Luiza se aproximou dela. Ela... Era realmente a mulher da foto. Luiza olhou para o nome do paciente na cabeceira da cama, estava escrito "Nanda Menezes". Naquele momento, o coração de Luiza afundou como se estivesse caindo em um abismo, ecoando surdamente. Tudo era verdade. Havia realmente uma garota chamada Nanda.A mansão rosa ao lado da Quinta do Lago era onde ela costumava morar. E Miguel estava dando tantos favores a Clara apenas para salvar essa garota... Não era de se admirar que ele nunca mencionasse o que faria com o filho da Clara.Ele estava salvando essa garota, como poderia contar a ela? Se ela soubesse que ele tinha uma garota assim em seu coração, como ela poderia continuar a ser teimosa e apaixonada?Enquanto estava absorta, a porta do quarto foi empurrada.Yago entrou, viu Luiza parada ao lado da cama, e ficou surpreso por um momento.- Cunhada...Luiza virou a cabeça e, ao ver a expressão dela depois de descobrir a verdade, não havia choque, mas decepção e con
Ele mudou de repente com ela porque o sangue dela podia ser doado para Nanda? Após sair do hospital, ela foi até a beira do lago e se sentou em um banco de pedra. Com o olhar baixo, em suas mãos estava a pulseira de diamantes rosa que Miguel lhe deu, ao pensar que o rosa era a cor favorita de Nanda, ela tentou a tirar.Mas não conseguia de jeito nenhum! Ela tentou puxar por um bom tempo, machucando o pulso até sangrar, antes de desistir de tentar tirar a pulseira, abraçando os joelhos e chorando com o rosto enterrado no vestido... Não sabia quanto tempo havia se passado, o céu gradualmente escureceu e o celular tocou. Era Miguel ligando. Ele tinha ido para a América por cinco dias e finalmente se lembrou de ligar para ela. Luiza olhou para o celular por um longo tempo, finalmente, pressionou o botão para atender.- Onde está você? - Miguel acabou de voltar para Quinta do Lago e não viu Luiza, então ligou para ela.Luiza ficou em silêncio por um momento e sussurrou: - Eu a vi.-
Luiza estava confusa e atordoada, sentada à beira do lago até a noite, só então começou a caminhar de volta. Em sua mente, se repetia incessantemente a cena de um ano atrás, quando Miguel trouxe leite para ela. Assim que se virou, o rosto de Miguel escureceu, e Luiza desmaiou. Miguel, com um rosto frio, instruiu os profissionais de saúde: “- Tirem o sangue dela.” Quanto mais ela pensava, mais angustiada se sentia, uma dor incontrolável tomava conta dela, ela odiava Miguel...- Luiza? - Uma voz familiar veio da rua. Luiza virou a cabeça e viu o rosto de Theo saindo pela janela do carro, bonito e preocupado. Luiza olhou para ele, seus olhos estavam úmidos. Ela parecia prestes a chorar. Theo desceu do carro, viu as marcas vermelhas na pele de Luiza, como picadas de mosquito, e os pulsos com algumas marcas de sangue por causa da pulseira de diamantes rosa que ela usava.- O que aconteceu com você? - Theo perguntou. Luiza abriu a boca para falar, mas uma sensação azeda a impediu de
Luiza se sentiu emocionada, mesmo que negasse. Seus amigos se lembravam das suas preferências, saíam para jantar e ainda se preocupavam com ela. Naturalmente, ela ficou tocada.- Porém, depois de passar alguns meses em Valenciana do Rio, só encontrei este restaurante delicioso. Você morou em Valenciana do Rio por tantos anos, tem algum restaurante bom para recomendar? - Theo tentou mudar o humor dela.Mas Luiza não estava com vontade de falar, apenas respondeu vagamente: - Sr. Theo, hoje eu não estou com vontade de conversar. Pode esperar até depois? Eu vou organizar a lista de restaurantes e te enviar?- Claro. - Theo concordou prontamente. - Depois de voltar para casa naquele dia, Miguel não teve problemas com você, né?Luiza balançou a cabeça. - Não.Era apenas um silencioso impasse, ele não a tratou mal.Do outro lado.Miguel foi para o Jardins da Serra. Não havia ninguém no Jardins da Serra.Miguel franziu o cenho e saiu da mansão, instruindo Eduardo: - Descubra onde está a S
Luiza deu uma pausa, seus olhos estavam vermelhos. Ele sabia exatamente pelo que ela estava zangada, mas ele não mencionou nada, só a acusou injustamente. Cinco dias. Cinco dias sem falar. Quando ele voltou, sem pedir desculpas nem explicar, só a culpou.O coração de Luiza estava gelado até o extremo, ela ficou teimosa e gritou para ele: - Eu não te chamei para me buscar, você não precisava vir, eu nem mesmo queria te ver!O rosto de Miguel ficou sombrio. - Eu que estou sendo idiota?- Exatamente! Você está sendo idiota. Quem mandou você vir? Saia logo daqui!Depois de o xingar, ela se virou e foi embora.O rosto de Miguel ficou frio até o limite. Eduardo estava parado ao lado, sem dizer uma palavra, quem já viu o Sr. Miguel sendo mandado embora assim? Mesmo o todo-poderoso Sr. Souza da família Souza nunca disse coisas tão pesadas para o Sr. Miguel. O temperamento da Sra. Luiza... Quando ela ficava assim, era como se dez bois não conseguissem a controlar.Luiza estava com os ol
Miguel ainda não havia dito uma palavra. Luiza olhava para ele, seus traços belos estavam de uma maneira estranha, e quanto mais ela olhava, mais seu coração se congelava. - Eu pensei que você fosse tão gentil, trazendo leite para mim todas as noites. Mas agora percebi que você estava me drogando, para que pudesse tirar meu sangue e dar para a Nanda. E você ainda diz que isso não me afetou? Será que quando a Nanda precisar de mais sangue, você fará isso de novo? Vai me deixar inconsciente e tirar o meu sangue para ela?Conforme ela falava, seus olhos se encheram de lágrimas.Ela se sentia miserável. Por causa de seu amor por Miguel, ela foi usada de várias vezes. Ele agia como se fosse bom para ela, mas na verdade, era apenas por causa de seu tipo sanguíneo especial.Vendo que ele continuava em silêncio, Luiza ficou desapontada. Se levantou, abriu a porta e disse para ele:- Vá embora, já sei de tudo. Não vou te perdoar. Por favor, vá embora.Seu coração doía tanto. Mas Miguel perm
Naquela noite, Miguel esperava por ela no pátio. Quando Luiza subiu para puxar as cortinas, viu sua silhueta esguia apoiada no carro, folhas amareladas caíam aos seus pés, solitário e melancólico. Ele estava fumando no pátio, na penumbra, Luiza não conseguia ver sua expressão claramente. Na verdade, ele raramente fumava, mas naquela noite, fumou vários cigarros seguidos, com uma expressão sombria e solitária.No dia seguinte.Luiza acordou e Miguel já tinha ido embora, ela não sabia a que horas ele tinha saído, mas também não se importava. Hoje seu pai teria alta do hospital. Luiza não queria aparecer muito cansada para ver seu pai, então se sentou na penteadeira e fez uma maquiagem leve para si mesma antes de sair de casa. No táxi, ela viu uma notícia, o Grupo Sunland tinha conseguido sucesso em investimentos em pesquisa médica!Às nove da manhã seria a conferência de imprensa sobre o medicamento. Miguel já tinha trocado de roupa, parecia ter se livrado da solidão de ontem, ele
Luiza não sabia como responder.Justo nesse momento, uma voz sólida veio por trás:- Não, vovó, tivemos apenas algumas pequenas discordâncias antes, mas agora está tudo bem.Todos viraram a cabeça e viram o alto e belo Miguel parado na porta da mansão, vestindo o mesmo terno que usou na coletiva de imprensa da manhã, com uma elegância refinada e uma beleza extraordinária. Luiza ficou um pouco surpresa. Ele não tinha ido trabalhar? Por que ele voltou de repente? Miguel se aproximou de Luiza com passos largos e gentilmente segurou sua mão. Luiza estava um pouco irritada, mas não se soltou de Miguel na frente dos mais velhos.A Sra. Medeiros, ao ver que os dois haviam se reconciliado, ficou radiante e disse:- Que bom, eu queria falar com a Luiza antes, você é um genro tão bom, onde eu encontraria outro assim!- Vovó, não se preocupe, eu e Luiza não vamos nos divorciar. - Miguel abraçou Luiza, sorrindo elegantemente.A Sra. Medeiros ficou muito feliz.Por outro lado, Bryan estava um p
Ao pensar nisso, sua expressão suavizou bastante, e ele voltou a olhar para Luiza. — Como está o machucado na sua mão? Ainda dói? Ele passou de um tom sombrio para uma doçura repentina. Luiza olhou para o rosto dele com cautela e respondeu: — Está melhor. Era um momento crucial, e Luiza não queria provocá-lo, para evitar apanhar novamente. Se fosse ferida, talvez nem conseguisse escapar quando tivesse a chance. Theo ficou encarando ela por um longo tempo, algo se movendo no fundo de seus olhos, e então passou o braço ao redor dela. Luiza, temendo que ele levantasse o cobertor, rapidamente pressionou o celular escondido com a perna. — Luiza. — Theo a puxou para os braços. O corpo de Luiza ficou tenso como uma pedra. Ele apoiou a cabeça sobre a dela e falou suavemente: — Eu vou compensar o casamento que te prometi. Luiza permaneceu em silêncio. — Assim que eu terminar os assuntos recentes, nós poderemos ficar juntos. — Theo fez uma pausa e continuou. — Sobre o q
[Já pensei em uma forma de salvar você. Tenha paciência e espere.] Miguel pediu que ela ficasse tranquila e aguardasse. Mas Luiza não conseguia simplesmente esperar sem entender o que estava acontecendo. Ela respondeu à mensagem: [Que forma?] Ela não ousava fazer uma ligação, com medo de que as pessoas do lado de fora ouvissem. Miguel respondeu: [Ofereci trezentos milhões como resgate para salvá-la. O General Uéliton é um homem que só pensa em dinheiro, com certeza ficará tentado e convencerá Theo a libertá-la. Caso ele não aceite, o General Uéliton ficará insatisfeito com ele.] Luiza achou a ideia brilhante. "Mas sair assim, não seria como deixar o Theo escapar novamente?" Ele fez tantas coisas ruins e, ainda assim, continuaria vivendo tranquilamente no País Y? Então, todo o esforço deles até agora teria sido em vão? Ela respondeu: [Vamos simplesmente deixar o Theo escapar assim?] [Você está no quartel da Brigada do Norte agora. Não temos como agir contra o Theo por
Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse: — Eu mesma vou comer. Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a. Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la. Depois de um momento de silêncio, ele falou: — Luiza, podemos parar com isso, por favor? Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele. Theo continuou: — Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem? Luiza o encarava em silêncio. Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou: — O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado... Theo a observava, visivelmente e
[Eu sei.] Foi Miguel quem respondeu! As mãos de Luiza tremiam violentamente; Miguel havia respondido, ele sabia que era ela. Ela olhou para o horário da resposta: tinha sido há duas horas... Luiza calculou o tempo: duas horas atrás, isso foi durante aquele caos de combate. Ainda não era possível confirmar se Miguel estava em segurança. Luiza imediatamente enxugou as lágrimas e respondeu: [Miguel, você está bem?] Depois de enviar a mensagem, ela ficou esperando, o coração apertado e as mãos ainda trêmulas. Estava com medo de que ele não respondesse, medo de que algo tivesse acontecido com ele... Quando ela já não aguentava mais o silêncio, o celular vibrou várias vezes seguidas. Uma série de mensagens chegou apressadamente. Miguel respondeu: [Estou bem.] Logo em seguida, Miguel enviou outra mensagem: [Luiza, onde você está agora?] Eles estavam procurando por ela. Mas onde ela estava? Nem Luiza sabia. Quando chegou ali, estava inconsciente e não fazia ideia de o
Giovana estava prestes a falar quando uma empregada entrou dizendo: — Presidente Theo, a senhorita que o senhor trouxe já acordou. Ela está insistindo para ir embora. Theo franziu as sobrancelhas, e Giovana imediatamente disse: — Presidente Theo, vá ver a Srta. Luiza. Parece que ela se machucou há pouco. Ao ouvir que Luiza estava machucada, a expressão de Theo se tornou ansiosa, e ele saiu apressado. O rosto de Giovana ficou abatido. Ela também estava ferida, mas Theo mal se importava. Já se Luiza estivesse machucada, ele parecia querer voar até ela imediatamente. O tratamento era claramente diferente. ... No quarto. Luiza estava insistindo em sair dali. Duas empregadas seguravam seus braços, mas ela, ignorando os ferimentos no próprio corpo, lutava sem parar. — Me soltem agora! Ela precisava voltar para Miguel. Havia desmaiado há pouco e não sabia de nada. Estava aterrorizada com a possibilidade de Miguel estar em perigo. Mesmo que fosse morrer, queria morrer
— Foi a própria Luiza quem disse. Ela falou que, depois que eu me casasse com ela, viveríamos juntos tranquilamente. — É mesmo? — Miguel curvou os lábios num leve sorriso. — Eu não acredito. Luiza já havia se reconciliado com ele, e ainda havia Felipinho. Miguel não acreditava que Luiza realmente quisesse ficar com Theo. Theo havia cometido tantas atrocidades. Mesmo que Luiza tivesse concordado em ficar com ele, provavelmente era apenas uma estratégia temporária, talvez... Para ganhar tempo até que ele pudesse resgatá-la. Com esse pensamento, Miguel desviou o olhar para o lado, na direção de Uéliton, e disse: — General Uéliton, invadi sua festa de aniversário de casamento hoje por um motivo principal: O Theo sequestrou minha esposa, e eu vim resgatá-la. Não tive a intenção de desrespeitá-lo. Quanto aos danos causados ao hotel, eu posso pagar por tudo. O hotel era uma propriedade de Uéliton. Quando Miguel mencionou a compensação, Uéliton ficou visivelmente tentado. No enta
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que