressão e perguntou:- Com esse acordo, você está satisfeita?Luiza balançou a cabeça, seu rosto limpo, calmo e resoluto:- Eu estive te dando chances o tempo todo, mas você não as aproveitou. Agora que desisti, você finalmente decide enfrentar esses problemas, mas preciso te dizer, Miguel, já é tarde demais.Desta vez, ela estava realmente decidida a se divorciar.Ela já tinha se magoado muitas vezes, não se atrevia a ter mais esperanças.Ninguém sabia o quanto ela tinha sofrido nas últimas duas semanas, as inúmeras noites de dor, rolando na cama, incapaz de dormir...Mas ela não disse essas palavras, porque os sentimentos eram pessoais, deixar alguém era aprender a se acostumar com a solidão, sozinha...Agora ela já estava começando a se acostumar, ficar ao lado do pai, ela se sentia feliz, não queria voltar para Quinta do Lago.Além disso, ela sentia que Nanda não seria tão obediente.Embora ela tivesse concordado em ir p
- Lulu, você está se divorciando do Miguel? - A voz do Sr. Souza soava surpresa.Ouvindo suas palavras, Luiza percebeu que Miguel havia conversado com a família Souza; provavelmente sua sogra também já estava informada.Luiza falou em tom baixo:- Vovô, eu e o Miguel não temos personalidades compatíveis, pensei que seria melhor nos separarmos para cada um encontrar sua própria felicidade.O Sr. Souza franziu a testa.- É por causa daquela confusão com a Bruna outro dia? Se for, eu a faço vir aqui e se desculpar ajoelhada...- Não é isso, vovô. - Interrompeu Luiza. - Nosso divórcio não é por causa daquela situação.- Então é por causa da Nanda? - O Sr. Souza também tinha visto aquela notícia recentemente, mas ele não podia fazer nada em relação à Nanda.O pai dela tinha sido um braço direito do seu filho antes de falecer. Após a morte de Zeca, foi Igor que trouxe suas cinzas de volta para o país.Eles, a família Souza, deviam muito a eles.Assim, o Sr. Souza só podia fechar um olho.-
Miguel seguiu ela.Luiza se surpreendeu.- Por que você veio atrás de mim?- Para te ajudar a encontrar.Luiza não disse nada e entrou no seu quarto junto dele.Miguel não visitava esse quarto havia muito tempo.Ele olhou para o teto, onde ficava o pequeno sótão secreto de Luiza. O quarto estava lindo, sem nenhuma mudança.Luiza revirava o quarto de cima a baixo, não encontrando a certidão de nascimento, coçou a cabeça.- Que estranho, eu me lembro de ter colocado os documentos aqui.- Não consegue encontrar os documentos? - Miguel se virou e perguntou.Luiza respondeu:- Não sei onde coloquei.Miguel de repente sorriu, raramente fazendo uma piada:- Será que não é porque você não quer se separar e escondeu de propósito?O rosto de Luiza endureceu.- Impossível, deve estar com meu pai. Vou procurar no quarto dele.Ela disse e saiu correndo; após alguns passos, de repente se lembrou do bebê em sua barriga e diminuiu o passo, entrando no quarto de Bryan.Finalmente, encontrou os documen
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que